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Palanque de Bolsonaro é a imagem de um candidato abandonado no altar

Em outros tempos, em meio aos uivos toscos do fascista, os palanques de Bolsonaro em datas comemorativas e oficiais eram bastante disputados por políticos, além de ficar enfestados de militares.

Essa imagem de um palanque buraquento mostra que, hoje, Bolsonaro está apagado da agenda dos seus antigos aliados. Nesse sentido, ele teve que apelar para a cata de empresários dispostos a se aventurar numa imagem oficial em que é flagrante o seu isolamento.

O grande escândalo desse evento não é o fato de Bolsonaro pedir ao pasto um coro de “imbrochável”, mas sim o esconjuro silencioso dos chefes dos demais poderes que não quiseram aparecer numa foto oficial ao lado ao lado do tosco.

Ali ficou claro que o chão de Bolsonaro desabou e não há como apagar uma imagem que se espalhou pelo país, estimulada pelo próprio para fazer autopromoção no dia do bicentenário da independência.

A imagem do véio da Havan ao lado de Bolsonaro é a própria figuração do lixo político que restou para o mandatário do país, pois há mais coisas entre o céu e a terra do que sonham os comentaristas de política no Brasil. Sim, porque não há como chegar a outra conclusão que não seja a de um isolamento generalizado exposto na imagem oficial do evento em que Bolsonaro veste a carapuça de peru de natal que morre em evento oficial às vésperas da eleição.

Na verdade, foi uma exposição visual que a fumaceira retórica de Bolsonaro não conseguiu esconder, de que abriu-se um leque no sentido oposto à sua campanha eleitoral.

Por isso mesmo Bolsonaro, como solução prática de seu abandono, resolveu o “problema” dando uma forra no evento oficial de hoje de manhã no Congresso Nacional.

Ou seja, Bolsonaro trocou seu atestado de burro por um de cavalo, gritando aos quatro cantos do país que a única atitude lógica admissível, depois de ser abandonado pelos principais tenores que sustentavam seu coro, era dar o troco para que todos testemunhassem que de fato hoje ele está a mercê de uma deriva política que já o trata como um finado candidato à reeleição.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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