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A cara do fracasso: Com a saída de Dória, a finada terceira via, criada pela mídia, será enterrada e esquecida

À luz de um critério político, a terceira via foi um erro da grande mídia. O máximo que conseguiu, como manipuladora que é, foi um buraco n’água, seja como tutora de Moro ou de Dória, dois débeis moldados em redações, que se transformaram em escultura grega.

Esse é o problema tanto de Dória quanto de Moro, que também desistiu da candidatura à presidência da República. Os dois estavam envenenados pelos holofotes que eram uma espécie de salada de coisas incapazes de uma visão de país. Eles se viciaram na pintura que a mídia fez dos dois, só que a batalha de uma eleição é algo muito mais profundo e, sobretudo mais complexo.

Talvez aí esteja a dificuldade da mídia e, lidar com Lula, o presidente mais popular da história desse país, simplesmente porque foi o melhor presidente da nossa história. Mas a mídia acredita que, do nada, ela pode criar tipos como Dória e Moro que, aliás, são tipos que se completam, tanto que estiveram, de alguma forma, ladeados com Bolsonaro.

Dória fazendo a famosa dobradinha BolsoDória e Moro fez igual, mesmo antes do término da eleição de 2018, numa aliança nefasta que decidiu o pleito, prendendo Lula, que estava e primeiro lugar nas pesquisas, em troca de um ministério no governo que ele orquestrou a vitória. Ambos são da mesma estirpe de Bolsonaro pelos motivos aqui apresentados.

Aí entra a hipocrisia da mídia por jamais criticar Moro por ter trocado a cabeça de Lula por um ministério, afinal, no caso de Moro, é uma dupla criação da mídia, primeiro, o juiz herói e, depois, o candidato ex-juiz herói.

Dória, com aquela soberba, não imaginava sofrer a humilhação de ter apenas, se muito, 3% nas pesquisas, o que o fez uma presa fácil para os caciques do PSDB, principalmente Aécio, que agora quer um candidato do partido carimbado por ele, que certamente a mídia apoiará e, com certeza, vai quebrar a cara, como quebrou com Dória e Moro, porque a terceira via só cabia nas cabeças de bretão.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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