Ano: 2022

O Brasil não chora por Bolsonaro. Ele é que chora por ele

Mas quem não se lembrará do seu desgoverno?

O pastor evangélico Magno Malta (PL-ES), agora eleito senador, foi uma das primeiras pessoas a penetrar na sala do hospital de Juiz de Fora na noite de 6 de setembro de 2018, quando Bolsonaro, candidato a presidente da República, recuperava-se da cirurgia depois da facada que quase o matara.

Malta puxou várias orações e, enquanto o fazia, descobriu o corpo do enfermo e tirou uma fotografia para mostrar a extensão da cicatriz que acompanharia Bolsonaro pelo resto da vida. Postada nas redes sociais, a fotografia viralizou e até hoje reaparece de vez em quando. Bolsonaro ficou-lhe grato pela ideia que teve.

É, pois, com a autoridade de quem sempre esteve perto de Bolsonaro, que Malta, depois de visitar recentemente o único presidente brasileiro que tentou se reeleger e acabou derrotado, confidenciou a Valdemar Costa Neto, chefe do PL: “Bolsonaro já era”. Foi a impressão que ele lhe deu. Costa Neto ouviu calado.

Malta não é um caso de infidelidade a Bolsonaro, mas Tarcísio de Freitas (Republicanos), eleito governador de São Paulo com o apoio do presidente amorfo, deprimido, e como se não bastasse, vítima de uma crise de erisipela, pode, sim, ser considerado um caso de infidelidade. Em entrevista à CNN, Freitas disse:

“Eu nunca fui bolsonarista raiz. Comungo das ideias econômicas do governo Bolsonaro. A valorização da livre iniciativa, os estímulos ao empreendedorismo, a busca do capital privado, a visão liberal. Sou cristão, contra aborto, contra liberação de drogas, mas não vou entrar em guerra ideológica e cultural”.

É porque perdeu que Bolsonaro chora, como se viu ao receber no Clube Naval de Brasília os cumprimentos de fim de ano dos mais altos oficiais das Forças Armadas. Foi a terceira aparição pública dele em eventos militares nos últimos 10 dias. Se tivesse chorado pelos que morreram de Covid, talvez seu destino fosse outro.

Mas não. Além de não ter chorado, além de ter receitado drogas ineficazes para combater a pandemia, além de ter retardado a compra de vacinas, em março do ano passado, quando o país lidava com uma média de 4 mil mortos por dia, Bolsonaro afirmou em um vídeo inesquecível:

“Chega de frescura, de mimimi, vão ficar chorando até quando?”

Dissera antes:

“Eu não sou coveiro.”

Foi o coveiro de sua própria candidatura. É por essas e outras que o país não chora por ele.

“Na teoria clássica do luto, a fase da tristeza (que se segue às da negação, da raiva e da barganha) é a que precede a etapa em que o enlutado finalmente aceita a perda. As lágrimas que Bolsonaro verteu podem ser o prenúncio dessa aceitação”. (Thaís Oyama, jornalista)

*Noblat/Metrópoles

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STF deve rejeitar orçamento secreto

Orçamento secreto deve ser derrubado no STF por pelo menos seis votos, mas o calendário é apertado para o fim da votação ainda este ano.

Miriam Leitão – O orçamento secreto deve ser considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essa é a avaliação que eu ouvi na Corte. E essa convicção vem do fato de que ele fere o “o princípio da transparência em relação à administração pública que está no artigo 37 da Constituição”. Mas será uma corrida contra o tempo. A ministra Rosa Weber pautou o julgamento da ADPF que ela relata para amanhã, quarta-feira. Não é o primeiro assunto da pauta e na quinta-feira, 8, é dia da Justiça. Na semana que vem, haverá sessão nos dias 14 e 15. No dia 19, começa o recesso do Judiciário. Na visão da fonte que eu ouvi, o tema “não é mais um assunto político, é assunto jurídico”.

