Mês: dezembro 2022

Lula vê papel de Bolsonaro em atos violentos, e Dino diz que PF atuará por punição

Presidente eleito fez pronunciamento em evento de encerramento da transição nesta terça (13).

Apoiadores do presidente Bolsonaro promoveram atos de violência que ocorreram em Brasília nesta segunda-feira (12), horas após a diplomação do presidente eleito.

“Esse cidadão até agora não reconheceu a sua derrota, continua incentivando os ativistas fascistas que estão nas ruas se movimentando. Ontem [segunda] ele recebeu esse pessoal no Palácio da Alvorada, não sei qual foi o estrago que foi feito no Palácio da Alvorada. Ele tem de saber que aquilo é patrimônio publico, não é dele, da mulher dele, do partido dele. É do povo brasileiro”, afirmou Lula.

“Ou seja, ele segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo. É importante a gente saber que eles fazem parte de uma organização de extrema-direita que não existe apenas no Brasil. Existe na Espanha, na Itália, França, nos Estados Unidos, que tem como líder o presidente Trump, existe na Hungria existe em vários outros países, inclusive na nossa querida Argentina”, continuou o presidente eleito.

Também presente no mesmo evento, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou afirmou que os crimes políticos são de competência federal e promete providência contra os militantes que promovem atos antidemocráticos.

Sem citar nenhuma autoridade, Dino disse que muitas investigações e ações contra militantes que promovem ações antidemocráticas não estão avançando atualmente. No entanto disse que tudo será destravado a partir do dia 1º de janeiro, quando Lula toma posse.

“Temos feito a Polícia Federal as representações cabíveis no momento. Agora, no dai 1º de janeiro de 2023, aquilo que não pode ser feito nesses 15, 20 dias será feito. Porque não é apenas orientação política, é um imperativo da lei”, afirmou Dino.

Mais cedo, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que Bolsonaro é “cúmplice” da violência. A parlamentar criticou o fato de os manifestantes não terem sido presos e classificou os atos como “baderna” e “golpismo”.

*Com Folha

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Bolsonaro abriga Oswaldo Eustáquio no Palácio da Alvorada para que ele escape da cadeia

Agência Brasil – Manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e iniciaram um protesto que, por volta das 22h de segunda-feira (12), resultou no fechamento do Setor Hoteleiro Norte e de parte do Eixo Monumental, segundo informou a assessoria de imprensa da Polícia Militar.

Segundo a PM, os manifestantes colocaram fogo em carros e ônibus. Inicialmente a tentativa de invasão na PF foi controlada por unidades da Polícia Militar que estavam no local, mas o protesto cresceu e ainda não terminou. A assessoria informou que, além das unidades locais, foram acionadas as equipes táticas, o Batalhão de Choque e a equipe de operações especiais para controlar a situação.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não esteve em risco em nenhum momento em função das manifestações, informou o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, em uma coletiva noite desta segunda-feira.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informou, por meio de nota, que as forças de segurança reforçaram a atuação em toda área central de Brasília “para controle de distúrbios civis, do trânsito e de eventuais incêndios. As ações começaram em frente ao edifício-sede da Polícia Federal (PF), em decorrência do cumprimento de mandado de prisão, e se estenderam para outros locais da região central.”

Segundo a nota, o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e outras vias da região central está restrito, como medida preventiva. A recomendação é que os motoristas evitem o centro da cidade.

“Destacamos, por fim, que as imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado tem vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal”, informou a secretaria.

O STF divulgou que José Acácio Serere Xavante é acusado de “condutas ilícitas em atos antidemocráticos”. A prisão foi solicitada ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo prazo de dez dias para garantir a ordem pública.

Conforme a decisão, o cacique Serere, como é conhecido, teria realizado nos últimos dias “manifestações de cunho antidemocrático” em frente do Congresso Nacional, no Aeroporto de Brasília, em um shopping e em frente ao hotel onde o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, está hospedado.

Para a PGR, o cacique “vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas” para cometer crimes, como ameaças de agressão contra Lula e ministros do STF.

