Mês: março 2022

Gabinete de Bolsonaro não informa como ida de Carlos Bolsonaro a Rússia foi financiada

A Presidência não respondeu a origem dos recursos que financiaram a ida de Carlos Bolsonaro na comitiva presidencial à Rússia.

A Presidência da República não respondeu a origem dos recursos que financiaram a ida de Carlos Bolsonaro, filho do presidente, na comitiva presidencial à Rússia.

O gabinete de Jair Bolsonaro foi convocado a prestar esclarecimentos sobre a ida de seu filho e do assessor Tércio Arnaud à Rússia, em fevereiro. Ambos são integrantes do chamado “gabinete do ódio”.

O pedido de investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF) foi encaminhado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que constatou a presença de ambos na viagem oficial internacional, sem apresentar nenhuma relação com interesses diplomáticos do mandatário.

Até então não divulgada publicamente, reportagem recente do Brasil de Fato expôs a lista completa dos membros dessa comitiva: 32 dos 52 funcionários eram militares. A lista não incluiu o nome do filho do presidente, mas sim do assessor Tércio.

Ainda, por meio do Portal da Transparência, o site recebeu da Presidência da República uma resposta sobre o valor gasto na viagem: R$ 229,6 mil, que se referem a diárias e passagens aéreas, excluindo aqueles que foram no avião da Força Aérea Brasileira, junto com o presidente.

Não foram revelados os valores gastos de combustível com a própria aeronave da FAB, gastos de cartão de crédito, alimentação, entre outros.

A suspeita levantada pelo senador é que a ida de Carlos Bolsonaro e do assessor Tércio, que integram o chamado “gabinete do ódio”, poderia ter relação com estratégias da milícia digital investigada pelo STF.

“Os planos do presidente Jair Bolsonaro parecem cada vez mais claros, não sendo demais inquirir os reais interesses dessa agenda. Assim, fica o questionamento óbvio: qual a verdadeira razão para uma viagem à Rússia em momento internacional tão delicado, com uma comitiva sui generis, com ausência de ministros e a presença de numerosos integrantes de seu gabinete do ódio, e no início do ano eleitoral”, havia acionado o senador.

Segundo Randolfe, buscas por sistemas de hackeamento e disseminação de Fake News por robôs poderiam estar entre os pontos das intenções da viagem.

“Ainda, não é demais destacar que o residente incrementou seus ataques ao sistema eleitoral brasileiro, passando inclusive a se utilizar de um pretenso argumento de autoridade baseado nas Forças Armadas para questionar novamente a sua integridade.”

Imediatamente após o pedido ser encaminhado ao Supremo, a Procuradoria Geral da República não quis investigar a suspeita. A subprocuradora-geral Lindôra Araújo afirmou que se tratavam de “críticas e opiniões pessoais, bem-vindas na tribuna ou como matéria midiática, não como representação criminal”.

Mas solicitou que a Presidência da República prestasse informações, a título de esclarecimentos. A resposta veio nesta segunda-feira (14). O gabinete do mandatário afirmou que não há nada que deva ser investigado sobre a comitiva presidencial à Rússia.

Sem justificar a origem dos recursos, negou que tenha financiado a ida do vereador, filho do presidente.

Em ofício enviado ao STF, o Ministério das Relações Exteriores informa que “não pagou qualquer valor a título de diárias ao vereador Carlos Nantes Bolsonaro por conta da referida visita oficial e tampouco há registros de despesas neste Ministério relacionadas a sua participação na comitiva oficial do senhor presidente da República”.

Na semana passada, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro também negou que tenha custeado a viagem de Carlos Bolsonaro, também encaminhando documentos ao Supremo.

*Com GGN

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Ministério Público aponta interferência do governo na Petrobras e cobra apuração no TCU

O subprocurador do MP, Lucas Rocha Furtado, lista uma série de declarações públicas do presidente Jair Bolsonaro que teriam interferido, imediatamente, na cotação das ações da Petrobras.

O Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas da União solicitou, nesta segunda-feira, que a corte apure possível interferência indevida do governo Jair Bolsonaro na Petrobras e na política de preços da companhia.

Na representação, o subprocurador do MP, Lucas Rocha Furtado, lista uma série de declarações públicas do presidente Jair Bolsonaro que teriam interferido, imediatamente, na cotação das ações da Petrobras na bolsa de valores e gerado incertezas internas na empresa.

O subprocurador justifica que o “excesso de interferência” sobre as decisões corporativas, por parte do governo, pode acarretar em possíveis prejuízos materiais à Petrobras, à sua imagem mercadológica e aos acionistas minoritários. “Isso pode gerar, por parte desses, questionamentos judiciais em face da União, inclusive com pedidos de indenização”, diz.

