Ano: 2022

Estadão, o eterno jornal da província de São Paulo

O que pode ser mais jurássico, escravocrata, casa grande, senzala, que o jornal O Estado de São Paulo fazendo lobby para os barões do sistema financeiro paratatá?

E quando falamos aqui do sistema financeiro, referimo-nos à agiotagem como um todo, que suga toda a riqueza produzida no país a partir, lógico, do próprio trabalhador.

Não é sem motivos que a remuneração anual, ou seja, o lucro de rentistas e banqueiros nesse país, anda aos saltos, ano após ano. E o Estadão tem a cara dura de afirmar que o Brasil hoje é diferente do Brasil que Lula pegou em 2002. Sei.

Ora, é só pegar o próprio Estadão e comparar as matérias de hoje com as que ele publicava quando ainda chamava Jornal da Província de São Paulo, para ver que ele não mudou absolutamente nada, que continua sendo mesmo panfleto da oligarquia, com os mesmos palavrórios, com a mesma ideia de uma sociedade que parte do pressuposto de que uma civilização só caminha a partir dos de cima pisando nos de baixo.

Para variar, falam que Lula precisa governar para o Brasil real, e a piada já vem pronta, e até com meme.

O que é o Brasil real a que se refere o jornal feito sob medida para defender interesses escravocratas contra os escravizados e que hoje defende a goma alta do dinheiro grosso?

Essa papa fina que nada produz, mas que bate recordes sobre recordes de lucro a partir de uma exploração cínica, covarde, segregacionista que aprofunda o apartheid tropical, como fez Paulo Guedes, o queridinho do Estadão, Fernão Mesquita, o janota tardio, que acha que o suprassumo da modernidade é ir para a rua com uma cartolina escrita “vai para Venezuela!”.

E é o jornal desse sujeito, que está dois séculos aquém da sua fundação, ou seja, do Brasil extrativista e, por isso mesmo apoiou a candidatura de Bolsonaro em 2018, que vem falar em esquerda jurássica.

É só olhar a história desse dedo que aponta para a esquerda brasileira, chamando-a de jurássica, sem mesmo fazer um DNA para saber qual valor pode ter o editorial desse jornal fantasmagórico que vaga pelos labirintos mais escuros da velha província paulistana.

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Os trunfos que Alexandre de Moraes guarda que podem afundar Bolsonaro

Sob Alexandre de Moraes, ações no TSE e STF podem definir futuro político de Jair Bolsonaro.

Jair Bolsonaro pode reclamar e espernear contra Alexandre de Moraes, mas é o ministro do STF e presidente do TSE quem detém os trunfos que podem definir o futuro político de Bolsonaro, afirma Guilherme Amado, Metrópoles.

O principal flanco de Bolsonaro é na Justiça Eleitoral, onde o presidente responde a 12 ações que podem deixá-lo inelegível. As Ações de Investigação Judicial Eleitoral estão sob relatoria do ministro e corregedor eleitoral Benedito Gonçalves, mas, após a liberação do corregedor, é Alexandre de Moraes quem definirá quando elas irão para a pauta.

Mas no STF também há munição que pode trazer grandes problemas para Bolsonaro. Moraes continua sendo o relator dos inquéritos das fake news, dos atos antidemocráticos e das milícias digitais. Fora os aliados, algumas das investigações encostam na atuação de dois dos filhos de Bolsonaro, Carlos e Eduardo Bolsonaro.

Os dois afirmam serem inocentes e não ter envolvimento nem no espalhamento de fake news nem no comando das milícias digitais bolsonaristas.

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Lula lembra prisão política em Curitiba e chora ao discursar na cerimônia de diplomação no TSE

Cerimônia marca confirmação do resultado das eleições e é etapa final do processo eleitoral.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza nesta segunda-feira a cerimônia de diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). A sessão foi iniciada às 14h25. A entrega dos diplomas foi feita pelo presidente da Corte, Alexandre de Moraes, ovacionado pelos presentes assim que foi anunciado. Durante o discurso, Lula chorou e disse que ‘o povo reconquistou direito de viver em democracia’. O evento conta com mais de 300 convidados.

