Ano: 2022

“Tem que ser investigada”: Damares é cobrada por omissão em suposto caso de “crianças que têm dentes arrancados para sexo oral”

Pelas redes sociais, internautas tem cobrado que a ex-ministra de Jair Bolsonaro (PL) Damares Alves (Republicanos) seja investigada após denunciar em uma igreja um suposto esquema de exploração e tráfico de crianças na Ilha de Marajó, no Pará. A professora de Direito Debora Diniz e a deputada federal eleita Erika Hilton (Psol-SP) endossaram as cobranças. As informações são do 247.

Segundo Damares, o governo Bolsonaro teria recebido “imagens de crianças de 4 anos, 3 anos que, quando cruzam as fronteiras, tem seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral. (…) Nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”.

Com as informações em mãos, a ministra e o governo nada fizeram para denunciar e proteger as crianças vítimas de abusos, apontam os comentários nas redes.

https://twitter.com/Debora_D_Diniz/status/1579453280249589760?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1579453280249589760%7Ctwgr%5E10192db44480337c3bf67c828e5a0e6e6952c86b%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.apostagem.com.br%2Fwp-admin%2Fpost.php%3Fpost%3D86765action%3Dedit

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Bolsonaro manda Rodrigo Garcia pressionar TV Cultura para excluir Vera Magalhães de debate

O ocupante do Palácio do Planalto não quer a jornalista na mediação do debate.

O comunicador Gustavo Conde informa pelo Twitter que a mando de Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), pressiona a TV Cultura para tirar Vera Magalhães da mediação do debate do próximo domingo (16).

Durante o primeiro debate eleitoral, realizado pela TV Bandeirantes, Bolsonaro atacou a jornalista: “Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como esse, fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo”.

*Com 247

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Bolsonaro intensifica uso da máquina para tentar ganhar eleição; especialistas veem violação

Chefe do Executivo usa Alvorada para anunciar apoios e dispara série de medidas com recursos públicos buscando ganhos na corrida presidencial.

Segundo a Folha, após encerrar o primeiro turno das eleições cinco pontos atrás de seu principal adversário nas urnas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou o uso da máquina pública a seu favor na tentativa de virar o placar.

Nos últimos dias, o chefe do Executivo usou as dependências do Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes da República, para anunciar apoios de aliados em mais de uma ocasião —em uma clara violação à legislação eleitoral, segundo especialistas consultados pela Folha.

O governo também disparou uma série de medidas buscando efeitos positivos na campanha, como antecipação do pagamento de benefícios sociais pela Caixa, inclusão de novas famílias no programa Auxílio Brasil, perdão de débitos de famílias endividadas e nomeação de concursados da PF (Polícia Federal) e da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Algumas dessas iniciativas foram anunciadas publicamente, em entrevistas coletivas com presença de autoridades do governo, em pleno período de defeso eleitoral, quando normas para gastos públicos e comunicação institucional são mais restritas.

As condutas podem motivar representações junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de iniciativa de partidos políticos, coligações, candidatos ou do Ministério Público Eleitoral, e resultar em sanções que vão de multa à cassação do mandato —ou inelegibilidade, caso Bolsonaro seja derrotado nas urnas.

O advogado Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, representante jurídico da campanha do presidente, foi procurado, mas não se manifestou até a conclusão desta reportagem. Carvalho Neto foi ministro do TSE entre 2014 e 2021.

A corte já avalia se Bolsonaro incorreu em crime eleitoral em razão dos atos do 7 de Setembro, em que foi acusado por adversários de transformar um evento público na Esplanada dos Ministérios em comício. Na visão de especialistas em direito e integrantes da Justiça Eleitoral, eventuais decisões para torná-lo inelegível, neste caso, são improváveis.

Ações recentes podem suscitar novos questionamentos. Parte da agenda positiva do governo antes do segundo turno está calcada na divulgação de uma série de benefícios criados ou ampliados em pleno ano eleitoral, graças a uma PEC (proposta de emenda à Constituição) aprovada pelo Congresso.

Em julho, os parlamentares autorizaram Bolsonaro a injetar R$ 41,25 bilhões em benefícios sociais, apesar de a legislação eleitoral proibir esse tipo de medida no ano de eleição —justamente para evitar o uso da máquina em favor de um dos candidatos. Uma PEC tem maior força legal do que uma lei ordinária.