A representação ressalta que o preço do petróleo vem subindo por causa da guerra na Ucrânia e diz que a companhia tem como alternativa apenas equalizar seus custos de produção e comercialização com os preços dos produtos que vende no mercado interno.

Segundo o procurador, a interferência do governo tem ferido, em última instância, a autonomia da estatal e a abertura de uma apuração, por parte do TCU, seria necessária para “garantir a independência da empresa em face de potenciais atos irregulares que estariam sendo perpetradas pelo acionista controlador”.

A equipe técnica do TCU deverá analisar previamente a representação antes que ela seja levada ao plenário da corte. Segundo Furtado, é legítima a preocupação do governo de encontrar alternativas para minimizar o impacto dos preços na economia como um todo, sob pena de haver aumento da inflação e impacto direto no bolso dos consumidores.

“Todavia, essas alternativas não podem ser traduzidas em interferência direta na política de preços da Petrobras, sob pena de ofensa aos dispositivos da Lei das Estatais acima destacados, o que é expressamente vedado ao acionista controlador, no caso, a União, por intermédio da vontade exclusiva do presidente da República”, ressalta Furtado, finalizando: “Soluções fáceis para problemas complexos são as mais propensas a incorrerem em erros e ilegalidades”.

*Com O Globo

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Militares ucranianos usam munições com fósforo e bombas de fragmentação, diz Rússia na ONU

Moscou tem dados de que munições cheias de fósforo e bombas de fragmentação estão sendo usadas pelas Forças Armadas ucranianas, disse o embaixador russo nas Nações Unidas, Vasily Nebenzia.

“Também registramos o uso em larga escala pelo regime de Kiev de munições cheias de fósforo – isso é contrário ao terceiro protocolo da Convenção da ONU datado de 1980 – e bombas de fragmentação sendo usadas pelo exército ucraniano”, disse Nebenzia na reunião do Conselho de Segurança da ONU.

O embaixador russo ressaltou em seu discurso ao Conselho de Segurança da ONU, que a secretaria-geral da ONU não mencionou o bombardeio da República Popular de Donetsk com um míssil Tochka-U carregado com uma bomba de fragmentação.

Nebenzia afirmou ainda que a Rússia espera provocações com armas químicas por parte da Ucrânia e tem informações sobre a transferência de 80 toneladas de amônia para Carcóvia.

Mesmo diante de toda a tensão pontuada por Moscou, para o chanceler “ele [o secretário-geral, António Guterres] ultrapassou os limites da imparcialidade e ficou do lado da Ucrânia”.

Muitos países ocidentais começaram a impor sanções contra a Rússia depois que o presidente Vladimir Putin reconheceu as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk como Estados soberanos em 21 de fevereiro, lançando, três dias depois uma operação especial militar na Ucrânia, depois que ambas as repúblicas solicitaram ajuda diante da agressão de Kiev.

De acordo com o Ministério da Defesa russo, a missão é direcionada à infraestrutura militar ucraniana e não tem alvos civis.

Como resultado da operação especial, a Ucrânia rompeu relações diplomáticas com a Rússia, impôs lei marcial em todo o território nacional, além de toque de recolher em Kiev e outras cidades, decretou mobilização geral e instou a comunidade internacional a ativar “todas as sanções possíveis” contra o líder russo.

Em um caso sem precedentes, restrições individuais foram estendidas ao presidente russo e ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, enquanto que sanções setoriais, também pela primeira vez, incluem a desconexão da Rússia do sistema SWIFT, a paralisação das reservas internacionais de seu Banco Central, o fechamento do espaço aéreo para as companhias aéreas russas e a censura a meios de comunicação ligados ao Kremlin.

*Com Sputnik

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Depois de sofrer muitas críticas, mídia fala de outras guerras, mas os EUA como os mocinhos do planeta

Ainda era muito jovem quando assisti ao filme Sem Destino, que tinha como protagonista, Peter Fonda.

Foi um filme que marcou a minha geração como uma suposta quebra de paradigmas, quando, na realidade, era uma dita revolução cultural totalmente manipulada por Hollywood com um poderoso marketing para impor pesadamente o modo de vida americana.

O filme Sem Destino foi perfeito para atrofiar as reflexões sobre o capitalismo americano e seus efeitos nefastos, mas tais mazelas eram colocadas à parte para vender para a juventude uma suposta liberdade, ampliando o fenômeno americanófilo que obrigava jovens brasileiros, como eu, a adotarem não só o modo de vida, mas o uso das indumentárias, dos cabelos e do comportamento como padrão a ser seguido.

Pessoas de outras raças, de outras religiões e de outros costumes deveriam se render aos produtos americanos que propunham ao mundo cheirar igual com os famosos desodorantes.

Não conseguiram, é verdade, apenas a classe média dormente se rendeu a tal ajustamento e, por isso mesmo, jamais despertou para esse processo de globalização cultural a partir dos Estados Unidos.

