Dia: 28 de junho de 2023

O bolsonarismo tardio à procura de um novo Bolsonaro

O bolsonarismo precede Bolsonaro, mas paradoxalmente não tem como sobreviver sem o mesmo Bolsonaro.

Aliás, Bolsonaro se transformou no pai dos órfãos da direita, justamente porque ela vem cambaleando derrota após derrota e, com a ajuda criminosa de Sergio Moro, emplacou Bolsonaro na presidência da República que, em condições normais, não chegaria ao segundo turno. Lula venceria no primeiro turno, como apontavam as pesquisas em 2018.

Ou seja, mais efêmero que o bolsonarismo, impossível. O problema é que Bolsonaro puxou votos que elegeram muitos bolsonaristas no Congresso e, com sua derrota em 2022, ficaram completamente perdidos.

Com a inelegibilidade de Bolsonaro, esses mesmos parlamentares se tornarão muito mais inexpressivos do que já são, porque ainda vivem a atmosfera de ódio criada por Bolsonaro quando esteve no poder com uma máquina potente de disseminação de mentiras e ataques.

Esse é o único ativo do bolsonarismo que colapsou o país, na saúde, na economia, na educação, no meio ambiente, porque justamente Bolsonaro estava no poder, e é aí que começa um odisseia de alguns parlamentares que tentam sobreviver das tripas do bolsonarismo.

Este é, por exemplo, o caso de Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer que, na tentativa de sobreviver de um naufrágio político acachapante, produzem lambanças sobre lambanças, numa luta de vida ou morte para sustentar os próprios mandatos.

Na verdade, todo o bolsonarismo recebeu de Bolsonaro um abraço de afogado, o que já foi percebido por essa mesma turma, que tenta inutilmente ficar de pé com as próprias pernas, fazendo uma oposição medíocre ao governo Lula e, logicamente, acabam sendo tratorados pela dinâmica dos resultados positivos do governo em todos os setores da vida brasileira.

Esse bolsonarismo tardio não tem a menor chance de sobreviver, mesmo utilizando os apelos mais baixos, os preconceitos mais vis e as atitudes que ferem cada vez mais o código de ética do parlamento brasileiro.

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Veja o exato momento em que Magno Malta tenta “lacrar”, mas é “humilhado” na CPI (vídeo)

Bolsonarista tentou “lacrar”, mas foi contido e ainda levou uma bela bronca.

Durante a CPI que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, o senador Magno Malta (PL-ES) tentou pedir a palavra para prestar solidariedade a Milton de Oliveira Junior, radialista preso no âmbito da operação Lesa Pátria, mas não obteve sucesso.

Arthur Maia (União Brasil-BA), presidente da CPI, chamou a atenção do bolsonarista e ainda cortou o seu microfone.

A sessão desta terça-feira da CPI foi destinada a ouvir o coronel Jean Lawand Junior, convocado a depor diante de mensagens em tom golpista enviadas ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Ministro aciona PF e PGR contra bolsonarista por fala racista sobre africanos

Silvio Almeida pede providências para que deputado, que corre o risco de ser cassado, responda por declarações racistas na esfera criminal.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, informou que acionou a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta quarta-feira (28), solicitando providências para que o deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) responda criminalmente pela declaração racista que fez durante participação em um podcast.

Em entrevista ao podcast Três Irmãos que vem repercutindo nas redes sociais, Gayer concordou com uma fala do apresentador de que macacos teriam o QI maior que a de pessoas que nasceram em países da África.

“Aí você vai ver na África: quase todos os países são ditaduras. Quase tudo lá é ditadura. Democracia não prospera na África. Por quê? Para você ter democracia, é preciso ter o mínimo de capacidade cognitiva para entender o bom e o ruim, o certo e o errado. Tentaram fazer democracia na África várias vezes. O que acontece? Um ditador toma tudo e o povo [simula aplausos]. O Brasil está desse jeito. O Lula chegou à presidência e o povo burro: ‘êeee, picanha, cerveja!’ [simula aplausos novamente]”

Além de incorrer em flagrante desrespeito para com os povos africanos, Gayer ainda sugeriu que os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva são burros. As falas do bolsonarista possuem clara conotação racista e podem configurar, inclusive, o crime de injúria racial, cuja pena, prevista na Lei 14.532/2023, é de 2 a 5 anos de prisão, além de multa.

Ao acionar órgãos competentes para que Gayer seja investigado, Silvio Almeida destacou que “a imunidade parlamentar não é escudo para quem pratica crimes”.

