Mês: abril 2023

Em nome de Alá: Grupo islâmico doutrina e leva indígenas do Amazonas para a Turquia

Primeiro vieram os católicos, depois os evangélicos e, agora, o grupo Asham catequiza dezenas de crianças e adolescentes de São Gabriel da Cachoeira (AM) para convertê-los em mulçumanos.

O corre-corre era intenso em uma das maiores escolas públicas de Manaus (AM). Diante do fim do ciclo escolar, uma professora decidiu chamar os formandos do ensino médio para uma roda de conversa. O objetivo era falar sobre os planos para o futuro e qual faculdade pretendiam fazer, mas o assunto ali discutido acabou culminando em uma operação de resgate da Polícia Federal.

Entre os estudantes, havia um grupo formado por indígenas, que tinha entrado recentemente na escola. Em resposta à pergunta sobre o futuro, e para a surpresa da professora, um deles disse: “O tio falou que ano que vem a gente já vai para a Turquia”.

O tio em questão era Abdulhakim Tokdemir, chefe de um grupo islâmico que, desde 2019, tem catequizado dezenas de crianças e adolescentes indígenas da Amazônia para seguir o islã. Não há registro de islamização de indígenas antes disso na história do Brasil.

Além da doutrinação em território brasileiro, esses adolescentes são levados de suas comunidades, em São Gabriel da Cachoeira (AM), cidade mais indígena do Brasil e que fica na divisa com a Colômbia e a Venezuela, e enviados para Manaus, com parada em São Paulo e destino final na Turquia, quando completam a maioridade.

O tio em questão era Abdulhakim Tokdemir, chefe de um grupo islâmico que, desde 2019, tem catequizado dezenas de crianças e adolescentes indígenas da Amazônia para seguir o islã. Não há registro de islamização de indígenas antes disso na história do Brasil.

Além da doutrinação em território brasileiro, esses adolescentes são levados de suas comunidades, em São Gabriel da Cachoeira (AM), cidade mais indígena do Brasil e que fica na divisa com a Colômbia e a Venezuela, e enviados para Manaus, com parada em São Paulo e destino final na Turquia, quando completam a maioridade.

Na capital amazonense, crianças e adolescentes vivem em um sobrado transformado em internato, onde ganham nomes em árabe. Lá, eles ficam diariamente em contato com o idioma turco e árabe. Os internos são ensinados ainda sobre o Alcorão e seguem uma rotina religiosa, que inclui cinco orações diárias e respeito ao jejum do Ramadã, mês sagrado dos muçulmanos.

Alguns frequentam escolas de ensino regular, outros nem isso. Em São Paulo, ficam mais um tempo em outro tipo de internato, e os mais velhos são enviados para as cidades de Kütahya e Tarsus, interior da Turquia, onde são matriculados em escolas religiosas.

Pelo menos cinco indígenas já foram retirados do Brasil e levados para território turco de 2019 para cá. O grupo islâmico que comanda a doutrinação se autointitula Associação Solidária Humanitária do Amazonas (Asham), e só se interessa por garotos indígenas. Nenhuma menina indígena foi levada pela organização.

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Os pais dos alunos assinam uma autorização informal para a entrada dos filhos nesse grupo islâmico, com a promessa de fazer faculdade. Para famílias em situação de vulnerabilidade, em uma das cidades mais remotas do Brasil, a possibilidade de uma vida com mais oportunidades é um grande atrativo.

A autorização, no entanto, não vale nada na prática. A instituição islâmica não tem cadastro para funcionar como abrigo nem a guarda das crianças e dos adolescentes. De olho no grupo, a polícia desconfia das boas intenções pregadas.

A reportagem do Metrópoles foi até São Gabriel da Cachoeira, Manaus e São Paulo, conversou com 18 pessoas e andou mais de 6 mil quilômetros para entender melhor essa história e revelar, em primeira mão, o funcionamento dessa nova forma de catequização.