Lembro-me que, no dia seguinte que assistimos ao filme, estávamos reunidos eu e vários outros adolescentes de um bairro operário de Volta Redonda quando um dos amigos que tinha uma velha motocicleta que, na prática, passava 364 dias do ano sendo consertada pelo próprio dono para um dia de uso, comprou o discurso imposto pela imagem de Peter Fonda no filme.

Estávamos todos numa praça de frente para um campinho de futebol quando, de repente, aparece o Gusto fantasiado de Peter Fonda fazendo sua própria interpretação daquilo que assistiu e que mais me chamou  atenção no filme que assistimos no Cine 9 de abril.

Assim como Peter Fonda, Gusto pintou a bandeira dos EUA em seu capacete, no tanque da moto, nos para-lamas e em seu casaco. E, para afirmar igualdade, ele pegou um pedaço de antena de TV e pregou na parte de trás da moto, o que, depois veio a chamar Santo Antônio.

A molecada inteira caiu na gargalhada, tal a caricatura que nos foi apresentada pelo querido amigo de infância.

Conto essa história para afirmar que, quem busca a verdade sobre a guerra Rússia x Ucrânia, deve buscá-la em várias fontes, jamais aceitar o discurso oficial da mídia brasileira que é o mesmo da mídia ocidental que, consequentemente, é o mesmo da Casa Branca, porque é um discurso cientificamente elaborado, inclusive na medida, para dar ares de heroísmo aos americanos e, de terroristas, fora da lei, ou qualquer outro discurso em que a emoção dá a ideia de que os americanos serão sempre os mocinhos do planeta.

Pois bem, é essa mesma proposta de interpretação que a mídia brasileira hoje quer enfiar goela abaixo na sociedade brasileira sobre os outros conflitos e guerras que acontecem no mundo, já que foram muito cobrados e, por necessidade e urgência, tiveram que falar sobre isso. Mas ao contrário de produzir outros valores, o mercado nativo da informação colocou os EUA no papel central de mediador bondoso de tais conflitos que ele está ativamente envolvido, sobretudo nos massacres, ou patrocinando mercenários mundo afora, que eles classificam como insurgentes, rebeldes e outras baboseiras mais para que se repita a mesma receita de, quem não está do lado dos EUA, está contra o mundo civilizado.

Ou seja, o debate falsificado sobre as guerras só se agravou com essa cínica e arrogante narrativa que a mídia brasileira busca construir em seus discursos e padrões pró-EUA.

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Petroleiros denunciam estratégia eleitoreira da indicação de Rodolfo Landim à Petrobras

Fontes ouvidas por reportagem do Sindipetro-SP relembram truculência de Landim como gerente-geral da Bacia de Campos e acreditam que sua indicação ao Conselho de Administração da Petrobras é uma estratégia eleitoreira: “Vai fazer de tudo para atender os interesses do Bolsonaro”.

Muitas águas já haviam rolado quando Rodolfo Landim assumiu, no final de 1994, o cargo de gerente-geral de Exploração e Produção da Petrobras na Bacia de Campos – na época o principal polo petrolífero do país, responsável por aproximadamente 85% da produção nacional, abrigando cerca de 7 mil trabalhadores.

Antes disso, porém, o engenheiro formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) já havia trilhado uma longa e ascendente carreira dentro da maior estatal brasileira. Ingressante na Petrobras em fevereiro de 1980, com apenas 22 anos, Landim foi enviado em 1985 ao Canadá em um curso de especialização, ocupou a chefia da Engenharia de Reservatórios e, posteriormente, foi promovido a superintendente de Produção da Região Nordeste.

Em 1992, foi promovido novamente ao cargo de superintendente-geral da região Norte, ficando responsável, por exemplo, pelo Polo Urucu. E, antes de assumir um dos principais cargos de gestão da companhia, Landim ainda viveu um hiato de seis meses nos Estados Unidos, em 1994, onde fez um MBA na Harvard Business School.

Logo no seu retorno, o então funcionário de carreira da companhia, com apenas 37 anos, assumiu o controle da Bacia de Campos, com sede em Macaé (RJ). Foi aí, então, que mostrou definitivamente seu modus operandi em relação aos seus subordinados. “O Landim, naquela época, já era considerado um cara muito bom tecnicamente falando. Mas a relação conosco, do sindicato, sempre foi muito conflituosa”, recorda Carlos*, na época dirigente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF).

A categoria, naquele momento, iniciava sua campanha salarial que resultaria em duas greves ainda no ano de 1994, uma em setembro e outra em novembro. Entre as pautas, destacavam-se o pagamento de passivos trabalhistas, reposição mensal da inflação e reposição do efetivo de trabalhadores nas unidades de exploração e refino. Entretanto, entre essas duas greves, não apenas os petroleiros como todos os sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) sofreram uma grande derrota – em outubro, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) venceu Luiz Inácio Lula da Silva no 1º turno e se tornou presidente da República.