A Agência Brasil não conseguiu contato com a defesa do cacique.

A Polícia Federal informou, por suas redes sociais, que cumpriu a ordem de prisão expedida por Alexandre de Moraes e que Serene Xaxante foi preso e “encontra-se acompanhado de advogados e todas as formalidades relativas à prisão estão sendo adotadas nos termos da legislação, resguardando-se a integridade física e moral do detido.” A PF também informou que os distúrbios que aconteceram nas imediações do Edifício-Sede da Polícia Federal “estão sendo contidos com o apoio de outras forças de Segurança Pública do Distrito Federal (PMDF, CBMDF e PCDF).”

Repercussão

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse, pelas redes sociais, que, desde o início das manifestações, o ministério, por meio da Polícia Federal, “manteve estreito contato com a Secretaria de Segurança Pública do DF e com o governo do Distrito Federal a fim de conter a violência e restabelecer a ordem. Tudo será apurado e esclarecido”. Segundo Torres, a situação está se normalizando.

Em uma segunda postagem, Torres disse que “nada justifica as cenas lamentáveis que vimos no centro de Brasília”. “A Capital Federal tradicionalmente é palco de manifestações pacíficas e ordeiras. E seguirá sendo!”. Ele agradeceu o empenho da Secretaria de Segurança Pública do DF e do governo do Distrito Federal por todo apoio à Polícia Federal. Segundo o ministro, “tudo será apurado”.

Pelas redes sociais, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, condenou os protestos. “Inaceitáveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em Brasília. Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política”, declarou.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também pelas redes sociais, definiu como absurdos os atos de vandalismos acontecidos na noite desta segunda-feira em Brasília “feitos por uma minoria raivosa”. “A depredação de bens públicos e privados, assim como o bloqueio de vias, só servem para acirrar o cenário de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou.” Pacheco acrescentou que as “forças públicas de segurança devem agir para reprimir a violência injustificada com intuito de restabelecer a ordem e a tranquilidade de que todos nós precisamos para levar o país adiante.”

Confira:

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Vídeo: Ruralista de SP com fazenda em Mato Grosso banca indígena preso por incitar golpe em Brasília

Dide Pimenta, de Araçatuba, diz em vídeo que junto com amigos do Mato Grosso já mandou “uns 8 ônibus de índios” a Brasília “para manter a nossa democracia e nosso capitão no governo”.

Preso pela Polícia Federal (PF) por promover atos golpistas, o indígena José Acácio Serere Xavante, que ficou conhecido como Cacique Tserere, percorreu cerca de 500 quilômetros da sua cidade, Campinapolis, no interior do Mato Grosso, até Brasília, no Distrito Federal, com o patrocínio de um ruralista que explora terras na região.

Casado com uma mulher não indígena e autodeclarado pastor evangélico e missionário da Associação Indígena Bruno Ômore Dumhiwê, Serere Xavante já foi preso por tráfico de drogas, é filiado ao Patriotas – partido pelo qual foi derrotado na disputa à prefeitura local – e vive na Terra Indígena Parabubure, uma das demarcações feitas no Estado.

Natural de Araçatuba, no interior de São Paulo, Mauridis Parreira Pimenta é sócio de uma empresa de assessoria pecuária na cidade paulista, mas fez fortuna com a fazenda na região de Campinapolis, no Mato Grosso, onde é sócio de uma grande cooperativa de laticínios, entre outros empreendimento.

Conhecido como Dide, Mauridis teria financiado a viagem e estaria bancando a “estadia” do “Cacique Tserere” e de mais um grupo de indígenas de Mato Grosso que se juntou aos golpistas em Brasília.

Em vídeo divulgado em redes bolsonaristas, o próprio Dide afirma que bancou a ida dos indígenas à capital federal.

“Fui procurado pelo meu amigo e pastor Tserere que queria ir pra Brasília ajudar na manifestação. Então, há 10 dias que estamos conseguindo mandá-los pra lá e ajudá-los. Já mandamos aqui de Campinápolis, eu e um grupo de amigos, mais ou menos, contando com ontem, uns 8 ônibus de índios”, diz o ruralista.