A estratégia era turbinar as ações voltadas à baixa renda, público que dá mais votos a seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar de todos os esforços, o presidente terminou o primeiro turno atrás do petista. Por isso, o governo decidiu intensificar a divulgação das ações e lançar novas promessas.

Na terça-feira (4), a presidente da Caixa, Daniella Marques, e o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, convocaram a imprensa para anunciar a antecipação dos pagamentos do Auxílio Brasil. Eles também indicaram a inclusão de 500 mil novas famílias no programa e sinalizaram que o empréstimo consignado (contratação de um crédito mediante autorização de desconto da parcela diretamente do benefício) deve ser destravado ainda neste mês.

Na quinta-feira (5), Marques reapareceu publicamente para anunciar um perdão de até 90% em dívidas de clientes do banco, requentando uma iniciativa que já existe desde 2019.

A advogada eleitoral Juliana Markendorf Noda, membro da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), afirma que os auxílios, embora aprovados por meio de uma PEC, violam o princípio da anualidade previsto na Constituição. “Uma lei não pode alterar o processo eleitoral que será realizado no mesmo ano”, afirma.

Para ela, a alteração do pleito não se dá apenas pelas regras de funcionamento da votação, mas também pelo contexto político e econômico da disputa. Nesse sentido, ela entende que os auxílios turbinados alteraram substancialmente as condições políticas da eleição. Essa visão é corroborada por ex-ministros do TSE.

A análise da divulgação das medidas pelas autoridades, por sua vez, é uma zona mais cinzenta na visão da advogada. Segundo ela, o enquadramento nas vedações exige uma comprovação do caráter eleitoreiro do anúncio.

Procurada, a Caixa disse que “a realização de entrevistas ou reportagens relativas às atividades mercadológicas não ofende a legislação eleitoral”. Segundo o banco, cartilhas internas a respeito dos limites da atuação dos agentes públicos em períodos de campanhas eleitorais orientam a conduta dos dirigentes.

Bolsonaro, por sua vez, realizou anúncios diários no Palácio da Alvorada entre terça e quinta, nos quais recebeu o endosso público de governadores reeleitos como Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, e Ratinho Jr. (PSD), do Paraná. Ao todo, 11 governadores já declararam apoio ao chefe do Executivo.

Um ex-ministro do TSE ouvido pela Folha avalia que os anúncios feitos no Palácio da Alvorada após o primeiro turno ferem a legislação eleitoral. Ele cita o artigo 73 da Lei nº 9.504, de 1997, segundo o qual é proibido aos agentes públicos “ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta”.

A norma prevê uma exceção: titulares de cargos do Executivo nas esferas federal, estadual ou municipal, podem usar as residências oficiais para reuniões de campanha, desde que os encontros não tenham caráter de ato público.

Para o ex-ministro, porém, a partir do instante em que Bolsonaro sai aos jardins, ainda nas dependências do palácio, e anuncia apoios diante das câmeras, e com ampla exposição nas redes sociais, fica configurado o caráter público.

Editada no fim dos anos 1990, a Lei nº 9.504 atualizou procedimentos após a emenda à Constituição que passou a admitir a reeleição.

A norma autorizou o uso das residências oficiais por questões práticas, de economicidade, ao dispensar toda uma mobilização de aparato de segurança que seria exigida para deslocamento dos mandatários para reuniões em outros locais.

O TSE, inclusive, confirmou o dispositivo nas eleições presidenciais de 2014, ao julgar uma representação do PSDB, que acusou a então presidente Dilma Rousseff (PT), uma candidata à reeleição, de ter violado a regra após uma foto de uma reunião com líderes do PT no Palácio da Alvorada ter sido exibida no site do Instituto Lula. Os tucanos reivindicavam veto ao uso do local pela petista para supostos fins eleitorais.

“O ato de se publicar ou ilustrar determinado fato num sítio de internet, ou em qualquer outro veículo de comunicação e divulgação, não tem, por si, o poder de convertê-lo em ato público, considerada a inteligência da norma para os fins eleitorais”, diz trecho do voto do ministro Admar Gonzaga, relator da matéria.

A jurisprudência da corte eleitoral, no entanto, muda em função da atualização nos meios de comunicação, do avanço das redes sociais, como lembra um ex-corregedor-geral Eleitoral.

