Ano: 2022

Vídeo- Aliado, deputado Otoni de Paula detona Bolsonaro: “covardia, manipulação do povo”

Em entrevista bombástica, fiel escudeiro mandou Bolsonaro falar “claramente” e manda recado a golpistas: “Não se iludam. Saiam das portas dos quarteis. Vocês serão presos e não haverá ninguém que os defenda“.

Um dos mais fiéis aliados de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional, o deputado federal Otoni de Paula (PSC) detonou o jogo de cena do presidente após a derrota com “frases e fotos enigmáticas” e jogou um balde de água fria nos apoiadores radicais, que acampam em frente a quartéis-generais das Forças Armadas pedindo golpe desde a derrota nas urnas.

“Pior do que o silêncio do presidente, as frases enigmáticas, as fotos enigmáticas… Isso está fazendo tão mal ao povo. Isso chega à beirar – e eu sei que a palavra que vou usar é muito forte -, mas isso chega a beirar uma covardia, uma manipulação do povo”, disse o deputado em entrevista bombástica a um canal bolsonarista no Youtube.

“Você tem pessoas que estão se divorciando, tem pessoas com crise no casamento porque resolveram acampar mais de quarenta dias na porta de quartéis. Você tem brasileiros que perderam o emprego, que estão em uma situação lamentável movidos pelo amor à pátria, pela confiança no presidente da República. Ele não tem o direito de estar em silêncio ou de liberar frases enigmáticas. O presidente Bolsonaro precisa falar claramente ao seu povo”, emendou Otoni, que disse ainda que “se não parar de blefar, a sua derrota será avassaladora”.

Fiel escudeiro de Bolsonaro, que foi enviado pelo presidente para fazer contato com a ala “bolsonarista” da família de Marcelo Arruda – petista morto por um radical extremista em Foz do Iguaçu -, Otoni ainda mandou um recado para os apoiadores do presidente que insistem em pedir golpe.

“Eu digo com muita tristeza. [Os apoiadores] acham que o presidente Bolsonaro vai agir e eu digo olhando para a câmera: ‘não vai’”, afirmou. “Não se iludam. Saiam das portas dos quarteis. Vocês serão presos e não haverá ninguém que os defenda“.

Assista ao vídeo

https://youtu.be/sofP6EnUSnQ

*Com Forum

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Desarmamento e combate a feminicídio serão prioridades no Ministério da Justiça

Redução da violência policial e de crimes de ódio também encabeçam lista dos focos iniciais na pasta a ser comandada por Flávio Dino a partir do dia 1º de janeiro.

A partir do dia 1º de janeiro, dentre as prioridades do Ministério da Justiça estarão a redução do armamento da população, o combate ao feminicídio, à violência policial e aos crimes de ódio. É o que pontua o próximo titular da pasta, Flávio Dino (PSB), em recente entrevista concedida para o jornal O Estado de S. Paulo. O ex-governador do Maranhão e senador eleito em 2022 com cerca de 2,2 milhões de votos disse, ainda, ver elementos de terrorismo nos episódios de violência promovidos por bolsonaristas em Brasília no início da semana e declínio do que chamou de “partidarização indevida da força policial”.

Flávio Dino explicou que um mecanismo para estabelecer as prioridades da nova gestão será a divisão entre os estados da verba do Fundo Nacional de Segurança Pública. “Vamos alinhar os critérios de acordo com as metas. Não posso interferir nas prioridades dos governadores, independência total. Agora, na partilha dos recursos do Fundo Nacional nós temos metas nacionais a cumprir com, por exemplo, combate ao armamentismo, apoio às vítimas de crimes violentos, combate a feminicídio, combate a crimes de ódio. Esses são pontos que passarão a ser valorados. Estados que implantam câmera ou não implantam câmera nos uniformes dos policiais a gente vai valorar. A gente acredita que é importante combater a violência policial. Ninguém é obrigado a fazer, mas quem fizer a gente vai valorar mais. Essa é a ideia geral”, afirmou para o Estadão. Ele também revelou a criação da Secretaria de Acesso à Justiça, dedicada especialmente ao combate ao racismo e ao feminicídio.