DA MATA PARA O ISLÃ

Mais jovem de 10 irmãos, Angelo (*nome fictício) nasceu e viveu até os 14 anos em Cucura Manaus, uma comunidade indígena no meio da Floresta Amazônica, perto da fronteira com a Colômbia. O local é tão remoto que nem está registrado no Google Maps, e só é possível chegar lá por embarcação ou avião particular.

*A reportagem optou por colocar nome fictício para evitar a exposição do adolescente na comunidade.

Filho de mãe do povo Tukano e pai Desana, o garoto indígena cresceu sob os cuidados dos irmãos mais velhos. Culturalmente, os indígenas da região recebem a responsabilidade de cuidar dos irmãos mais novos.

Em Cucura Manaus, a maior parte das moradias é de barro e de palha, interligadas por trilhas que cortam a mata. Os ribeirinhos, de diferentes etnias, vivem da roça e da pesca. Um estreito igarapé passa pela comunidade e deságua no rio Tiquié, que, por sua vez, segue ziguezagueando no sentido leste até os rios Uaupés e Negro.

Foi desse lugar que Angelo ficou sabendo de uma história vinda da cidade mais próxima, São Gabriel da Cachoeira (AM). “Minha tia disse que uma associação ajudava as pessoas carentes”, resumiu Irene, de 28 anos, uma das irmãs de Angelo, que mora no município.

Duas irmãs de Angelo já tinham deixado a comunidade para estudar e trabalhar na cidade, assim como tios e primos, mas o caçula da família saiu da aldeia por um motivo bastante atípico: ele foi enviado para ser educado por um grupo de turcos islâmicos.

Um familiar de Angelo negociou diretamente com Abdulhakim Tokdemir a ida do sobrinho para a Asham em Manaus (AM). O caminho é longo e feito pela água. Em linha reta, são mais de mil quilômetros.

O caçula da família foi acomodado na chamada voadeira (uma canoa de metal) com um pequeno motor atrás (a rabetinha). O trajeto de Gabriel da Cachoeira até o local de onde partem embarcações para Manaus dura cinco dias.

“A gente tem que levar mosquiteiros porque tem muito carapanã e pinhõ [tipos de mosquito]. Dá medo um pouco, por causa das cachoeiras. É muito cansativo”, lembra Irene, que só fez essa viagem duas vezes em toda sua vida.

Depois, são mais três dias de deslocamento até Manaus em um ferry boat (tipo de balsa) ou 24 horas em um barco menor chamado de “expresso”. A passagem custa cerca de R$ 500 por pessoa.

*Reportagem publicada originalmente no Metrópoles

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Luis Nassif: O subjornalismo e o caso da gravata de Lula

É humilhante para o jornalismo brasileiro a quantidade de irrelevâncias transformadas em pontos centrais de cobertura.

O padrão da imprensa ocidental é bem caracterizado. No topo, os jornais referenciais, que tratam apenas de temas relevantes e influenciam diretamente os centros de poder. Seu produto são as matérias de fundo. Em outros países, é um The New York Times, Financial Times.

Abaixo deles, vem os jornais populares, que tratam os temas de forma superficial e sensacionalista,

Finalmente, a imprensa regional, com os temas locais e baseando-se em agências e nos jornais do primeiro time para a convertida nacional.

No Brasil, durante algum tempo, teve-se a pretensão de que a mídia de opinião se desenvolveria de acordo com o modelo The New York Times, já que seria muito pedir que usassem como modelo o Financial Times.

Hoje em dia, o nível de superficialidade é de rede social. A mídia se transformou em um enorme caça-likes. É humilhante para o jornalismo brasileiro a quantidade de irrelevâncias transformadas em pontos centrais de cobertura, seja pela Folha (que extrapola), Globo e Estadão.

O exemplo recente foi a ida de Janja a uma loja de artigos masculinos para comprar uma gravata para Lula – que teria encontros com as mais altas autoridades de Portugal.

Nenhum leitor de jornal tem a menor ideia sobre as conversas, sobre acordos diplomáticos. A cobertura concentrou-se exclusivamente no fato da primeira dama brasileira ter comprado uma gravata de marca para o presidente brasileiro.