Ao entrar no plenário, Lula, por sua vez, foi recebido pela plateia com gritos de “boa tarde, presidente Lula”, numa referência à saudação que militantes do PT faziam diariamente no acampamento montado ao lado da superintendência da Polícia Federal em Curitiba no período em que ele esteve preso.

— Em primeiro lugar quero agradecer ao povo brasileiro pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil. Em minha primeira diplomação, em 2002, lembrei ousadia do povo brasileiro em conceder para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário, um diploma… (choro) — afirmou, completando: — Esse diploma é do povo que reconquistou o direito de viver em democracia. Vocês ganharam esse diploma.

O discurso de Lula teve uma série de ataques velados ao presidente Jair Bolsonaro, que terminou a corrida eleitoral em segundo lugar. O presidente eleito afirmou que “poucas vezes na história recente” do país a democracia esteve “tão ameaçada” e elogiou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) pela atuação durante a campanha.

— Além da sabedoria do povo brasileiro, que escolheu o amor em vez do ódio, a verdade em vez da mentira e a democracia em vez do arbítrio, quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, que enfrentaram toda sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular.

Lula ainda afirmou que os “inimigos da democracia” questionaram o sistema eleitoral, ameaçaram instituições e “criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação”. O dia 30 de outubro, domingo no qual foi realizado o segundo turno das eleições, foi marcado por diversos bloqueios feitos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em vários locais do país que acabaram atrasando e dificultando o acesso à zonas eleitorais.

A ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu um processo de impeachment, foi ovacionada em todos os momentos em que foi citada por Lula. Dilma se posicionou em frente ao púlpito, ao lado do também ex-presidente José Sarney.

Moraes cita ‘covardes ataques’ ao Judiciário

O presidente do TSE afirmou durante seu discurso que a Justiça eleitoral combateu, durante o processo eleitoral, “ataques covardes” aos seus membros e a todo o Judiciário.

— A Justiça eleitoral se preparou para combater com eficácia, eficiência e celeridade os ataques antidemocráticos ao Estado de Direito. E os covardes ataques e violências pessoais aos seus membros e todo Poder Judiciário — discursou Alexandre de Moraes.

A entrega do diploma marca o encerramento do período eleitoral e atesta que os candidatos vencedores das urnas no último dia 30 de outubro de fato ganharam as eleições. Há previsão de que Lula e Moraes discursem. A diplomação é também a etapa que possibilita que os eleitos tomem posse no próximo dia 1.º de janeiro.

*Com O Globo

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Josué no MDIC e Mercadante no BNDES: Brasil inicia reindustrialização

Ao lado de Mercadante no BNDES, o atual presidente da Fiesp poderá liderar a retomada do desenvolvimento industrial no País

Luís Costa Pinto – Em articulações empreendidas no fim de semana que passou em Brasília, aguardando a cerimônia de diplomação como futuro presidente, marcada para o início da tarde desta segunda-feira no Tribunal Superior Eleitoral, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva mudou o curso tradicional das pressões da política: foi a força das águas da Esplanada dos Ministério que empurrou de volta para a Avenida Paulista uma crise nascida na pirâmide da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, prédio-sede da entidade.

Lula vai recriar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, convidou o industrial têxtil Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, para assumir o comando da pasta e ancorará nele, de volta, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O presidente do BNDES será o economista, ex-senador e ex-deputado Aloízio Mercadante, coordenador da transição de Governo e presidente da Fundação Perseu Abramo, instância do Partido dos Trabalhadores encarregada de formular o programa da campanha petista. O convite para o ministério abriu para Josué uma saída estratégica e por cima do comando da Fiesp em meio a uma guerrilha de traições aberta contra ele pelo ex-presidente da entidade, Paulo Skaf.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, foi interlocutor estratégico no processo de convencimento de Josué Gomes. A Fiesp deverá passar a ser comandada pelo presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Rafael Cervone Netto, que é o 1º vice-presidente da entidade. Josué é, em contrapartida, o 1º vice do Ciesp. Foi o atual presidente da Fiesp e futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio quem articulou a ascensão de Cervone Netto ao topo da pirâmide da Avenida Paulista.