Resultado disso, segundo ele, foi a recente proibição imposta a Bolsonaro pelo TSE, que o proibiu de realizar lives transmitidas a partir do Alvorada.

A advogada Juliana Noda também entende que houve violação. “A utilização do espaço remete ao que aconteceu na embaixada em Londres [onde Bolsonaro discursou em ato considerado como eleitoral pelo TSE]. É uma conduta vedada e pode caracterizar abuso de poder político e econômico”, diz.

Antes do início do defeso eleitoral, em 2 de julho, ministros da área econômica foram orientados a evitar exaltação de feitos do governo que pudessem parecer propaganda eleitoral, bem como fugir de comparações com gestões passadas. Nem sempre isso tem sido seguido.

O governo já usou a estrutura estatal de rádio e TV para veicular 24 minutos de entrevista do ministro Paulo Guedes (Economia) exaltando o desempenho da economia em transmissão para todo o Brasil a 17 dias do primeiro turno das eleições. Na quinta-feira (6), o canal exibiu um pronunciamento de ministros, entre eles Guedes, em que ele novamente destacou aspectos que ele considera positivos da atual gestão.

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Lula arrasta multidão em Belo Horizonte e Chico Buarque a faz cantar “amanhã vai ser outro dia”

O que vê é em cada cidade que Lula faz caminhada, ele arrasta multidões cada vez maiores. Sua campanha cresce a olhos vistos. Que chegue a eleição com uma explosão de alegria e a certeza de que o Brasil será governado por quem verdadeiramente sabe governar.

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É preciso falar da corrupção que a mídia não fala

Para a mídia lavajatista, era preciso provar que Lula é corrupto, mas essa prova jamais apareceu, mesmo com todas as insinuações em torno dos pedalinhos dos netos de Lula e da horta de D. Marisa. O máximo que conseguiram construir em torno de Lula, de ses amigos, foi a acusação de que Lula trocou uma reforma meia boca no muro do sítio, na cozinha e no quartinhos do fundo por milionários contratos com empreiteiros na Petrobras.

A coisa é tão mal-ajambrada que nem tempo de produzir algo que desse um mínimo simetria entre uma coisa e outra que pudesse ser fantasiado. O mesmo pode-se dizer daquela casa de pombo com um poleiro todo cagado que a mídia classificou como triplex.

Até hoje, a mídia não teve coragem de dizer quem de fato é Moro e quem é Dallagnol, simplesmente porque a mídia e a Lava Jato faziam parte da escória que, depois do golpe em Dilma e da prisão de Lula, levaram esse país ao caos, à miséria moral, ao comando do poder máximo da República a própria milícia de Rio das Pedras.

Imagina o filho de Lula dizendo que comprou uma mansão numa região que tem o metro quadrado dos mais caros de Brasília com os lucros que teve com a venda de Nhá Benta e trufa numa lojinha de 30 metros quadrados em tempo recorde.

Mas como o portento do empreendimento é Flávio Bolsonaro, a mídia deu a notícia de forma lacônica beirando à displicência.

Imagina a borrachada que outro filho de Lula levaria se sua mãe, depois de dizer que a mansão em que mora é alugada por um preço muito além de seu salário e, depois, afirmar que comprou a mansão e que “não tem satisfações a dar a ninguém”.

A nossa mídia acha isso um fato normal, imagina se fosse a ex-mulher de Lula, mãe de um filho seu. Imagina se a família de Lula tivesse negociado 107 imóveis, sendo 51 deles adquiridos com dinheiro vivo, como compram os contraventores.

Quantos Jornais Nacionais inteiros a Globo não faria durante meses?

Mas, por se tratar de Bolsonaro, a emissora deu a notícia de forma protocolar.

Imagina se o miliciano Queiroz, também acusado de crimes além do esquema de peculato (rachadinha) tivesse depositado quase R$ 100 mil na conta da Janja, como foi depositado na conta de Michelle Bolsonaro, imagina os editoriais que a Folha de São Paulo faria.

Quantos anos de matérias em todos os jornais eletrônicos ou impressos, s a CPI do genocídio revelasse o esquema de corrupção que revelou no Ministério da Saúde de Bolsonaro, fosse no governo Lula?

E os roubos de madeira comandados por Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro?

A Folha de São Paulo deveria relembrar em manchetes garrafais o esquema dos pastores lobistas que exibiam até barras de ouro no hotel, fruto do esquema do ex-ministro da Educação de Bolsonaro, Milton Ribeiro. Afinal, os pastores lobistas não saiam do gabinete do mandatário.

