Mês: março 2022

O passado garimpeiro de Bolsonaro – e o perigo que essa paixão representa para a Amazônia

Em momentos de folga, Jair Bolsonaro costuma estacionar perto de algum rio, arregaçar a barra da calça e entrar na água. Leva junto um jogo de peneiras e uma bateia, recipiente com fundo cônico usado para revolver água e cascalho, que carrega no carro. Ele vai em busca de ouro. “Sempre que possível eu paro num canto qualquer para dar uma faiscada”, disse ele em um vídeo que gravou para garimpeiros, de julho deste ano. “Faiscar” é o ato de procurar metais preciosos. Ele já expressou algumas vezes que “garimpo é um vício, está no sangue” – apesar de não ter permissão para isso.

Não é à toa que Bolsonaro é entusiasta da atividade: o garimpo já ajudou no sustento da família. Seu pai, Percy Geraldo Bolsonaro, foi um dos garimpeiros de Serra Pelada. O próprio Jair esteve lá, como o próprio presidente eleito afirmou no vídeo citado acima. Os representantes do clã Bolsonaro se juntaram aos mais de 100 mil garimpeiros que buscavam fortuna fácil na selva do Pará nos anos 80. Mais de 56 toneladas do metal precioso foram encontrados na região.

Eleito presidente, Bolsonaro sinaliza que irá ceder aos apelos dos garimpeiros, diminuindo restrições ambientais e liberando o garimpo em terras indígenas ou quilombolas. Ele também disse que quer flexibilizar a legislação que regula a exploração econômica de áreas verdes preservadas, como na Amazônia.

Garimpeiros que ainda hoje vivem na região de Serra Pelada dizem que o pai de Jair, que atuava como dentista protético sem diploma no interior de São Paulo, foi garimpeiro no começo da década de 1980, no auge da corrida do ouro. “O povo mais antigo lembra do pai do Bolsonaro por aqui, já faz muito tempo. Agora recentemente um dos filhos dele veio nos visitar durante a campanha”, me disse José Henrique Botelho Marques, 62, um dos diretores da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada, que representa cerca de 40 mil garimpeiros.

Marques se mudou do Maranhão para Serra Pelada em 1982, após ouvir falar das facilidades em encontrar metais valiosos no local. Ele calcula ter recolhido cerca de um quilo de ouro em um ano – o equivalente a R$ 148 mil em valores atuais. “Isso foi pouco. Imagina quem pegou uma tonelada, 700 quilos…”, compara.

Em julho, Jair Bolsonaro recebeu em mãos um abaixo-assinado de mais de 500 garimpeiros de Serra Pelada, que pedem o fim das restrições ambientais que proíbem o trabalho de garimpo mecanizado em uma área de 100 hectares que compreende a antiga mina.

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Os signatários sonham com a possibilidade de uma nova corrida pelo ouro e acreditam que a antiga mina, submersa desde 1992, ainda guarda toneladas do minério e seus derivados abaixo de 190 metros de profundidade. De acordo com a Cooperativa dos garimpeiros, o máximo alcançado até agora foram 150 metros.

“O garimpeiro é um ser humano e não poder continuar sendo tratado como algo de terceira ou quarta categoria. Se Deus quiser, vamos buscar meios para que vocês possam trabalhar com dignidade e com segurança”, disse Bolsonaro ao receber o abaixo-assinado.

É impossível precisar o número de garimpeiros que atuam de modo ilegal no país – a estimativa é entre 80 mil e 800 mil. Eles se concentram em regiões ermas, em terras indígenas preservadas, muitas vezes só acessíveis por helicóptero ou barco. A atividade clandestina destrói a vegetação e os rios. Um relatório recente da Polícia Federal mostrou que o garimpo de ouro no Pará despeja o equivalente a um desastre do Rio Doce a cada 11 anos.

O mercúrio (usado no garimpo para “grudar” partículas de ouro) contamina águas e peixes por milhares de anos e causa uma série de doenças. O último levantamento sobre o assunto mostra que até 160 toneladas de mercúrio foram emitidos à atmosfera apenas em 2016.

O Ibama se esforça para combater os garimpos ilegais, colocando fogo em máquinas e destruindo pistas de pouso ilegais. Mas a tarefa parece infinita. Só neste ano, agentes do instituto realizaram ao menos três grandes operações de combate ao garimpo ilegal. Uma na Terra Indígena Tenharim do Igarapé Preto, no Amazonas, outra na Terra Indígena Munduruku, no Pará, e uma terceira na Terra Indígena Ianomâmi, em Roraima. O Exército, inclusive, instalou bases fixas de vigilância ao garimpo no local, na fronteira com a Venezuela.

