Ano: 2022

Após declarações homofóbicas, Cássia Kis é alvo de ação na Justiça e notícia-crime na Polícia Civil do Rio

Processo na Justiça do Rio pede reparação coletiva de R$ 250 mil ‘para fins de promoção de políticas e programas direcionados ao enfrentamento da discriminação’.

Dois grupos que representam a comunidade LGBT+ manifestaram repúdio à fala homofóbica da atriz Cássia Kis, que em entrevista recente declarou que casais homoafetivos “não dão filho”, e que pretendem “destruir a família” e “destruir a vida humana”.

O Aliança Nacional LGBT+ anunciou que pretende adotar medidas judiciais contra a atriz após os comentários. Já o Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, liderado por Claudio Nascimento, acionou o TJ do Rio ao apresentar uma Ação Civil Pública contra Cássia pelo crime de homofobia.

Na petição, o Arco-Íris cita que as falas da atriz “claramente carregam teor discriminatório e preconceituoso aos casais homoafetivos e a comunidade LGBTQIA+ ao questionar a validade da sua existência”.

O movimento pede reparação coletiva pelos ataques feitos por Cássia da ordem de R$ 250 mil, “para fins de promoção de políticas e programas direcionados ao enfrentamento da discriminação e LGBTfobia no contexto artístico”. Há também o pedido por retratação pública.

*Ancelmo Gois/O Globo

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Intolerância após 2º turno amplia conflitos familiares com insultos e expulsão de casa

Especialistas dizem que debate político é saudável, mas que é preciso haver respeito ao contraditório.

De acordo com a Folha, o clima de polarização política que tomou conta do país durante as eleições deste ano não gera conflitos apenas nas ruas, mas também invade as casas dos eleitores e acirra os ânimos entre familiares.

Logo após a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último domingo (30), surgiram nas redes sociais relatos sobre agressões motivadas pelo resultado do pleito. São casos que vão desde ofensas verbais a pais tentando expulsar filhos de casa em razão de divergências políticas.

Uma internauta escreveu no Twitter que recebeu um áudio no qual a mãe diz que a jovem não tem caráter por ter votado em Lula. Outra diz que o sogro parou de falar com o próprio filho porque o rapaz votou em Bolsonaro.

Na família de Paola Belchior, 38, o clima também é de tensão. Isso porque a mãe da administradora pública é eleitora de Bolsonaro, enquanto o resto da família votou no candidato petista.

Desde que o resultado foi anunciado, Paola diz que a mãe se afastou dos parentes e não voltou a falar no grupo da família no WhatsApp.

“Ela era muito participativa. Mandava fotos e perguntava como a neta estava. De repente, veio esse silêncio e a gente não sabe o que está acontecendo”, diz Paola, acrescentando que está preocupada com a saúde mental da mãe.

“Não sei até que ponto ela pode cometer algo contra si mesma ou contra outras pessoas por causa desse radicalismo que a igreja e o governo Bolsonaro pregam.”

Apesar da preocupação, ela afirma evitar que a mãe frequente a sua casa. “Não quero que ela ensine esse radicalismo para a minha filha.”

A Folha deixou mensagem e ligou para a mãe de Paola, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Casos de conflito como esse cresceram em relação ao período anterior às eleições, diz Fábio Roberto Rodrigues Belo, professor de psicanálise da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

“Percebi um aumento exponencial no atendimento desses casos. De 2018 para cá, aumentaram muito os conflitos e as rupturas de relacionamento”, diz ele, que é coordenador do grupo de pesquisa psicanálise e política.

O especialista afirma que optar pelo silêncio, como fez a mãe de Paola, é uma estratégia comum diante de desentendimentos políticos na família.

Segundo ele, isso acontece para evitar que os conflitos piorem e porque o discurso extremista inviabiliza abertura ao contraditório. Por isso, adeptos desse ideário podem se afastar do que não está de acordo com sua visão de mundo.