Caráter terrorista

Sobre os atos antidemocráticos promovidos por grupos bolsonaristas em Brasília na segunda-feira (12), Flávio Dino afirmou haver a possibilidade de caráter terrorista, pois enxerga crimes com intuito político. “Essa é a fronteira que demarca a fronteira de terrorismo e de crimes contra o estado democrático de direito. Na medida que ali havia sim intuito político evidente, é um enquadramento possível. Tanto na lei do terrorismo quanto no capítulo do Código Penal sobre crimes contra o estado democrático de direito”. O ex-governador maranhense, porém, destacou que a confirmação dessa tese não depende do ministro e sim do delegado que vai conduzir os inquéritos e do Ministério Público.

Politização das polícias

O aparelhamento e a partidarização indevida das polícias, em especial da Polícia Rodoviária Federal (PRF), durante o governo Bolsonaro, também estará na pauta do Ministério da Justiça a partir do mês que vem. E o caminho, segundo Flávio Dino, não passar por uma canetada. “Não se supera com um momento mágico de repactuação”, disse. “Supera com uma agenda de trabalho. ‘Olha, a agenda é essa aqui e nós vamos caminhar por aqui’. Quem quiser vir, ótimo, é seu dever. E quem não quiser cumprir seu dever? Seguiremos o que a lei manda. Um servidor público não pode escolher a qual governo ele serve.” O futuro titular da pasta disse, ainda, já ver declínio na politização da PRF. “Progressivamente, há uma acomodação. A pessoa teve a sua opção eleitoral, legítima, mas não está mais de modo expressivo militando, brigando por essa opção. Temos fatores objetivos. Lula foi diplomado, não houve grandes atos de massa, o Bolsonaro sem capacidade de reação, as badernas e arruaças acabaram afastando pessoas.”

Polícias Estaduais

O comportamento das polícias estaduais, apesar de fora da gerência direta do governo federal, também terão atenção da próxima gestão do Ministério da Justiça. “Entre o ministro da Justiça e as polícias tem o governador e o secretário de segurança. Jamais, no âmbito do SUSP vai ter ideia de subtrair a autoridade do governador ou de um secretário. Isso deu errado. Uma das razões das dificuldades de melhoria da segurança foi essa atitude de plantar motim em polícia como a gente viu no Ceará. Havia claramente uma sabotagem contra o governador. Como contornar isso? Prestigiando a autoridade dos governadores. Esse é o caminho. Não vai ter um diálogo nosso direto com as polícias estaduais porque não nos cabe.”

*Com Rede Brasil Atual

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Abuso eleitoral: dados de cidadãos foram usados indevidamente para pedir votos

Em 24 de setembro de 2022, pouco depois da meia-noite, oito dias antes do primeiro turno das eleições 2022. Augusto de Arruda Botelho, advogado criminalista e candidato a deputado federal por São Paulo pelo PSB faz uma postagem denunciando que cidadãos estavam recebendo via SMS de um número anônimo mensagem de texto de conteúdo pró-Bolsonaro: “Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senão, vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nos [sic]”

Em menos de 10h, a postagem já tinha mais de 120 comentários, 600 repotagens e 5,3 mil curtidas. Entre as mensagens, usuários compartilhavam os prints da SMS, que vinha de um número que normalmente enviava mensagens do Governo do Estado do Paraná.

O Estado utiliza o Paraná Inteligência Artifical (PIA), um sistema que reúne o atendimento de serviços de diversos órgãos públicos, como Detran, atendimento de solicitação de documento de identidade, serviços de concessionárias de energia elétrica e água, entre outros mais de 350 serviços, como descrito no site oficial do sistema.

Na ocasião, a Coligação Brasil da Esperança, que representa a chapa do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da SIlva, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, protocolou no TSE uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) de abuso de poder econômico e abuso dos meios de comunicação social, considerando que os dados deveriam ser usados apenas para o atendimento aos cidadãos.

A Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), em nota para imprensa, apontou que o serviço era feito pela empresa terceirizada de telecomunicações, Algar Telecom, que por sua vez afirmou que tomaria medidas internas para apurar o caso.