 

Todos os olhares do novo governo estarão sobre o STF porque esta é a questão do momento. Se o uso das verbas públicas através dessas emendas do relator for considerado inconstitucional, resolve-se o mais espinhoso dilema político do novo governo, mas na Suprema Corte há quem tema que a sua derrubada crie novo conflito do Judiciário com a Câmara e o Senado. “Mais uma vez empurram para o STF algo que seria da competência do Legislativo”, me disse uma fonte do tribunal. Porém, explica um ministro, depois que a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) foi proposta, o STF tem que julgar. “A Constituição determina que o Supremo dê uma resposta”, disse esse integrante da Corte.

O Orçamento Público é o pilar da democracia. Através dele, o país decide como o dinheiro recolhido aos cofres públicos será distribuído entre as várias ações governamentais. Tem que ser transparente. Isso é mandamento constitucional. Todos os esforços para que as pessoas no Brasil tivessem mais acesso às informações do Orçamento foram passos que fortaleceram a democracia. Parcelas do dinheiro coletivo só podem ser entregues a parlamentares, para que eles destinem os recursos aos seus redutos, se essa distribuição for impessoal e igualitária. Nada disso existe no orçamento secreto. A repartição é feita de forma opaca, desigual e discricionária.

Essas emendas assumiram uma proporção enorme nos últimos anos. São R$ 19 bilhões no Orçamento de 2023 . Dão ao relator, e aos presidentes das duas Casas, o poder de ordenar despesas nos ministérios. Durante a campanha, o presidente Lula as definiu como usurpação de poder.

Em entrevista ao GLOBO no domingo, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, o defendeu. “Primeiro vamos aqui ser justos: não é secreto. Hoje ele é público e as pessoas sabem para onde vão os recursos”. “Não”, disseram os jornalistas Jan Niklas e Thiago Prado. E fizeram muito bem quando discordaram do entrevistado, explicando que existe até a figura do “usuário externo”, mecanismo que burla a transparência e coloca nomes de pessoas estranhas à representação política, ou ao setor público, ordenando despesas no Orçamento.

No artigo de sábado, o colunista deste jornal Pablo Ortelado definiu orçamento secreto como “um dos mais danosos legados institucionais do bolsonarismo”. E faz um histórico importante dessa figura tortuosa que se tornou a forma oficial de compra de apoio político por Bolsonaro. Bolsonaro costuma dizer que o vetou. Porém, foi sua base que manteve o instrumento para a alegria do presidente, que assim conseguiu manter o Congresso na coleira.

O jornalista Breno Pires, na época no “Estado de S. Paulo”, fez a primeira de uma série de reportagens que revelaram o esquema. Depois, na “Piauí”, ele mostrou como o dinheiro alimentava um sistema pulverizado de corrupção, usando suposta prestação de serviços de saúde. Um dos casos que ficou notório foi o de uma cidade que declarou mais extração de dentes do que havia na boca de seus habitantes. Em artigo publicado na semana passada na “Folha de S.Paulo”, o colunista e professor Conrado Hubner escreveu que “essa potente turbina da corrupção bolsonarista foi costurada pelo general Luiz Eduardo Ramos e Arthur Lira. A relação entre Executivo e Legislativo foi redefinida por mecanismo puramente ilícito”.

Pelas contas feitas por um magistrado, pelo menos seis votos contra o orçamento secreto estão garantidos. E os dois ministros nomeados por Bolsonaro podem não ter motivos para votar a favor nestes últimos dias de Pompeia. O que precisa nortear o STF é a defesa da Constituição. Esse é o papel da Corte. Será difícil o julgamento terminar nesta quarta, mas precisa encerrar antes do recesso.

*O Globo

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Roberto Amaral: Que margem terá Lula para pôr em prática itens da agenda progressista sem pressões e apoio das grandes massas?

O “mercado” está incomodado, ora com as declarações de Lula sobre seu programa de governo, tidas como pouco ortodoxas, ora com seu silêncio sobre as demandas da Faria Lima.