Escolher esse caminho, porém, pode gerar prejuízos emocionais. “As pessoas ficam sob o efeito do que Freud chamou de recalcamento, o que pode causar depressão e mal-estar”, diz ele. “As pessoas estão perdendo muito mais do que uma companhia de esquerda. Elas estão perdendo filhos e filhas.”

Segundo pesquisa Datafolha realizada de forma presencial com 2.556 pessoas no final de julho, 49% dos eleitores deixaram de falar sobre política com pessoas próximas. A situação atinge 54% dos que declaravam voto em Lula e 40% dos que apoiavam Bolsonaro.

Diretora da clínica psicológica Ana Maria Poppovic, da PUC-SP, Marcia Almeida Batista diz que a polarização política tem intensificado conflitos familiares.

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Vídeos: Ministro Luís Roberto Barroso, do STF, é atacado e tem casa cercada por bolsonaristas em SC

Ministro do STF estava em restaurante quando foi identificado por bolsonaristas, que acionaram grupos de Whatsapp e cercaram a casa onde Barroso estava. Ele deixou o local durante a madrugada.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi hostilizado e teve a casa de veraneio em Porto Belo, litoral norte de Santa Catarina, cercada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) na noite desta quinta-feira (3) após ter sido identificado jantando em um restaurante da cidade.

A presença de Barroso no local foi pulverizada em grupos bolsonaristas da cidade, que foram até o restaurante hostilizar o ministro, que teve que sair sob escolta.

Ao chegar, a casa no bairro Vila Nova foi cercada por bolsonaristas. Policiais federais e militares se uniram para proteger a residência do ministro, que teria deixado a cidade, segundo a polícia, por volta das 4h.

Cerca de 300 bolsonaristas cercaram a casa de Barroso gritando chavões propagados por Bolsonaro, como “Supremo é povo”.

O ato terminou por volta das 3h45 desta sexta, quando o ministro foi escoltado até Tijucas, rumo ao aeroporto de Florianópolis.

Veja vídeos divulgados nas redes.

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*Com Forum

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Com vitória de Lula, dólar despenca e bolsa dispara

Infomoney – Menor risco político, sinalizações ao mercado e melhor condução ambiental são algumas das justificativas apresentadas para o fortalecimento do real.

O dólar, nessa semana agitada pós-eleição, tem recuado frente ao real. Nesta quinta-feira (3), apesar de a moeda americana disparar frente a maioria das divisas do mundo – com o DXY (índice que mede a força da moeda americana frente a outras divisas de países desenvolvidos) avançando 1,47%, impulsionado pela movimentação do Federal Reserve da véspera – ela subiu apenas 0,14% frente à brasileira, negociada a R$ 5,125 na compra e a R$ 5,126 na venda, acumulando ainda baixa de 3,3% na semana.

Apenas na segunda-feira, a moeda americana caiu 2,54% e surpreendeu parte do mercado. O esperado era que a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) geraria um fluxo de saída de capital, pelo menos em um primeiro momento, na sessão pós-eleição. O petista sempre foi visto como alguém que tem uma política fiscal mais expansiva e uma política econômica mais heterodoxa, o que tende a aumentar o chamado risco Brasil.

Aparentemente, porém, há motivos para contestar essa ideia.

O próprio fim da incerteza quanto ao futuro político do Brasil, com o próximo presidente definido, tende a trazer fluxo de capital. Investidores, agora, sabem, ao menos num primeiro momento, o que devem esperar do país nos próximos anos.

Apenas na segunda-feira, a moeda americana caiu 2,54% e surpreendeu parte do mercado. O esperado era que a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) geraria um fluxo de saída de capital, pelo menos em um primeiro momento, na sessão pós-eleição. O petista sempre foi visto como alguém que tem uma política fiscal mais expansiva e uma política econômica mais heterodoxa, o que tende a aumentar o chamado risco Brasil.

