Mês: julho 2022

Centrão turbina distribuição de caixas d’água, com suspeitas de superfaturamento

Codevasf e Dnocs, criados para levar melhores condições de vida a habitantes de regiões carentes do país, tiveram os orçamentos para comprar este tipo de equipamento turbinados em 60% nos últimos dois anos, segundo O Globo.

Entregues nas mãos do Centrão pelo presidente Jair Bolsonaro, dois dos principais órgãos do governo criados para levar melhores condições de vida a habitantes de regiões carentes do país têm sido usados por parlamentares para distribuir caixas d’água seguindo critérios políticos, sem qualquer controle de quem recebe, e com suspeitas de superfaturamento.

A situação se dá num cenário em que a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) tiveram os orçamentos para comprar este tipo de equipamento turbinados em 60% nos últimos dois anos.

Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) nesses gastos apontou que o próprio Dnocs não soube dizer onde foi parar o material que deveria ser usado pela população para estocar água em regiões assoladas pela seca. A Codevasf também admite não saber se os reservatórios, adquiridos com dinheiro público, foram ou não instalados na casa de alguém que precisa.

Em comum, Codevasf e Dnocs são controlados por nomes indicados por caciques do Centrão, bloco de partidos que dá sustentação política a Bolsonaro e tenta reelegê-lo.

O diretor geral do Dnocs, Fernando Marcondes de Araújo Leão, assumiu o órgão em 2020, indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A autarquia foi um dos órgãos entregues ao Centrão naquela época. Apadrinhados do PP são coordenadores em Pernambuco, Piauí, Ceará e Alagoas, quatro dos nove estados do Dnocs, segundo levantamento do Globo. Procurado, Lira não comentou.

Menos fiscalização

Os dois órgãos são subordinados ao Ministério do Desenvolvimento Regional, e juntos têm um orçamento de R$ 3,6 bilhões. Ao menos um terço desse valor foi transferido via orçamento secreto, mecanismo criado no atual governo para favorecer deputados e senadores aliados do Palácio do Planalto na destinação de recursos da União.

No caso da Codevasf, as caixas d’água foram entregues numa modalidade chamada de doação, em que não é preciso firmar convênios com prefeituras ou governos estaduais, como é exigido na maioria das transferências via emendas parlamentares. Nestes casos, os beneficiários podem ser associações comunitárias ou de produtores, como, por exemplo, de pequenos agricultores. Funciona assim: deputados e senadores apresentam emendas ao Orçamento com as quais destinam dinheiro para a estatal comprar o equipamento e indicam qual associação deve receber. A estatal então usa o recurso para comprar o material e doa à entidade, a quem cabe distribuí-lo.

Nos termos de doação, a associação aceita utilizar os bens somente para “finalidades de interesse social, sem fins lucrativos”, ou seja, não pode vendê-los e só distribuir para beneficiar seus associados. No caso de uma entidade de agricultores, por exemplo, os reservatórios devem ser alocados nas propriedades.

Um levantamento feito pelo Globo apontou que o número de doações de caixas d’ água neste formato praticamente triplicou desde o início do governo e, apenas de 2020 para 2021, aumentou 43%. E não é por acaso que parlamentares passaram a privilegiar este tipo de transferência. Além de menor burocracia, o nível de fiscalização é baixo. A própria Codevasf admite não ter controle de quem são os beneficiários finais. “Associações comunitárias e de produtores beneficiadas por doações realizadas pela Codevasf são responsáveis pela transferência dos bens a seus associados e a membros de suas comunidade”, afirma a estatal, em nota.

Análise feita pelo Globo em mais de 3 mil doações encontrou indícios de direcionamento político na distribuição dos reservatórios. Em Campo Formoso (BA), por exemplo, as entregas foram alvo de uma ação na Justiça, movida pela ex-prefeita Rose Menezes (PSD). Ela acusa Elmo Nascimento, irmão do deputado Elmar Nascimento (União-BA), de abusar de sua posição como superintendente da Codevasf em Juazeiro (BA) para definir quem deveria receber os equipamentos na região e, posteriormente, ser eleito prefeito da cidade em 2020. Elmar é líder do União Brasil, aliado de Bolsonaro, próximo a Lira e um dos principais expoentes do Centrão. Além do irmão, ele também emplacou o atual diretor-presidente da estatal, Marcelo Moreira.