E porque o mercado anda assim nervoso, os diversos indicadores da economia – das bolsas ao câmbio – vivem sua ciclotimia artificial, que tanto alimenta a ciranda financeira e enriquece os especuladores.

O presidente, publicamente pressionado, designou o professor Haddad para falar aos banqueiros reunidos para convescote em bunker paulistano.

O auditório, porém, não gostou, principalmente porque não ouviu o que buscava, a capitulação de Lula.

Para a Folha de S. Paulo, “São preocupantes declarações recentes de Lula e de Fernando Haddad sobre o contexto econômico”, e o Estadão diz que o mercado, em nome de quem se expressa, “vê risco com a PEC e volta a elevar a inflação de 2023”.

Refletindo o amuo da Faria Lima, a bolsa caiu e o dólar, a moeda em que opera nosso capitalismo, subiu.

De outra parte, o chorume da política (que controla partidos e Congresso) tenta inviabilizar o novo governo, forçando-o desde logo a uma concordata, traficância que igualmente pleiteia a caserna, sequiosa de, mantendo os privilégios de casta, evitar a desmilitarização da república, sem o que jamais conheceremos, sequer, a plenitude da democracia liberal, experiência que o país tenta construir contra a histórica resistência dos militares e a contraofensiva da mais atrasada das classes dominantes.

O Globo, em editorial, dita qual deve ser o perfil do futuro ministro da fazenda, e no Valor a principal colunista do sistema exige “que o Congresso crie limites às ambições do presidente eleito”, e cobra-lhe um governo submetido a rigorosa “ortodoxia fiscal”, para o que indica a necessidade de uma equipe que repita o fiscalismo de Palocci, Meirelles e Joaquim Levi, seus escolhidos.

No que depender do “mercado” e seus procuradores, pouco restará para o arbítrio do novo presidente. Herdará do antecessor um país em frangalhos – em que miseráveis se acotovelam na fila do osso –, que deverá governar segundo a cartilha dos que perderam as eleições.

Na sequência, um ex-comandante do exército, golpista de carteirinha (aquele que pôs de cócoras um STF pouco afeito ao autorrespeito, sobretudo naquele então), expele novo “comunicado” anunciando, a um mês da posse de Lula, refrescadas possibilidades de intervenção militar, enquanto oficiais comandantes estimulam badernas subversivas na porta dos quartéis.

Assim se fecha o círculo de giz caucasiano em torno do presidente: mercado, Congresso (centrão), militares. A grande imprensa é porta-voz da tormenta.

Lula herda um Orçamento que é a negação da política aprovada pelo eleitorado no dia 30 de outubro.

Precisando governar, é obrigado a negociar com um Congresso terminal, dominado pela aliança da extrema-direita com o famigerado centrão, sob o comando do inexcedível Arthur Lira, o jagunço de paletó e gravata, que na pauta da traficância colocou a garantia, de pronto obtida, de sua lamentável recondução à presidência da Câmara dos Deputados.

Presidência sem a qual nenhum governo conhece estabilidade, como nos lembrou o meliante Eduardo Cunha.

Nada obstante as concessões conhecidas, o novo governo, minoritário no Congresso, e assim dependente dos votos de seus adversários, ainda não conseguiu, a um mês de sua posse, viabilizar a PEC do Bolsa Família, e, assim prover com um mínimo de oxigênio o primeiro ano de governo de um curto mandato de quatro anos, cuja viabilidade menos dependerá da conciliação pelo alto e muito mais dependerá do apoio que o Presidente souber conservar, e aprofundar, na sociedade, no diálogo direto com as grandes massas que acabam de o eleger para um terceiro mandato.

Apoio, contudo, que poderá faltar-lhe se o preço a ser pago for sua frustração. A história registra precedentes.

