Mês: junho 2023

Em três pontos, veja os principais recados do Banco Central sobre a condução dos juros

A reunião do Copom desta quarta-feira, que manteve a Selic em 13,75% pela sétima vez seguida, foi mais dura do que o esperado pela maior parte do mercado financeiro. Na equipe econômica, tanto a manutenção quanto o texto do comunicado foram muito mal vistos, porque não houve uma sinalização clara por parte do Banco de que os juros irão, de fato, cair no próximo encontro, em agosto, diz O Globo.

Confirma abaixo os três principais pontos da decisão:

1) SEM INDICAÇÃO CLARA DE CORTE: No comunicado, o Banco Central não fez nenhuma indicação de que irá de fato cortar os juros em agosto, como esperava o governo e parte do mercado financeiro. Embora essa hipótese não esteja descartada por vários economistas, o cenário provável mais otimista passa a ser por uma redução na reunião de setembro. “O Copom conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas e avalia que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação”, disse o Banco.

2) PACIÊNCIA E PARCIMÔMIA: O Banco Central votou a falar em paciência e parcimônia na condução da política monetária. “O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembra que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”

3) SEM RISCO DE ALTA: Embora o BC não tenha indicado corte de juros iminente, um pouco do comunicado foi mais leve, em relação às reuniões anteriores. Saiu do texto o risco de alta dos juros, uma ameaça que vinha rondando o país este ano. “O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”. Esse trecho foi excluído.

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CCJ do Senado aprova nome de Cristiano Zanin para o STF; indicação segue para plenário

O crivo agora segue para o plenário da Casa e, caso seu nome seja chancelado por maioria simples nesta segunda etapa, ele fica liberado para a nomeação ao STF, diz a Exame.

O advogado Cristiano Zanin, que atuou na defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em processos da Lava-Jato, foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para assumir a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), posto deixado pelo ministro Ricardo Lewandowski, aposentado desde abril. O placar foi de 21 votos favoráveis e 5 contra.

O crivo agora segue para o plenário da Casa e, caso seu nome seja chancelado por maioria simples nesta segunda etapa, ele fica liberado para a nomeação ao STF.

Como foi a sabatina de Cristiano Zanin?
O advogado passou por uma sabatina de mais de seis horas na CCJ. Ele foi questionado sobre sua participação em outros processos de defesa da JBS e J&F, assim como sua proximidade com Lula.

O senador Sérgio Moro não gostou das respostas de Zanin na sabatina. “Faltou responder algumas perguntas de uma maneira mais objetiva”, resumiu Moro ao ser questionado sobre o desempenho do sabatinado”, afirmou Moro. “Não ficou claro, por exemplo, em que casos o indicado, caso aprovado, vai se declarar suspeito ou impedido para julgamentos do Supremo Tribunal Federal”, disse.

O senador Magno Malta defendeu que o “Supremo Tribunal Federal não é lugar de advogado”.

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Em entrevista a jornal italiano, Lula responsabiliza Bolsonaro por tentativa de golpe: “discursava contra democracia e instituições”

Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera nesta quarta-feira (21), o presidente Lula (PT) ressaltou a participação de Jair Bolsonaro (PL) na instalação de um clima golpista no Brasil, culminando na tentativa real de golpe de estado em 8 de janeiro deste ano, com os atentados às sedes dos Três Poderes por bolsonaristas, em Brasília.

O presidente da República disse que “quem planta vento, colhe tempestade” e, no caso, Bolsonaro plantou “ódio” ao discursar contra a democracia e as instituições. “Nunca ninguém no Brasil usou o estado de forma tão desavergonhada para tentar se eleger, distribuindo empréstimos para quem não poderia pagar, criando auxílios para taxistas que chegaram até a quem não tinha carteira de motorista. E depois das eleições seus seguidores pediram um golpe militar. Absurdo. Agora ele responde na Justiça. Espero que ele tenha a presunção da inocência, direito de defesa e um julgamento justo”, declarou.

Abaixo, a entrevista na íntegra:

O senhor se propôs como mediador entre a Rússia e a Ucrânia. Acha que o senhor e o Papa Francisco têm visões semelhantes?

Presidente Lula — Em 2020, quando o encontrei, conversamos sobre a desigualdade no mundo, a busca de uma economia mais solidária. Logo depois veio a pandemia e a campanha eleitoral no Brasil. Agora encontro o Papa com esse conflito na Europa. Mandei um enviado especial, Celso Amorim, para Moscou e Kiev. Os dois países acreditam que podem vencer o conflito militarmente: eu discordo disso. Acho que tem pouca gente falando de paz. A minha angústia é que com tanta gente passando fome no mundo, com tantas crianças sem ter o que comer, ao invés de cuidar de resolver as desigualdades, estamos cuidando de guerra. É urgente que a Rússia e a Ucrânia encontrem o caminho da paz.