Outra promessa de Bolsonaro, a de unir os ministério do Meio Ambiente e da Agricultura, pode dificultar as ações e aumentar os conflitos.

Em várias ocasiões, Bolsonaro já disse que as riquezas minerais devem ser liberadas para extração pelos brasileiros. “O que seria do Brasil sem os bandeirantes que exploraram os diamantes? Teríamos um terço do território atual se não fossem eles. É preciso parar de tratar o garimpeiro como bandido no Brasil”, já afirmou.

A associação de garimpeiros levou suas demandas apenas a Bolsonaro. Segundo Marques, houve tentativas de diálogo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ele não cedeu aos apelos. Por isso, o petista Fernando Haddad nem foi procurado.

Por causa da receptividade à causa, Bolsonaro é idolatrado em Curionópolis, cidade que abriga Serra Pelada. Algumas montagens na internet alteram o nome da cidade para “Bolsonópolis”, como uma brincadeira. Moradores de um bairro sem asfaltamento fizeram uma vaquinha para instalar um outdoor em apoio a ele. Esperam que, no governo do militar, a bonança volte a reinar.

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“Ambição e imaturidade”

Um kit para garimpo, como o usado por Bolsonaro, é vendido por R$ 310 no Mercado Livre. Se tiver sorte e achar três gramas de ouro, o equivalente ao peso de uma moeda de um centavo, já se paga o kit e ainda sobram R$ 134. A cotação do ouro em 1° de novembro estava em R$ 148 o grama.

A atividade garimpeira é tida por muita gente como promessa de dinheiro fácil e rápido. A ambição de enriquecer rapidamente e ter poder chegou a constar na ficha de Bolsonaro no Exército Militar. Em 1983, ele resolveu passar as férias em Saúde, na Bahia, para garimpar. Estava com outros cinco militares, sendo que dois “estavam sob seu comando”.

A situação foi registrada na avaliação feita pelos superiores na época. Segundo as anotações, eles atestaram que Bolsonaro tinha grande “ambição e imaturidade”, e que se percebeu “pela primeira vez sua grande aspiração em poder desfrutar das comodidades que uma fortuna pudesse proporcionar”. Na época, Bolsonaro respondeu aos superiores que não teve lucro.
Ligação antiga

Em 1986, o então deputado federal Sebastião Rodrigues de Moura, o Major Curió, do PMDB, enviou uma carta cheia de elogios a Bolsonaro. Dizia que desejava “passar o bastão” ao capitão, que na época tinha 31 anos. Curió era o interventor da região de Serra Pelada. A cidade que abriga a mina, de 18 mil habitantes, foi batizada de Curionópolis em sua homenagem. Ele comandou o massacre da guerrilha do Araguaia, no Sul do Pará, entre 1972 e 74, em que pelo menos 52 pessoas morreram. Bolsonaro e Curió se conheceram em Serra Pelada, segundo o próprio Bolsonaro.

Na carta, que faz parte dos registros do Arquivo Nacional, em Brasília e pode ser lida na íntegra aqui, Curió afirma que reconheceu em Bolsonaro um parceiro na luta contra a “maior das ditaduras, o comunismo”. “Competirá a você, meu jovem companheiro, carregar este bastão, levando-o à vitória, com a graça de Deus e a ajuda dos homens de bem desta Nação”, diz o texto.

Na época, Bolsonaro ainda era um desconhecido. Sua única ação de projeção nacional havia sido escrever um artigo na revista Veja reclamando do salário baixo dos militares. Acabou sendo preso pela crítica, acusado de “transgressão grave”. Poucos meses depois, a mesma Veja revelaria que ele planejava explodir bombas em quartéis para pressionar o comando – o que ele sempre negou.

Major Curió é hoje coronel da reserva. Aos 83 anos, vive em Brasília praticamente isolado, tem problemas de saúde e quase não se comunica mais com a população de Curionópolis.

Ex-agente do Serviço Nacional de Informações, o SNI, Curió tinha prestígio junto à ditadura militar por causa do “bom serviço” prestado na guerrilha do Araguaia. Por isso, foi o indicado para administrar Serra Pelada quando o local teve um boom demográfico durante o apogeu do garimpo. Como uma espécie de interventor da comunidade, ele definiu regras rígidas, como a proibição de bebidas alcóolicas e de mulheres na região do garimpo. Costumava dizer que “o seu revólver soava mais alto”.