Foram encontradas quatro associações que receberam doações e com conexões políticas: são presididas por assessores parlamentares da Câmara Municipal de Campo Formoso. Procurados por meio dos telefones informados pelas entidades ao longo do último mês, nenhum deles retornou aos contatos.

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia não considerou que as acusações eram suficientes para uma medida extrema como a cassação do prefeito, mas a Justiça Eleitoral identificou descontrole na entrega dos equipamentos e enviou as acusações para o Tribunal de Contas da União, que ainda analisa o caso. Em defesa à Justiça, a Codevaf diz que” não possui a relação dos beneficiários finais dos reservatórios de água, e sim das associações beneficiadas”.

Questionado, Elmar negou irregularidades e afirmou que a concentração de caixas d’água em Campo Formoso aconteceu por questões logísticas, mas que a distribuição era feita também para cidades vizinhas.

— Quando você pega uma cisterna e bota num caminhão, só cabe três. Escolhe-se um município que atenda melhor, que tenha um galpão, que esteja melhor situado, leva matéria-prima e monta lá — afirmou o parlamentar. Também procurado, seu irmão, Elmo, não se manifestou.

A 500 km dali, em Barreiras, uma mesma associação recebeu mais de 250 caixas d’água. A Associação de Canavieiros e Alambiqueiros do Oeste da Bahia foi criada um ano antes de receber a doação. O presidente da entidade, Sebastião Oliveira, afirmou que a associação tem 13 filiados, mas não respondeu por que recebeu tantas caixas d’água.

Um cruzamento feito pelo Globo entre a data de abertura das associações e a assinatura do termo de convênio entre as estatais aponta que 98 das 3.408 doações feitas pela Codesvasf em 2020 e 2021 foram direcionadas para sociedades criadas menos de um ano antes. E 29 delas com menos de cem dias.

Procurada, a Codevasf afirmou que as doações são efetuadas a pessoas jurídicas legalmente constituídas e não há tempo mínimo de abertura das organizações para a doação. “A doação de bens é formalizada por meio de Termo de Doação celebrado com a entidade beneficiada, e é condicionada ao cumprimento da finalidade social daqueles bens, sob pena de reversão da doação e retorno dos itens ao patrimônio da Codevasf.”

Desfalque

No Dnocs, uma investigação da CGU apontou falta de controle sobre o destino de caixas d’água. O relatório, de outubro de 2021, concluiu que houve um superfaturamento de R$ 2,54 milhões no contrato do órgão na Bahia, por exemplo. “Pouco ou nada se sabia sobre os critérios de escolha das pessoas beneficiadas, o perfil das famílias ou até se houve ou não a distribuição ao público destinatário”, diz o relatório do órgão de controle.

Um exemplo ilustra os problemas com a distribuição dos reservatórios. Desde agosto, o Dnocs da Bahia paralisou os pagamentos para a empresa contratada, a Fortlev Indústria e Comércio de Plásticos. A auditoria da CGU constatou que havia um desfalque na entrega das caixas d’água: cerca de 15 mil unidades não foram entregues, 18% da compra.

Procurada, a empresa disse que entregou os 85 mil reservatórios contratados e que a responsabilidade pela distribuição final era do Dnocs: “Não temos conhecimento dos critérios utilizados para a distribuição e o controle dos reservatórios”.

Dnocs disse que vem atendendo as recomendações da CGU e que até o momento não foi constatado desvios de equipamentos.

*Por Dimitrius Dantas e Natália Portinari/O Globo

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Senador denuncia Pacheco, Alcolumbre e Do Val ao STF por corrupção

O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) entrou com uma notícia-crime no STF (Supremo Tribunal Federal) contra três colegas senadores por corrupção. Os alvos da denúncia são o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ex-presidente da Casa Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Marcos do Val (Podemos-ES), segundo o Uol.

Vieira acusa Pacheco e Alcolumbre de corrupção ativa e Do Val de corrupção passiva no caso do orçamento secreto. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Marcos do Val afirmou que recebeu R$ 50 milhões em emendas de relator por apoiar Pacheco para a presidência do Senado.

Na mesma entrevista, Do Val disse ter sido informado da verba por Alcolumbre, que era o então presidente do Senado e articulou a campanha de seu sucessor. Segundo Do Val, os recursos seriam uma forma de “gratidão”.