Dide ainda pede ajuda aos amigos para enviar pix para ajudar na estadia dos indígenas acampados com os golpistas.

“Estamos com um pouquinho de dificuldade para manter esses índios lá. Então todo mundo está ajudando, passando pix direto para a conta do Serere ou pode passar até para a minha”, diz o fazendeiro, que ressalta que as doações são de “30, 40 até 200 reais”.

“E que Deus os abençoe porque estamos empenhados nessa luta junto com o Serere e os Xavantes para manter a nossa democracia e nosso capitão no governo”, finaliza.

*Com Forum

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Do golpismo ao terrorismo, com o aval do presidente da República

Palácio da Alvorada vira refúgio de procurados pela Justiça.

“A ordem é prender os vândalos”, anunciou no meio da noite de ontem o governador Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal. Mas até o início da madrugada nenhuma prisão ocorreu, e cerca de 200 bolsonaristas radicais permaneciam aglomerados defronte a um prédio da Polícia Federal na área central de Brasília.

Exigiam a libertação do indígena Serere Xavante, de 42 anos, preso horas antes por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República. Ele é acusado de envolvimento em manifestações antidemocráticas e com o tráfico de drogas.

Serere Xavante foi preso nos arredores do Palácio da Alvorada. Na noite do domingo, um aviso postado nas redes sociais dizia que os portões do palácio estavam abertos para quem quisesse acampar nos seus jardins. Centenas de bolsonaristas, abrigados perto do QG do Exército, atenderam ao chamado, levando cadeiras e agasalhos.

Michelle Bolsonaro, a primeira dama, mandou alimentá-los com sanduíches e café. Eles passaram toda a segunda-feira à espera de Bolsonaro. E quando ele apareceu, decepcionaram-se com o seu silêncio. O presidente limitou-se a saudá-los, levantando os braços. O gatilho da baderna foi então a prisão de Serere Xavante.

Enquanto os mais exaltados, de volta ao centro da cidade, tocavam fogo em carros e ônibus e atacavam o prédio da Polícia Federal, o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, preso outras vezes e com medo de sê-lo novamente, fazia o caminho inverso. Pediu e obteve refúgio no Palácio da Alvorada, segundo seu advogado.

Na ótica bolsonarista, trata-se de livre expressão de pensamento, garantida pela Constituição. Não é. O monopólio da violência cabe ao Estado, que pode exercê-la para preservar a ordem pública. Quem prega a anulação de eleições em portas de quartéis é golpista. Quem toca fogo em carros e ônibus é terrorista.

Bolsonaro é o principal responsável por tudo isso. Por mais de ano tentou desacreditar o processo eleitoral. Uma vez derrotado, não reconheceu a vitória do seu adversário. Seu silêncio nada tem de obsequioso. Ao rompê-lo na semana passada, deu razão aos golpistas e estimulou-os a seguir nas ruas, amotinados.

No ato de diplomação do presidente eleito Lula da Silva, o ministro Moraes garantiu que “serão responsabilizados” os diversos grupos organizados que espalham a desinformação, professam o discurso de ódio e querem destruir a democracia. É o mínimo que se espera que seja feito, mas logo, sem demora nem concessões.

*Noblat/Metrópoles

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Carcaças de ônibus queimados e delegacia apedrejada: atos de vandalismo em Brasília termina sem nenhum preso; veja fotos

Quatro ônibus e três carros foram ‘totalmente consumidos pelas chamas’, segundo os bombeiros, e uma delegacia ainda estava com vidros estilhaçados na manhã seguinte aos ataques.

Segundo O Globo, o entorno da sede nacional da Polícia Federal, em Brasília, amanheceu nesta terça-feira com um rastro de destruição após apoiadores bolsonaristas tentarem invadir o prédio, em protesto à prisão de um líder indígena determinada pela Justiça após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) .