Por isso, o clima era tenso, em todos os sentidos. FHC assumiu com um propagandeado plano neoliberal, que tinha as privatizações como carro-chefe. Devido à negativa do governo em abrir negociação, os petroleiros deram início à que hoje é considerada a maior greve da história da categoria, em maio de 1995.

“Durante a greve, o Landim tentou proibir nossas assembleias. Em Imbetiba, em Macaé, ele tentou coagir os trabalhadores. Foi aí que a gente também radicalizou. Já que ele tava tentando criar dificuldade, entramos com o caminhão de som na unidade e fizemos as assembleias ali mesmo, dentro do local de trabalho”, relembra Carlos*.

Além disso, os petroleiros ocuparam diversas plataformas. “Nós decidimos fazer uma greve de ocupação, com controle da produção. Então a gente parava a produção, mas ficava na unidade. Nós conseguimos fazer isso na época em várias unidades. Isso para o Landim era a morte, ele entendia que era uma afronta, uma insubordinação”.

Essas “afrontas”, entretanto, não passaram ilesas. Todos os dirigentes sindicais tiveram seus crachás bloqueados e só puderam, a partir de então, realizar o trabalho dentro das unidades acompanhados por seguranças monitorados de perto por Landim.

“O Landim é um cara com um egocentrismo exacerbado, tomava a Bacia de Campos como se fosse o quintal da casa dele. Ele não permitia se sentir, entre aspas, afrontado pelo movimento sindical”, opina.

Os fins justificavam os meios

Foi devido a essa truculência que Landim ganhou o apelido de “Chefe da Porra Toda”, com sua versão abreviada “Chepot”.

“Macaé sempre girou em torno da Petrobras. Por isso, além de ser o gerente geral da Bacia de Campos, o Landim era quase ou tão mais importante que o prefeito da cidade naquela época. Ele tinha entrada nas colunas sociais, no caderno de economia, nas discussões da indústria. Por isso o apelido de “Chefe da Porra Toda”, porque a presença da Petrobras na Bacia de Campos era muito forte para a região e para todo o estado do Rio de Janeiro”, recorda Luiz*, petroleiro que trabalhava na região.

Nessa época, passada a greve, o Sindipetro NF abriu negociação com Landim para tratar sobre as condições precárias dos trabalhadores terceirizados. No mês de outubro, o mar costuma ficar mais revolto, com ondas maiores e mais violentas. Por isso, a maioria dos empregados que prestavam serviços já chegavam às plataformas passando mal, depois de quase quatro horas passadas em cima de um catamarã.

“No trajeto até a plataforma, os trabalhadores vomitavam tudo que tinham no estômago, quando chegavam já não tinham mais nada, era uma coisa assustadora. Eles sofriam muito. Enquanto isso, nós, trabalhadores próprios, íamos de helicóptero, o que achávamos muito desigual”, rememora Luiz.

Foi a melhoria dessa situação que motivou a reunião com o então gerente-geral da região. Sua resposta, entretanto, foi peremptória. “Eu nunca mais me esqueci do que ele disse: ‘A Petrobras contrata o serviço, então a Petrobras só tem obrigação de levar os seus trabalhadores de helicóptero. Já as empresas contratadas levam da forma que elas acharem melhor. Eu e nem a Petrobras vamos esmiuçar isso. Como os trabalhadores vão chegar até o local de trabalho é problema da empresa contratante. Nosso compromisso é somente com o trabalhador da Petrobras’”.

Essa é uma das situações que exemplificam o pensamento do então “Chepot”.

“O Landim era focado, no pior aspecto, somente no negócio. Ele só pensava na produção e no lucro. Os meios para se chegar àquele lucro pouco importavam. E, guardadas as devidas proporções, eu vejo uma semelhança muito grande com a sua postura enquanto presidente do Flamengo, no triste episódio das mortes de 10 garotos da base do Ninho do Urubu. Eu verifico que a postura dele nesse episódio é muito similar ao que ele fazia aqui na Bacia de Campos. As famílias tiveram que entrar na justiça, sem êxito. O Flamengo quase impôs a elas a subcondição de aceitar um acordo”, compara Luiz.

Sucessos e insucessos

Antes de adentrar o mundo do futebol, Landim ainda permaneceu no cargo de chefia em Macaé até 1999, quando assumiu como gerente-executivo de Produção e Exploração do Sul e Sudeste. Chegou à presidência da Gaspetro e, posteriormente, da BR Distribuidora – ambas importantes subsidiárias da Petrobras -, ambas coincidentemente privatizadas sob a gestão Bolsonaro.

Chegou a ser cotado fortemente para assumir a presidência da Petrobras, para suceder José Eduardo Dutra, que decidiu sair da companhia para disputar uma vaga no Senado em julho de 2005.