No documento enviado ao STF, Vieira compara o caso ao Mensalão. “Causa espanto a naturalização de verdadeira negociata de votos dentro do Senado Federal com uso de dinheiro público”, afirmou no texto.

Alessandro Vieira também protocolou uma queixa no Conselho de Ética da Casa, pedindo que os três sejam enquadrados por quebra de decoro.

Após a repercussão da entrevista ao Estadão, Marcos do Val emitiu uma nota em fala que houve “má interpretação” da reportagem e afirma que fez referência à existência de critérios no Senado para indicações transparentes de recursos por senadores. Ele, porém, não voltou atrás nas afirmações.

Hoje, confrontado por jornalistas na CNN Brasil, Do Val disse que a “narrativa” de suposta compra de votos na eleição de Pacheco deveria ser contida “porque ela não era verdadeira” e ameaçou interromper a participação no canal.

Pacheco foi eleito presidente do Senado em fevereiro do ano passado. Ele derrotou Simone Tebet (MDB) por 57 votos a 21. O mandato na cadeira principal da Casa vai até fevereiro de 2023.

Em entrevista coletiva no Senado na tarde de hoje, Pacheco chamou a denúncia de “oportunismo político”. “Eu lamento isso de alguém que não é capaz de reconhecer aquilo que eu tenho buscado fazer desde que assumi a presidência”, disse.

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Vídeo: Bolsonaro liga para família de petista assassinado, não presta solidariedade e tenta ganhar votos

Bolsonaro disse aos familiares de Arruda que a esquerda está tentando botar a culpa do assassinato em seu colo.

Jair Bolsonaro ligou, na tarde desta terça-feira (12/7), para a família do tesoureiro do PT de Foz de Iguaçu, Marcelo Arruda, assassinado por um bolsonarista no último domingo (10/7). A ligação foi feita por intermédio do deputado Otoni de Paula, do MDB do Rio de Janeiro.

O presidente disse aos familiares de Arruda que a esquerda está tentando botar a culpa do assassinato em seu colo e convidou a família para uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15/7).

Os irmãos de Arruda, que são apoiadores do presidente, não deixaram claro se irão aceitar o convite, mas afirmaram a Bolsonaro que não querem que o caso seja explorado politicamente.

“A ideia é ter uma coletiva com a imprensa para vocês falarem a verdade, não é a esquerda ou a direita. A imprensa está tentando desgastar o meu governo”, disse o presidente para a família.

https://twitter.com/muitohumildee/status/1546969930071003141?s=20&t=q08NyEiAr8is9V1LbxrQkA

*Com 247

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Eleições: ‘Há tendência de ações violentas’ além das expressas nas redes, alerta professor

Discursos de ódio, violência e… Morte. Ontem (10), um tesoureiro do PT foi brutalmente assassinado. Enquanto as redes sociais continuam como palco do acirramento de tensões, Guilherme Carvalhido, em entrevista à Sputnik Brasil, disse que se a Justiça não agir, o país pagará pela impunidade com a sua democracia.

Marcelo Aloizio de Arruda comemorava o aniversário de 50 anos em uma festa que tinha o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores (PT) como tema quando foi morto pelo policial federal Jorge da Rocha Guaranho. Em pleno ano eleitoral, o homicídio reacendeu os debates sobre polarização no país, com os candidatos à Presidência da República repudiando publicamente o episódio.

Apesar dos apelos das autoridades por manifestações pacíficas, o pavio eleitoral foi aceso, como apontou à Sputnik Brasil o cientista político e professor da Universidade Veiga de Almeida (UVA) Guilherme Carvalhido.

Segundo ele, existe, sim, “uma escalada de violência para o pleito de outubro”, e isso representa um “gravíssimo quadro da intensa polarização política instalada no país desde as manifestações de 2013”.

Marcelo Arruda comemorava o aniversário de 50 anos quando foi morto por policial bolsonarista - Sputnik Brasil, 1920, 10.07.2022

Arruda, que era guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), morreu na madrugada deste domingo (10), após ser baleado em sua própria festa. Ele ainda conseguiu reagir e disparar contra o agressor, que foi hospitalizado. Segundo relatos de testemunhas, Guaranho passou de carro em frente ao local da festa, desceu do veículo armado e começou a gritar — “Aqui é Bolsonaro” —, enquanto apontava sua arma para as pessoas presentes.