Segundo matéria do portal Convergência Digital e reportagem do G1, o contrato da Celepar com a Algar Telecom tem valor superior a R$ 4 milhões e prevê pagamento de R$ 0,0412 por SMS. A validade é até agosto de 2024, segundo documento acessado pelos veículos. De acordo com o G1, o Ministério Público Federal (MPF) pediu indenização de R$ 974 milhões a Celepar e a Algar Telecom. Procurados pela reportagem, ambas não quiseram dar novo posicionamento sobre o caso.

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade.

De acordo com o artigo 26 da lei “O uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder Público deve atender a finalidades específicas de execução de políticas públicas e atribuição legal pelos órgãos e pelas entidades públicas, respeitados os princípios de proteção de dados pessoais elencados no art. 6º desta Lei. 1º É vedado ao Poder Público transferir a entidades privadas dados pessoais constantes de bases de dados a que tenha acesso”. O caso está sendo investigado pelo Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil (Nuciber/PCPR).

A advogada e co-diretora do Aqualtune Lab, Clarissa Marques França, explica com base na LGPD que é preciso respeitar o princípio básico da finalidade no tratamento de dados pessoais e, neste caso, todos os que fazem uso dos dados são responsáveis por eles.

A advogada e co-diretora do Aqualtune Lab, Clarissa Marques França, explica com base na LGPD que é preciso respeitar o princípio básico da finalidade no tratamento de dados pessoais e, neste caso, todos os que fazem uso dos dados são responsáveis por eles.

“Nenhum cidadão que forneceu seus dados gostaria de receber um conteúdo eleitoral sem consentimento. A LGPD incide nesse episódio, não sendo um caso de excludente de responsabilidade, uma vez que os responsáveis precisam ter políticas de segurança, que contenham o vazamento de dados com mecanismos de ação objetivando minimizar a ocorrência de incidentes e danos. Uma excludente de responsabilidade, ocorreria apenas em casos extraordinários, algo completamente imprevisto, o que não é o caso”, enfatiza a advogada.

Twitter como espaço de denúncias e o posicionamento do TSE

O caso PIA não é o único compartilhado por usuários no Twitter, na primeira eleição desde a execução plena da LGPD. A rede social reúne outras denúncias de eleitores. Entre janeiro e setembro de 2022, a Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa mapeou tweets de usuários sobre o assunto.

Vale destacar que o Twitter, no período eleitoral no Brasil, foi uma rede social que teve um espaço dedicado ao pleito. Na sua Central de Ajuda brasileira, a rede social se posiciona “O Twitter está dedicado a facilitar que as pessoas encontrem informações precisas na plataforma, participem do debate, entendam melhor o processo eleitoral e mantenham-se informadas”.

Entre os tweets monitorados, é possível destacar um do dia 5 de setembro de 2022, em que um usuário da rede social, cujo nome não será citado, compartilhou que havia recebido uma mensagem no WhatsApp de um candidato a deputado federal, sem o seu consentimento. “Tô me questionando como ele conseguiu o meu número…”. O usuário não especifica qual campanha é responsável.

Em outro tweet, de 2 de setembro de 2022, “Com todo respeito, mas como um candidato a deputado federal conseguiu meu número (..) Que absurdo é esse?”, denunciou a usuária. Na mesma data, em outro tweet “Um candidato a deputado estadual não para de me mandar mensagem no WhatsApp pedindo voto (…)”, relatou a usuária da rede social.

Um mês após o fim das eleições, a reportagem buscou o Tribunal Superior Eleitoral para ter estatísticas sobre o número de denúncias do uso indevido de dados pessoais de eleitores durante o pleito de 2022.

De acordo com o TSE, eles não possuem dados específicos, pois esse tipo de denúncia se encaixa em diversas classes processuais, mas destacou que é possível verificar no portal da Justiça Eleitoral as infrações denunciadas formalmente.

Neste ano, as eleições contaram com uma nova versão do aplicativo Pardal da Justiça Eleitoral, voltado para receber denúncias de irregularidades de propaganda eleitoral, e até setembro, véspera de eleição, ele recebeu mais de 16,8 mil denúncias oriundas de todo o Brasil.