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CPMI e Anderson Torres aumentam chances de Bolsonaro parar na cadeia

Chico Alves*

Durante os quatro anos que passou na Presidência, Jair Bolsonaro cometeu uma extensa coleção de barbaridades que já o teria encaminhado para o xilindró, não fosse o Brasil um país tão afeito à conciliação.

Campanha contra a vacinação em plena pandemia de covid-19, abandono de indígenas a uma condição crítica de saúde, apoio a bandidos que desmatam a Amazônia, uso do cargo para tentar descredibilizar o processo eleitoral, além do incentivo e coordenação do golpismo são apenas alguns itens dessa antologia de crimes.

Terminado o mandato de Bolsonaro, a apuração de suas infâmias ficou a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF) e da PolíciaFederal, que fazem um trabalho lento e discreto, que somente em momentos cruciais chega ao conhecimento da imprensa.

Beneficiado pelo passar do tempo, o ex-presidente e seus apoiadores consideravam cada vez mais remota a possibilidade de que ele fosse preso. Já contabilizavam como certa a pena de inelegibilidade e comemoravam. Afinal, não é nada desprezível a força de Bolsonaro para transferir votos ao candidato que escolher.

Até mesmo o governo Lula estava conformado com esse roteiro.

Após a depredação das sedes dos poderes da República, no dia 8 de janeiro, alguns aliados do petista sugeriram a criação de uma CPI para investigar quem organizou e financiou os golpistas. A ideia não prosperou. A ordem era tratar de política e realizações e deixar com o STF o teor criminal da gestão Bolsonaro.

Nos últimos dias, porém, a trama tomou outro rumo.

A ideia maluca da oposição bolsonarista de criar CPMI para investigar uma suposta omissão do governo nos ataques de 8 de janeiro — na verdade, uma tentativa de inverter a culpa, diante da péssima repercussão que a depredação golpista teve até entre os eleitores da direita —, recebeu o reforço do vídeo divulgado pela CNN Brasil, com imagens internas do Palácio do Planalto no dia da invasão.

As cenas em que o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, aparece perdido entre os golpistas e a estranha cordialidade com que seus funcionários trataram os invasores tiveram efeito explosivo. Com a repercussão, Dias pediu demissão e deixou aos bolsonaristas os argumentos que precisavam para criar uma crise com potencial de abalar o governo.

Porém, a reação dos governistas foi rápida — e acertada.

Passaram a apoiar a criação da CPMI e vão brigar para dominá-la. Se realmente conseguirem, planejam mudar radicalmente o foco imaginado pela oposição: pretendem detalhar todos os movimentos do ex-presidente e seus apoiadores que motivaram os golpistas a invadirem as sedes dos Três Poderes.

Nesse caso, o potencial de catalisar a opinião pública que é característico de uma CPMI como essa seria usado para explorar em detalhes as seguidas agressões de Bolsonaro e seu grupo à democracia, culminando no 8 de janeiro.

Uma conjunção astral fez com que um novo depoimento de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e parceiro do ex-presidente em quase todos os seus gestos contra as instituições democráticas,fosse marcado para segunda-feira (24). Dessa vez, em condições bem mais desfavoráveis que os anteriores. Abatido, deprimido, cada vez mais inconformado com a prisão, Torres cedeu à PF a senha da nuvem do celular que providencialmente havia “perdido” nos Estados Unidos. A expectativa é de que informações comprometedoras para Bolsonaro venham à tona.

O conteúdo a ser revelado e o novo depoimento do ex-ministro bolsonarista poderão dar subsídios ainda mais contundentes à investigação policial. Se o governo conseguir o domínio da CPMI, terá uma rica matéria-prima para destrinchar no Congresso, sob a atenção de grande audiência.

Assim, a possibilidade de Bolsonaro parar na cadeia ficaria bem menos distante. A comoção criada por uma investigação parlamentar pode pavimentar o caminho do ex-presidente até à cela.