No carro de Guaranho havia um bebê e uma mulher, que convenceu o policial a ir embora. Porém ele voltou, cerca de vinte minutos depois, e atirou contra o aniversariante. Guilherme Carvalhido explicou que, com a chegada do pleito eleitoral, “alguns cidadãos estão exaltados com a disputa e quebram regras básicas da convivência política”. Segundo ele, outros crimes “semelhantes”, como as recentes bombas caseiras em eventos do PT, revelam que é preciso “muita preocupação com o ocorrido”.

De fato, o caso levou a uma onda de condenações, feitas por partidos políticos, presidenciáveis, parlamentares e setores da imprensa. Para o especialista, o homicídio demonstra que existe um clima pesado na disputa eleitoral, sobretudo no campo comunicativo, “o que conduz a extremos por parte de alguns cidadãos”. Ele também entende que o episódio “coloca em xeque o equilíbrio que a democracia precisa para exercer suas ações de forma adequada”.

Lançamento da pré-candidatura do ex-presidente Lula na Cinelândia, em 7 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.07.2022

“Para reduzirmos essa tensão, é necessário que o Judiciário atue de forma exemplar sobre os acusados dessas ações, mostrando que não há tolerância com essas atitudes violentas”, disse Guilherme Carvalhido, em uma fala semelhante à do procurador-geral da República, Augusto Aras, que disse à Sputnik Brasil que pode haver punição a partidos por eventuais excessos de seus apoiadores durante o processo eleitoral.

O PGR, no entanto, ponderou que, para que os partidos sejam de fato responsabilizados, são necessárias condutas de lideranças políticas que evidenciem a conexão com atos de apoiadores.

Segundo Aras, é preciso localizar atos de responsabilidade partidária ou de lideranças partidárias para que o sistema de justiça possa punir agremiações. De acordo com o artigo 241 do Código Eleitoral, “toda propaganda eleitoral será realizada sob a responsabilidade dos partidos e por eles paga, imputando-lhes solidariedade nos excessos praticados pelos seus candidatos e adeptos”.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), então sob a presidência do ministro Dias Toffoli, em 27 de abril de 2020.

Nesse sentido, Guilherme Carvalhido acrescentou que “há uma tendência de ações violentas além das expressas nas redes sociais, intensificando a disputa eleitoral entre situação e oposição”. O resultado desse acirramento político descabido “atinge o equilíbrio necessário para a ação concreta da democracia, pois estabelece a violência como ação política para tentar reduzir, ou eliminar, a concorrência eleitoral”.

Mas, segundo ele, é possível reduzir as tensões políticas se houver compromisso dos candidatos de reduzir as declarações nas redes sociais e, principalmente se esse homicídio for “exemplarmente combatido no âmbito jurídico, punindo os agressores, para que não haja mais tentativas de ações violentas, pois a disputa no campo comunicativo já está deveras acirrado, o que contribui para a ação de algumas pessoas”, concluiu.

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Relatora sobre o Vale do Javari: “Há financiadores fortemente armados”

Deputada Vivi Reis (PSol-PA), do grupo da Câmara que foi a região onde morreram Dom Phillips e Bruno Pereira: “não é pesca de subsistência”.

Relatora da comissão da Câmara que visitou o Vale do Javari, onde o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados, a deputada Vivi Reis (PSol-PA) concluiu no seu relatório que há ausência do Estado na região, defendeu a demissão do presidente da Funai, Marcelo Augusto Xavier, e que a morte dos dois foi uma “tragédia anunciada”, informa o blog do Noblat, Metrópoles.

A deputada constatou que a morte dos dois é parte de uma “rede maior de criminalidade, de organizações que financiam não só a pesca ilegal, como também podem estar a utilizando para a lavagem de dinheiro provenientes do tráfico internacional de drogas”.

Vivi Reis afirmou no seu texto que os valores dos motores, embarcações, redes de pesca, caixas térmicas, e outros materiais utilizados na pesca ilegal, assim como o montante de peixes apreendidos, não são compatíveis com a
pesca para subsistência. E não estão ao alcance das condições financeiras dos ribeirinhos.

“Há relatos que indicam financiadores fortemente armados e até o envolvimento de autoridades municipais. Assim, salta aos olhos existência de organizações criminosas na região”.