O TSE destacou que os eleitores do estado do Pernambuco foram os que mais realizaram denúncias, somando mais de 2,2 mil, seguido de São Paulo, 2,2 mil, Minas Gerais, 1,8 mil, Rio Grande do Sul, 1,5 mil, e Rio de Janeiro 1,1 mil.

Para a advogada Clarissa Marques França, é fundamental debater o tema da proteção de dados, eleições e redes sociais, pois estamos vivenciando um momento em que as plataformas são essenciais para a formação da opinião pública. Ela cita a pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que entre julho e agosto de 2021, entrevistou 1 mil pessoas das classes C, D e E, e demonstrou que a experiência de restrições de conectividade marca o cotidiano dos usuários de internet de baixa renda.

“O WhatsApp tornou-se o principal mecanismo de informação e formação de opinião de uma parcela significativa da população. Assim, estamos presenciando também a epidemia da desinformação, sem curadoria de conteúdo, sem linha editorial e senso de ética do profissional do jornalismo, que tem técnica e metodologia de trabalho. Assim, pensar na proteção de dados é pensar em democracia e brecar desinformação e fake news”, analisa a profissional.

Expectativas para as eleições de 2024

A dois anos do próximo pleito eleitoral municipal, a reportagem quis saber da advogada Clarissa Marques França o que esperar sobre a proteção de dados dos cidadãos brasileiros e a execução da LGPD para futuras eleições. Para a profissional, é possível evitar o vazamento e uso indevido de dados.

Como ela explica, casos como o da PIA, citado introdutoriamente, acontecem, sobretudo, por falha de segurança, que o poder público precisa evitar de forma ativa e certificar que todos que fornecem tecnologias precisam passar por procedimentos, padrões e treinamentos que garantam a segurança dos dados.

“É muito mais importante determinar os padrões de segurança e cobrar que eles sejam respeitados, do que uma dificuldade do ponto de vista técnico. Quando a falha acontece é porque os responsáveis estão ignorando os padrões mínimos de segurança. Quem vende esse tipo de sistema precisa garantir a segurança, e o poder público precisa ter expertise para cobrá-la”, enfatiza.

Clarissa Marques França conclui que a realidade é que o cidadão comum muitas vezes não tem como negociar o fornecimento de dados, como no caso do Detran, por exemplo. Sendo assim, do ponto de vista do cidadão é muito difícil se proteger. “Em casos como os citados, em uma sociedade democrática, em que o cidadão é vulnerável, às empresas e os órgãos públicos precisam garantir sua proteção. Precisamos agir como sociedade para que sejam respeitados esses direitos”, encerra.

* Naiara Evangelo é jornalista e doutora em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Uerj (PPGCom/Uerj). Entre os temas de pesquisa estão relações étnico-raciais, tecnologias de comunicação e vigilância de dados. A reportagem é resultado da bolsa de reportagem em parceria Transparência Internacional – Brasil e Associação Data Privacy Brasil de Moraes.

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Governo Lula terá 37 ministérios, confirma Rui Costa

A informação foi dada após reunião com o presidente eleito, Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante, neste sábado (17/12), em Brasília.

O novo ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou que o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá 37 ministérios. A informação foi dada neste sábado (17/12), após reunião com o futuro chefe do Executivo, em Brasília.

Segundo Rui Costa, pastas serão desmembradas, mas não haverá a criação de cargos. Com isso, o governo pretende manter o mesmo nível de gastos atual.

Atualmente, no governo Jair Bolsonaro, o Executivo está dividido em 23 pastas.

O futuro chefe da Casa Civil informou que os ministérios da Pesca, Cidades e Esporte voltarão a existir. Haverá ainda pastas específicas para os Povos Originários e Gestão.

Além disso, disse que o atual Ministério da Infraestrutura será dividido em duas pastas: Transportes (rodovias e ferrovias) e Portos e Aeroportos.

“Nós vamos buscar melhorar a representatividade, através dos ministérios, com o simbolismo onde diversos segmentos querem se ver representados no governo, e sem, com isso, implicar em aumento do gasto público” afirmou.

Além de Rui Costa e Lula, a reunião contou com Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercandante, e foi feita no hotel onde o petista está hospedado, na capital do país.

Os petistas tiveram diversos encontros para discutir quantos ministérios o terceiro governo Lula teria.