E ainda tem os incontáveis bilhões do orçamento secreto.

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Editorial da Folha contra Lula é claro, entre banqueiros e miseráveis, a Folha fica com a agiotagem

Para a Folha, o morticínio de quase 700 mil brasileiros, promovido pelo governo Bolsonaro durante a pandemia do Covid, não significa nada, contanto que o rentismo, ou seja, a própria mídia de banco, da qual a Folha é parte, veja seus rendimentos serem hidratados com o suor do povo.

Lógico que o editorial deste domingo é contra os pobres e a favor dos ricos, como sempre foi a posição da mídia industrial no Brasil, que opera na base do, é perdendo que se ganha, é passando fome que se vence, é sendo explorado que se prospera.

O problema é que é muito mais fácil atacar um político como Lula do que atacar o alvo, que são os pobres.

O editorial da Folha de S. Paulo poderia ser menos patético para não parecer mais ridículo do que é. Na verdade, deveria ser “farinha pouca, meu porão primeiro”, para escancarar logo esse câncer editorialista que a mídia de banco opera nesse país. Abraçar logo o genocida e pendurar no prédio de quem apoiou a ditadura armamento pesado a imbecis fascistas que pensam no mundo a partir dos olhos da própria Folha.

Não sei como alguém, que está numa das maiores metrópoles do mundo, com milhares de pessoas vivendo em condição de rua, pode querer ainda utilizar de manipulação barata para impor goela abaixo a reeleição de Bolsonaro para garantir a tranquilidade dos seus donos.

O rentismo é a base dos lucros líquidos que os proprietários da Folha contam para acumular, mas poderiam ter uma atitude mais digna na hora de defender suas preferências políticas, assinando um manifesto em favor de um genocida que jogou 33 milhões de brasileiros na miséria, devolvendo país no mapa da fome, um número recorde de milhões de brasileiros vivendo de bicos e recebendo menos que um salário mínimo para que os banqueiros, rentistas e grandes empresários possam extrair o sangue dos trabalhadores brasileiros, incluindo os precarizados, para inchar cada vez mais os cofres dessa classe dominante para a qual, há cem anos, o grande paulista, Mário de Andrade, dedicou o poema Ode ao Burguês na primeira Semana de Arte moderna, permitindo que os brasileiros vissem com olhos bem atentos o que é a oligarquia desse país, da qual os donos da Folha de São Paulo são parte, assim como toda a mídia industrial engajada na reeleição de Bolsonaro.

Ode ao burguês

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos;
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os Printemps com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
“– Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
– Um colar… – Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!”

Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burguês!…

De Paulicéia desvairada (1922)
Mário de Andrade

*Desenho em destaque: Latuff

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Mentiras: Bolsonaro não criou o Pix nem o 5G. E não fez a transposição do Rio São Francisco

Mentiras em redes sociais bolsonaristas dão ao presidente crédito de obras e ideias que não são dele. E inventam “fake news” sobre Lula e governos do PT.

Ao longo da campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, as redes sociais de seus seguidores intensificaram difusão de mentiras e notícias falsas sobre obras ou iniciativas de outros governos que o atual presidente atribui à sua gestão. Informações deturpadas ou mesmo invenções sobre iniciativas ou projetos que não existem são comuns, assim como mentiras pura e simplesmente. Esse tipo de fake news é muito difundido por WhasApp, o aplicativo de mensagens mais popular no Brasil.

Uma das mentiras mais disseminadas pela campanha de Bolsonaro e seguidores é a de que ele criou o Pix, meio de pagamento que se popularizou rapidamente e, por isso, é objeto de uma obsessão do bolsonarismo e de seus robôs. O tema é usado com variações. Em uma delas, uma postagem sensacionalista diz que “Banqueiros têm esperanças de que Lula revogue Pix”. A informação, devidamente checada, é obviamente falsa.

Há muitas notícias e informações falsas em torno da Transposição do Rio São Francisco. Bolsonaro aparece em inúmeras “reportagens” posando na frente de obras desse megaprojeto. Mas o que ele não fala é que, quando assumiu o governo, cerca de 93% das obras haviam sido concluídas: 88% pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, 5% por Michel Temer e 7% pelo atual governo.