“A Dilma era ministra de Minas e Energia e já conhecia o Landim quando havia sido secretária de Energia do Rio Grande do Sul. Sem querer criticar a ex-presidente Dilma, ela nunca teve tanta militância partidária, sobretudo no PT. Como ela é extremamente pragmática, pensou automaticamente no Landim – e passou a defendê-lo. Quando nós percebemos esse movimento, começamos a nos movimentar: ‘O que vai significar isso? O Landim, depois de tudo que fez na Bacia de Campos, vai se tornar presidente da Petrobras no governo Lula?’”, repete Leonel*, petroleiro aposentado.

A pressão contrária do movimento sindical foi uma das forças que ajudou a barrar o nome de Landim. No seu lugar, Lula indicou José Sérgio Gabrielli, que comandou a Petrobras de julho de 2005 a fevereiro de 2012 – até hoje, o mandato mais longevo da história da estatal.

Talvez pela frustração e pela forte rejeição que sofreu nesse processo, Landim decidiu deixar a Petrobras em maio de 2006, após 26 anos de carreira na empresa. Depois disso, foi contratado por Eike Batista para trabalhar na OGX, onde passou a ganhar cerca de R$ 40 milhões anuais – em quatro anos, multiplicou seu patrimônio em 240 vezes.

Saiu brigado com seu ex-chefe, que o demitiu em 2010. Chegou a entrar com uma ação na Justiça, na qual apresentou um bilhete de Batista, escrito em um bilhete de avião, em que prometia 1% da holding e mais 0,5% das ações da MMX (uma das empresas da holding). Mas acabou perdendo.

Logo que foi dispensado por Batista, Landim fundou a Mare Investimentos, uma gestora de private equity. Em julho de 2021, os sócios da empresa – incluindo Landim – foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por gestão fraudulenta, que teria causado um prejuízo de R$ 100 milhões aos fundos de pensão Funcef, Previ e Petros – este último, dos trabalhadores da Petrobras.

Landim ainda fundou a Ouro Petro Petróleo e Gás, que foi vendida posteriormente pelo valor da sua dívida à Starboard, que comanda a 3R Petroleum.

Aproximação com Bolsonaro

Após os insucessos no mundo corporativo, Landim voltou às manchetes ao vencer a eleição do time mais popular do país, o Clube de Regatas do Flamengo, em dezembro de 2018. Com as contas em dia, após gestões que priorizaram os números ao campo, Landim voltou a investir no futebol e conseguiu levar o Flamengo a se sagrar campeão no Carioca, na Libertadores e no Brasileirão, em 2019.

Com esse sucesso, aproximou-se do presidente Jair Messias Bolsonaro – com trocas de visitas, ora no Maracanã, ora no Planalto. E é neste contexto de apoio mútuo que Landim recebeu a indicação de Bolsonaro para presidir o Conselho de Administração da Petrobras – uma das principais instâncias de decisão da estatal.

“Eu não consigo desassociar isso [a indicação de Rodolfo Landim à presidência do Conselho de Administração da Petrobras] da questão eleitoral. Pra mim, o governo Bolsonaro quer dar esse caráter mais técnico à Petrobras, até para que eventuais mudanças que ele venha implementar, visando o calendário eleitoral, sejam respaldadas pelo discurso técnico: ‘Mas quem tá lá é o Landim, um cara que conhece a Petrobras e o mercado’. A ideia é passar essa impressão tecnicista, pra justificar uma mudança nos preços visando a eleição presidencial. O Landim vai fazer de tudo para atender os interesses do Bolsonaro” conclui Carlos.

Para assumir, o nome de Landim terá que ser aprovado durante a próxima reunião da Assembleia Geral de Acionistas (AGO), prevista para o dia 13 de abril.

*Com Rede Brasil Atual

*Na foto em destaque, Rodolfo Landim está vestido com a blusa do Flamengo ao lado de Bolsonaro

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O MBL fez com Moro o que o cachorro faz com a terra depois de fazer cocô.

Principais aliados de Moro, os nazivigaristas do MBL, chutaram o pau da barraca: “a campanha de Moro acabou”. Fim! Fu! Fora!

O que rola de maneira escancarada no MBL é que Moro não sai do google procurando “uma saída honrosa” para tirar o time de campo, tipo: antes uma morte política “honrosa” que uma campanha de auto-degradação.

A revelação de Mamãe Falei sobre as ucranianas e o turismo sexual da papa fina do MBL, foram a chave mágica que Moro encontrou para uma saída à francesa da disputa pelo Palácio do Planalto.

Uma gigantesca bobagem!

Ele sairá e ninguém sentirá a sua falta, além do incansável pé frio Diogo Mainardi do Antagonista, que tem dedo podre para escolher seus comparsas e se mantém fiel ao marreco manco de Maringá.