Os próximos dias serão decisivos para sabermos se as peças desse quebra-cabeças, que parecia tão favorável à oposição, formaram uma cena em que os bolsonaristas se arrependam profundamente de terem sugerido uma CPMI.

Se é que já não se arrependeram.

*Uol

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Validação de grau escolar, habilitação e mais: veja os 13 acordos assinados por Lula em Portugal

Com as mudanças no ramo da educação, ficará menos burocrático o processo de reconhecimento de diplomas de brasileiros que vão estudar ou trabalhar no país europeu, segundo O Globo.

Durante a reunião de Cúpula Luso-Brasileira, em Lisboa, neste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou 13 acordos de cooperação entre Brasil e Portugal, nas áreas de educação, produção audiovisual, turismo, comunicações e saúde. Destaca-se, entre os acordos, o que permite a validação dos diplomas das etapas educacionais que levam ao ensino superior (no Brasil, os ensinos médio e fundamental e, em Portugal, os ensinos básico e secundário). A equivalência de estudos vai tornar menos burocrático o processo de reconhecimento de diplomas de brasileiros que vão estudar ou trabalhar em Portugal.

Segundo um assessor que acompanha a visita do presidente ao país europeu, o acordo garante que o grau escolar obtido no Brasil tenha validade em Portugal, ou o contrário. Um aluno que terminar a sétima série no país de origem, por exemplo, poderia continuar a oitava série (ou o equivalente) no segundo país. A forte migração, sobretudo de brasileiros a Portugal, motivou a assinatura do acordo. Segundo este mesmo assessor, entretanto, ainda não há data definida para implementação da medida.

Outra negociação que pode facilitar a vida de quem sai do Brasil para o território português é o memorando de entendimento para promover o reconhecimento mútuo de carteiras de habilitação. A regra para imigrantes, que já está em vigor, evita a necessidade do condutor de fazer novos exames para dirigir no país.

No discurso ao fim do encontro com o primeiro-ministro português, António Costa, o presidente Lula também destacou a importância de firmar acordos em torno da promoção de boas práticas na defesa dos direitos de pessoas com deficiência. Outros temas contemplados incluem o incentivo à coprodução cinematográfica e a criação da Escola Portuguesa de São Paulo.

Veja abaixo a íntegra da lista dos atos assinados pelos dois países:

  1. Acordo Complementar ao Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil, assinado em Porto Seguro, em 22 de abril de 2000, sobre a concessão de equivalência de estudos no Brasil (ensino fundamental e médio) e em Portugal (ensino básico e secundário);
  2. Acordo em Matéria de Proteção de Testemunhas;
  3. Acordo sobre a criação da Escola Portuguesa de São Paulo;
  4. Memorando de Entendimento para a criação de mecanismos de cooperação bilateral para o intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência;
  5. Memorando de Entendimento no domínio da Energia;
  6. Memorando de Entendimento no domínio da Geologia e Minas;
  7. Memorando de Entendimento para promover o Reconhecimento Mútuo de Títulos de Condução;
  8. Memorando de Entendimento para Cooperação Internacional entre o Ministério da Saúde, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o Ministério da Economia e do Mar e a Fundação Oswaldo Cruz-Fiocruz;
  9. Protocolo de Cooperação entre o Instituto do Cinema e do Audiovisual, de Portugal, e a Agência Nacional do Cinema (Ancine), do Brasil, para o fomento à coprodução cinematográfica;
  10. Memorando de Entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa, a Agência Espacial Portuguesa (Portugal Space), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e a Agência Espacial Brasileira, para Cooperação de Uso Pacífico do Espaço, Ciências Espaciais, Tecnologias e Aplicações;
  11. Declaração de intenções na área de saúde — “Carta de Lisboa”;
  12. Memorando de Entendimento entre a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e o Turismo de Portugal (I.P.);
  13. Protocolo de cooperação entre a Lusa e a Empresa Brasileira de Comunicações.
    Lula terá compromissos em Portugal até o dia 25, próxima terça-feira. Na sequência, irá a Madri, onde tem agenda nos dias 25 e 26 e conversará com o premier da Espanha, Pedro Sánchez.