Frágil politicamente (minoritário no Congresso e ainda sem o “poder da caneta”, remédio para muitas crises), ameaçada a autonomia de sua politica econômica, aquela anunciada na campanha, com as exigências de um fiscalismo austericida, apartado de nossa realidade socioeconômica, Lula se vê diante daquele que ainda é seu maior desafio, a política de defesa nacional, da qual depende a estabilidade do regime (sempre ameaçado pelos quartéis), a funcionalidade do governo e a necessidade histórica de desmilitarização da república, o que implica, embora não a encerre, a despolitização e despartidarização da caserna, a retomada da disciplina e a subordinação das forças armadas ao império da Constituição – portanto, ao poder civil oriundo da soberania popular que procuram tutelar desde o golpe de 1889.

Lula tem difícil encontro marcado com suas circunstâncias.

Nessas de hoje assumirá o terceiro mandato presidencial após um dos mais lamentáveis e nocivos períodos da história militar brasileira, quando a caserna patrocinou o mais inepto e antinacional governo republicano, associando-se e comungando com seu projeto lesa-pátria, de irresponsabilidade generalizada e genocídio.

Os militares conduziram experiência extremamente corrupta, promoveram ações antirrepublicanas e forneceram as bases para as tratativas de golpe maquinadas pelo terceiro andar do palácio do planalto, onde tomaram assento.

Foram o braço armado que deu sustentação à emergência de uma extrema-direita ensandecida, que permanece às portas dos quartéis.

O quadro de nossos dias é, sem dúvida, muito mais grave do que aquele que o presidente eleito encontrou em 2003, e, ouso mesmo admitir, ainda mais grave do que aquele que sucedeu ao Pacto de 1988, quando uma ordem militar declinante (portanto, fragilizada) prometeu o retorno aos quartéis.

Hoje, trata-se de uma caserna insubordinada, ademais de majoritariamente reacionária, ciosa dos frutos e usufruto do poder.

O ministério da defesa, nestas condições, assume, no plano estratégico, político-governamental, importância crucial.

Ao final de seu governo, Lula não poderá mais apresentar como balanço favorável o fato de haver atendido (sem ponderar relevâncias estratégicas e projeto nacional) às reivindicações orçamentárias das forças armadas.

A escolha do novo ministro da defesa, necessariamente um civil, deverá ser precedida pela decisão sobre que forças armadas o Brasil precisa e deseja ter, invertendo a distorção de nossos tempos, quando as forças armadas – atribuindo-se uma autonomia sem prescrição republicana – nos ditam que sociedade precisamos ser.

O estudo da defesa nacional, nele incluído o papel das forças armadas, tem sido descurado pela sociedade como um todo, mas particularmente pela universidade.

No Congresso é tema tabu; no máximo, as questões militares, conduzidas por lobistas profissionais, se limitam à discussão das sempre crescentes reivindicações de verbas das forças, atendidas sem qualquer visão estratégica das necessidades do país.

Por regra, carentes de reflexão acumulada, os partidos, no governo, têm demonstrado pouco familiaridade com o desafio.

Talvez essa negligência explique o fato de a política de defesa nacional – por óbvio, estratégica – ser o único tema sem o prestígio de um grupo de trabalho na comissão de transição do PT.

Talvez igualmente explique a ausência mesmo de discussão sobre o tema e a pobreza das especulações em torno do futuro titular da pasta, desprovidas de qualquer subordinação à política de defesa do futuro governo.

Anuncia-se, por exemplo, supostamente em atendimento a demanda das fileiras, a futura escolha de postos de comando por antiguidade, e não em função da fidelidade à Constituição, dos compromissos do escolhido à política de defesa da nação, o que deixa o chefe supremo submetido às regras de promoção corporativa.

Inverte-se pois a hierarquia, e aprofunda-se a deplorável autarquia militar em face do Estado e da nação.

Tudo indica que o tão ansiado e necessário terceiro governo Lula, se as expectativas de hoje não forem superadas, poderá nascer aprisionado por três círculos: 1) o mercado financeiro; 2) a ordem política e 3) a atual hegemonia militar.