Projeção da BGC Liquidez, feita consultando 230 players institucionais e publicada na sexta-feira pré-eleição, sobre a expectativa de reação do dólar após a eleição

Ainda que o partido do presidente eleito tenha implementado no passado algumas políticas vistas como negativas pelo mercado, Lula traz consigo, também, alguns fatores considerados positivos pelo investidor estrangeiro. Apenas no dia 31, o primeiro após a eleição, o fluxo de capital proveniente do exterior foi de R$ 1,9 bilhão.

“Lula é muito bem visto pelos investidores estrangeiros em termos de articulação política. Ele já disse, também, que fará um um governo não só para o PT, mas para todos os partidos”, diz Alex Martins, analista da Nova Futura Investimentos.

O petista vem sinalizando, então, que irá governar pelo centro e que não adotará políticas econômicas radicais. Apesar de defender certa intervenção na Petrobras (PETR3;PETR4) e falar de fim do teto de gastos, ele já mencionou, em campanha, que colocará outra âncora para o tanto que o governo irá gastar durante seu mandato.

Além disso, os boatos seguem fortes de que ele irá convidar um nome “pró-mercado” para o seu ministério da Economia. Nesta quinta, circularam diversas notícias de que Henrique Meirelles poderia vir a assumir o posto – o que foi bem aceito por investidores e ajudou a melhorar a performance dos ativos brasileiros no dia, apesar de terem sido negadas posteriormente.

O especialista da Nova Futura explica também que Lula deve passar uma imagem de mais segurança sobre a relação do Executivo com o Legislativo e o Judiciário.

No período do final do ano, empresas costumam anunciar dividendos. Além disso, a época é marcada pelo fato de as multinacionais enviarem capital para suas sedes. Ambos os movimentos acabam enfraquecendo o real no curto prazo quando o fluxo vai para o exterior e podem ser barreiras para recuos mais fortes do dólar.

Quanto ao Fed, o analista da Wagner Investimentos afirma que o Brasil está sujeito ao humor da autoridade monetária americana. Alta de juros mais fortes nos Estados Unidos costumam levar fluxo de capital para o país e pode pressionar uma recessão econômica mundial.

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Mercadante é cotado para Relações Exteriores, com Amorim na assessoria de Lula

Desenho seria semelhante ao do primeiro mandato do petista, em que Celso Amorim foi chanceler e Marco Aurélio Garcia, assessor.

Segundo Mônica Bergamo, Folha, o economista Aloizio Mercadante está cotado para ser Ministro das Relações Exteriores (Itamaraty). No governo Lula (PT), o cargo será um dos mais prestigiados, ao contrário do que ocorreu no governo de Jair Bolsonaro (PL). O presidente não privilegiava a política internacional –e chegou até mesmo a bater boca com presidentes como o francês Emanuel Macron, enquanto seu filho Eduardo Bolsonaro atacava a China.

No desenho que já é debatido entre integrantes do núcleo mais próximo de Lula, o ex-chanceler Celso Amorim, principal referência do PT nas relações internacionais, seria assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais.

O cargo foi ocupado por Marco Aurélio Garcia nos governos anteriores de Lula.

Enquanto Amorim, que comandava o Itamaraty, representava o Estado brasileiro, Garcia atuava como um emissário pessoal de Lula, aplainando o terreno para questões delicadas que o governo teria que tratar com outros países, especialmente na América Latina. No PT se considera que o modelo foi um sucesso.

Como presidente da Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT, Mercadante coordenou a elaboração do programa de governo de Lula e também manteve diálogo com governantes e lideranças internacionais.

Já Amorim é um dos mais experientes diplomatas brasileiros, tendo comandado o Itamaraty nos governos de Lula e de Itamar Franco. Além disso, é amigo de Lula e sempre acionado por ele em assuntos internacionais, pelo amplo conhecimento teórico, prático e o trânsito que tem no exterior.

Outra possibilidade é Mercadante ocupar um cargo na área econômica, como a presidência do BNDES ou o Ministério do Planejamento.

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Medo de ser preso e ficar só faz Bolsonaro vestir fantasia de cordeiro

O imbrochável brochou.