Carcaças de ônibus e carros queimados, lixeiras e caçambas derretidas, placas derrubadas e muito lixo, pedaços de pau e pedras se espalhavam pelas ruas do setor hoteleiro norte. O cheiro de ferro e plástico queimado ainda pairava no ar.

A delegacia mais próxima da PF, a 5ª DP, trazia a porta de vidro ainda estraçalhada — um manifestante arremessou do lado de fora uma pedra, que estourou a vidraça e ainda não foi recolhida, à espera da perícia. Dois agentes trabalhavam na manhã desta terça em meio aos vidros quebrados.

Na porta da Polícia Federal, onde os manifestantes tentaram resgatar um indígena preso — sob a acusação de tentar organizar atos violentos contra a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que ocorreu na segunda-feira — cinco viaturas da Polícia Militar faziam a segurança do local. Quinze PMs patrulhavam a área tentando localizar alguma movimentação suspeita.

Manifestantes bolsonaristas ateiam fogo em ônibus durante protesto em Brasília — Foto: Cristiano Mariz

‘Consumidos pelas chamas’

De acordo com o Corpo de Bombeiros, sete veículos foram “totalmente consumidos pelas chamas”, sendo quatro ônibus e três carros. Um quinto ônibus foi danificado parcialmente.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que vai divulgar uma nota “até o fim da manhã” com um balanço das ações de repressão ao protesto.

Manifestantes bolsonaristas ateiam fogo em ônibus durante protesto em Brasília — Foto: Cristiano Mariz

Aos poucos, as carcaças dos ônibus incendiados estão sendo retiradas das vias da área central de Brasília. A operação é complexa porque o fogo consumiu todos os pneus. Para que eles possam ser arrastados, funcionários das concessionárias precisam esperar o ferro esfriar e trocar as rodas com marretas.

Ônibus que foi queimado por manifestantes bolsonaristas em Brasília — Foto: Eduardo Gonçalves/Agência O Globo

Guincho que rebocou ônibus queimado pertence a apoiador de Bolsonaro  — Foto: Eduardo Gonçalves /Agência O Globo

Só às 6h desta terça-feira a empresa conseguiu tirar o ônibus que estava atravessado em um viaduto, com riscos de cair — manifestantes tentaram empurrá-lo para baixo, mas não conseguiram porque as rodas ficaram presas na mureta.

O hotel onde Lula está hospedado amanheceu com poucas modificações visíveis no esquema de segurança. Do outro lado da rua, cinco PMs vigiam a entrada do local ao lado de uma viatura. Nos últimos protestos, grades de isolamento já haviam sido instaladas no lobby.

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Terrorismo bolsonarista em Brasília: Lula permanecerá na capital; “segurança garantida”, diz Dino

Segurança no hotel de Lula foi reforçada diante da violência de bolsonaristas, que atearam fogo na capital federal e tentaram invadir prédio da PF.

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou na noite desta segunda-feira (12) que a “segurança de Lula está garantida”. O anúncio foi feito devido ao ato terrorista promovido por bolsonaristas em Brasília.

Os apoiadores de Jair Bolsonaro, que não aceitam o resultado das urnas, tentaram invadir o prédio da Polícia Federal após a prisão de um indígena acusado de articular atos antidemocráticos e transformaram a capital federal em uma verdadeira zona de guerra, ateando fogo em carros, ônibus e promovendo inúmeros atos de vandalismo.

Agentes das polícias Federal e Militar reagiram, na tentativa de dispersar os golpistas, com balas de borracha, spray de pimenta e bombas de efeito moral.

Diante da violência dos bolsonaristas, que estariam articulando invadir o hotel onde Lula está hospedado, a segurança no local foi reforçada.

“Temos dialogado com o GDF, a quem compete a garantia da ordem pública em Brasília, atingida por arruaças políticas. A segurança do presidente Lula está garantida. As medidas de responsabilização jurídica prosseguirão, nos termos da lei”, anunciou Flávio Dino através das redes sociais.

“Inaceitáveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em Brasília. Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política”, afirmou ainda o futuro ministro da Justiça.