Até o momento, Lula já confirmou seis nomes que vão ocupar a Esplanada dos Ministérios a partir do ano que vem. São eles: Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça), José Múcio Monteiro (Defesa), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Margareth Menezes (Cultura).

O desenho da Esplanada de Ministérios de Lula será definido por meio de medida provisória a ser editada no começo de 2023.

*Com Metrópoles

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Governo Bolsonaro deixou crianças e adolescentes suscetíveis à violência e à fome

Sob o governo Bolsonaro houve aumento do número de crianças e adolescentes em situação de fome, suscetíveis às violências como estupros, assassinatos, suicídios, situação de rua, trabalho infantil, envolvimento com drogas, afastamento da escola, queda na cobertura vacinal, entre outros. É o que aponta o diagnóstico divulgado nesta sexta-feira (16), pelo subgrupo técnico de Criança e Adolescente do Gabinete de Transição.

O advogado e coordenador do GT, Ariel de Castro Alves detalhou o diagnóstico da área. Segundo ele, aumentou a população de 0 a 18 anos em situação de pobreza e extrema pobreza e que passam fome ou se encontram em insegurança alimentar no país.

“25,7% das famílias com três ou mais pessoas abaixo de 18 anos estão em situação de fome neste ano, índice que cai para 13,5% em famílias apenas com adultos”, disse ele. “É um cenário bastante arrasador com relação à proteção das crianças e adolescentes no Brasil. Diante disso, os desafios são, de fato, enormes”, completou.

O GT também observou o aumento da violência sexual, sobretudo de meninas (as 35.735 vítimas dos casos de estupro de vulnerável registrados em 2021 eram meninas com até 13 anos), das mortes violentas e por armas de fogo – que atingem majoritariamente crianças e adolescentes negros –, e do número de suicídios (entre 2016 e 2021, o número de suicídios cresceu 45% nas faixas de 11 a 14 anos e 49,3% entre as idades de 15 a 19 anos).

Além disso, o grupo encontrou uma queda brusca na cobertura vacinal e o aumento do número de crianças e adolescentes fora da escola. Outro ponto de atenção foi a ausência de diagnóstico e de política pública para atender as 130 mil crianças e adolescentes que ficaram órfãs em razão da pandemia, até julho de 2021.

Corte orçamentário

Do ponto de vista da gestão do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, o cenário encontrado foi de perda orçamentária, descontinuidade de programas, apagão de dados (número de crianças em situação de rua) e cerceamento à participação da sociedade. Foram extintos, por exemplo, a Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA).

A área sofreu forte sucessivos cortes no orçamento nos últimos anos, uma queda de R$ 203 milhões, em 2018, para R$ 54 milhões em 2022. Para 2023, a previsão é pior: R$ 42 milhões. De acordo com o GT, os valores atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelam que a dotação autorizada em 2022 correspondeu a apenas 31,5% da dotação autorizada em 2018. Já a proposta orçamentária para 2023 é de apenas 20,93% da dotação autorizada em 2018. Em 2009, o orçamento era de R$ 498 milhões. “O valor mínimo necessário à execução da política para 2023 é de R$ 324.547.623”, concluiu o grupo.

O subgrupo técnico concluiu que “a agenda dos direitos de crianças e adolescentes sofreu com uma investida político-institucional de disseminação de desinformação somado à sistemática afronta ao Estatuto da Criança e da Adolescente (ECA), com a defesa da redução da maioridade penal, dos castigos corporais e do trabalho infantil, entre outros.”

“Em 2018, Bolsonaro prometeu rasgar o ECA e, de fato, o governo dele fez isso. Acabou com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e diminuiu os recursos voltados à proteção de crianças e adolescentes”, conclui o coordenador do GT.

*Com informações do Gabinete de Transição

* Vermelho

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Uber, faxina e cozinheiro: a vida de médicos cubanos que ficaram no Brasil

Programa símbolo do PT, o Mais Médicos voltará à ativa em um novo formato no terceiro mandato do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Modificado pela gestão Jair Bolsonaro (PL) em 2019, o programa tinha ficado marcado por alocar médicos cubanos em regiões remotas do Brasil.