Meloni o criticou por não ter extraditado Cesare Battisti e não enviou nenhum representante para sua posse em janeiro.

Presidente Lula — Espero conhecê-la melhor hoje e que os encontros que faremos reforcem a relação entre nossos países, que sempre foi tão forte. Somos o segundo país com mais italianos e descendentes do mundo, atrás apenas da própria Itália. Temos 30 milhões de descendentes italianos no país. Eu tenho uma relação excelente com o movimento sindical daqui, com os intelectuais, as empresas. E certamente teremos uma relação muito produtiva com as autoridades italianas, porque a relação econômica entre os dois países está aquém do seu potencial e precisamos trabalhar muito para ter uma relação bilateral à altura do tamanho das nossas economias.

O senhor também vai se encontrar com Elly Schlein. Acha que é mais difícil para as mulheres governar?

Presidente Lula — Será uma satisfação conhecê-la. Ainda há muito machismo na política. Meu partido é presidido por uma mulher, a deputada Gleisi Hoffmann, e tenho orgulho de ter apoiado Dilma Rousseff, a primeira presidenta brasileira. O golpe que ela sofreu em 2016 teve também um forte componente machista. O Bolsa Família dá o dinheiro para a mulher, não para o homem. E os títulos das casas dos nossos programas de moradia também vão para as mães. As mulheres são, em geral, mais responsáveis. Com mais mulheres governando teríamos menos guerras e mais atenção ao social.

O senhor acha que Bolsonaro tem responsabilidades semelhantes às de Trump pelos eventos em Brasília? Ele será julgado por abuso de poder.

Presidente Lula — Temos uma expressão que diz “quem planta vento, colhe tempestade”. O meu antecessor nem vento plantou, plantou ódio. Discursava contra a democracia, contra as instituições. Nunca ninguém no Brasil usou o estado de forma tão desavergonhada para tentar se eleger, distribuindo empréstimos para quem não poderia pagar, criando auxílios para taxistas que chegaram até a quem não tinha carteira de motorista. E depois das eleições seus seguidores pediram um golpe militar. Absurdo. Agora ele responde na Justiça. Espero que ele tenha a presunção da inocência, direito de defesa e um julgamento justo.

O senhor tem um bom relacionamento com Xi Jinping e com a China, que é seu principal parceiro comercial, mesmo que continue sendo um país não-democrático.

Presidente Lula — O Brasil é um país que não tem contencioso com nenhum país do mundo e temos uma excelente relação com a China, que nas últimas décadas tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza e contribuiu muito para a economia mundial. Meu diálogo com a China tem sido sempre muito positivo e na direção de uma maior paz, harmonia, crescimento do comércio e da cooperação no mundo. A China é tão importante que até a Itália já aderiu à Iniciativa da nova Rota da Seda, à qual o Brasil não aderiu ainda.

No dia 22 de agosto, na África do Sul, haverá uma cúpula do BRICS. É um passo à frente para um mundo multipolar?

Presidente Lula — A cúpula do BRICS é importante para todos. Essa coalizão de economias emergentes mostrou a importância de acrescentar vozes diversas à discussão das questões globais. Acreditamos que um mundo multipolar seja melhor do que uma supremacia unipolar ou uma disputa bipolar. A criação de diferentes redes, diferentes arranjos de países, pode ajudar a equilibrar e contrabalançar as tendências e as tensões conflitantes. Por exemplo, o Conselho de Segurança da ONU é uma estrutura a reformar. Ele representa o equilíbrio de poder do mundo em 1945. Quase 80 anos depois, muita coisa mudou e precisamos de um Conselho mais amplo, mais representativo, com vozes da América Latina e da África, para que realmente contribua para a paz e a segurança no mundo.

A Amazônia é um ponto crucial da sua política. Como pretende conciliar o crescimento econômico da região com a proteção da floresta?