Uma velha raposa da política, que pensava já ter visto tudo, mas que não perdeu a capacidade de se surpreender, sugere aos murmúrios no Congresso que Bolsonaro providencie um evento para que Michelle, a primeira-dama, reapareça ao seu lado.

A essa altura, só faltava ser verdade que os dois romperam relações, seja temporariamente, seja para valer, como insinuam línguas pérfidas que conhecem bem o casal. O momento seria especialmente péssimo para Bolsonaro, um homem arrasado.

Duplamente arrasado. Primeiro, porque perdeu e não se conforma. Segundo, porque está com medo de ser preso depois que perder a imunidade. Quando isso acontecer, os processos a que responde em tribunais superiores cairão para a primeira instância.

Então, ele ficará sujeito a decisões de juízes em busca de notoriedade ou interessados em fazer justiça. Assim ganhou fama Sergio Moro, eleito senador, que prendeu e condenou Lula. E Marcelo Bretas aumentou a sua ao mandar prender Michel Temer.

É por isso que vencido o estupor das primeiras 45 horas, aconselhado por amigos e assessores, Bolsonaro começou a berrar como um cordeirinho. Por duas vezes, pediu aos baderneiros que parassem a baderna, tirando o seu da reta e deixando só o deles.

E ao dar ouvidos ao cardeal de Brasília, finalmente acenou para Lula reunindo-se com Geraldo Alckmin, o vice-presidente eleito e chefe da equipe de transição do novo governo. A Alckmin, em breve conversa, disse ainda não estar preparado para receber Lula.

No futuro, quem sabe? Bolsonaro deixou a porta aberta, embora planeje sair pelas portas do fundo do Palácio do Planalto para não passar a Lula a faixa presidencial. Só não quer é mais encrencas com a Justiça, ele pretende preservar os filhos de constrangimentos e ir pescar.

Amarga sozinho o embaraço de ser abandonado pelos antigos aliados mais rapidamente do que supunha. Está aberta a temporada de adesão em massa ao futuro governo; e sob a bênção dos pastores evangélicos que antes oravam por Bolsonaro.

O bispo Edir Macedo, dono da Igreja Universal, da Rede Record de Televisão, do Partido Republicanos e de outros negócios lucrativos, anunciou da Suíça, onde se encontrava em retiro espiritual:

“Eu orei, ‘ó, Deus, quero que Bolsonaro ganhe’. Mas seja feita Vossa vontade, sobretudo, porque o Senhor é quem manda. Então, o que é que eu vou fazer agora? Tocar a vida para frente”.

O pastor que garante uma vaga no céu à ovelha que lhe entregue suas economias perdeu muito dinheiro em Angola, onde tinha investimentos. Suplicou ajuda a Bolsonaro, que, como nunca visitou Angola, não o ajudou. Quem sabe Lula não o ajudará?

O PP de Arthur Lira e de Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil de Bolsonaro, já negocia com Lula. Lira quer mais dois anos como presidente da Câmara, o PP quer cargos, e Nogueira finge que não quer nada. O entendimento avança.

De repente, o União-Brasil do deputado Luciano Bivar descobriu que “tem uma dívida com a esquerda”. Que dívida? Segredo. O PSD de Gilberto Kassab, que não é de direita, nem de esquerda, nem de centro, governará com Lula, é só eles se afinarem.

Sem maioria no Congresso, Lula não fará o que pretende. E não é só aprovar os projetos do governo, mas isolar a extrema direita, que não deixará de existir mesmo que Bolsonaro se apague. Portanto, vamos à dança. O imbrochável brochou e recolheu-se.

*Noblat/Metrópoles

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Lula pode anunciar Sônia Guajajara como ministra dos Povos Originários na COP27

Liderança indígena pode ser primeiro nome do ministério do novo governo do petista.

No Egito, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode anunciar a deputada federal eleita Sônia Guajajara (PSOL-SP) como chefe do novo Ministério dos Povos Originários. Seria o primeiro nome divulgado do terceiro governo do petista.