O antecessor de Josué, Paulo Skaf, almejava retornar ao comando da poderosa federação paulista, cargo de onde colaborou intensamente pelo golpe do impeachment sem crime de responsabilidade da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 (utilizando para tanto, inclusive, o caixa da Fiesp ao financiar campanhas publicitárias pró-golpe e deslocamento logístico de materiais usados no convencimento de parlamentares a favor da deposição de Rousseff).

Notório golpista, Skaf montou pelas costas de Josué a convocação de uma Assembleia Extraordinária do Conselho da entidade, marcada para 21 de dezembro. A pretensão dele era voltar nos braços de presidentes de sindicatos empresariais aos quais adulou pelos 16 anos em que se manteve à frente da Fiesp e do Ciesp ao mesmo tempo, acumulando os cargos e os caixas. Por todo esse tempo Skaf tentou voos políticos nas asas de partidos como PSB, PMDB, MDB e Republicanos. Foi candidato ao governo do estado, à prefeitura da capital e ao Senado. Perdeu tudo o que disputou no voto popular. Ele açulou a rebelião na Fiesp, mas, não desejava a ascensão de Cervone Netto – de quem espera um gesto em seu favor (que dificilmente virá).

Cervone está a uma canetada de reunir nas mãos o poder do Ciesp e da Fiesp, conservando a amizade com um poderoso ministro do Desenvolvimento Industrial e Comércio Exterior e tendo acesso direto ao presidente do BNDES (Aloízio Mercadante, já indicado e aguardando os fatos acontecerem) e mantendo inédita sintonia com o presidente da CNI. Robson Andrade foi carta relevante no estratagema que teve início nas coxias da transição. Consumada a sucessão na Fiesp, Paulo Skaf, será tratado pelo futuro governo como um reles golpista remanescente de 2016. Em consequência, não terá serventia alguma para o pragmatismo empresarial dos paulistas.

Josué Gomes da Silva à frente de um MDIC em vias de ser recriado, com Aloízio Mercadante no BNDES em diálogo direto e franco com o Ministério da Fazenda de Fernando Haddad, e o Ministério do Planejamento sendo preenchido por um nome do espectro social-democrata da aliança que elegeu Lula, darão um rumo determinado para a missão dada pelo presidente eleito e por seu vice, Geraldo Alckmin: conduzir o processo de reindustrialização do País. Para tanto, o futuro Governo convocará a CNI de Andrade, a Fiesp renovada e todas as demais federações estaduais de indústrias para que se alinhem no projeto. As águas deste fim de ano chuvoso em Brasília lavaram a Esplanada dos Ministérios e terminaram por movimentar bons moinhos na Avenida Paulista.

*247

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Vídeos: No dia da diplomação de Lula, Bolsonaro abre alvorada a golpistas e Michelle manda “lanchinho”

Durante a madrugada, Bolsonaro liberou portões da residência oficial da Presidência e golpistas invadiram o gramado. Apoiadores de Lula também fazem “convocatória” e clima é de tensão no dia da diplomação.

Com o claro objetivo de tumultuar a diplomação – e em 20 dias a posse – de Lula (PT) Jair Bolsonaro abriu os portões do Palácio do Alvorada para apoiadores golpistas que se encontravam em frente à residência oficial do Presidente da República na madrugada desta segunda-feira (12), quando está marcada a diplomação do presidente eleito.

Em vídeos publicados nas redes sociais e em grupos de aplicativos de apoio a Bolsonaro, os golpistas aparecem entrando no gramado do Alvorada e incitando outros apoiadores para dirigirem ao local.

Segundo os golpistas, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, teria mandado “lanchinho” e refrigerante aos que chegavam no gramado do Alvorada.