“Acabo de enviar ao Min. da Justiça, à PF, à Câmara dos Deputados e à PGR vídeo em que deputado federal bolsonarista faz ofensas discriminatórias a brasileiros e africanos, bem como a autoridades da República”, escreveu Almeida através das redes sociais.

O ministro enviou o vídeo com a declaração racista de Gayer através de ofícios em que pede “a tomada das providências cabíveis por parte das autoridades”.

Cassação
Além dos pedidos para que Gayer seja investigado na esfera criminal, Silvio Almeida oficiou a Câmara dos Deputados para que a Casa tome providências com relação à conduta do parlamentar.

A ação reforça uma medida já tomada pela deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), que anunciou que protocolará junto ao Conselho de Ética da Câmara um pedido de cassação do bolsonarista.

“Entraremos hoje com o pedido de cassação do Deputado Gustavo Gayer no Conselho de Ética da Câmara. A Câmara não pode ser espaço para racista! Deveria ser preso além de perder o mandato”, disse Duda.

“Entraremos hoje com o pedido de cassação do Deputado Gustavo Gayer no Conselho de Ética da Câmara. A Câmara não pode ser espaço para racista! Deveria ser preso além de perder o mandato”, disse Duda. 

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Bolsonaro será preso

Para quem sabe ler, pingo é letra.

O voto, bem fundamentado, do relator do TSE, Benedito Gonçalves no julgamento da inelegibilidade de Bolsonaro, não deixou dúvida para quem estava atento a cada palavra proferida pelo ministro, deixando claro que o próximo passo de Bolsonaro rumo à guilhotina, foi dado pelo relator.

Na verdade, o voto de Gonçalves tinha, junto, um procedimento para que a justiça comum julgue também os crimes do ex-presidente que o relator fez questão de pontuar e grifar a gravidade.

Certamente, isso não passou batido pelos advogados de Bolsonaro, tanto que já há um movimento de seus capachos do Congresso no sentido de criar um Projeto de Lei absurdo de anistia a ele, que, aliás, já foi protocolado.

Ou seja, com certeza, o slogan, dentro das quatro linhas d o bolsonarismo é, bola para o mato que o jogo é de campeonato. E a justiça comum virá com tudo na jugular de Bolsonaro.

A conferir.

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Fator Lula: IPCA-15 atinge 0,04%; variação anual cai pelo 12º mês consecutivo

Variação em 12 meses perdeu força pelo 12ª mês consecutivo, chegando a 3,40%; transportes e alimentação puxam queda.

A prévia da inflação oficial perdeu força e chegou a 0,04%, ficando 0,47 ponto percentual abaixo dos 0,51% contabilizados em maio, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em junho de 2022, a taxa foi de 0,69%.

O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 1,12%, menor que a taxa de 3,04% registrada no mesmo período do ano passado.

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,40%, abaixo dos 4,07% observados nos 12 meses imediatamente anteriores – contabilizando assim sua 12ª queda consecutiva.

Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados avançaram no período, sendo que a maior variação (0,96%) e o maior impacto (0,14 ponto percentual) vieram do grupo Habitação.

Tal variação foi puxada pelo aumento da taxa de água e esgoto (3,64% e 0,06 p.p.) aplicada em capitais como Curitiba, São Paulo, Recife e Belém, e a alta da energia elétrica residencial (1,45% e 0,06 p.p.) em Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Salvador.

Contudo, houve queda no gás encanado (-0,33%) diante das reduções tarifárias em Curitiba e no Rio de Janeiro.

*Com GGN

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PF prende hacker Walter Delgatti por descumprir medidas judiciais

Hacker Walter Delgatti, que ficou famoso durante a “Vaza Jato”, teria desrespeitado determinação de não usar a internet.

A Polícia Federal (PF) prendeu o hacker Walter Delgatti Neto, que ficou conhecido durante a “Vaza Jato”, por descumprir medidas judiciais, informou seu advogado. No pedido de prisão, as autoridades registraram que Delgatti não pôde ser localizado nos dois endereços fornecidos por ele à Justiça, localizados em Araraquara e Ribeirão Preto, cidades do interior de São Paulo, diz o 247.

Em relatório, a PF ressaltou que Delgatti desrespeitou uma determinação judicial que o proibia de utilizar a internet, pois ele criou e-mails e uma conta em um site de compras. Os investigadores descobriram que foi criado um e-mail vinculado à conta bancária do hacker, com o objetivo de receber doações por meio de PIX. De acordo com as apurações, acessos a esse endereço eletrônico foram realizados em setembro, outubro e novembro de 2022.