A deputada propõe, no final, a demissão do presidente da Funai, a elaboração pelo governo de um plano de ação urgente no Vale do Javari, que o Estado assegura a integridade física e dê segurança e proteção à vida de indígenas, indigenistas e servidores da Funai ameaçados de morte. Entre outras medidas.

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Campanha avalia que assassinato de petista reforça imagem agressiva de Bolsonaro e atrapalha planos de ‘furar a bolha’

Episódio em que bolsonarista atirou em eleitor de Lula preocupa comitê de reeleição; orientação é lamentar o crime, lembrando a suposta facada.

O assassinato de um militante do PT por um bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR) no último sábado preocupa o núcleo de campanha à reeleição do presidente da República. A avaliação é que o caso atinge em cheio o discurso pró-armas de Jair Bolsonaro e reforça a imagem beligerante do titular do Palácio do Planalto, dificultando que ele consiga “furar a bolha” de seus apoiadores consolidados e conquiste votos de eleitores indecisos, segundo O Globo.

Para se blindar dos respingos do crime, Bolsonaro foi orientado a repudiar o assassinato ainda no domingo. A estratégia bolsonarista é lamentar o ocorrido, mas trazer à tona a facada sofrida pelo presidente na campanha de 2018. Também devem usar como argumento que manifestações de apoiadores de Bolsonaro são pacíficas, sem ocorrências de brigas e quebradeira, e atribuir às manifestações de esquerda episódios violência.

Ao publicar no Twitter, o presidente condenou o caso, mas culpou a imprensa por incitar a violência. A publicação foi considerada aquém do esperado por aliados.

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Quem chocou o ovo da serpente do fascismo que pariu Bolsonaro, foi a Globo e afins

Numa memorável entrevista de Brizola no programa de Jô Soares, ainda no SBT, Brizola indaga, por que o Sr. Roberto Marinho não disputa uma eleição presidencial e governa o país da forma dele? Numa alusão a um sórdido jogo de manipulação, historicamente conhecido, que as Organizações Globo apoiaram não só a ditadura, mas toda a violência que ela gerou, tudo de ruim que ela estimulou e aplaudiu para e educação e cultura, sobretudo a ampliação do fosso econômico entre pobres e ricos.

O que hoje aí está, no sentido amplo da questão, é uma pasta integral do lixo da ditadura, um extrato de militares e civis bolsonaristas que foram forjados nas escolas militares e civis, com essa violência do Estado, típica das ditaduras militares, que foi incentivada a sair de suas tubas, não simplesmente para atacar um partido, um governo, no caso, o PT.

Os Marinho sempre odiaram a educação, por isso atacaram tanto Brizola, Darcy Ribeiro e, principalmente os Cieps, de maneira doentia.

Qualquer pessoa ligada à cultura nesse país, sabe que a Globo é o maior câncer cultural, e que fez o que pôde para massacrar as manifestações culturais brasileiras no mesmo momento em que importava o que existia de lixo mais tóxico da indústria de cultura de massa dos EUA.

Ora, o bolsonarista foi forjado com esse tipo de cultura anti nacional, contra ele próprio. A autonegação sempre foi a linha pedagógica que existia nas escolas, tutelada pelos militares, mas sobretudo na programação da primeira rede de televisão brasileira, a Globo, por apoiar a ditadura.

A imagem clássica de Roberto Marinho de braços dados com Figueiredo, deveria ser esfregada na cara de Merval Pereira, o sabujo mais original dos Marinho e, por isso, tenta nutrir o bolsonarismo de cabeça branca que, além de sustentar um ódio contra a esquerda, já foi adestrado para isso, odeia o PT, os movimentos negros, as feministas, os movimentos jovens, o LGBTQIA+ e tudo o que se opõe integralmente à expressão do que existe de mais reacionário nesse país.

Merval, espertamente, dá peso e medida iguais a Bolsonaro e Lula no caso do assassinato do líder do PT, Marcelo Arruda, justamente porque, na verdade, Merval, mais do que ninguém, sabe que, do outro lado, Bolsonaro não está sozinho, e pelo o que opera contra a população, principalmente contra os pobres para favorecer os ricos, incluindo os Marinho, a Globo sempre esteve do lado de Bolsonaro e Merval sempre apareceu em resumo desse senso comum entre o império da comunicação e o universo bolsonarista, tratando Bolsonaro como um fenômeno político para parecer que não foi eleito por uma fraude eleitoral armada por ele e Moro, o justiceiro criado nos porões editoriais da Globo, com capacidade, a partir dos holofotes da emissora, de destruir milhões de empregos, empresas, entre outras coisas, para levar o país a esse estado em que a cidadania foi totalmente mutilada.