Presidente Lula — A preocupação internacional com a Amazônia aumentou durante o último governo, que negava a mudança do clima e incentivava abertamente os crimes ambientais. Retomamos o combate ao desmatamento, com a meta de zerá-lo até 2030 e estamos também enfrentando o garimpo ilegal e outras atividades criminosas que destroem o meio ambiente na região. Expulsamos mais de 20 mil garimpeiros ilegais das terras indígenas Yanomami. Ao mesmo tempo, queremos falar de uma nova visão de desenvolvimento sustentável para a região, que abriga 25 milhões de brasileiros. Investimos em pesquisa científica, indústrias limpas, turismo, para fazer a floresta valer mais para quem mora lá, pelo seu papel ambiental, e por seus produtos. As pessoas que vivem na região precisam de renda, trabalho, proteção social, saúde e educação, justamente para serem os maiores protetores da Amazônia. É por isso que, dia 8 de julho, encontrarei o presidente colombiano Petros, em Letícia, na fronteira dos nossos países. E em agosto sediaremos Cúpula da Amazônia, e a COP30 em 2025.

A Itália é o segundo parceiro comercial do Brasil na Europa, depois da Alemanha. Há projetos em desenvolvimento?

Presidente Lula — O Brasil e a Itália têm uma longa história de parceria tanto no comércio quanto nos investimentos. Temos cerca de 1.400 empresas italianas no Brasil e mais de 20 grandes empresas brasileiras na Itália. Hoje também estamos nos concentrando em energia renovável. 87% da nossa eletricidade vem de fontes renováveis, bem acima da média mundial de 28%. Em outras palavras, a atividade industrial no Brasil emite pouco carbono. Queremos ampliar a produção de energia solar e eólica, o potencial do Nordeste brasileiro é enorme. Podemos ser um grande produtor de hidrogênio verde, com capacidade de apoiar o mundo na transição energética.

*Com 247

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Vídeo: A resposta séria e civilizada de Zanin sobre LGBT+ em tempos obscuros

Em tempos de obscurantismo da extrema direita, representada no Brasil pelo bolsonarismo bufo e medieval, uma questão muito bem colocada pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) ao advogado Cristiano Zanin, indicado por Lula (PT) para uma vaga no STF, durante sua sabatina no Senado, chamou a atenção pela resposta do homem que, ao que tudo indica, será conduzido à instância máxima do Judiciário da República. O tema foi o casamento e a união entre pessoas do mesmo sexo.

Zanin, que ficou conhecido por atuar de forma heroica na defesa do presidente após sua condenação e prisão arbitrárias nos processos da Operação Lava Jato, diferentemente da enxurrada de juristas ultrarreacionários cortejados por Jair Bolsonaro (PL) durante seu governo, deu uma aula sobre civilidade, direitos humanos e respeito à Constituição.

“Eu respeito todas as formas de expressão do afeto e amor, acho que isso é um direito individual, é um direito fundamental as pessoas poderem, da sua forma, expressar o afeto e o amor. E isso tem que ser respeitado, na minha visão, pela sociedade, e acho que também pelas instituições. Temos hoje já uma resolução do CNJ que viabiliza e dá eficácia a essa interpretação, um julgamento já realizado pelo Supremo Tribunal Federal, e qualquer matéria que venha a tratar desse assunto ela vai passar, evidentemente, pela Constituição da República, pelos fundamentos da Constituição, dentre eles a dignidade da pessoa humana. E é também um objetivo fundamental da República, tal como previsto no artigo 3°, que é o de promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, cor, idade, e de quaisquer outras formas de discriminação”, disse ele.

Veja a resposta de Zanin:

*Com Forum

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“Vi na internet”: Em sabatina, Moro cita fake news sobre Zanin e Lula

Senador perguntou se indicado ao STF foi padrinho em casamento que não teve padrinhos.

O senador Sergio Moro se atrapalhou na sabatina de Cristiano Zanin na Comissão de Constituição e Justiça.

Moro anunciou que faria perguntas “bastante técnicas”. Em seguida, perguntou se Zanin foi padrinho de casamento de Lula e Janja no ano passado.

“Vi na internet. Não sei se é procedente ou não essa informação”, afirmou.

Se tivesse trocado as redes bolsonaristas pela imprensa, Moro saberia que o casamento não teve padrinhos.

E evitaria o vexame de propagar fake news numa sabatina transmitida ao vivo pela TV.

Em tempo: Moro foi padrinho de casamento da deputada Carla Zambelli, uma das figuras mais estridentes da extrema direita no Congresso.

*Bernardo Mello Franco, O Globo

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Governo Biden atuou para impedir golpe de Bolsonaro, diz jornal britânico Financial Times

Segundo o periódico, integrantes do alto escalão do governo dos EUA teriam realizado uma discreta campanha de pressão sobre políticos e militares brasileiros.

O governo do presidente estadunidense Joe Biden teria atuado “discretamente” para garantir a integridade do processo eleitoral brasileiro durante as eleições presidenciais de 2022, que culminaram na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diz o jornal britânico Financial Times.