A mão de ferro garantiu ordem e estabilidade. Em 1980, o presidente João Batista Figueiredo visitou o local. O Jornal Nacional da época noticiou que uma multidão de garimpeiros recebeu Figueiredo cantando o hino nacional diante da bandeira do Brasil.

O momento é narrado por Curió na carta a Bolsonaro: “Vibrantes, patriotas, dignos e honrados, cantamos não a canção da infantaria, mas o Hino Nacional Brasileiro. E as vozes daqueles homens mal barbeados e sujos pela lama avermelhada da maior mina de ouro do planeta, ecoaram pela selva amazônica, impressionando o mundo”.

Em 2000, Curió foi eleito prefeito de Curionópolis. Em 2008, teve o mandato cassado por compra de votos e abuso de poder econômico. Ainda assim, os moradores lembram com saudade do cacique político. “Naquela época não tinha bagunça como tem hoje”, disse Marques, que ainda mora na localidade.

*Com Intercept

*Foto destaque: Sebastião Salgado

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Não é potássio, é ouro por trás da PL da mineração em terras indígenas

Entenda como o rejeito da mineração é “o que vale dinheiro” e como a história da corrida pelo ouro e de Bolsonaro chegam aos interesses.

Não é o potássio, mineral de extrema importância para os fertilizantes usados na agricultura brasileira, que incentiva o governo a acelerar a aprovação do PL 191/2020, o projeto de mineração em terras indígenas. Mas o ouro, que será obtido nos rejeitos da mineração das terras protegidas da Amazônia.

“Por que eles querem minerar em terra indígena? Por causa do rejeito. Quem é que vai fiscalizar o rejeito? Quem é que vai dizer que tinha ouro lá?”, levantou o economista Luiz Alberto Melchert de Carvalho e Silva, com décadas de experiência no agronegócio.

Apesar de explicar a importância efetiva do potássio nos fertilizantes necessários para a agricultura e a dificuldade de se obter este insumo, dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) divulgados esta semana pela imprensa revelam que somente 11% das jazidas de potássio estão na Amazônia e, destas, a grande maioria não se encontra sequer em terras indígenas.

“Não tem o menor fundamento invadir a terra indígena para obter alguma coisa que existe fora. Não porque tenha pouco ou muito, não é essa a questão. A questão é que existe fora”, completou Luiz Melchert.

Por outro lado, não é novidade o interesse da bancada ruralista, com apoio do presidente, na mineração -principalmente do ouro como exposto acima- em terras indígenas. Em abril de 2021, o Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração mapeou com nome e sobrenome a lobby político do garimpo ilegal.

No relatório intitulado “O cerco do ouro” [leia aqui], a movimentação de deputados federais, senadores, além de políticos regionais, junto ao governo de Jair Bolsonaro foi detalhada. Uma das principais pontes apontadas pelos pesquisadores com o governo foi o vice Hamilton Mourão. Os próprios presidentes do Senado e da Câmara em 2020 estiveram envolvidos nas articulações para fazer aprovar pautas do interesse da mineração.

O documento aprofundou como o garimpo ilegal de ouro em terras indígenas se refletiu no aumento expressivo do desmatamento nos territórios do alto Tapajós, como Munduruku, no sudoeste do Pará. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), somente em 2020, perdeu 2.052 hectares de floresta, tornando-se a sexta terra indígena mais desmatada do Brasil.

“O garimpo está dividindo nosso povo, trazendo novas doenças, contaminando nosso povo com mercúrio, trazendo drogas, bebidas, armas e prostituição. E ganância. Alguns parentes cegos com o brilho do ouro, estão fazendo o jogo sujo dos daydu, e publicamente afirmando que o povo Munduruku é a favor de garimpo e da mineração. Vamos repetir: suas palavras estão cheias de dapxim – cheias de ódio e mentira”, expôs carta aberta do povo Munduruku, em 2019.

O surto do garimpo ilegal do ouro nos territórios Munduruku, em 2020, foi relacionado pelos pesquisadores Luis Wanderley, Luísa Molina, Ailén Vega, Laize Silva e Rosamaria Lourdes, como a principal razão do aumento do preço do mineral naquele ano, contrariando a tese divulgada oficialmente de que o aumento ocorria por ser um ativo financeiro estável na pandemia.

