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Bolsonaro foge e enterra bolsonaristas

Com a fuga de Bolsonaro, o mutirão fascista chega ao fim.

A toada golpista talhou e a covardia de Bolsonaro assumiu proporções gigantescas dentro do próprio mutirão.

Ou seja, a fuga de Bolsonaro foi fatal para o bolsonarismo. Na verdade, o bolsonarismo desapareceu nas nuvens com o avião que o levou para os EUA fugindo da justiça brasileira.

Aqui, os bolsonaristas ficaram desatendidos. As tendas nos QGs foram desativadas de forma definitiva sem ter nada para substituir.

Não há comissão para discutir o vácuo, o buraco negro nem para divertimento público.

O bolsonarismo virou um pó político. O que sobrará é um catálogo de absurdos para leituras futuras sobre uma parcela da sociedade que foi abduzida durante vinte anos pela mídia e desembocou nessa espécie de papel oficial no inexistente governo Bolsonaro.

Já é possível ouvir bolsonaristas falando que, agora conseguem enxergar a verdade sobre quem foi Bolsonaro e que papel os bolsonaristas cumpriram nessa magnífica bolha dos tolos.

A utilização das vitrolas digitais de repetição de palavras golpistas, foram silenciadas nessa confusão mental criada pelos novos efeitos produzidos pela live covarde de Bolsonaro e sua covardia concreta, a fuga.

O entorno de Bolsonaro para qualquer assunto se diluiu instantaneamente. Essa invenção macabra, orquestrada por espertos que ocuparam o Palácio do Planalto, findou-se.

Não há dúvida de que nesse universo insano, dentro do Brasil, o nome de Bolsonaro estará impróprio ou, no mínimo, provocará uma sensação desagradável por quem queria mesmo que ele bancasse um golpe a partir dos pedidos clementes de uma horda de estúpidos que nisso se transformaram por uma lavagem cerebral feita, durante vinte anos pela mídia, para transformar essa gente em gado e, logicamente, formar uma grande manada para atacar quem se aproximasse de Bolsonaro.

Fim de papo. O casto, o mito se transformou numa figura horrível para o próprio bolsonarismo.

Seu discurso na live foi tão ruim que azedou tanto o ambiente, que até estúpidos pagos para defendê-lo, como Rodrigo Constantino, admitiram que seria melhor ele fugir calado, num grito manso e abafado entre os mais íntimos.

A psicologia coletiva, que formou Bolsonaro, terminou com lágrimas nos olhos do covarde, aquela covardia que caracteriza pessoas despidas de qualquer caráter. No caso de Bolsonaro, que sempre vendeu masculinidade, a coisa ganhou dimensão atômica.

Seja como for, a fuga de Bolsonaro enterra definitivamente o bolsonarismo e grande parte da direita brasileira, porque essa fuga pela porta dos fundos arrombou toda a concepção de valentia que os bolsonaristas e a própria direita fizeram dele.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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