Será, claro, pressionado e chantageado por cada um segundo sua natureza. Dessa forma, que margem poderá ter para implementar itens de uma agenda progressista, de centro-esquerda, sem as pressões e o apoio das grandes massas?

Incumbe às forças progressistas organizá-las. Enquanto é tempo.

Escárnio – Aproveitando a comoção causada por tragédias que chocaram o país, tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei aparentemente inofensivo que “autoriza” (sic) o Poder Executivo a implementar uma política de monitoramento da violência nas escolas, visando à construção de “uma cultura de paz” – sem sequer uma linha sobre o indispensável e urgente controle das armas em circulação.

Para piorar, circula nos corredores da Casa a informação de que a relatoria caberá ao delinquente Daniel Silveira, ainda deputado, correligionário do pistoleiro Roberto Jefferson e aliado de Jair Bolsonaro.

Como a proposta deverá ser passivamente aprovada pelo colegiado, e nosso Congresso é useiro e vezeiro em absurdos inomináveis, resta imaginar a que prócer da extrema-direita caberá a relatoria da matéria no Senado: Sergio Moro? Hamilton Mourão? Façam suas apostas.

*Roberto Amaral foi presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula. Atualmente, é professor, cientista político e jornalista.

*Viomundo

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Facada, choro e erisipela, o que é farsa e o que é balela

No festival de mau gosto e vitimização, Carlos Bolsonaro que, segundo Bebianno, foi quem armou o circo tosco da facada sem sangue, sem faca e sem corte, em Juiz de Fora.

O espetáculo público, agora, depois que a farsa da facada está pra lá de puída, foi uma foto de uma erisipela em uma perna supostamente de Bolsonaro, postada nas redes por Carluxo.

Certamente, o diretor desses terrores trash de Carluxo, deve ter mandado seu ator principal, encenar choro em público, como aconteceu hoje num evento militar.

No mais recente episódio desse tipo na AMAN, Bolsonaro não chorou, não riu e nem cumprimentou os cadetes formandos, ou seja, a cabeça dele nem lá estava, o que desagradou o comando militar.

A verdade é que qualquer pessoa sensata não acredita em nada que venha de Bolsonaro, motivos não faltam, ainda mais um sujeito que não derramou uma lágrima pelas quase 700 mil vítimas fatais da covid, não visitou um hospital nem mesmo para levar uma palavra de conforto aos doentes, nada.

Bolsonaro agiu da maneira mais criminosa em que um chefe de Estado pode agir numa crise sanitária grave, fazendo questão de atrasar o máximo a compra de vacinas, estimular pessoalmente aglomerações e criminalizar o uso de máscaras e qualquer isolamento social.

Durante a pandemia de covid, Bolsonaro andou de braços dados com o coronavírus e de costas para a população brasileira.

Agora, temos que assistir às cenas patéticas de um capitão chorão, cagão, que faz pensar se está chorando assim por conta de uma derrota ou por medo de ser preso por seus crimes. Imagina um soldado desse numa frente de batalha, como sua calça não estaria toda borrada e em algum lugar onde pudesse se esconder, encolher-se e morrendo de medo.

Para quem cantou valentia, para quem desprezou e fez chacota com o sofrimento e a morte alheios, essas cenas todas juntas protagonizadas pelo clã Bolsonaro, provoca ânsia de vômito e ficamos sem saber se é mais uma farsa ou mais uma balela vinda desse desclassificado.

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Irresponsabilidade: MEC pode ficar sem pagar milhares de residentes e bolsistas da Capes

Situação, decorrente de bloqueio do governo, foi tratada em reunião da equipe de transição com o ministro da Educação nesta segunda (5/12).

O Ministério da Educação (MEC) pode não ter recursos para pagar, em dezembro, 14 mil bolsas de residência médica e cerca de 100 mil bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A preocupação foi tratada na primeira reunião da equipe de transição com o atual ministro da Educação, Victor Godoy, nesta segunda-feira (5/12), na sede da pasta. A informação foi confirmada pelo Metrópoles com fontes da reunião.