Mas além de lideranças regionais e mesmo indígenas cooptadas para os interesses ruralistas, o Comitê buscou os atores políticos no lobby da mineração e do garimpo com vistas para o ouro, seja no Congresso ou de dentro do governo Bolsonaro:

Nesta semana, o Comitê voltou a expor os nomes dos políticos em documento publicado em parceria com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib)  São listados o senador Wellington Fagundes (PL-MT), o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), Zequinha Marinho (PSC-PA), o deputado federal Joaquim Passarinho (PSD-PA), José Medeiros (Podemos-MT), o ex-senador Flexa Ribeiro, o vereador Wescley Tomaz (PSC-PA) – eleito como o “vereador do garimpeiro” em Itaituba, uma das regiões com mais garimpos ilegais no país, entre outros.

De dentro do governo, além das insistentes defesas do próprio presidente Jair Bolsonaro e reuniões de outros membros, como o vice e ministros de governo, são explicitadas as movimentações de Alexandre Vidigal, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral.

“A escala de reuniões da Secretaria ao longo de 2019 foi marcada pela presença de entidades do empresariado (…). A maioria dos encontros contou com a participação do próprio Alexandre Vidigal, para discutir temas como o projeto potássio na Amazônia, a disponibilidade de áreas da Petrobras na região e projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional. O Instituto, inclusive, ampliou sua presença junto à Secretaria a partir de meados de 2019, momento em que a discussão sobre mineração em terras indígenas se acirrou em audiências públicas na Câmara dos Deputados e na imprensa, com o governo prometendo divulgar um projeto de lei para a regulamentação da matéria.”

Na continuidade dessas articulações, em agenda desta terça-feira (07), que até o início do encontro não havia sido tornada pública, o presidente Jair Bolsonaro reuniu-se com dezenas de representantes do Agronegócio. Somente após o término da reunião, no final da tarde, o encontro constou na agenda oficial da Presidência.

Nenhum dos ruralistas e representantes do Agronegócio convidados divulgou o teor da conversa. Anunciaram apenas a “importância do agro” para o país. Mas, notadamente, ganhou o reconhecimento dos preparativos para a campanha eleitoral 2022. Colunistas do Uol, Terra e outros jornais apontaram, imediatamente, o objetivo do presidente de arrecadar recursos e doadores para a campanha à reeleição.

Como de conhecimento geral, a bancada ruralista é importante base de apoio que elegeu Jair Bolsonaro em 2018. Ricardo Barros (PP-PR), de origem ruralista de tradicional família do Paraná e atual líder do governo na Câmara, é somente um dos mais conhecidos nomes da bancada que cobrou diretrizes diretas de Bolsonaro para o comando do país ao longo do mandato.

Foi ele, inclusive, que protocolou ontem (08) um pedido de urgência na Câmara para a votação do Projeto de Lei 191/2020, com o amplo apoio da bancada ruralista e do Centrão. Inevitável associar a prestação de contas da decisão, um dia após a reunião de suposta arrecadação de recursos para a campanha de Bolsonaro a representantes do agronegócio.

Há dois anos, a mesma bancada comparecia em peso para um café da manhã com o presidente. À época, a ordem do dia foi direta: apoio ao PL que regulamenta a exploração de atividades econômicas em terras indígenas. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) cobrou de Bolsonaro que o texto viesse na forma de um projeto de lei.

Justamente porque se fosse publicado como decreto presidencial, poderia ser derrubado posteriormente. A bancada queria legalizar de forma permanente a exploração das terras indígenas. “Se fizer um decreto e o decreto atender de maneira voluntarista ao que nos interessa, ele pode cair no primeiro recurso. Então é preciso fazer isso de maneira amadurecida”, entregava o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), da FPA.

*Com GGN

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Rússia: objetivo do Pentágono na Ucrânia era criação de mecanismo de disseminação de bactérias que causam doenças letais

Em laboratórios criados e financiados pelos EUA na Ucrânia estavam sendo conduzidos experimentos com coronavírus de morcegos, disse o representante oficial do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov.

“Segundo demonstram documentos, em laboratórios criados e financiados na Ucrânia foram conduzidos experimentos com amostras de coronavírus de morcegos”, disse general russo.

Forças Armadas da Rússia encontraram evidências em documentos de laboratórios na Ucrânia de que o Pentágono financiava pesquisas para criar um mecanismo de propagação secreta de patógenos letais, afirmou Konashenkov.