A princípio, circularam notícias de que Lula estaria sendo retirado do hotel em um helicóptero. A informação, entretanto, foi negada à Fórum pela assessoria do presidente eleito, que garantiu a permanência do petista em Brasília.

Confira nota da secretaria de Segurança Pública do DF sobre a situação na capital

“Nota Secretaria de Segurança Pública do DF – 12/12 – 22h30

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informa que as forças de segurança reforçaram a atuação, em toda área central do capital, para controle de distúrbios civis, do trânsito e de eventuais incêndios. As ações começaram em frente ao edifício-sede da Polícia Federal (PF), em decorrência do cumprimento de mandado de prisão, e se estenderam para outros locais da região central.

Como medida preventiva, o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e outras vias da região central está restrito até nova mudança de cenário, após avaliação de equipe técnica. A recomendação dos órgãos de trânsito é a de que os motoristas evitem o centro da cidade.

Destacamos, por fim, que as imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado tem vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal”.

*Com Forum

Vídeos: Cenário de guerra: bolsonaristas queimam carros e tentam invadir sede da PF

Manifestantes vestidos com camisetas da Seleção Brasileira quebraram dezenas de carros estacionados em frente ao prédio da corporação.

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentam invadir, na noite desta segunda-feira (12/12), a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, em Brasília.

Com integrantes vestidos com a camisetas da Seleção Brasileira, o grupo danificou dezenas de carros que estavam estacionados nos arredores do prédio da corporação. Alguns, inclusive, chegaram a ser incendiados. Um ônibus com motorista dentro d Para tentar impedir a depredação, policiais reagiram disparando tiros de balas de borracha e lançando bombas de efeito de moral.

Alguns bolsonaristas justificaram o ato alegando que agentes da PF “prenderam injustamente um indígena”. O Metrópoles apurou que seria o Cacique Tserere, um líder indígena apoiador de Bolsonaro. Bastante conhecido entre aqueles que estão há dias no QG do Exército pedindo intervenção militar, ele faz os discursos mais inflamados contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Vídeos mostram alguns dos manifestantes armados com pedaços de paus correndo em direção à sede da Polícia Federal. Um homem dizia que ônibus com mais bolsonaristas chegariam para reforçar o ato antidemocrático. Um deles, muito exaltado, gritava: “Eu posso morrer aqui hoje, não tem problema, não”.

Diante do clima tenso, a corporação pediu reforço, a fim de impedir a destruição do prédio. A Polícia Militar do DF (PMDF) usou spray de pimenta para espantar o grupo. Com o conflito, os arredores da PF aparentavam clima de batalha, com pedaços de paus e pedras espalhados por todos os lados. Por conta do cenário de guerra, a W3 Norte precisou ser fechada na altura do Brasília Shopping. O centro comercial, inclusive, precisou ser evacuado em função do ambiente hostil.

*Com Metrópoles

Bolsonarismo trata diplomação de Lula como ‘prova contra o TSE’ para conter frustração de seguidores

Grupos de militantes do presidente derrotado disseminam no WhatsApp e no Telegram teoria conspiratória envolvendo Superior Tribunal Militar.

De acordo com Malu Gaspar, O globo, apesar dos temores de que bolsonaristas promovessem por aqui uma versão tropical da invasão do Capitólio dos Estados Unidos, quando apoiadores de Donald Trump tentaram impedir a certificação da vitória de Joe Biden, a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Eleitoral se deu sem incidentes nem grande mobilização da oposição.

Desde a véspera do evento, grupos de militantes de Jair Bolsonaro no WhatsApp e no Telegram que apoiam os atos por intervenção militar na frente de quartéis começaram a receber mensagens dizendo que, na verdade, não havia o que temer em relação ao evento.

O argumento da vez, amparado na teoria conspiratória de que a eleição foi fraudada a favor de Lula, é que a diplomação do petista e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), é necessária, pois representa uma espécie de “confissão” dos alegados “crimes” cometidos pela corte e pelo seu presidente, Alexandre de Moraes, durante a eleição.