Em grupos de Telegram, Bolsonaro aparece com os mesmos copos descartáveis enviados aos golpistas no chamado “apito de cachorro”, as mensagens cifradas pela extrema-direita para convocar apoiadores radicais. Parte das mensagens que circulam nos grupos foi exposta no Twitter pelo jornalista Carlos Alberto Jr.
Convocatória de apoiadores de Lula

O clima de tensão antes da diplomação, marcada para às 14h no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aumenta à medida que há expectativa da mobilização de apoiadores de Lula.

Em grupos de apoio ao presidente circula uma convocatória para que a militância progressista do Distrito Federal acompanhe a diplomação.

“É muito importante que todos nós, que defendemos a democracia estejamos presentes nesse momento, com nossas faixas, cartazes, bandeiras de luta e palavras de ordem”, diz o texto que ressalta ainda que foram chamados “todos os Comitês Populares de Luta para estarem presentes em mais esse momento histórico, que marca o fim de um período de profundos ataques à democracia e aos direitos do povo e o começo da reconstrução do nosso país”.

A diplomação de Lula e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), marca o fim do processo eleitoral e certifica os candidatos eleitos em 30 de outubro a tomarem posse.

A partir da diplomação o processo eleitoral é considerado encerrado. O Tribunal Eleitoral atesta que a eleição foi válida depois que todas as etapas foram avaliadas.

Após a entrega do certificado, no Executivo, há a transmissão de cargos. No Legislativo, a posse de deputados e suplentes.
Convocação

Neste domingo (11), Jair Bolsonaro fez nova aparição aos golpistas do gramado do Palácio do Alvorada, no que foi considerado o “apito de cachorro” para a invasão dos gramados da residência oficial.

Um pastor puxou uma oração, um Pai Nosso, para na sequência o futuro ex-presidente tomar a frente e pedir a palavra. Ele fez sinal com as mãos abertas pedindo silêncio e, quando o obteve, apenas disse “boa noite a todos vocês”, e foi embora.

Veja os vídeos da invasão de golpistas ao Alvorada:

*Com Forum

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Caminhões de atos antidemocráticos foram usados para tráfico de drogas e contrabando

Caminhões usados em bloqueios antidemocráticos —contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva— de estradas e avenidas do Centro-Oeste já estiveram envolvidos em crimes como tráfico de drogas, contrabando e crime ambiental registrados pela polícia.

As informações constam de documento enviado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) ao STF (Supremo Tribunal Federal), a partir do levantamento de placas dos veículos que participaram de um comboio organizado por manifestantes em Cuiabá (MT) no dia 5 de novembro.

Nesta quarta-feira (7), o ministro Alexandre de Moraes determinou multa de R$ 100 mil aos proprietários dos caminhões listados no documento, que foram identificados pelas autoridades de Mato Grosso.

Moraes também tornou esses veículos indisponíveis —ou seja, proibiu a sua circulação e bloqueou seus documentos. A decisão ocorreu após ele ter determinado a adoção de providências para o desbloqueio de rodovias e espaços públicos no estado.

A situação foi ressaltada pelo procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Pereira, em ofício enviado ao STF em que pediu multa aos envolvidos.

Ele destacou que “alguns desses veículos têm, inclusive, envolvimento com ilícitos anteriores, conforme informado pela PRF”. Os donos dos veículos listados como participantes dos bloqueios são os mesmos que aparecem nos boletins de ocorrência registrados pela polícia.

A Folha entrou em contato por WhatsApp com as pessoas físicas listadas como proprietárias dos caminhões e com os motoristas citados nos casos, mas não obteve resposta. As empresas foram contatadas por email e também não responderam.

Um deles, um caminhão Mercedes Benz modelo Actros 265, já havia sido apreendido em outubro, mês anterior ao dos protestos dos quais participou.

Segundo documento da PRF, ele foi pego na BR-101, altura do município de Palhoça (Santa Catarina), transportando três toneladas de drogas (2,9 toneladas de maconha e 103 quilos de skank).