Lula terá compromissos em Portugal até o dia 25, próxima terça-feira. Na sequência, irá a Madri, onde tem agenda nos dias 25 e 26 e conversará com o premier da Espanha, Pedro Sánchez.

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Áudio: Assessor de Bolsonaro mandou servidora destruir ofício que pedia à Receita liberação de joias

O então assessor da presidência da República Cleiton Henrique Holzschuk mandou uma servidora apagar e destruir o ofício por meio do qual, em nome do ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, era requerida à Receita Federal a liberação das joias de mais de R$ 16,5 milhões retidas na Alfândega quando chegavam da Aŕábia Saudita.

Áudio divulgado pela Globo News revela o o telefonema de Cleiton à servidora.

*Com Agenda do Poder

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Bolsonaro, apavorado, acusa Moraes de prolongar “suplício” de Anderson Torres para forçar delação

Moraes, do STF, decidiu manter a prisão preventiva de Anderson Torres.

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de manter Anderson Torres na prisão não inquietou apenas o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro. O despacho deixou alvoroçados também o ex-chefe do preso e alguns dos seus operadores políticos. Em privado, Bolsonaro disse a aliados estar convencido de que Moraes, seu antigo desafeto, prolonga o “suplício” de Torres para forçar o ex-auxiliar a incriminá-lo nos inquéritos sobre o 8 de janeiro, segundo Josias de Souza, Uol.

Formulado pela defesa de Anderson Torres, o pedido de liberdade foi endossado por um parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Em seu despacho, divulgado na quinta-feira, Alexandre de Moraes justificou o indeferimento com argumentos ácidos. Mencionou, por exemplo, os “fortes indícios” da ligação de Anderson Torres com a “minuta do golpe”, documento apreendido pela Polícia Federal num armário da casa do investigado.

Moraes citou a operação realizada pela Polícia Rodoviária Federal para tentar bloquear o acesso de eleitores às urnas no segundo turno das eleições presidenciais. Classificou a ação executada durante a gestão de Anderson Torres na pasta da Justiça como uma “operação golpista” urdida “para tentar subverter a legítima participação popular”.

Referindo-se à fase em que Anderson Torres chefiava a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Moraes também realçou o que chamou de “conduta omissiva” do investigado em relação ao acampamento de bolsonaristas na frente do Quartel-General do Exército. Para o magistrado, a omissão de Torres potencializou o ‘”risco” que “culminou nos fatídicos atos do dia 8 de janeiro”.

Nesse trecho, Moraes citou o “possível envolvimento” de Anderson Torres “na autorização para mais de cem ônibus dirigirem-se ao Setor Militar Urbano [de Brasília] e prepararem-se para a prática dos atos criminosos”.

Por ordem de Moraes, a Polícia Federal intimou Anderson Torres para prestar novo depoimento nesta segunda-feira. Será a terceira inquirição do preso. Ocorrerá 72 horas antes do interrogatório do próprio Bolsonaro, marcado para a próxima quarta-feira.

Em avaliação compartilhada com seus aliados, Bolsonaro insinuou que a proximidade não é casual. Acha que o encadeamento de datas visa “arrancar” de Anderson Torres informações que, eventualmente, poderiam ser usadas pela Polícia Federal como munição para o seu interrogatório.

Para Bolsonaro, Moraes estaria mimetizando no caso de Anderson Torres um comportamento análogo ao que foi imputado pelo próprio Supremo à antiga força-tarefa da Lava Jato. Nessa versão, Moraes prolongaria a prisão de Torres com o objetivo de obter dele um comportamento colaborativo.

Alexandre de Moraes, como que antevendo o veneno bolsonarista, providenciou uma vacina. Anotou na ordem expedida à Polícia Federal que o ex-ministro de Bolsonaro será ouvido dessa vez na condição de “declarante”, não de investigado.

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Caso Genivaldo tem reviravolta e governo busca irmãos para indenização

Ministério da Justiça busca contato com irmãs de Genivaldo Santos, homem negro sufocado até a morte por policiais rodoviários federais.