Quando Cuba rompeu com o programa após críticas severas de Bolsonaro, médicos cubanos radicados no Brasil —alguns com família e até naturalizados— optaram por permanecer no país na esperança de voltar a clinicar se o PT retornasse ao poder.

Maria Caridade Morales Gonzales, 60, virou faxineira

maria caridad - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal

Nasci em Holguín, leste de Cuba, e fui para a Havana aos 14 anos para estudar. Aos 24, entrei na Faculdade de Ciências Médicas de Havana: seis anos de curso, três de especialização em clínica médica e mais três em alergia e imunologia.

Tenho uma filha que aos 20 anos veio para o Brasil, se casou e ficou. Como ganhei uma neta, me inscrevi no Mais Médicos para viver no Brasil ao lado delas.

Cheguei em 2015 para trabalhar em Divinolândia, a 490 km de São Paulo. Adorava trabalhar na UBS (Unidade Básica de Saúde) do centro e na roça: uma ambulância me levava e trazia. Ficava o dia todo, até almoçava na casa dos pacientes.

O governo pagava R$ 2.500 e a prefeitura mais R$ 3.000. Nós, cubanos, não somos ambiciosos, eu viva bem, me vestia bem e me virava.”

Depois de romper com Bolsonaro, Cuba quis me levar de volta, mas preferi continuar com minha família. Tentei emprego em farmácia, mas não consegui, e fui para São Caetano do Sul, perto da minha filha.

Trabalhei por um tempo como faxineira, mas tenho 60 anos e não aguentei as dores na coluna. Aí comecei como cuidadora, mas também precisava de força para dar banho em um senhor de 79 anos e ainda limpar a casa, fazer almoço e janta. Agora estou desempregada.

Tenho 36 anos de graduada e a esperança de voltar para minha profissão. Estou estudando sobre os problemas do brasileiro, que tem muita hipertensão, pancreatite e transtorno de personalidade.

Ovidio Lediam Viggiani Sierra, 36, motorista de Uber

Ovidio - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal

Eu me formei em 2011 na Faculdade de Ciências Médicas de Mayabeque: seis anos de medicina, depois três de especialização em clínica médica. Vim para o Brasil em 2014. Fui mandado para um posto de saúde em Campinas (SP): trabalhava até as 17h cuidando da saúde integral da população. A gente também orientava os alunos do quarto e sexto ano de medicina da Unicamp (Universidade de Campinas).

Na época eu ficava com uns R$ 3.000 do salário e ajuda de custo da prefeitura. Depois que fecharam o programa, voltei para Cuba. Arrumei minha documentação e em 2021 voltei com minha mulher e minha filha de nove anos, na esperança de voltar ao Mais Médicos.

Eu levei a documentação para o governo, mas me disseram que não contratavam mais cubanos. Aí fui procurar emprego.

Primeiro fui cuidador de idoso, depois trabalhei em uma fábrica carregando gelo. Não fiquei porque era um trabalho puxado: oito horas em temperatura abaixo de zero para ganhar R$ 80 por dia. Não estudei tanto para isso.

Como tinha habilitação brasileira, comecei a fazer Uber há seis meses. Começo a rodar às 6h30 e vou até 18h. Tiro R$ 2.500 por mês, mas pago o aluguel do carro e a gasolina.

*Com Uol

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Ministro do STF pede perdão a Lula por ter impedido ida a velório do seu irmão

Decisão esdrúxula de ministro fez com que Lula não comparecesse ao velório de Vavá, que morreu de câncer. Pedido de perdão foi feito durante diplomação de ex-presidente, que respondeu ao ministro.

Emocionado em meio à terceira cerimônia de diplomação para Presidente da República na última segunda-feira (12), Lula (PT) recebeu um pedido de perdão inusitado que remeteu a um dos momentos mais dolorosos vividos durante os 580 dias da prisão injusta na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba: a morte por câncer do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em janeiro de 2019.

Após ter o direito de comparecer ao velório do irmão por juízes de instâncias inferiores, à época a defesa de Lula entrou com pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele pudesse se despedir de Vavá.

A decisão coube ao ministro Dias Toffoli, que em decisão inédita determinou que o corpo de Vavá fosse levado a uma unidade militar em São Paulo para que Lula se despedisse do irmão.