“Além disso, particular interesse suscitou a informação detalhada sobre a realização pelos EUA de um projeto de estudo de propagação de patógenos por aves selvagens que migram entre a Ucrânia e Rússia e outros países vizinhos. De acordo com os documentos, o lado americano planejava realizar na Ucrânia em 2022 trabalhos sobre [agentes] patógenos de aves, morcegos, répteis, com a posterior transição para o estudo da possibilidade de estes animais disseminarem a peste suína africana e antraz”, disse o representante da Defesa russa nesta quinta-feira (10).

Em breve, o Ministério da Defesa da Rússia publicará outro pacote de documentos sobre as atividades biológico-militares secretas dos EUA no território da Ucrânia, observou Konashenkov.

Segundo ele, os especialistas militares russos em proteção química, biológica e radiológica analisaram documentos sobre a transferência de biomateriais humanos obtidos na Ucrânia por ordem de representantes dos EUA para países estrangeiros.

Desde o início da operação especial militar, as Forças Armadas da Rússia já destruíram 2.911 alvos de infraestrutura militar ucraniana, informou Konashenkov.

“Os ataques à infraestrutura militar ucraniana continuam. Ao todo, durante a operação já foram eliminados 2.911 alvos de infraestrutura militar da Ucrânia”, disse.

Ontem (9), Maria Zakharova, representante oficial da chancelaria russa, afirmou que laboratórios biológicos ucranianos perto das fronteiras da Rússia estavam envolvidos no desenvolvimento de componentes para armas biológicas.

*Com Sputnik

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VÍDEO: Embaixada de Belarus em Roma é alvo de atentado a bomba

Aliado da Rússia, Belarus é o país onde vêm acontecendo as negociações entre russos e ucranianos em meio à guerra.

O prédio da embaixada de Belarus em Roma, capital da Itália, foi alvo de um atentado a bomba na madrugada desta quarta-feira (9). Segundo a agência italiana Ansa, promotores locais abriram um inquérito para investigar o ocorrido.

Segundo a polícia de Roma, o atentado pode ter sido um “protesto” contra a guerra entre Rússia e Ucrânia. Belarus é um país aliado à Rússia e sediou todas as últimas mesas de negociação entre russos e ucranianos.

Imagens de câmeras de segurança, que circulam nas redes sociais, mostram o momento do ataque. É possível ver que dois homens vestindo macacão atiram artefatos explosivos contra o prédio da representação diplomática de Belarus enquanto correm. Segundo membro do corpo diplomático do país do leste europeu, foram atirados 2 artefatos, sendo que um causou uma forte explosão e o outro falhou.

De acordo com o site Sputnik, Vladimir Vasilkov, encarregado de negócios de Belarus na Itália, o ataque tem sido interpretado entre seus pares como um atentado terrorista.

Apesar dos danos ao prédio, as informações oficiais de autoridades italianas dão conta de que ninguém ficou ferido com a explosão.

Confira:

*Com Forum

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Embargo dos EUA ao petróleo russo faz preços dispararem e agita Bolsas no mundo

Os preços do petróleo registram alta nesta terça-feira (8), após a proibição nos Estados Unidos das importações de petróleo russo, uma decisão que também fez o níquel subir a seu máximo histórico e agitou as bolsas de valores.

O preço do Brent – o principal barril de referência internacional – para entrega em maio fechou com alta de 3,87% em Londres, a 127,98 dólares. Já em Nova York, o barril do Texas, o WTI, para abril subiu 3,60%, a 123,70 dólares.

O presidente americano, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira a proibição de importar petróleo russo aos EUA, enquanto o Reino Unido assinalou que vai eliminar suas compras gradualmente até o final do ano.

Já os países da União Europeia, que recebem da Rússia aproximadamente 40% de suas importações de gás e um quarto das de petróleo, optaram por fixar a meta de reduzir em dois terços as importações de gás russo.

Moscou, por outro lado, advertiu que, em represália pelas sanções após a invasão da Ucrânia, poderia cortar o fornecimento de gás natural à Europa através do gasoduto Nord Stream 1.

Mesmo que os Estados Unidos não importem grandes quantidades de petróleo russo, os analistas acreditam que a medida é importante porque supõe o “lançamento de una guerra econômica total contra a Rússia” por parte de Washington, segundo Fawad Razaqzada, da consultoria ThinkMarkets.

“Haverá consequências: preços altos de gás, ainda mais inflação e represálias da Rússia”, garantiu.

Para Craig Erlam, da corretora OANDA, “trata-se de mais um passo para que o Ocidente vire as costas para a Rússia e a deixe isolada no mundo”.

Bolsas acusam impacto

O aumento dos preços do petróleo freou a retomada das bolsas nos Estados Unidos e na Europa.