Na semana passada, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) determinou o bloqueio de recursos de universidades e institutos federais.

Segundo fontes, a equipe do MEC levantou os números e os apresentou na reunião. As 14 mil bolsas a médicos residentes têm custo de R$ 65 milhões. Não há informações sobre o valor das bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado da Capes.

No encontro, o ministro Victor Godoy comentou a dificuldade orçamentária e o trabalho para reverter a situação.

*Com Metrópoles

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Justiça suspende compra de blindados do Exército que seria fechada hoje por R$ 5 bilhões

Assinatura de contrato para compra de veículos militares italianos ocorreria nesta segunda, às vésperas do fim do governo Bolsonaro.

De acordo com Malu Gaspar, O Globo, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), suspendeu nesta segunda-feira a compra de 98 blindados italianos pelo Exército Brasileiro, que seria fechada nesta segunda-feira (5), menos de um mês antes do final governo Jair Bolsonaro.

Os veículos chamados de “caçatanques”, custariam mais de R$ 5 bilhões aos cofres públicos e seriam comprados do consórcio italiano Iveco-Oto Melara (CIO). Trata-se do primeiro lote de uma aquisição de 221 unidades pretendidas pelo Exército, que seriam entregues até 2037.

A decisão, de caráter liminar, impede a assinatura do contrato administrativo que ocorreria nesta segunda-feira.

O desembargador Wilson Alves de Souza atendeu a uma ação popular apresentada pelo advogado Charlles Capella de Abreu. Na peça, ele questiona o investimento nos veículos militares em face dos cortes de R$ 5,7 bilhões no fim deste ano – que provocaram, entre outros reflexos, cortes no pagamento de bolsas e paralisações de serviços em universidades.

O desembargador também acatou o argumento de que não havia emergência na aquisição dos “caçatanques”, uma vez que há modelos similares na frota do Exército. E considerou que a aquisição seria uma “medida irrisória”, já que representariam uma renovação de menos de 5% da frota de blindados, no momento em que a segurança nacional não está ameaçada.

“Nesse contexto, vê-se claramente que o ato atacado não atende aos pressupostos de conveniência e oportunidade, pois é evidente a falta de razoabilidade, desvio de finalidade, ilegalidade e até mesmo de elementar bom senso, pois outra classificação não há quando ao mesmo tempo em que se faz cortes de verbas da educação e da saúde por falta de dinheiro, se pretende comprar armas em tempos de paz”, escreveu o desembargador ao deferir o pedido.

O edital de consulta pública para a compra dos blindados foi publicado em março de 2021 e o consórcio italiano foi o primeiro colocado no certame. A convocação para a assinatura do contrato, no entanto, só ocorreu no último dia 25.

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Bolsonaro tem que deixar de ser maricas. Vai chorar a derrota até quando?

Bolsonaro, acovardado e chorando, é uma agressão às famílias dos 700 mil mortos pela covid que, por culpa dele, foram vítimas de um ministério da Saúde insano, irresponsável e corrupto.

O que se deve lembrar é que, se não fosse o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, que colocou limite nesse insano, o Brasil teria mais de 5 milhões de mortes por covid.

O projeto desse sujeito inclassificável, alardeado de boca própria, é que o país todo se contaminasse com o coronavírus para criar a tal imunidade de rebanho que só existia na cabeça do imbecil.

Agora, depois de terceirizar o Brasil para o inferno durante a pandemia, Bolsonaro está se borrando inteiro de medo de ir parar na cadeia, junto com os filhos delinquentes. Por isso vive chorando em público, mostrando como o machão alfa e imbrochável é um covarde, um cagão.

Bolsonaro não para de chorar de medo de ser preso, esquecendo-se das 700 mil famílias que até hoje choram seus entes queridos que foram vítimas do desprezo do verme psicopata que, ao invés de combater o coronavírus, associou-se a ele.