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Ataque ucraniano com míssil Tochka-U deixa 17 mortos e 28 feridos em Donetsk

No centro de Donetsk, um míssil ucraniano Tochka-U caiu junto do prédio do governo regional. De acordo com as autoridades, há feridos no local.
“O centro de Donetsk, próximo do prédio do governo, foi atingido por um míssil ucraniano Tochka-U. Há feridos”, afirmaram as autoridades.

No ataque, 20 pessoas morreram e outras 28 ficaram feridas. Entre as vítimas há crianças, segundo a República Popular de Donetsk.

Posteriormente, as autoridades informaram que 17 pessoas morreram e outras 28 ficaram feridas.

Em comunicado oficial do Ministério da Defesa da Rússia, foi confirmado que 20 civis morreram em decorrência do ataque ucraniano com míssil Tochka-U no centro de Donetsk.

De acordo com as autoridades locais, o míssil, lançado pelas tropas ucranianas e que atingiu o centro de Donetsk, continha um cassete de fragmentação.
A Rússia está realizando desde o dia 24 de fevereiro uma operação militar especial na Ucrânia. A ação militar se seguiu a um pedido de assistência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) devido ao aumento das violações de cessar-fogo na região.

Ambas as repúblicas da região de Donbass foram reconhecidas no dia 21 de fevereiro deste ano pela Rússia, após oito anos de combates na região contra forças ucranianas, incluindo grupos armados de extrema-direita de cunho neonazista – o caso do Batalhão Azov.

Segundo o governo russo, o objetivo da operação é garantir a segurança da população da RPL e RPD através da desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.

*Com Sputnik

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Documentos expõem experimentos biológicos dos EUA na Ucrânia e na Geórgia

GGN – O projeto georgiano GG-21 foi financiado pelo DTRA e implementado por cientistas militares americanos de uma unidade especial do Exército dos EUA de codinome USAMRU-G que opera no Lugar Center. Eles receberam imunidade diplomática na Geórgia para pesquisar bactérias, vírus e toxinas sem serem diplomatas. Esta unidade é subordinada ao Walter Reed Army Institute of Research (WRAIR).

A reportagem a seguir é de Dilyana Gaytandzhieva, jornalista investigativa búlgara, correspondente no Oriente Médio e fundadora da Arms Watch.

Nos últimos anos, ela publicou uma série de relatórios reveladores sobre suprimentos de armas para terroristas na Síria, Iraque e Iêmen.

Seu trabalho atual está focado em documentar crimes de guerra e exportações ilícitas de armas para zonas de guerra em todo o mundo.

A reportagem abaixo é publicada com exclusividade pelo GGN, graças à indicação de leitores antenados.

De Dilyana Gaytandzhieva *

Enquanto os EUA planejam aumentar sua presença militar na Europa Oriental para “proteger seus aliados contra a Rússia”, documentos internos mostram o que significa “proteção” americana em termos práticos.

O Pentágono realizou experimentos biológicos com um resultado potencialmente letal em 4.400 soldados na Ucrânia e 1.000 soldados na Geórgia. De acordo com documentos vazados, todas as mortes de voluntários devem ser relatadas dentro de 24 h (na Ucrânia) e 48 h (na Geórgia).

Ambos os países são considerados os parceiros mais leais dos EUA na região, com vários programas do Pentágono sendo implementados em seu território. Um deles é o programa de engajamento biológico da Agência de Redução de Ameaças de Defesa (DTRA), de US$ 2,5 bilhões , que inclui pesquisas sobre agentes biológicos, vírus mortais e bactérias resistentes a antibióticos sendo estudadas na população local.

Projeto GG-21: “Todas as mortes de voluntários serão prontamente informadas”

O Pentágono lançou um projeto de 5 anos com uma possível extensão de até 3 anos com o codinome GG-21: “Infecções transmitidas por artrópodes e zoonóticas entre militares na Geórgia”. De acordo com a descrição do projeto, amostras de sangue serão obtidas de 1.000 recrutas militares no momento de seu exame físico de registro militar no hospital militar georgiano localizado em Gori.

As amostras serão testadas para anticorpos contra quatorze patógenos:

  • Bacillus anthracis
  • Brucela
  • Vírus CCHF
  • Coxiella burnetii
  • Francisella tularensis
  • Hantavírus
  • Espécies de Rickettsia
  • Vírus TBE
  • Espécies de Bartonella
  • Espécies de Borrelia
  • Espécies de Ehlrichia
  • Espécies de Leptospira
  • typhi de salmonela
  • WNV

A quantidade de sangue retirada será de 10 ml. As amostras serão armazenadas indefinidamente no NCDC (Lugar Center) ou USAMRU-G e as alíquotas podem ser enviadas para a sede do WRAIR nos EUA para futuras pesquisas. O Instituto de Pesquisa do Exército Walter Reed (WRAIR) é o maior centro de pesquisa biomédica administrado pelo Departamento de Defesa dos EUA. Os resultados dos exames de sangue não serão fornecidos aos participantes do estudo.