O motorista foi preso e conduzido, junto com o veículo, à Polícia Federal em Florianópolis. O condutor e outro homem que fazia parte do comboio relataram que ganhariam R$ 100 mil pelo serviço.

De acordo com o boletim de ocorrência, o caminhão estava registrado como de propriedade da empresa Sipal Indústria e Comércio. A mesma companhia teve oito veículos registrados na polícia como participantes de atos antidemocráticos. No dia 17 de novembro, Moraes mandou bloquear a conta bancária da empresa.

O dono e sócios da Sipal foram contatados por email, mas não responderam. A reportagem também ligou para a empresa e acionou por telefone e por WhatsApp o departamento de recursos humanos da empresa, que chegou a dizer nas mensagens que encaminharia os questionamentos para a área responsável —mas as perguntas nunca foram respondidas.

A mesma situação ocorreu com integrantes da família Bedin. Um dos três caminhões registrados em nome de Evandro Bedin usados nos atos também foi pego pela polícia operando para contrabando, em 2018. Bedin aparece como proprietário do veículo no registro do boletim.

O condutor já havia sido preso em outras ocasiões por transportar caixas de cigarros vindos do Paraguai, sem a devida documentação para a entrada do produto. Bedin foi procurado por WhatsApp, onde exibe na imagem de perfil um punho cerrado com as cores da bandeira brasileira e a mensagem “Força, Capitão”, mas não respondeu.

Outro veículo atingido pela decisão de Moraes já havia sido apreendido em boletim registrado por crime ambiental, em nome de Vanteir Pereira da Silva.

Segundo registro da PRF de Rondonópolis (MT), o caminhão foi pego no dia 5 de dezembro de 2021, na BR-364, durante uma fiscalização conjunta com o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) e a Polícia Militar Ambiental.

Na ocasião, o veículo e a carga foram encaminhados ao pátio da PRF onde ficaria à disposição da Secretaria Municipal de Meio Ambiente para providências cabíveis, como medidas de remoção e guarda às custas do proprietário.

O motorista foi autuado pelo crime de transportar, adquirir e vender madeira, lenha e carvão sem licença válida. Silva também foi procurado por WhatsApp, mas não respondeu.

Em sua decisão sobre os caminhões, Moraes afirmou que o deslocamento “inautêntico e coordenado” dos veículos para arredores de prédios públicos, em especial instalações militares, com fins de rompimento da ordem constitucional pode configurar o crime de abolição violenta do Estado democrático de Direito.

“Esse cenário, portanto, exige uma reação absolutamente proporcional do Estado, no sentido de garantir a preservação dos direitos e garantias fundamentais e afastar a possível influência econômica na propagação de ideais e ações antidemocráticas”, acrescentou.

Os atos golpistas começaram logo após ser confirmada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Bolsonaro nas eleições deste ano.

Caminhões bloquearam rodovias em mais de 100 pontos pelo país e acampamentos foram montados em frente a unidades do exército em diversas cidades.

Bolsonaro não condenou as manifestações em frente aos quartéis, mas pediu para que os bloqueios de rodovias fossem desfeitos.

Quando a PRF conseguiu desmontar as manifestações nas estradas, muitos caminhões seguiram para Brasília e estacionaram no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, na capital federal.

*Com Folha

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O ministro que mais interrompeu julgamentos de processos no STF

Para alguma coisa ele serve.

André Mendonça, o ministro terrivelmente evangélico nomeado por Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), completará um ano no cargo como o juiz que mais suspendeu julgamentos em 2022 mediante pedidos de vista de processos.

Ele pediu vista de 49 processos julgados em plenário pelos 11 ministros da Corte de forma virtual ou presencial. Gilmar Mendes pediu de 29, Ricardo Lewandowski de 16, Kássio Nunes de 12, e Alexandre de Moraes de 11. Rosa Weber não pediu de nenhum.