Além disso, a PF constatou que Delgatti criou uma conta em um site de compras onde enviou documentos contendo autofotografias tiradas após a decisão judicial que o proibiu de acessar a internet. Os investigadores também identificaram a criação de contas para serviços de backup em nuvem nos meses de julho, agosto e dezembro de 2022, sendo que uma delas continha o envio de documentos e selfies de Walter.

O Ministério Público Federal (MPF) afirmou que “resta claro que Walter Delgatti Neto, além de não ter interrompido o seu acesso à internet, deixou propositalmente de atualizar seu endereço perante a Justiça Federal, tendo apenas deixado seu contato com um porteiro do edifício de onde se mudou há mais de três meses, sem informar outro endereço correto, o que evidentemente demonstra o intuito de se ocultar de eventual decisão judicial”.

Em julho de 2019, durante a Operação Spoofing, Delgatti foi detido. Essa operação teve como objetivo desmantelar uma “organização criminosa envolvida em atividades cibernéticas ilícitas”, de acordo com informações da PF. As investigações revelaram que o grupo conseguiu acessar contas no aplicativo de mensagens Telegram que eram utilizadas por autoridades envolvidas na Lava Jato. Na ocasião, o hacker admitiu que invadiu as contas de procuradores e confirmou que compartilhou as mensagens com o site The Intercept Brasil. Delgatti chegou a ser preso em 2019 e estava em liberdade, aguardando julgamento.

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Governo Lula retoma programa de igualdade na educação que havia sido extinto por Bolsonaro

Agência Brasil – O Ministério da Educação retomou o Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, por meio de uma portaria publicada nesta quarta-feira (28), no Diário Oficial da União. A medida retoma uma série de ações de democratização na educação, criadas em 2013, e que haviam sido extintas no governo anterior.

O programa oferece elevada qualificação em universidades, instituições de educação profissional e tecnológica e centros de pesquisa de excelência, para estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas, população do campo e estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.

De acordo com a portaria, o objetivo é promover formação, com oportunidade de novas experiências e competitividade para essa parcela da população, com a concessão de bolsas de estudo no Brasil e no exterior. Com isso, a medida quer ampliar a participação dos grupos em cursos técnicos, de graduação e pós-graduação, além de melhorar a mobilidade internacional.

O programa também busca desenvolver projetos de pesquisa, estudos, treinamentos e capacitação nas áreas de promoção e valorização da igualdade racial, da cultura e línguas indígenas, da acessibilidade e inclusão, das ações afirmativas para minorias, e da difusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

O documento define a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) como gestoras do programa. As duas instituições devem desenvolver estratégias e ações específicas para o programa e que sejam além das atividades, já desenvolvidas, de cooperação internacional e de concessão de bolsas no Brasil e no exterior.

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Vaquinha para pagar passeio de submarino para Bolsonaro supera arrecadação da vaquinha oficial

Aliados e apoiadores de Bolsonaro lançaram uma vaquinha para ele pagar as multas do ex-presidente. Uma segunda vaquinha para que ele faça um passeio de submarino para visitar os destroços que deixou em sua administração já arrecadou mais dinheiro.

Com a vaquinha para pagar as multas de Bolsonaro, o Brasil reafirma mais uma vez sua autossuficiência na produção de otários.

Segundo especialistas, todo dia saem de casa um malandro processado e um otário com seu celular para passar um pix.

O Queiroz deu 10 reais para Bolsonaro na vaquinha, mas pediu 3 reais de volta na forma de rachadinha. “Aprendi com o melhor professor”, disse ele.

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Vídeo: André Mendonça fala em “perseguição” ao comentar voto pela inelegibilidade de Bolsonaro no TSE

Em Lisboa, onde participa do Fórum Jurídico organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) – instituição ligada a Gilmar Mendes, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), falou em “perseguição” ao comentar o voto de Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL).

Ex-ministro da Justiça e ex-Advogado-Geral da União (AGU) do governo Bolsonaro – que o indicou à cadeira na suprema corte -, Mendonça quis equiparar as dezenas de processos de Bolsonaro, 17 deles na Justiça Eleitoral, ao lawfare da Lava Jato contra Lula, diz a Forum.

“Não acompanhei o julgamento, vi rapidamente pela imprensa. Voto numa direção prejudicial ao ex-presidente… O que espero é um julgamento justo. Assim como nós não queremos perseguição para um lado, assim como se critica perseguição a certos atores políticos, nós não podemos, por conveniência ou circunstância, compactuarmos com atitudes que não garantam os mesmos direitos de defesa e de justiça para quem não pensa ideologicamente como nós”, afirmou Mendonça em entrevista em Portugal.