Uma reviravolta jurídica fez o Ministério da Justiça mudar a estratégia na tentativa de buscar uma indenização financeira para os familiares de Genivaldo Santos, homem negro morto sufocado por policiais rodoviários federais em 2022. Agora, a pasta busca contato com os irmãos de Genivaldo, segundo o Metrópoles.

No mês passado, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que Fabiana dos Santos, que se apresenta como viúva de Genivaldo, fosse excluída do processo. A AGU apontou que, na época da morte de Genivaldo, Fabiana não era mais sua esposa.

Depois desse movimento, o Ministério da Justiça passou a buscar os irmãos de Genivaldo para seguir com o processo de indenização. Genivaldo deixou 11 irmãos no interior de Sergipe. A comunicação com o grupo é difícil e tem sido tentada também pela Defensoria Pública da União.

Em outro processo, que pede que a União seja condenada por danos morais coletivos pelo assassinato, o Ministério Público Federal pediu um pagamento de R$ 128 milhões. No início do mês, os procuradores concordaram com o pedido inicial feito à Justiça por entidades antirracistas.

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Quem tem uma oposição como a do governo Lula, não precisa de aliados

Convenhamos, Flávio Dino, quando esteve na Câmara, expôs a burrice aguda da oposição de direita no Brasil.

Sejamos francos, não dá para colocar no catálogo que essa turma que hoje faz oposição a Lula, é de extrema direita, o que não invalida a defesa retrógrada de suas pautas medievais.

Na verdade, essa direita, até por contexto, segue imitando a pronúncia trumpista no Brasil. Talvez essa seja uma das raras vezes em que o Brasil assiste a uma oposição modelada pela mídia, que podemos classificar como um coral cantando a mesma melodia de um Roberto Marinho com rara desafinação, porém, o refrão é o mesmo do Dr. Roberto, como gosta de chamar Pedro Bial.

Isso nos dá uma grande referência da leitura política que se pode fazer da direita atual e afirmar que essa mediocridade, além de ser 100% nacional, tem uma dicção exagerada, mas não menos verdadeira do retrato do jornalismo industrial praticado no Brasil atual.

Tudo é pavoroso. Mas vejam só, essa burrice é parte de um processo que, pode sim afirmar que é de um antipetismo fabricado nas redações instrumentalizadas por uma burguesia que ninguém ignora, justamente por uma pronúncia paulistana e sulista, mas também gaúcha e paranaense que cria um certo ar de samba do branco doido.

Ainda hoje, a gloriosa representante dessa ignorância brasileiríssima, chamada Dora Kramer, escreveu um editorial para a Folha profundamente inócuo, seja no título, na entonação, seja na ortografia.

A laureada jornalista, que não pode ser classificada como bolsonarista, escreve um artigo carregado de enxofre, sem ao menos buscar um assunto real, criando uma espécie de variação inútil sobre o mesmo tema, com uma presepada em Dó maior, apenas para dizer de que lado ela e a Folha estão, deixando claro que, além de cada jornalista, é uma instituição de nulidade.

Ela escreveu um artigo intitulado “Trancos e Barrancos”

Pelo trecho que segue abaixo, Dora parece inspirada no terraplanismo virtual quando sapeca essa inspirada estrofe do nada:

“Luiz Inácio da Silva tem feito escolhas tão ruins quanto enigmáticas. Não obtém bons resultados e por isso suscitam a dúvida sobre qual a motivação dele ao arrumar briga no campo externo com o Ocidente e, no terreno interno, prestigiar as ilegalidades do MST, levando o líder invasor na viagem à China.”

Então, vem a pergunta, essa costura de Frankstein que Dora martela em seu precioso artigo, quer chegar aonde?

Esse compêndio de fantasias infantis é tudo o que um governante quer de uma oposição inócua, com referências baseadas em uma abstração funesta, de extraordinária nulidade.

Então, pergunta-se, como um artigo desse passou pelo conselho editorial da Folha?