Outra fake news afirma que Bolsonaro criou a “tecnologia 5G brasileira”. Mas, na realidade, não existe tecnologia 5G brasileira.

Mentiras de Bolsonaro

1. Bolsonaro Criou o PIX.

Não é verdade. O pagamento instantâneo foi apenas lançado na atual gestão, mas foi criado no governo de Michel Temer (MDB).

2. Deu 33% de aumento aos professores.

É falso. O ex-ministro da Educação Cristovam Buarque explicou ao portal Uol em fevereiro que os professores em geral não iriam receber esse aumento. Apenas os que ganhassem menos do que o piso. “Bolsonaro está apenas cumprindo uma lei de 2008, lei que foi de minha autoria, como senador”, disse Cristovam.

3. Mentira: Aumentou o Bolsa Atleta de 1.000,00 para 8.000,00 reais.

A informação foi analisada pela Agência Lupa e é falsa. Bolsonaro não aumentou o valor do Bolsa Atleta durante a pandemia, como se divulga.

4. Mentira: Deu 92% de desconto para alunos que deviam o FIES.

A iniciativa foi do Congresso Nacional, e não de Bolsonaro.

5. Mentira: Possibilitou a transferência de veículos sem cartório.

Não é verdade. A RBA ligou para um despachante em São Paulo, que afirmou que o procedimento mudou, para veículos novos a partir de 2021. “Mas, de um jeito ou de outro, é preciso reconhecer firma em cartório”, disse a pessoa.

6. Mentira: Criou a tecnologia 5G brasileira.

Não existe tecnologia 5G brasileira. Em 12 de maio de 2013, a Samsung Electronics, multinacional sul-coreana, informou ter desenvolvido um sistema 5G. Em 3 de abril de 2019, a Coreia do Sul se tornou o primeiro país a adotar o 5G. Horas depois, a Verizon lançou o serviço nos Estados Unidos. Uma variação desta fake news diz que o Brasil foi pioneiro na implantação do 5G na América Latina. Também é mentira. O Uruguai inaugurou ainda em abril de 2019 a primeira rede 5G da América Latina. A tecnologia só chegou no Brasil em 6 de julho de 2022.

7. Mentira: Governo obteve recordes na exportação brasileira.

Distorção. O Brasil é um dos maiores exportadores de commodities do mundo. Soja, minérios de ferro e petróleo estão entre os produtos mais exportados. Recordes na exportação brasileira são frequentes em toda a história. Esses resultados não são virtude de Bolsonaro, acontecem em todos os governos, dependendo muitas vezes do cenário internacional.

8. Mentira: Transposição do Rio São Francisco.

O projeto não está parado há décadas, como se alega. O São Francisco é um dos temas mais usados para fake news do bolsonarismo. Nas redes sociais, há muitos elogios a Bolsonaro pelo projeto, iniciado no governo Lula. O ex-presidente e sua sucessora, Dilma Rousseff, executaram 88% das obras, segundo dados oficiais. Michel Temer fez 5% e Bolsonaro, 7%.

9. Mentira: Criou o programa Água Doce.

É uma fake news. O Programa Água Doce (de dessalinização) foi concebido em 2003 e lançado em 2004 no governo Lula. O governo Bolsonaro, ao contrário, nos últimos quatro anos praticamente paralisou as construções de cisternas no Nordeste. De 2003 a 2018, foram entregues 929 mil cisternas de água para consumo humano. No período Bolsonaro, de janeiro de 2019 a junho deste ano, foram apenas 37,6 mil, segundo reportagem de Carlos Madeiro, no Uol. 350 mil famílias do semiárido não tinham água para beber regularmente no semiárido, em abril deste ano.

10. Mentira: Zerou impostos federais para gasolina e gás.

A informação, que circula no WhatsApp, é deturpada e divulgada com variações falsas. Algumas versões mostram um vídeo onde um homem diz ter sido ressarcido com R$ 38 após abastecer em um posto, diz a Agência Lupa. O governo não zerou o imposto federal que incide sobre todos os combustíveis.

11. Mentira: Reduziu imposto e teve recordes na apuração.

A informação é parcialmente falsa. Bolsonaro não cumpriu a promessa de reduzir a carga tributária. A União teve a maior arrecadação no ano passado (22,48% do PIB) desde 2013, mas não reduziu impostos. Apenas, em março deste ano, zerou a alíquota do PIS/Cofins sobre óleo diesel e gás de cozinha.