Da cela na Superintendência da PF em Curitiba, Lula recusou, enviou uma coroa de flores falando da saudade que “aperta o peito” e manifestou a profunda mágoa pelo fato a diversos interlocutores.

Durante a cerimônia de diplomação, Toffoli se aproximou de Lula e relembrou o caso, pedindo perdão pela decisão esdrúxula.

“O senhor tinha direito de ir ao velório”, disse Toffoli segundo Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo deste sábado (17). “Me sinto mal com aquela decisão, e queria dormir nesta noite com o seu perdão”, emendou o ministro.

Lula teria dito para o ministro ficar tranquilo e que conversaria com Toffoli em outro momento sobre a questão, de maneira reservada.

“Safado só queria ir passear”
Após a decisão desumana de Toffoli, um diálogo entre procuradores da Lava Jato, divulgado pela Vaza Jato, causou ainda mais indignação em Lula e seus familiares.

Ao comentar o pedido de Lula para se despedir do irmão, o procurador Januario Paludo, afirmou que “o safado só queria ir passear”, mesmo diante de um colega, o procurador Diogo Castor ponderar que “todos presos em regime fechado tem este direito”.

Outro investigador, Antônio Carlos Welter escreveu que concordava com a PF, mas que acreditava que Lula tinha o direito de ir ao enterro do irmão. “Eu acho que ele tem direito a ir. Mas não tem como”.

Januário Paludo respondeu: “O safado só queria passear e o Welter com pena”.

*Com Forum

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Juiz ordena que Eduardo Bolsonaro retire música de Chico de postagem

O juiz tabelar do 6º Juizado Especial Cível da Comarca da Capital Lagoa Fernando Rocha Lovisi ordenou, nesta sexta-feira (16), que o deputado federal Eduardo Bolsonaro retire imediatamente a música “Roda Viva” de uma postagem feita em rede social. O descumprimento acarretará em multa diária no valor de mil reais.

O caso gerou polêmica no final de novembro, quando a juíza substituta Monica Ribeiro Teixeira indeferiu o mesmo pedido feito pela defesa de Chico Buarque. De acordo com a juíza substituta, faltava comprovação de que “Roda Viva” era mesmo do artista.

Nesta quinta-feira (15), o advogado de Chico, João Tancredo, entrou com uma nova ação. E, segundo ele, a redação da peça jurídica é praticamente idêntica a da ação anterior. Questionado sobre o que teria mudado, Tancredo disse “o conhecimento sobre música popular brasileira de quem analisou o caso”.

“Enfim, superamos o debate despropositado sobre a autoria da canção. Podemos agora focar na finalidade principal do processo, que é tratar com respeito a obra do Chico e com o rigor da lei os desmandos do deputado. Aliás, esse é o tipo de foco que precisa ser retomado em diversas áreas no país”, afirmou o advogado.

Além do pedido de urgência, a ação movida por Chico ainda cobra do deputado federal uma indenização de R$ 48 mil e a publicação da sentença condenatória na mesma rede social em que fez uso indevido da obra.

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Qual o significado de ‘Bella Ciao’, entoada em restaurante com Fabio Faria?

No jornalístico “Central da Transição”, da GloboNews, a jornalista Natuza Nery contou que uma fonte próxima a ela revelou que o Ministro das Comunicações do governo Bolsonaro, Fabio Faria, foi recebido em um restaurante de Brasília ao som da música “Bella Ciao”, uma espécie de hino antifascista que nasceu na Itália.

No relato, Natuza diz que a fonte a revelou que muitos dos clientes se levantaram para bater palmas e cantar o clássico. “Mas ele entendeu?”, perguntou a jornalista à fonte. “Acho que ele não entendeu o significado da música”, respondeu a fonte.

Afinal, qual o significado de ‘Bella Ciao’? Una mattina, mi son svegliato/oh bella, ciao! Bella, ciao! Bella, ciao, ciao, ciao!/Una mattina, mi son svegliato/ed ho trovato l’invaso

Assim começa a canção que virou símbolo da Resistência Italiana, “Bella Ciao”. Curiosamente, a música, resgatada nos últimos anos por causa da série “La Casa de Papel”, não era muito conhecida durante a Segunda Guerra Mundial e passou a ser associada ao movimento “partigiano” apenas no fim dos anos 1940, ganhando o mundo ao longo das décadas seguintes e virando um hino de liberdade.