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“Pagou em dinheiro”: negócio de Lira confirma “caixa” descoberto pela PF

Presidente da Câmara comprou terra no interior de Alagoas com recursos em espécie administrados por assessor investigado.

Um negócio fechado por Arthur Lira com uma família do interior de Alagoas dá força às suspeitas da Polícia Federal que envolvem pagamentos de despesas pessoais do presidente da Câmara por um assessor dele investigado por desvio de dinheiro, segundo Rodrigo Rangel, Metrópoles

Como mostraram no fim de semana a revista Piauí e o jornal Folha de S.Paulo, papéis apreendidos durante a Operação Hefesto, deflagrada no início do mês para apurar fraudes na compra de kits de robótica com dinheiro do Ministério da Educação, indicam que o mesmo assessor apontado como integrante do esquema administrava um caixa usado para custear contas de Lira.

O fundo federal de onde saíram as verbas usadas para a aquisição dos kits de robótica era administrado, à época dos desvios, por gente ligada ao Progressistas, antigo PP, partido do presidente da Câmara. A PF suspeita que o esquema ia além — e incluía dinheiro desviado de outros órgãos administrados pela legenda.

Livro-caixa
Os documentos apreendidos na operação, incluindo uma espécie de livro-caixa, estavam com Luciano Cavalcante, faz-tudo de Lira, e com o motorista dele, Wanderson de Jesus. No papelório havia uma série de valores relacionados ao nome “Arthur”.

Várias das cifras indicam tratar-se, de fato, de despesas do presidente da Câmara, como contas de um hotel em São Paulo onde Lira costuma se hospedar, além de gastos com automóveis e até com sessões de fisioterapia do pai do deputado.

Mas uma delas, em especial, não deixa margem para dúvidas e revela a rotina de pagamentos de contas particulares de Lira com dinheiro em espécie: a compra, pelo presidente da Câmara, de um pedaço de terra no interior de Alagoas.

“Pagou à vista. Em dinheiro”
Entre os documentos encontrados pelos policiais com Wanderson de Jesus, o motorista, havia uma folha manuscrita na qual um casal do município de São Sebastião, a 120 quilômetros de Maceió, declara ter recebido R$ 40 mil como pagamento por uma área com cerca de 50 mil metros quadrados. À PF Wanderson declarou que fazia os pagamentos a mando de Luciano Cavalcante, o assessor de Lira para quem dirigia.

A coluna localizou, no interior alagoano, a família que vendeu a terra. Maria José Pacheco, filha de Manoel Pacheco, o homem que assina o tal recibo, confirmou que o pai vendeu a área a Arthur Lira e que o pagamento foi feito “em dinheiro”.

“O Arthur comprou, sim, uma terra do meu pai. Pagou R$ 40 mil”, disse. Indagada sobre como foi feito o pagamento, Maria José respondeu assim: “Pagou à vista. Em dinheiro”. A transação, segundo ela, ocorreu há cerca de dois anos.

Endereços de Luciano Cavalcante, o faz-tudo de Lira que foi alvo de buscas na operação deflagrada pela PF no início deste mês, foram visitados por entregadores de dinheiro que serviam ao esquema de desvio de verbas públicas e atuavam em Brasília e Maceió.

A partir da descoberta dos papéis nos quais aparecem as menções ao nome “Arthur”, a investigação subiu da Justiça Federal de Alagoas para o Supremo Tribunal Federal, onde devem correr os casos que envolvem congressistas, em razão do foro privilegiado.

Expansão de fazenda
A área comprada por Lira fica próxima a uma fazenda da qual ele já era dono — em sua declaração de bens, o presidente da Câmara diz ter recebido “metade da fazenda Pedras” por doação feita por seu pai, o ex-senador Benedito de Lira.

São Sebastião, o município onde está a propriedade, é vizinho de Junqueiro, cidade natal do pai de Arthur Lira.

O que diz Lira
Referindo-se, genericamente, aos valores listados nos documentos apreendidos pela PF, Lira disse em nota distribuída no início da semana que os recursos utilizados para o pagamento de suas despesas têm origem no salário que recebe como deputado e nos ganhos que tem como agropecuarista.

“Toda movimentação financeira e pagamentos de despesas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seja realizada por ele e, às vezes, por sua assessoria, têm origem nos seus ganhos como agropecuarista e na remuneração como deputado federal”, afirma a nota.

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