12. Mentira: Fez voltar os jogos estudantis.

Muitos desses eventos estavam suspensos devido à pandemia de covid-19, como diversas outras atividades sociais, e em algumas regiões foram retomados este ano.

13. Mentira: Não existe corrupção no governo.

A mentira é repetida por Bolsonaro em entrevistas e debates. Mas ministros do governo de Jair Bolsonaro são alvos de diversas investigações por corrupção. É o caso de Ricardo Salles (Meio Ambiente), acusado de participar de uma quadrilha de exportação ilegal de madeira. E de Milton Ribeiro (Educação), que chegou a ser preso pela Polícia Federal por envolvimento em esquema para liberação de verbas do MEC. Em 2021, o então diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, foi acusado de pedir um dólar de propina por cada dose de vacina contra a Covid-19.

14. Mais de 380 mil casas entregues pelo programa Casa Verde e Amarela.

A informação é divulgada em sites de apoio ao governo Bolsonaro. Fora isso, não há fontes que confirmem a informação. O governo criou o programa Casa Verde e Amarela para pôr no lugar do Minha Casa Minha Vida, dos governos do PT. A proposta de Orçamento para 2023, enviada pelo Ministério da Economia ao Congresso Nacional, prevê irrisórios R$ 34,1 milhões para o programa, 95% menos do que em 2022.

15. Mentira: Obteve superávit na balança comercial do Brasil.

A balança comercial brasileira historicamente apresenta superávit (saldo positivo). São raros os períodos em que isso não ocorre. Nos anos 1990 houve saldo negativo, devido a graves crises cambiais, como a do México (1994), a asiática (1997), da Rússia (1998) e do próprio Brasil (1999).
A séria sobre mentiras de Bolsonaro nas redes continua

*Com RBA

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Lula e Bolsonaro confirmam presença em primeiro debate do 2ª turno

Pool formado por Folha, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura realiza evento no dia 16 de outubro.

Os candidatos à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) confirmaram presença no debate presidencial organizado por Folha, UOL, TV Bandeirantes e TV Cultura, o primeiro do 2ª turno das eleições. O evento será no dia 16 de outubro, um domingo, às 20h.

Na próxima terça-feira (11), haverá uma reunião com as campanhas de Lula e Bolsonaro para definir as regras para o confronto entre os dois adversários.

O debate de agosto marcou o primeiro enfrentamento entre Lula e Bolsonaro. A dupla, que já liderava as pesquisas, concentrou as atenções e duelou com trocas de acusações sobre corrupção.

A então candidata Simone Tebet (MDB), que terminou em terceiro na disputa do primeiro turno, se destacou em debates com o atual presidente e foi a mais bem avaliada, segundo pesquisa quantitativa do Datafolha feita com eleitores indecisos.

Além do organizado pelo pool, houve outros dois debates no primeiro turno. Lula não compareceu ao evento no SBT, em setembro, alegando outros compromissos marcados na agenda.

No debate da Globo, em 29 de setembro, todos os candidatos convidados estiveram presentes, inclusive o indicado pelo PTB, Padre Kelmon. Ele fez dobradinha com Bolsonaro e foi criticado pelos outros presentes, que o chamaram de “padre de festa junina”, caso de Soraya, e de “candidato laranja”, por Lula.

Não há ainda a confirmação de quantos debates serão realizados no segundo turno. Além do evento do pool ( Folha, UOL, TV Bandeirantes e TV Cultura ), a TV Globo e outro grupo de empresas de comunicação — formado por SBT, CNN, Estadão/Eldorado, Portal Terra, Veja e Rádio Nova Brasil FM— reservaram datas.

O evento da Globo será o último da eleição, marcado para o dia 28 de outubro, uma sexta-feira. A votação acontece no domingo, dia 30.

Lula afirmou que pretende ir a um ou dois debates no segundo turno. “Não sei se já estão organizando outros, mas eu não vou fazer mais debate do que o necessário”, disse. “Posso fazer um ou dois, mas quero ir para a rua conversar com o povo”, completou.

No último domingo (2), o petista recebeu 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% do presidente.

Após terminar o 1º turno na segunda colocação, Bolsonaro afirmou que pretende estar em todos os debates organizados. “Quero participar para convencer as pessoas sobre qual o melhor lado para elas”, disse o presidente.