Assim, a bolsa de Nova York fechou no vermelho em uma jornada marcada por grande volatilidade.

O Dow Jones caiu 0,57%, aos 32.631,72 pontos, enquanto o índice tecnológico Nasdaq fechou em baixa de 0,28%, aos 12.795,55 pontos, e o S&P 500 retrocedeu 0,73%, para 4.170,62 pontos.

Na Europa, enquanto Londres conseguiu subir 0,1%, Frankfurt terminou a jornada estável e Paris registrou queda de 0,32%. Já em Madri, o Ibex-35 fechou positivo (+1,82%), em uma sessão marcada pela volatilidade.

Matérias-primas

Os preços das matérias primas também sentiram os efeitos do crescente isolamento da Rússia e a Bolsa de Metais de Londres suspendeu o comércio de níquel depois que o metal – utilizado para fabricar aço inoxidável e baterias para veículos elétricos – disparou até atingir o recorde de 101.365 dólares por tonelada, em meio a temores pelo fornecimento russo.

“A Rússia é um dos principais exportadores mundiais desta matéria-prima e, com a possibilidade de [Moscou] impor sanções aos países ocidentais, o mercado poderia sofrer uma importante crise de fornecimento no curto prazo, o que poderia dar lugar a novos aumentos de preços até que a situação se estabilize”, disse Walid Koudmani, analista-chefe de mercado da plataforma de comércio online xtb.

*Com Uol

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STJ manda governo informar a Lula se Lava Jato e EUA agiram juntos

A primeira seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, nesta quarta-feira (9/3), decisão do ministro Sergio Kukina que determinou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública informar à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se houve cooperação formal entre procuradores da Lava Jato e o governo dos Estados Unidos.

O pedido de acesso foi feito pela defesa do petista sob o argumento de que a troca de informações entre o Brasil e os EUA teria desrespeitado os mecanismos oficiais de inteligência e colaboração previstos pelo decreto 3.810/2001, e sem que ela tivesse acesso ao conteúdo das colaborações.

Ainda segundo a defesa do ex-presidente, as informações seriam fundamentais para o exercício da chamada “investigação defensiva”, mas o acesso ao conteúdo de eventuais colaborações teria sido negado pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça.

“Procurei sintetizar o encaminhamento do raciocínio na própria ementa, vejo sim a legitimidade, interesse da parte autora, com base em provimento da OAB, conduzir investigação defensiva e, nesse propósito, recolher informações junto às autoridades brasileiras, reforçou Kukina.

O ministro ponderou, contudo, que a decisão não obriga a autoridade policial a revelar conteúdo eventualmente arrecadado no âmbito dessa cooperação.

*Com Metrópoles

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Rússia: Contra sanções, partido de Putin sugere nacionalizar empresas estrangeiras

Decisão de companhias de deixar Rússia é “decisão puramente política”, disse o secretário do Conselho Geral do Rússia Unida, Andrey Turchak.

O partido Rússia Unida, do qual o presidente Vladimir Putin é membro, sugeriu nacionalizar a produção de companhias estrangeiras que estejam deixando o país por conta das sanções impostas por EUA e União Europeia. A informação é da agência oficial RT.

“O Rússia Unida propõe nacionalizar a produção das empresas que anunciam sua saída e o fechamento da produção na Rússia durante a operação especial na Ucrânia. Esta é uma medida extrema, mas não toleraremos facadas nas costas e protegeremos nosso povo”, disse o secretário do Conselho Geral do Rússia Unida, Andrey Turchak. A “operação especial” a que Turchak se refere é a ação militar de Moscou contra o território ucraniano.

Turchak disse considerar que a decisão das companhias de deixar a Rússia é uma “falência premeditada” e uma “decisão puramente política”, comparando as sanções a uma guerra. Na semana passada, o próprio presidente Putin chegou a dizer que as medidas se comparam a um ato de guerra.

“Esta é uma guerra real, e não contra a Rússia como um todo, mas contra os cidadãos. Não vamos olhar para ela com indiferença. Tomaremos duras medidas de retaliação, agindo de acordo com as leis da guerra”, afirmou Turchak.

Desde a imposição de sanções, várias empresas já anunciaram que deixarão de operar na Rússia. A lista de companhias abrange desde fabricantes de celular, como Samsung e Apple, a operadoras de cartões de crédito como Visa e Mastercard até lojas como Ikea e H&M. A plataforma de streaming Netflix também anunciou que vai sair do país.
Sanções

União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, além de outros países alinhados aos europeus e norte-americanos, anunciaram pesadas sanções financeiras e econômicas contra membros do governo, bancos e grandes empresas russas como uma forma de responder à guerra na Ucrânia.