Tal procedimento não pode causar a morte. No entanto, de acordo com o relatório do projeto, “todas as mortes de voluntários serão prontamente relatadas (geralmente dentro de 48 h após a notificação da PI)” ao Hospital Militar da Geórgia e ao WRAIR.

De acordo com o relatório do projeto GG-21, “todas as mortes de voluntários serão prontamente relatadas” ao hospital militar georgiano e ao WRAIR, EUA.

As amostras de sangue dos soldados serão armazenadas e testadas no Lugar Center, uma instalação de US$ 180 milhões financiada pelo Pentágono na capital da Geórgia, Tbilisi.

O Lugar Center tornou-se notório nos últimos anos por atividades controversas , incidentes laboratoriais e escândalos em torno do programa de hepatite C da gigante farmacêutica dos EUA Gilead na Geórgia, que resultou em pelo menos 248 mortes de pacientes . A causa da morte na maioria dos casos foi listada como desconhecida, mostraram documentos internos .

O projeto georgiano GG-21 foi financiado pelo DTRA e implementado por cientistas militares americanos de uma unidade especial do Exército dos EUA de codinome USAMRU-G que opera no Lugar Center. Eles receberam imunidade diplomática na Geórgia para pesquisar bactérias, vírus e toxinas sem serem diplomatas. Esta unidade é subordinada ao Walter Reed Army Institute of Research (WRAIR).

O Lugar Center é o biolaboratório de US$ 180 milhões financiado pelo Pentágono na capital da Geórgia, Tbilisi.

Um carro diplomático com placa da Embaixada dos EUA em Tbilisi no estacionamento do Lugar Center. Cientistas dos EUA que trabalham no laboratório do Pentágono na Geórgia dirigem veículos diplomáticos, pois receberam imunidade diplomática. Fotos: Dilyana Gaytandzhieva

Documentos obtidos do registro de contratos federais dos EUA mostram que o USAMRU-G está expandindo suas atividades para outros aliados dos EUA na região e está “estabelecendo capacidades expedicionárias” na Geórgia, Ucrânia, Bulgária, Romênia, Polônia, Letônia e quaisquer locais futuros. O próximo projeto USAMRU-G envolvendo testes biológicos em soldados deve começar em março deste ano no Hospital Militar Búlgaro em Sofia.

Projeto UP-8: Todas as mortes dos participantes do estudo devem ser relatadas em 24 h.

A Agência de Redução de Ameaças de Defesa (DTRA) financiou um projeto semelhante envolvendo soldados na Ucrânia de codinome UP-8: A disseminação do vírus da febre hemorrágica da Crimeia-Congo (CCHF) e hantavírus na Ucrânia e a potencial necessidade de diagnóstico diferencial em pacientes com suspeita de leptospirose. O projeto começou em 2017 e foi prorrogado algumas vezes até 2020, mostram documentos internos.

De acordo com a descrição do projeto, serão coletadas amostras de sangue de 4.400 soldados saudáveis ​​em Lviv, Kharkov, Odesa e Kiev. 4.000 dessas amostras serão testadas para anticorpos contra hantavírus, e 400 delas – para a presença de anticorpos contra o vírus da febre hemorrágica da Crimeia-Congo (CCHF). Os resultados dos exames de sangue não serão fornecidos aos participantes do estudo.

Não há informações sobre quais outros procedimentos serão realizados, exceto que “incidentes graves, incluindo óbitos, devem ser relatados em 24 horas . Todas as mortes de sujeitos do estudo que são suspeitas ou conhecidas por estarem relacionadas aos procedimentos de pesquisa devem ser levadas ao conhecimento dos comitês de bioética nos EUA e na Ucrânia.”

Amostras de sangue de 4.000 soldados ucranianos serão testadas para hantavírus. Outras 400 amostras de sangue serão testadas para CCHF sob o Projeto Ucraniano UP-8 patrocinado pelo DTRA.

Projeto UP-8: “Incidentes graves, incluindo mortes, devem ser relatados em 24 horas. Todas as mortes de sujeitos do estudo que são suspeitas ou conhecidas por estarem relacionadas aos procedimentos de pesquisa devem ser levadas ao conhecimento dos comitês de bioética nos EUA e na Ucrânia.” Fonte: ukr-leaks.org

A DTRA alocou US$ 80 milhões para pesquisas biológicas na Ucrânia a partir de 30 de julho de 2020, de acordo com informações obtidas do registro federal de contratos dos EUA. Encarregada do programa está a empresa norte-americana Black &Veatch Special Projects Corp.