Na narrativa do subterrâneo bolsonarista, a oficialização da vitória de Lula através do diploma – ritual da democracia surgido em 1951, na presidência de Getúlio Vargas – garante a Bolsonaro uma “assinatura do crime” definitiva para requerer, junto ao Superior Tribunal Militar (STM), a impugnação da chapa Lula-Alckmin.

O argumento mirabolante é uma distorção do artigo 14 da Constituição Federal, que prevê um prazo de 15 dias para a solicitação de impugnação de mandato eletivo ao Tribunal Superior Eleitoral, desde que sejam apresentadas provas de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude.

A Constituição não prevê qualquer participação do STM, mas desde o final de semana mensagens e vídeos afirmando que Bolsonaro vai recorrer ao tribunal militar se disseminam nas redes.

“Agora, sim, o presidente pode agir. E dentro das quatro linhas da Constituição, como sempre nos disse”, escreveu um bolsonarista no Telegram. “Dezenas de crimes foram cometidos desde o início do pleito e a diplomação é o ato em que os responsáveis assinam a culpabilidade de todos os crimes. Agora será cumprida a Constituição e aplicada a lei”, publicou outro.

A teoria sobre a impugnação chegou a ser reproduzida pelo deputado federal reeleito Marco Feliciano (PL-SP), apoiador de Bolsonaro. “Me perguntam se após a diplomação pode haver impugnação? A CF (Constituição Federal) responde”, postou ele, junto com a transcrição do artigo 14.

Circula também a versão de que, caso o TSE e o STF neguem os argumentos que seriam apresentados em uma ação de impugnação da chapa eleita, Bolsonaro poderia convocar o Conselho da República – responsável, entre outras atribuições, pela convocação de Estado de Defesa e o de Sítio.

De acordo com essa nova narrativa, destinada a manter mobilizada uma militância cada vez mais frustrada, a frase “diplomação não é posse” virou uma espécie de chavão, assim como “Lula não subirá a rampa” do Palácio do Planalto.

É típico das dinâmicas bolsonaristas dobrar a aposta em teorias conspiratórias e os dog whistles – os chamados “apitos de cachorro”.

Exemplo disso foi a especulação de que Lula poderá deixar o encontro com Biden nos EUA para o próximo ano, quando já estiver empossado.

“Biden cancela encontro com Lula. Não é estranho? Já deve ter chegado na inteligência do Biden que Lula não subirá a rampa (do Planalto), e não querem associar o presidente dos EUA a um bandido. Isso é muito revelador”.

Nos grupos do WhatsApp, falou-se até em um suposto avião russo que teria aterrissando em Brasília antes da diplomação. As redes do presidente derrotado também contribuíram para jogar gasolina no fogo.

O perfil do aplicativo Bolsonaro TV no Twitter reproduziu uma foto dele diante de um tabuleiro de xadrez, muito usado nos últimos quatro anos para representá-lo como um “enxadrista” que consegue antever os movimentos de adversários. Nas últimas 48 horas, a imagem foi reproduzida aos milhares nos grupos de mensagens.

A estratégia bolsonarista sugere que, esgotado o processo eleitoral, e diante da falta de apoio para uma investiga golpista, o presidente aposta na mobilização permanente de seus apoiadores para além do fim de seu governo, na tentativa de desgastar o governo Lula e manter as instituições democráticas sob estresse.

Resta saber se seus apoiadores terão energia para a empreitada. Enquanto o peso da realidade institucional se impõe, o presidente derrotado tem pouco mais de 15 dias para elaborar uma nova narrativa que explique por que, afinal, Lula terá subido a rampa do Palácio e vestido a faixa presidencial no próximo dia 1º.

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Brasil registra 261 novas mortes por covid-19 em 24 h, segundo ministério

O Brasil registrou 261 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como mostra o boletim divulgado hoje (12) pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença causou 691.015 óbitos em todo o país.

Pelos dados do ministério, houve 66.232 diagnósticos positivos para a covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 35.643.770 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 34.436.602 casos recuperados da doença até o momento, com outros 516.153 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

*Com Uol

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