A coisa se agravou muito nesses quase quatro anos de regime Bolsonaro.

Ou seja, a Globo sempre fez e sempre fará de qualquer episódio político o cálculo econômico e vai tentar utilizar os recursos midiáticos que tem para organizar o país a modo e gosto dos Marinho que, junto, repetem a Faria Lima.

Não há outra forma de encarar o problema sério porque passa o Brasil se não tiver no mesmo balaio as personalidades de uma gama de bandidos ligados à milícia, a torturadores e assassinos da ditadura, a partir da própria territorialização corporativa da mídia industrial.

A Globo sempre foi a alavanca de  tudo isso, os Marinho e o bolsonarismo formam uma única pasta integral que se formou no país no período da ditadura, mas não como uma integração casual, e sim, como resultado de uma campanha de ódio garantida pela Globo.

O resultado é essa tendência perversa a qual parte da sociedade brasileira chegou, incluindo o preconceito a tudo que não está conformado com essa goma característica do fascismo, assim como toda forma de racismo que há dentro da sociedade brasileira na sua formação moderna herdada, par e passo, da escravidão.

Merval quer fazer uma confusão calculada para que se crie artificialmente contradições do discurso de quem defende a vítima, propondo uma visão em que não existe culpados ou todos são culpados.

Originalidade nisso, não há, pois essas sempre foram as ideias de valores que o império dos Marinho utilizou para fazer parte do clube seleto da oligarquia nacional.

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Assim como Anitta, influenciadores e artistas se colocam à disposição de Lula para vitória no 1° turno

Influenciadores têm usado suas redes sociais para manifestar apoio a Lula. A ideia é que os perfis sejam usados para expandir o alcance do ex-presidente nas redes e garantir sua vitória em primeiro turno.

As publicações surgiram após Anitta dizer que votará no ex-presidente nas eleições deste ano. “A partir deste momento eu sou Lulalá primeiro turno. E lutarei por uma novidade na política presidencial brasileira nas próximas eleições”, afirmou. As postagens já somam dezenas de milhares de curtidas no Twitter.

Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno, é um dos membros do movimento. Ele publicou uma foto sua com uma bandeira do PT e brincou que prefere “não se posicionar” politicamente

https://twitter.com/umlannister/status/1546607652209410048?s=20&t=fv-Pm-dnDKUlAdYfXtgJXw

*Com DCM

Vídeo: Com a presença de Lula e Alckmin, PT homenageia petista morto por bolsonarista

Antes da reunião do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil, hoje, petistas fizeram hoje uma homenagem à Marcelo Arruda, guarda municipal petista assassinado por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Foz do Iguaçu. O crime aconteceu no sábado, 9, e Arruda foi morto a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos.

Ao lado do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice Geraldo Alckmin (PSD), Gleisi Hoffman chamou o crime de “absurdo” e questionou como alguém pode assassinar outra pessoa por “diferenças políticas”. Além disso, estendeu críticas a Bolsonaro, afirmando que ele faz parte de um movimento que prega a “indignação de adversários” e não debates e lutas de ideias.

“Eu queria dedicar essa reunião à memória do Marcelo Arruda, nosso companheiro que foi assassinado em Foz do Iguaçu. Um crime absurdo que a gente ficou sem entender até agora. Como que uma pessoa se dispõe a fazer isso, se dispõe a matar por diferenças políticas?”, afirmou Gleisi.

“Mas entendemos que isso está num contexto que está vindo no Brasil nos últimos anos, fruto de colocar o ódio como instrumento da política e temos que nos posicionar firmemente contra isso, combater e trazer a política a seu leito natural da discussão das ideias, das lutas e programas, não da indignação de adversários. Mas, infelizmente, nós temos no Brasil, um movimento que prega isso e que é um movimento sustentado pelo presidente da República atual”.

Após a fala de Gleisi, foi feito um período de silêncio e o vídeo foi postado por Lula em rede social.

Confira:

*Com Uol

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