*Com Folha

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Bolsonaro, mais uma vez, prova que não respeita qualquer religião

De todos os personagens com os quais Bolsonaro se traveste para uso político, indiscutivelmente, o clássico impostor, charlatão, é o que mais utiliza.

Não há qualquer respeito de Bolsonaro com os evangélicos, com os católicos e, principalmente, com as religiões de matriz africana.

Na verdade, para Bolsonaro, católicos e evangélicos têm o mesmo sabor, porém ele caminha melhor no universo evangélico, porque pastores, como aqueles do MEC, envolvidos em um dos maiores escândalos de corrupção de seu governo, valem tanto quanto Bolsonaro, são bactérias e vermes da mesma podridão que usam a fé do povo para obter, de forma vil, o maior benefício.

No caso das religiões de matriz africana, Bolsonaro utilizou o corpo e a voz de um negro, o da Fundação Palmares, para vomitar todo o seu racismo visceral que, aliás, é o traço mais evidente de sua alma fascista. Mas é lógico que Bolsonaro vai muito além do fascismo.

Neste sábado, a passagem política eleitoral de Bolsonaro no Círio de Nazaré, na tentativa de angariar votos para a sua reeleição, atropelando o sentimento do povo do Pará, agindo de forma escroque, dá a dimensão do que é feita a fé desse impostor, o mesmo que, junto com um bandido como Roberto Jefferson, fabricou Kelmon, o padre de barro fétido para usá-lo como bucha de canhão no debate do 1º turno, na Globo.

O que Bolsonaro não esperava era ser escrachado pelo povo paraense.

A missão do falso padre era a de atacar Lula no lugar de Bolsonaro, num confronto direto, para que Lula, numa contraofensiva, num tête-a-tête com Bolsonaro não o detonasse.

Como bem disse Simone Tebet, Bolsonaro foi covarde e não teve coragem de fazer qualquer pergunta a Lula. Ela disse isso na cara do medroso que nem teve coragem de negar a sua desmascarada covardia.

É esse homem, que se diz devoto de Deus, que tem como mulher uma falsa religiosa que fala em nome das famílias e que disputa com o próprio marido quem tem a família com maior número de bandidos.

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Com Lula, ampliação da rede de prevenção ao câncer. Com Bolsonaro, corte da verba contra a doença para bancar orçamento secreto

Presidente reduziu a verba em 45%. Uma tesourada de R$ 78 milhões para acomodar os bilhões reservados ao orçamento secreto.

Jair Bolsonaro segue cortando despesas com a saúde do povo para acomodar os R$ 19,4 bilhões reservados ao orçamento secreto. A tesoura do presidente da República, dessa vez, atingiu os recursos destinados à prevenção e controle do câncer, segunda doença que mais mata no Brasil. Bolsonaro fez um corte de 45% na verba destinada ao câncer, passando de R$ 175 milhões para R$ 97 milhões. Tesourou R$ 78 milhões.

Em pleno Outubro Rosa, mês de conscientização e combate ao câncer de mama, o corte escancara que o governo federal atual não se importa com a saúde dos brasileiros, especialmente das mulheres.

Nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao contrário, a prevenção ao câncer sempre foi prioridade nos Ministérios da Saúde. Lula ampliou a rede de prevenção, combate e tratamento de câncer no país, políticas que foram aprofundadas na gestão de Dilma Rousseff.

Bolsonaro corta verba para o câncer

O desmonte encontra outros ramos da Saúde, atingindo especialmente mulheres

Para 2022, Bolsonaro reservou R$ 520 milhões para a rubrica “estruturação de unidades de atenção especializada”, verba repassada da União para os estados para aparelhar e expandir os serviços de saúde hospitalares e ambulatoriais. O montante foi reforçado por emendas e chegou a R$ 1,9 bilhão. Para 2023, o governo reservou apenas R$ 202 milhões, somados todos os planos de aplicação, uma queda de R$ 318 milhões.

Com a tesourada, além de cortar as verbas para o controle do câncer, perderão incrementos também a estrutura de hospitais e ambulatórios especializados que fazem parte de redes focadas nas gestantes e bebês, a Rede Cegonha; a dependentes de drogas e portadores de transtornos mentais, Rede de Atenção Psicossocial – Raps; e a Rede de Cuidados a Pessoas com Deficiência, voltado para reabilitação.