A informação foi confirmada ao Brasil de Fato por dois petistas próximos da equipe de transição do governo. Guajajara foi sondada ainda durante a campanha e recebeu o convite formal na última segunda-feira (31). A deputada teria aceitado o convite.

Anunciar Guajajara, líder indígena inconteste no Brasil e ambientalista, dentro da programação da COP27, seria uma sinalização de Lula para o mundo de que o seu governo colocará a pauta ambiental na primeira prateleira.

Nesta quinta-feira (3), no Rio de Janeiro, Guajajara participa como convidada especial do Novo Acordo Verde (Nave), evento internacional sobre o clima que antecede a COP27, com apoio do Instituto Lula.

A equipe de Lula entende que um primeiro anúncio deve acalmar a opinião pública, ansiosa pela divulgação dos nomes. Além disso, o Ministério dos Povos Originários não entra em disputas políticas, que marcam o período de transição de governos, e Guajajara só traria avaliações positivas, mesmo entre os indígenas, que reconhecem a parlamentar eleita como uma liderança nacional importante.

Em suas redes sociais, Guajajara se manifestou. “Sobre a notícia dada pelo Brasil de Fato, dizendo que já aceitei ser Ministra dos Povos Originários no governo do @lulaoficial. A informação não procede, não recebi nenhum convite para o cargo e se o mesmo for feito será amplamente debatido com o Movimento Indígena.”

A COP 27, a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontecerá em Sharm el-Sheikh, no Egito, entre os dias 6 e 18 de novembro, será o primeiro compromisso de Lula como presidente eleito.

Na comitiva do petista também estarão a senadora Simone Tebet (MDB) e a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), ambas cotadas para chefiar ministérios no futuro governo.

*Com Brasil de Fato

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Bolsonaristas invadem ônibus e agridem jovens que fizeram gesto pró-Lula

Vídeos obtidos pelo UOL Notícias mostram grupos bolsonaristas invadindo um ônibus com estudantes secundaristas e agredindo alguns deles. O caso aconteceu hoje em uma via bloqueada próximo à rodovia Anhanguera, em Jundiaí, região metropolitana de São Paulo.

Procurada, a SSP (Secretária de Segurança Pública) confirmou a agressão. “Dois adolescentes que estavam em um transporte escolar ficaram feridos após serem agredidos enquanto o veículo passava por uma manifestação nesta quinta-feira, em Jundiaí”, disse a instituição em nota.

A reportagem apurou que o motivo da revolta dos bolsonaristas teria sido um dos estudantes fazer um “L” pela janela, gesto de apoio ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao passarem pelo bloqueio de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), presidente derrotado nas urnas pelo petista.

Entrada em ônibus. Em um dos vídeos, é possível ver homens indo em direção ao ônibus lotado com estudantes da escola técnica ETEC Vasco Antônio Venchiarutti, de Jundiaí. Estudantes gritam em desespero enquanto pedem para o motorista abrir a porta.

Na sequência, um homem, com óculos e blusa azul escura, é filmado ao lado de um homem com a bandeira do Brasil no pescoço ao lado de um estudante que limpa o rosto machucado.

Os homens, então, discutem com os estudantes. “Estamos lutando por vocês, seus otários”, diz o homem. “Vai trabalhar, vai pagar um boleto”, diz o homem com a bandeira do Brasil aos estudantes, que proferiu mais ofensas na sequência.

Ofensas

Em outro vídeo, os mesmos homens chamam os estudantes de “seus bostas”, enquanto o homem de óculos avança para o fim do ônibus pisando nos bancos. Eles obrigam um estudante a descer do ônibus.

“Mete o pé, vai embora”, gritam os estudantes, quando o homem de óculos começa a agredir os jovens. São os estudantes que tiram o homem de cima dos outros estudantes. “São menores de idade”, dizem os jovens.