Até hoje sua origem não foi muito bem esclarecida, mas há quem sustente que ela tenha se baseado em uma canção cantada por camponesas da Emilia-Romagna no início do século 20.

No entanto, essa hipótese já foi desacreditada por especialistas no assunto, que acreditam que ela seja um conjunto de influências de músicas populares do norte da Itália.

“Bella Ciao” já foi a trilha sonora de protestos em diversos cantos do planeta, como as manifestações pró-democracia em Hong Kong, em 2014, e os atos da praça Taksim, na Turquia, em 2013. E até mais recentemente, no Irã, em uma versão persa que se tornou símbolo da luta das mulheres iranianas.

Também embalou campanhas eleitorais do partido de extrema esquerda grego Syriza, do ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras.

Durante os mandatos de Silvio Berlusconi como chefe de governo, a música antifascista era frequentemente cantada em forma de protesto por partidos de esquerda italianos.

Entre os que já emprestaram sua voz à canção estão o cantor e compositor Giorgio Gaber, a banda Modena City Ramblers e o francês Yves Montand, alguns dos principais responsáveis por sua disseminação.

Uma manhã, eu acordei, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Uma manhã, eu acordei e encontrei o invasor.

Oh partigiano, me leve embora, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Oh partigiano, me leve embora, pois sinto que vou morrer.

E seu eu morrer como partigiano, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E se eu morrer como partigiano você deve me enterrar. Me enterrar lá em cima na montanha, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Me enterrar lá em cima na montanha, sob a sombra de uma bela flor.

E as pessoas que passarão, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E as pessoas que passarão te dir.

*Com Uol

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Congresso acaba com sigilo do orçamento secreto e distribui recursos por tamanho das bancadas

O Congresso Nacional aprovou nesta sexta-feira (16) um projeto de Resolução que define critérios de distribuição das emendas de relator-geral do Orçamento, mais conhecido como orçamento secreto.

Segundo o Senado, a resolução apresentada pelas Mesas do Senado e da Câmara dos Deputados estabelece critérios para dar transparência às emendas de relator-geral do Orçamento. O projeto exclui a categoria “usuário externo”, usado por prefeituras para solicitar emendas (e que oculta o nome do parlamentar que apadrinhava o repasse).

De acordo com a proposta aprovada em sessão conjunta do Congresso, 80% dos recursos irão para indicação de partidos baseada no tamanho das bancadas (sendo um terço do total para as indicações no Senado e o restante para as da Câmara). PL e PT são os maiores beneficiados.

Do restante dos recursos, 15% vão para as cúpulas do Senado e da Câmara; 7,5% para a Mesa Diretora de cada Casa, com indicações feitas pelos respectivos presidentes; 5% para serem divididos entre o presidente e o relator da CMO (Comissão Mista de Orçamento).

A proposta também define que 50% do montante das emendas de relator deverão ser executados “em ações e serviços públicos de saúde, educação e de assistência social” segundo critério dos próprios deputados.

Segundo Castro, que também é relator do Orçamento de 2023 (PLN 32/2022), a matéria estabelece critérios de proporcionalidade e impessoalidade na aprovação e execução dessas emendas. Ele argumentou que as mesmas características presentes no processo de execução das emendas individuais, também serão aplicadas na RP9.

“Qualquer emenda de relator que for destinada para qualquer estado do Brasil, para qualquer município do Brasil, ou para qualquer entidade filantrópica terá obrigatoriamente que constar o nome do parlamentar. Ou deputado ou senador”, afirmou Castro.

Pelas regras atuais, a decisão sobre repasse das emendas RP9 fica com o próprio relator do Orçamento, sem critérios objetivos. Pela proposta, o relator passará a fazer indicações para a execução das programações cadastradas por parlamentares, que poderão ser fundamentadas em demandas apresentadas por agentes públicos ou por representantes da sociedade civil.

*Com 247

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