A redução inviabiliza a aquisição de equipamentos tomógrafos, aparelhos de raio-X, de ressonância magnética, de megavoltagem para radioterapia, macas, cadeiras de rodas, incubadoras, oxímetros, ventiladores pulmonares, desfibriladores, entre outros.

Descaso do (des)governo com pacientes de câncer

Mas essa não é o primeiro golpe do governo Bolsonaro nas políticas de tratamento e prevenção ao câncer.

Na contramão dos governos petistas, o descaso do governo Bolsonaro com o tema é tanto que até a produção de remédios usados no diagnóstico e tratamento de várias doenças, dentre elas o câncer, foi paralisada.

Dez dias antes do início da campanha Outubro Rosa de 2021, o governo Jair Bolsonaro anunciou o corte de 46% da verba do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que produz 85% dos remédios, denominados radiofármacos e radioisótopos, para tratamento do câncer no país.

O governo, posteriormente, anunciou a liberação de verba para retomada da produção, contudo, o intervalo na produção impactou no tratamento de milhares de cidadãos.

O presidente Jair Bolsonaro vetou projeto de lei que facilitava o acesso de pacientes a remédios orais de tratamento contra o câncer. O projeto, aprovado pelo Congresso em julho, determina que planos de saúde cubram tratamentos de quimioterapia, hemoterapia e radioterapia de forma oral, no prazo máximo de 48 horas após a prescrição médica, desde que registrados na Anvisa.

Mais de 50 mil pessoas seriam imediatamente beneficiadas. A justificativa de Bolsonaro para o veto foi que o texto “comprometeria a sustentabilidade do mercado”, “criaria discrepâncias” e, pasmem, “privilegiaria pacientes oncológicos que requeiram a utilização de antineoplásicos orais”.

Por meio de um decreto editado em outubro de 2021, Bolsonaro alterou a Lei dos Agrotóxicos, que estava em vigor desde 1989. O novo texto permite que pesticidas que causam doenças como câncer possam ser usados no País caso exista um “limite seguro de exposição”. Ação do PT que busca a suspensão do decreto está em tramitação no STF.

Investimento em Saúde

O programa de Lula e Alckmin apontam o descaso com que o governo federal trata o SUS e o direito à vida. Por isso é urgente dar condições ao SUS para retomar o atendimento das demandas represadas durante a pandemia e atender às pessoas que precisam, de acordo com suas necessidades.

Em 2005, Lula lançou a Política Nacional de Atenção Oncológica (PNAO), que tinha como um dos objetivos principais a detecção precoce de tumores malignos (cânceres). A nova política previa a integração de todos os níveis de atenção à saúde, da alta complexidade ao Programa de Saúde da Família.

A partir do PNAO, o controle dos cânceres do colo do útero e de mama foi destacado como componente fundamental dos planos estaduais e municipais de saúde. O tumor na mama ainda é o que mais acomete a população feminina brasileira e representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas, e também é o câncer que mais mata.

Foi elaborado o Plano de Ação para o Controle dos Cânceres de Colo do Útero e de Mama, que propôs seis diretrizes estratégicas: aumento de cobertura da população-alvo, garantia da qualidade, fortalecimento do sistema de informação, desenvolvimento de capacitações, estratégia de mobilização social e desenvolvimento de pesquisas.

Seguindo essa diretriz, a presidenta Dilma lançou, em 2011, o Programa de Fortalecimento da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, que previa uma série de ações para o período 2011-2014, com investimentos de aproximadamente R$ 4,5 bilhões nas áreas de controle do câncer de colo do útero e do câncer de mama, ampliação e fortalecimento da rede oncológica e informação à população.

A medida ampliou a cobertura nacional à mamografia, criou 20 centros especializados no diagnóstico e tratamento do tumor no colo do útero nas regiões Norte e Nordeste e estabeleceu o prazo máximo de 60 dias para o início do tratamento às mulheres diagnosticadas.

Após rigoroso processo de revisão de evidências científicas, foram lançadas as novas Diretrizes Nacionais para a Detecção Precoce do Câncer de Mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

A presidenta também sancionou a Lei 13.045/2014, que instituiu o Programa Nacional de Controle de Câncer de Próstata. A medida obriga a realização de exames para detectar, de forma precoce, o câncer de próstata pela rede pública. A lei previu ainda a capacitação de profissionais de saúde.

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