A reportagem ainda não conseguiu localizar os envolvidos na ocorrência.

O caso foi apresentado no 1º Distrito Policial de Jundiaí, onde o boletim de ocorrência está sendo registrado.

Por que rodovias estão sendo bloqueadas? Desde domingo, bolsonaristas contrários ao resultado das eleições bloqueiam rodovias federais pelo país ou parcialmente interditadas no Brasil. Mais de 73, segundo boletim divulgado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).

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Luciano Bivar diz que União Brasil está disposto a integrar base de Lula no Congresso: ‘temos dívida com a esquerda’

O presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, declarou que o partido está “sempre disposto” a integrar a base do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso e garantiu que não será oposição. O União terá uma das maiores bancadas na Câmara em 2023, com 59 deputados eleitos.

“O que eu posso te dizer é o seguinte. Nós não seremos oposição ao governo. Mas somos independentes. Podemos integrar a base, sim. Estamos sempre dispostos. Se tivermos uma representação significativa como a que temos na Câmara dos Deputados, queremos conversar com o governo diariamente. É o maior partido independente do Brasil. Fizemos 60 federais sem caneta de nenhum governador nem do presidente”, disse Bivar em entrevista ao jornal O Globo nesta quinta-feira (3).

Perguntado se o partido integraria uma frente parlamentar governista oficialmente, o presidente do União disse não ter nenhuma objeção: “Isso é uma discussão que vai além da presidência (do partido). Tenho que discutir com a bancada, mas eu não faço nenhuma objeção. Tudo é uma questão de conversar com o governo. Mas não existe, por conta disso, uma aliança dogmática. Nós temos os princípios do União Brasil.”

O político, que quer disputar a presidência da Câmara no ano que vem contra Arthur Lira (PP-AL), hoje diz ser um “radical do Estado de Direito” e afirmou que o país tem uma dívida com a esquerda por ter resistido ao golpismo de Jair Bolsonaro (PL): “Todos os partidos que brigavam pelas instituições, pela democracia, enxergam o governo (eleito) com um sinal de grande simpatia. A esquerda foi quem mais resistiu às fustigações antidemocráticas desse país, isso a gente não pode negar. Temos uma dívida com a esquerda em relação a isso.”

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Bispo Edir Macedo agora fala em perdoar Lula, eleito por ‘vontade de Deus’

Quem te viu e quem te vê. Os interesses falam bem mais alto.

Líder da Universal defendeu Bolsonaro e fez ataques contra o petista durante a campanha.

Segundo a Folha, o bispo Edir Macedo, líder de uma das igrejas evangélicas que fizeram oposição ferrenha a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defende agora que a posição mais cristã é perdoar o presidente eleito e “bola pra frente”.

“Não podemos ficar com mágoa, porque é isso que o diabo quer”, afirmou o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.

“O diabo quer acabar com sua fé, com seu relacionamento com Deus por causa de Lula ou dos políticos. Não dá, não dá, minha filha, bola pra frente, vamos olhar pra frente.”

A modulação no discurso foi feita numa live que o bispo postou em suas redes sociais. No vídeo, Macedo disse que orou por Jair Bolsonaro (PL), mas que a vitória de Lula foi uma escolha divina.

“Eu orei, ‘ó, Deus, quero que Bolsonaro ganhe’. Mas seja feita Vossa vontade, sobretudo, porque o Senhor é quem manda.”

O ex-presidente que voltará para um terceiro mandato “supostamente ganhou segundo a vontade de Deus, mas quem ganhou fomos nós, os que cremos”, afirmou o líder neopentecostal.

Macedo iniciou sua fala contando de um culto na véspera, em Genebra, em que a mensagem central foi o perdão. “Falamos que as pessoas devem perdoar para que possam ser perdoadas. É o que Jesus ensina, o que nós cremos.”

Segundo o bispo, por carregarem muita mágoa e ressentimento, muitos têm dificuldade de perdoar, “e quanto mais tempo passa, mais difícil vai ficando”.

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