Já o Estadão, apela até para o sócio de Augusto Nunes, JR Guzzo, que transformou-se num idoso folclórico que escreve com aquele ódio de um principiante esbaforido, dando uma exatidão magnífica de como anda a imprensa brasileira nessa terra de ninguém, que é o mundo corporativo.

Mônica Bergamo parece ter pregado uma peça quando noticiou que Janja havia comprado uma gravata numa loja de luxo em Portugal. Bastou isso para a direita cometer um dos maiores suicídios políticos de que se tem notícia nesse país.

Em plena sexta-feira de Tiradentes, a notícia se espalhou como rastilho de pólvora para que aquele “absurdo” ficasse registrado em cada comentário ou postagem nas redes sociais.

Era tudo o que Lula precisava para dar como exemplo a diferença brutal entre o seu governo e o de Bolsonaro.

Não vamos aqui falar em todos os absurdos que envolvem o cartão corporativo do governo anterior e a propina paga em joias que Bolsonaro recebeu da Arábia Saudita, vamos apenas resumir que, no momento seguinte de toda essa fanfarronice do “escândalo da gravata”, vem a notícia que faz da língua de trapo chicote da bunda, pois a notícia que a própria mídia teve que dar é a de que a gravata, comprada sim numa loja de luxo em Portugal, foi paga com cartão pessoal de Janja, ou seja, não há centavo de dinheiro público nisso.

Como essa gente caiu numa armadilha de forma tão tosca, mesmo depois de dar um tido de canhão no próprio pé com a tal CPMI do 8 de janeiro, proposta pelos bolsonaristas? Que se, de fato for aprovada, não deixará pedra sobre pedra no terraplanismo tropical.

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Gonçalves Dias, em depoimento, diz que tem relação de Augusto Heleno com a invasão de 8/1

O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias, teria afirmado em depoimento à Polícia Federal, nesta sexta-feira (21), que o general Augusto Heleno, ministro de Jair Bolsonaro, ainda mantém informantes dentro da pasta, e que até o dia 8 de janeiro não houve tempo hábil para exonerar “militares bolsonaristas” do órgão.

De acordo com reportagem do repórter Bruno Pinheiro, da Jovem Pan News, membros da Polícia Federal disseram que Dias também argumentou que as imagens divulgadas pela CNN Brasil teriam sido outra ‘emboscada’ por parte de militares do GSI, contratados ainda na gestão de Augusto Heleno.

O ex-ministro disse ter retirado extremistas de um setor do Palácio do Planalto, mas não efetuou prisões, porque estava fazendo “gerenciamento de crise”.

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A gravata que Janja comprou para Lula foi paga com cartão pessoal, não o corporativo

A assessoria da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, afirmou, no começo da noite desta sexta-feira (2/4), que a compra realizada por ela em uma loja de luxo em Lisboa não foi realizada com uso do cartão corporativo, mas sim com o cartão pessoal.

A primeira-dama foi até uma loja de luxo na capital portuguesa durante viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela realizou a compra de uma gravata para o chefe do Executivo. A escolha da loja se deu por conta da proximidade do hotel em que a comitiva brasileira está hospedada.

Lula se encontra neste sábado (22) com o presidente português. É a primeira viagem dela à Europa desde que assumiu o cargo, em janeiro. A viagem do presidente ocorre em um momento de grande repercussão das declarações dele sobre a guerra na Ucrânia. Lula chegou a dizer que os Estados Unidos precisam parar de incitar o confronto com a Rússia e passar a pensar em acordo de paz. Ao mesmo tempo, indicou que o presidente ucraniano Volodymyr Zelenski também tem responsabilidade no conflito.

Durante a viagem, Lula pretende firmar pelo menos 13 acordos que envolvem áreas de aeronáutica, educação, turismo e energia. Dados do Ministério do Desenvolvimento revelam que o comércio bilateral Brasil-Portugal em 2022 atingiu a marca de US$ 5,3 bilhões, o que representa crescimento de 50,8% em relação a 2021.

*Com informações do Correio Braziliense

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