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Bolsonaro confessa que não só mente, mas que foi expulso de exército por mentir para o comando

A natureza de Bolsonaro é acusar os outros daquilo que ele é. Por isso, passou a vida inteira gritando pega ladrão; bandido bom é bandido morto, e por aí vai. Lógico que, quando a coisa  chega perto dele e dos seus, acusados de um número sem fim de crimes, joga na conta do Abreu, colocando sigilo de cem anos.

Diz que isso está dentro da lei, que ele pode cometer crimes, utilizar outra forma de crime para colocar num cofre a sete chaves toda a sujeira que personifica essa família de DNA imundo.

Por isso também Bolsonaro se dedica tanto à difusão da cultura do ódio para abarcar gente frustrada, amarga e rancorosa, por motivos alheios à vida política para que possa introduzir mais ódio na fogueira.

Ontem, por exemplo,  Bolsonaro parecia citar sua própria biografia, dizendo que, nas Forças Armadas, se o cara mentir, está condenado à expulsão. Não foi exatamente isso que ocorreu com ele quando negou que havia dado a entrevista explosiva na Veja quando era tenente do exército?

Pois bem, o troço que já estava ruim para ele, piorou depois de uma investigação, o exército concluiu que a revista estava certa e que Bolsonaro mentiu, o que enfureceu o comando, e o ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves queria a cabeça de Bolsonaro a todo custo, porque ele, depois de conversar com Bolsonaro, e este negar a entrevista, bancou a sua versão, mas teve que pedir desculpas pelo erro e admitir que foi enganado por Bolsonaro.

Moral da história, Bolsonaro, através de um acordo, foi expulso das Forças Armadas, mas conseguiu ficar na reserva, através de sua relação pessoal com juízes militares.

Isso, porém, não o aliviou da maior desonra que um militar pode receber com um manifesto chamando o vigarista de mentiroso.

Ontem, Bolsonaro, num ato falho, disse que o chefe do executivo mente. Na verdade, o ato pode ser sido falho, mas a frase está correta, assim como a sua narrativa sobre a punição de que quem mente nas Forças Armadas, é expulso, afinal, essa é a própria história de Bolsonaro, mesmo ele se vendendo como um militar. Aliás, ele se vende como militar, diz que sempre foi do Centrão, e por aí vai, colocando a imagem das Forças Armadas no mesmo balaio do Centrão,

Bolsonaro não tem rigorosamente nada para mostrar, em seus três anos de governo o país se desmanchou, enquanto o presidente da República se lambuzava da espetacularização para se manter no coreto político, enquanto o país era centrifugado por uma crise permanente que gerou uma piora hecatômbica em todas as áreas da atividade econômica e social.

Imaginar que Bolsonaro pretende usar esse capítulo do deputado PM, Daniel Silveira, que já foi preso 80 vezes pela própria PM, para produzir fumaça numa crise artificial com o STF, é ver um sujeito confessar o fracasso do seu governo, a falência das instituições envenenadas por ele e a consequência trágica para o Brasil e os brasileiros, tendo apenas se beneficiado dessa desordem absoluta, os abutres de sempre, os banqueiros que estão entre os 10 que mais lucraram no mundo durante a pandemia.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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