Na Segunda Turma do STF, composta por Mendonça e mais quatro ministros, ele também foi o que mais pediu vista: 62 vezes, contra 23 de Gilmar. Nenhum dos ministros da Primeira Turma fez tantos pedidos de vista.

*Noblat/Metrópoles

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Surge mais uma prova de que Bolsonaro fez a campanha mais suja da história

Não bastaram a distribuição de R$ 16 bilhões em emendas do orçamento secreto aos parlamentares que se tornaram cabos eleitorais, a liberação de R$ 41 bilhões em benefícios a três meses das eleições, a utilização de templos evangélicos como palanques, a ofensiva de uma das maiores máquinas de fake news do planeta ou o manejo das corporações de Estado, como a Polícia Rodoviária Federal, contra seu adversário político.

A campanha de reeleição de Jair Bolsonaro, a mais suja da história, teve outros golpes baixos além desses. A mais nova descoberta de trapaça foi publicada na Folha de S. Paulo. Consistiu em fazer sumir da fila de espera do Auxílio Brasil nada menos que 128 mil famílias.

Esse contingente reapareceu repentinamente após o fim do segundo turno da eleição.

Isso mesmo: para tentar se reeleger presidente, de agosto a novembro Bolsonaro apagou da fila de espera 128 mil famílias brasileiras que esperam para receber R$ 600. A ideia era mostrar que o governo conseguiu atender a todos os necessitados.

Era mentira.

De saída, a patranha tem o efeito de estender o sofrimento dessas pessoas, que precisam urgentemente conseguir recursos mínimos que garantam alguma comida na mesa ou remédios para seus problemas de saúde. Bolsonaro e sua equipe não deram a mínima para isso.

O sumiço desses desvalidos da fila do Auxílio Brasil dá a medida do desapreço que o atual ocupante do Palácio do Planalto tem pelos seus compatriotas. Não se importou que a espera deles fosse alongada por conta de uma maracutaia eleitoreira.

Além disso, essa nova baixaria mostra o tamanho da façanha de Luiz Inácio Lula da Silva, que, apesar de ter contra si um adversário que usou a máquina administrativa da forma mais abjeta possível, para produzir falcatruas inimagináveis, conseguiu mesmo assim sair vitorioso das urnas.

Sabe-se lá quantos golpes mais serão descobertos depois que o novo presidente tomar o lugar de Bolsonaro.

Esse certamente é um dos seus medos e um dos motivos para incentivar fanáticos de extrema direita a contestar o resultado da eleição, como se isso fosse ter consequência prática.

Não terá.

É melhor Bolsonaro se acostumar a conviver com revelações como essa publicada pela Folha de S. Paulo. Espera-se que a partir de agora tudo o que escondeu seja trazido à luz do dia.

A verdade, então, nos libertará dessa farsa que Bolsonaro encenou por quatro anos, ao fingir ser patriota.

*Chico Alves/Uol

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Vídeo: Adnet imita o ex-jogador Neto e viraliza nas redes

Humorista arrancou gargalhadas reproduzindo o chilique do antigo ídolo do Corinthians após eliminação do Brasil na Copa do Catar.

A imitação feita pelo ator e humorista Marcelo Adnet do chilique dado pelo ex-jogador e ídolo corintiano Neto, apresentador do programa Os Donos da Bola, da Band, após a eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, viralizou nas redes neste domingo (11).

Neto ficou descontrolado com ao falar do papel do técnico Tite no fracasso do Brasil na corrida pelo Hexa, berrou e quase se descabelou ao vivo, também viralizando com a cena. Adnet fez a paródia com a situação e usou uma jogada de letra de Neymar no início do segundo tempo da prorrogação na partida contra a Croácia, pelas quartas de final do Mundial, na qual a Canarinho deu adeus ao sonho do título.

https://twitter.com/MarceloAdnet/status/1601933458263130113?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1601933458263130113%7Ctwgr%5E1a9935db10c3837b2eae2fa90376f096ab47b86c%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-16437711062713066609.ampproject.net%2F2211250451000%2Fframe.html

*Com Forum

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