Entre as medidas mais duras, está a exclusão de bancos russos do sistema financeiro Swift, que permite mensagens instantâneas e a rápida emissão de ordens de pagamento nas transações de compra e venda internacionais, além de congelarem 50% dos ativos no exterior do Banco Central, uma medida com potencial de paralisar as operações bancárias na Rússia ao deixar as instituições sem garantia de liquidez por parte da autoridade monetária.

Além disso, grandes empresas e instituições financeiras foram vetadas de fazer negócios nos países citados.

Uma das primeiras consequências foi a maxidesvalorização do rublo, que perdeu 86% do seu valor desde o início da guerra russa contra a Ucrânia. Além disso, a subsidiária europeia do banco Sberbank, o maior da Rússia, entrou com um pedido de falência. O Banco Central russo é o maior acionista do Sberbank.

*Com Ópera Mundi

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EUA lançaram desinformação sobre crise na Ucrânia para difamar China, dizem fontes

Citar “funcionários anônimos” para lançar desinformação é um velho truque que os EUA têm usado para enganar o público.

Jornal estatal chinês Global Times descobriu de várias fontes que os “funcionários anônimos”, cujos relatos anteriores citados alegavam que a China tinha pedido à Rússia para não tomar medidas na Ucrânia antes do final dos Jogos Olímpicos de Inverno, são do Conselho de Segurança Nacional dos EUA e seu objetivo era desviar a responsabilidade dos EUA no conflito para lucrar com isso e difamar a China.

Em duas notícias publicadas em 25 de fevereiro e 2 de março, The New York Times citou “funcionários anônimos dos EUA” dizendo que a China teve conhecimento dos planos da Rússia na Ucrânia e pediu a Moscou para não tomar medidas antes do final dos Jogos Olímpicos de Inverno que tiveram lugar em Pequim.

Os relatos acusam a China de apoiar a Rússia para criticar os EUA e de se opor às sanções norte-americanas contra a Rússia.

O Ministério das Relações Exteriores chinês refutou estas notícias, salientando que os EUA fabricavam informações para difamar a China.

Citar “funcionários anônimos” para lançar desinformação a fim de enganar o público é um velho truque que os EUA têm estado usando.

Através de várias fontes, o Global Times descobriu que os “funcionários anônimos” citados pelo The New York Times são do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Coincidentemente, apesar da situação na Ucrânia, os EUA parecem ter aumentado o seu investimento na região do Indo-Pacífico para conter a crescente influência da China.

Analistas têm dito que os problemas associados com a situação na Ucrânia são claros, e os EUA e a OTAN estão juntos empurrando a Ucrânia para o fogo.

*Com Sputnik

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Ernesto Araújo: Bolsonaro e Centrão fazem governo de corruptos

O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo afirmou que o governo Bolsonaro e o Centrão fazem uma política de “alinhamento cleptocrático”, ou seja, um governo de corruptos. A declaração consta de um vídeo publicado por Ernesto na segunda-feira (7/3), informa Guilherme Amado, Metrópoles.

Para o ex-chefe do Itamaraty, a sua saída do governo, em março de 2021, “coincidiu com o momento em que o Centrão, que já tinha se infiltrado no governo, passou a ter espaço decisivo dentro do governo”.

Poucos dias depois da demissão de Araújo, a deputada Flávia Arruda, do PL, sigla do Centrão e que hoje é o partido de Bolsonaro, assumiu a Secretaria de Governo da Presidência. Araújo foi substituído no ministério pelo diplomata Carlos França.

“Quando eu saí, imediatamente começaram a reconstruir aquela política externa de alinhamento totalitário lá fora e de alinhamento cleptocrático aqui dentro do Brasil”, disse Araújo, que integrava a base ideológica do governo Bolsonaro, composta por seguidores do polemista Olavo de Carvalho. Por essa tese, o alinhamento novo seria em duas direções: aproximação da China e afastamento dos Estados Unidos.

Segundo Ernesto Araújo, o objetivo do Centrão ao se aliar a Bolsonaro foi evitar “quebrar o sistema corrupto”. O próprio Bolsonaro disse no ano passado, referindo-se a sua carreira de deputado: “Sempre fui do Centrão”.