Outro empreiteiro da DTRA operando na Ucrânia é a CH2M Hill. A empresa americana recebeu um contrato de US$ 22,8 milhões (2020-2023) para a reconstrução e equipamento de dois biolaboratórios: o Instituto Estadual de Pesquisa Científica de Diagnóstico Laboratorial e Especialização Veterinária-Sanitária (Kyiv ILD) e o Serviço Estatal da Ucrânia para Segurança Alimentar e Laboratório Regional de Diagnóstico de Defesa do Consumidor (Odesa RDL).

Funcionários dos EUA são indenizados por mortes e ferimentos à população local

As atividades de DTRA na Geórgia e na Ucrânia estão sob a proteção de acordos bilaterais especiais. De acordo com esses acordos, a Geórgia e a Ucrânia isentarão de responsabilidade, não abrirão processo judicial e indenizarão os Estados Unidos e seu pessoal, contratados e funcionários dos contratados, por danos à propriedade ou morte ou ferimentos a quaisquer pessoas na Geórgia e na Ucrânia, decorrentes de atividades sob este Acordo. Se cientistas patrocinados pelo DTRA causarem mortes ou ferimentos à população local, eles não poderão ser responsabilizados.

Além disso, de acordo com o Acordo EUA-Ucrânia, reclamações de terceiros por mortes e ferimentos na Ucrânia, decorrentes de atos ou omissões de quaisquer funcionários dos Estados Unidos relacionados ao trabalho sob este Contrato, serão de responsabilidade da Ucrânia.

Dilyana Gaytandzhieva

Ela produziu este vídeo há 3 anos, portanto antes da guerra da Ucrânia, sobre laboratórios biológicos dos Estados Unidos.:

*Publicada originalmente no GGN

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Defesa russa: até 180 mercenários estrangeiros mortos em ataque a centros de treinamento ucranianos

As forças russas usaram armas de longo alcance para atingir centros de treinamento na Ucrânia e infligir significantes perdas ao adversário, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia.

O Exército russo atacou na manhã deste domingo (13) centros de treinamento em duas localidades na Ucrânia, matando até 180 mercenários estrangeiros, disse Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia.

“Na manhã de 13 de março foi desferido com armas de alta precisão e de longo alcance um ataque a centros de treinamento das Forças Armadas da Ucrânia na localidade de Starichi e no polígono militar Yavorovsky”, de acordo com Konashenkov.

O major-general indicou que as autoridades ucranianas implantaram nesses locais “uma instalação de treinamento e de preparação para combate de mercenários estrangeiros, antes de serem enviados para as áreas de hostilidades contra militares russos, e também uma base de armazenamento de armas e equipamento militar vindos de países estrangeiros”.

“Em resultado do ataque foram eliminados até 180 mercenários estrangeiros e um grande lote de armamento estrangeiro”, detalhou o funcionário do Ministério da Defesa russo.

“A eliminação de mercenários estrangeiros que chegaram ao território da Ucrânia continuará”, prometeu ele.

Durante o domingo (13) as forças russas derrubaram um avião Su-24, perto de Novy Bykov, e 11 drones, incluindo dois Bayraktar TB-2, revelou Konashenkov, acrescentando que no mesmo dia foram alvejados 46 objetivos da infraestrutura militar da Ucrânia, incluindo três postos de comando, um sistema de defesa antiaérea, dois depósitos de munições e 33 áreas de concentração de equipamento militar.

Além disso, Igor Konashenkov observou que foram libertadas as localidades de Pavlovka, Nikolskoe, Blagodatnoe, Vodyanovka e Vladimirovka, com o avanço totalizando nove quilômetros ao longo do dia. Já as forças da República Popular de Lugansk capturaram aos nacionalistas a cidade de Popasnaya, afirmou.

“No total, durante a realização da operação [especial], foram eliminados 3.736 alvos da infraestrutura militar da Ucrânia. Foram destruídos 100 aviões, 139 veículos aéreos não tripulados, 1.234 tanques e outros veículos de combate blindados, 122 lançadores múltiplos de foguetes, 452 peças de artilharia de campanha e morteiros e 1.013 unidades de veículos militares especiais”, resumiu o representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia.

Em 21 de fevereiro, Vladimir Putin, presidente da Rússia, reconheceu a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. Três dias depois, em 24 de fevereiro, anunciou uma operação militar especial na Ucrânia, com o objetivo de desmilitarizar e desnazificar o país em meio ao que chamou de “genocídio” de russófonos ocorrendo em Donbass.

Em resposta, os países do Ocidente, liderados pelos EUA e a OTAN, sem se envolver diretamente no conflito, têm enviado apoio militar e financeiro à Ucrânia e facilitado a chegada de mercenários estrangeiros que se candidatam para combater contra o Exército russo.

*Com Sputnik

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