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Caindo em desgraça, não é só o capetão que vai para a cadeia, uma falange de diabos menores vai junto; Lira é só um deles

Sempre com a vassoura nas mãos, pronta para jogar a sujeira do governo Bolsonaro para debaixo do tapete, Arthur Lira parece ter se tocado que o lava roupas público venceu a batalha contra as suas vassouradas, dando de cara com a reeleição de Bolsonaro na bacia das almas.

Pra variar o ataque de Bolsonaro às urnas, Lira encampou a nova comédia perigosa de atacar os institutos de pesquisa, que alimentam ainda mais a violência política que o país tem assistido nos últimos tempos.

Nesta terça-feira (21), um rapaz, que fazia pesquisa para o Datafolha, foi agredido barbaramente por uma toupeira bolsonarista que, aos berros, disse para o rapaz entrevistá-lo, porque, segundo o animal de pouca monta intelectual, o Datafolha só entrevista petistas para metabolizar os números que auxiliam a musculatura de Lula, enquanto vende para o público o catabolismo muscular do mito dos tolos.

A questão central é que Lira não utiliza esse jogo baixo, trocando as luvas de pelica pelas de box por acaso. Conhecido como um dos generais da tropa de choque de Eduardo Cunha, quando presidiu a Câmara dos Deputados, Lira é o principal nutriente que mantém Bolsonaro de pé dentro do Congresso Nacional, mesmo sentando sobre um número que passa de 140 pedidos de impeachment de Bolsonaro.

O que Lira esqueceu é que, até sal rosa do Himalaia com dois mil anos, tem data de validade numa democracia. Ou seja, não existe este ou aquele produto que, diante de um sistema de consumo, possa se valer do A de eterno.

O problema de Lira, quando esqueceu disso, é que ele não se preparou para uma digestibilidade e essa dura realidade está com uma espinha de peixe atravessada na goela.

O seu problema está aí. Lira faz parte da mistura que produziu o governo Bolsonaro, utilizando-se de todos os recursos lícitos e ilícitos para facilitar a diluição de malfeitos e, portanto, numa tarrafada em que a justiça vai pegar de boiada, não só o capetão, mas os diabos menores, Lira certamente será colocado numa graduação de quem exerceu, como presidente da Câmara, um papel de gestor fundamental de tudo o que se viu de crime desse governo.

Lira faz parte da matéria prima que produziu essa tragédia que se chama governo Bolsonaro.

Daí que, atacar as pesquisas, foi a única coisa que lhe restou, o que, convenhamos, é o mesmo que meter o chamegão no recibo que está passando de derrota de Bolsonaro no dia 2 de outubro.

É desespero que chama.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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