De acordo com o olavista, o Centrão “sempre” esteve entre os governos petistas e tucanos, apoiando uma política externa que “favorecesse a corrupção no Brasil”. Por isso, continuou Araújo, sua gestão na pasta foi alvo de críticas desse grupo. “É o que eles não queriam, porque é uma política que prejudicava o sistema cleptocrático que eles haviam montado”.

“O Centrão entrou no governo Bolsonaro para destruir o programa original do governo Bolsonaro, que é programa que levaria a quebrar sistema corrupto do qual o Centrão faz parte”, seguiu Araújo.

Para Araújo, o grupo de partidos que dá apoio a Bolsonaro no Congresso não é responsável apenas por isso, mas também por acabar com o conservadorismo no Brasil.

“O Centrão conseguiu também destruir boa parte do movimento conservador brasileiro na base da tese de que qualquer coisa feita pelo Bolsonaro tem que ser apoiada pelos conservadores, pela direita, senão você não é de direita”, afirmou.

No mês passado, Ernesto Araújo ficou irritado depois que Bolsonaro disse que o ex-ministro fazia críticas gratuitas à viagem oficial à Rússia em meio à ameaça de uma guerra com a Ucrânia. “Não é uma crítica de graça, tenha certeza disso”, retrucou o ex-chanceler.

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MRE russo: em laboratórios ucranianos estavam sendo desenvolvidos componentes de armas biológicas

Os funcionários de laboratórios biológicos na Ucrânia forneceram dados sobre a destruição urgente de substâncias perigosas, declarou nesta quarta-feira (9) Maria Zakharova, representante oficial da chancelaria russa.

“Dos funcionários de laboratórios biológicos ucranianos foi recebida documentação sobre destruição urgente em 24 de fevereiro de patógenos particularmente perigosos, agentes de peste, antraz, cólera e outras doenças mortais”, informou ela durante a coletiva.

Laboratórios biológicos ucranianos perto das fronteiras da Rússia estavam envolvidos no desenvolvimento de componentes para armas biológicas disse Zakharova.

“Nos últimos dias foram confirmados os nossos receios de longa data, que temos repetidamente expressado por mais de um ano, sobre o desenvolvimento dos referidos materiais biológicos para uso militar pelos EUA no território da Ucrânia sob os auspícios dos respectivos serviços especiais dos EUA”, disse Zakharova.

O lado russo questiona se estes biomateriais de laboratórios ucranianos foram destruídos e a que mãos eles foram parar, afirmou diplomata russa.
Anteriormente, a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, afirmou que na Ucrânia existem instalações de pesquisa biológica e que Kiev e Washington estão trabalhando para evitar que os materiais acumulados lá caiam nas mãos das forças russas.

“Posso fazer outra pergunta? Como isso tudo foi destruído. E se tudo isso foi eliminado?”, questionou Zakharova.

“Mas foram destruídos ou não foram destruídos? E como podemos verificar esses biomateriais agora? Eles não teriam acabado nas mãos de extremistas? De nacionalistas? Quem vai dar essas garantias?”, acrescentou.

As negociações de Moscou com o lado ucraniano são conduzidas a fim de cessar o derramamento de sangue sem sentido e já foram feitos alguns progressos, disse ela.

“Paralelamente com a operação militar especial, estão sendo conduzidas negociações com o lado ucraniano, com o objetivo de acabar o mais rápido possível com o derramamento de sangue sem sentido e a resistência das Forças Armadas da Ucrânia […] Foram alcançados alguns progressos”, afirmou Zakharova em uma coletiva de imprensa.

Ela ressaltou que a Rússia exorta a Ucrânia a fazer tudo o possível para garantir a passagem segura de civis e espera conseguir progressos nas próximas conversações.

“Voltando às negociações, infelizmente, na prática, os acordos muitas vezes não são respeitados. Apelamos à parte ucraniana para que faça tudo o possível para garantir a passagem segura de civis, e esperamos que as próximas rodadas de negociações deem um passo em frente mais significativo”, observou a diplomata russa.

Ao mesmo tempo, a representante oficial da chancelaria salientou que a operação especial russa não é dirigida contra a população civil.
“O objetivo da missão não inclui ocupar a Ucrânia, nem a destruição do seu Estado, nem a derrubada do governo atual”, afirmou.

Imagem ilustrativa de amostras em um laboratório. - Sputnik Brasil, 1920, 08.03.2022

A Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro para desmilitarização e desnazificação do país, depois que as repúblicas de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pediram ajuda para interromper o bombardeio de civis.

*Com Sputnik

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