Para quem tem um mínimo de humanidade, esse sujeito não pode ficar impune por esse e por tantos outros crimes que cometeu. Sabendo disso, Bolsonaro não para de bancar o maricas para ver se consegue um mínimo de empatia que ele não teve com nenhuma das 700 mil vítimas que ele sentenciou.

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Com documentos falsos, atirador usa ‘laranjas’ para comprar 11 fuzis e outras 13 armas e negocia com facções criminosas

Estelionatário se aproveitava de falhas no sistema de controle e usou até nome do porteiro para revender armamento a quadrilhas de traficantes. Ao todo, ele comprou 24 armas.

Segundo O Globo, em 7 de maio de 2021, o porteiro Douglas Silva Santos recebeu duas encomendas em sua casa, na Zona Sul de São Paulo. Numa das caixas que chegaram pelo correio, havia um fuzil modelo T4, calibre 5,56, da Taurus. Na outra, uma pistola .380, da mesma fabricante. As duas armas valem mais do que dois anos do salário de R$ 1,2 mil de Santos. Esse detalhe passou despercebido quando, semanas antes, a Taurus recebeu, por e-mail, um certificado de registro de caçador, atirador esportivo e colecionador (CAC) em nome do porteiro, com uma autorização de compra, documento do Exército que aprova a venda. As armas foram postadas sem que a veracidade dos documentos fosse verificada. Logo depois de chegarem à casa do porteiro, caíram nas mãos de uma quadrilha responsável por desviar armamento para facções do tráfico do Rio e de São Paulo.

Santos não era CAC e nunca tinha dado um tiro. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, ele era laranja de um esquema que usou brechas no protocolo de venda da Taurus e no controle do Exército para despejar fuzis no mercado clandestino. Todos os documentos enviados à empresa eram falsos. O mentor da fraude era seu compadre, Vanderson Oliveira Cardoso — ele, sim, um atirador desportivo certificado. Cardoso usava seu registro de CAC para falsificar documentos para a compra de armas. Com um editor de imagens, apagava os dados originais e os substituía pelas informações dos laranjas. Tudo era enviado por e-mail para a Taurus, que enviava as armas pelo correio.

Com essa estratégia simples, de acordo com a polícia, o atirador estelionatário comprou pelo menos 24 armas só no primeiro semestre de 2021 e conseguiu revender 12 delas — 11 fuzis e uma pistola — a grupos criminosos. A distribuição rendeu à quadrilha mais de R$ 400 mil. Os fuzis eram comprados por R$ 11 mil e revendidos por valores até quatro vezes maiores. Quando desvendou o esquema, a polícia acionou a Taurus e conseguiu recuperar dez armas que ainda não haviam sido entregues. A Justiça determinou a incorporação dos fuzis ao acervo da polícia paulista.

O esquema foi posto em prática graças à política armamentista do governo Jair Bolsonaro. Uma portaria publicada pelo Exército em 2019 permitiu que CACs passassem a poder usar e comprar fuzis. No mesmo ano, um decreto do presidente deu permissão para que atiradores desportivos pudessem comprar até 30 destas armas. Desde setembro a facilidade foi proibida. Uma decisão do ministro Edson Fachin ratificada pelo restante do Supremo Tribunal Federal determinou que a compra de armas de uso restrito só pode ser autorizada “no interesse da segurança pública ou da defesa nacional, não em razão do interesse pessoal”. Mas a decisão não afetou as armas que já fazem parte do acervo dos CACs, que seguem com autorização para usá-las e transportá-las para clubes de tiro.

Segundo o inquérito sobre o esquema, o porteiro disse aos investigadores em depoimento que recebeu R$ 500 de seu compadre para fornecer seus dados para a compra das armas e receber e repassar as encomendas. No momento de formalizar o depoimento, no entanto, Santos teria sido orientado por seu advogado a permanecer em silêncio. Desde julho do ano passado, Douglas está preso. Ele é uma das cinco pessoas que, segundo o Ministério Público de São Paulo, integravam a quadrilha de Cardoso — que está foragido.

Outra integrante é a mulher do atirador, Michelle Neri de Lucena, cujos dados também foram utilizados para confeccionar documentos falsos e a compra de um fuzil. Por decisão da Justiça paulista, ela responde ao processo em liberdade. Fora o compadre e a mulher de Cardoso, outras sete pessoas identificadas como laranjas não sabiam que seus dados estavam sendo usados. Entre elas, estão duas ex-namoradas e um amigo com quem o CAC jogava bola no bairro onde morava. Chamados para prestarem depoimento, todos disseram que não eram CACs, nunca frequentaram clubes de tiro nem compraram fuzis. Alguns moravam no interior paulista e sequer conheciam Cardoso. Não se sabe como seus dados foram parar nas mãos do atirador.

A investigação começou com um vídeo enviado à Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes de Taboão da Serra, que mostrava dois homens fazendo disparos para o alto com fuzis em Embu das Artes, na Grande São Paulo. O CAC Vanderson Cardoso foi identificado como um dos atiradores, e a Justiça determinou que fosse feita uma busca em sua casa. No imóvel, foram apreendidos um celular, um notebook e notas fiscais de compras de armas em nomes de laranjas, documentos de identidade e um fuzil, modelo T4, da Taurus, registrado em nome de Cardoso. Uma consulta ao Exército revelou que a arma havia sido comprada com documentos falsos — mesmo tendo autorização para comprar um fuzil na época, o CAC fez uso da fraude. No computador do atirador, a polícia encontrou amostras de documentos falsificados e, em seu celular, diálogos para a revenda das armas.

— Havia conversas do Vanderson com dois traficantes de armas que faziam repasses a duas facções no Rio e em São Paulo — conta o delegado Milton Barbosa Filomeno, para quem a brecha descoberta por Cardoso pode ter sido usada por outras quadrilhas. — Havia uma falha de comunicação entre a Taurus e o Exército.

Em março de 2021, o Exército passou a emitir os certificados de registro com um QR Code, que permite a checagem da veracidade. Na época das compras de Cardoso, esse tipo de documento era raro. Para Bruno Langeani, gerente do Instituto Sou da Paz, a fraude mostra a fragilidade do controle do Exército aos CACs.

— Não existe outra alternativa que não seja auditar todas estas vendas direto da fábrica, e exigir que a empresa preste conta da legalidade de cada fuzil que deixou a fábrica.

A Taurus afirmou que cumpre a lei e só entrega armas após as autorizações do Exército”. A empresa alega que nunca cometeu qualquer irregularidade com esses documentos e autorizações e argumenta que, no esquema descoberto pela polícia, as “irregularidades tiveram origem no processo de concessão de autorizações, sobre o qual a Taurus não tem nenhuma responsabilidade”. Após a publicação da reportagem, o Exército, também por meio de nota, afirmou que o certificado de CAC de Vanderson Cardoso foi cancelado a pedido da Polícia Civil de São Paulo e que o “Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) está em constante evolução para se adequar as demandas legais, alterando seus protocolos a fim de evitar desvio de conduta e ilegalidades”.

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Vídeo: Bolsonaro chora durante cerimônia com militares em Brasília

O que faz a perda do poder para um fraco, medroso. Bolsonaro sabe o que o espera.

Bolsonaro se emociona durante a cerimônia de Cumprimentos dos Oficiais-Generais das Forças Armadas, no Clube Naval de Brasília, e chora.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se emocionou durante cerimônia de Cumprimentos dos Oficiais-Generais das Forças Armadas, no Clube Naval de Brasília. No momento do cumprimento aos presente, foi possível ver o chefe do Executivo com os olhos marejados.

Ao lado da primeira-dama, que também se emocionou em determinados momentos, Bolsonaro não fez discurso e se limitou a saudar os participantes do evento. Após a cerimônia, ele almoça com os militares.

*Confira:

*Com Metrópoles

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