Segundo a reportagem, integrantes do alto escalão do governo dos Estados Unidos teriam realizado uma discreta campanha de pressão para que as lideranças políticas e militares do Brasil respeitassem a democracia do país.

Ainda conforme o FT, até mesmo o então vice-presidente e hoje senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) teria demonstrado preocupação com a situação do Brasil. Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados questionaram a confiabilidade das urnas eletrônicas e levantaram dúvidas sobre a transparência do processo eleitoral brasileiro, sem apresentarem provas de quaisquer irregularidades no sistema de votação.

A atitude do ex-mandatário e seus apoiadores foi semelhante à postura adotada pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump nas eleições de 2020, que resultou na invasão do Capitólio, em Washington, em janeiro de 2021, em meio a diversas tentativas frustradas de reverter o resultado do pleito.

O governo Biden, então, buscou transmitir sua mensagem sem parecer que estava interferindo nas eleições de outro país. A solução encontrada foi uma campanha coordenada, porém sem propagandas, em diversos setores do governo dos EUA, incluindo militares, CIA, Departamento de Estado, Pentágono e Casa Branca.

Michael McKinley, ex-funcionário do Departamento de Estado e ex-embaixador no Brasil, afirmou à reportagem que “foi quase um ano de estratégia, sendo feito com um objetivo muito específico, não de apoiar um candidato brasileiro em detrimento de outro, mas muito focado no processo (eleitoral), em garantir que o processo funcionasse”.

De acordo com Tom Shannon, ex-funcionário do Departamento de Estado, a estratégia teve início com a visita do conselheiro de Segurança Nacional e ex-embaixador dos EUA no Brasil Jake Sullivan, ao Brasil em agosto de 2021. Um comunicado da embaixada afirmou que a visita “reafirmou a relação estratégica de longa data entre os Estados Unidos e o Brasil”. Sullivan, porém, teria saído preocupado da reunião que manteve com Bolsonaro .

“Bolsonaro continuou falando sobre fraude nas eleições americanas e continuou entendendo sua relação com os Estados Unidos nos moldes da sua relação com o presidente Trump. Ao saírem da reunião, Sullivan e sua avaliaram que Bolsonaro era totalmente capaz de tentar manipular o resultado das eleições ou negá-lo como fez Trump. Portanto, pensou-se muito em como os Estados Unidos poderiam apoiar o processo eleitoral sem parecer interferir. E é assim que começa”, disse.

O Financial Times também destaca que o então vice-presidente Hamilton Mourão também teria demonstrado preocupação com o crescimento das tensões pré-eleitorais. Apesar de ter afirmado publicamente estar confiante no compromisso das Forças Armadas brasileiras com a democracia, Mourão – que também é general da reserva do Exército – teria demonstrado outra perspectiva ao ex-embaixador Tom Shannon em uma conversa privada. Shannon relatou:

Quando a porta estava fechando, eu disse a ele: ‘Você sabe que sua visita aqui é muito importante. Você ouviu as pessoas ao redor da mesa sobre suas preocupações. E compartilho dessas preocupações e, francamente, estou muito preocupado’. Mourão virou para mim e disse: ‘Eu também estou muito preocupado'”, contou Shannon.

Após a reunião com embaixadores estrangeiros, em que Bolsonaro voltou a questionar a lisura das urnas eletrônicas, o Departamento de Estado americano emitiu um nota afirmando que “o sistema eleitoral [do Brasil] é capaz e testado pelo tempo e que as instituições democráticas do Brasil servem de modelo para as nações do hemisfério e do mundo”. O posicionamento foi considerado fundamental para evitar uma possível intervenção militar.

O diretor da CIA, William Burns, também esteve no Brasil e aconselhou o governo Bolsonaro a não interferir nas eleições. Michael McKinley questionou a frequência incomum das visitas de autoridades estadunidenses em um ano eleitoral. “Isso é normal? Não, não é”, observou.

*Com 247

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Aprovação de Lula cresce oito pontos entre eleitores de Bolsonaro

Em dois meses, aprovação de Lula subiu de 14% para 22% entre aqueles que votaram em Bolsonaro no segundo turno de 2022.

A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retornou a 56% na terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (21), após uma queda para 51% na medição realizada em abril. Essa recuperação, que coloca a aprovação de Lula no mesmo patamar de fevereiro, quando foi feita a primeira pesquisa, é atribuída à melhora da percepção sobre a economia, diz o 247.

A percepção acerca do desempenho do presidente melhorou mais ainda entre aqueles que votaram em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial de 2022. Em abril de 2023, apenas 14% dos eleitores de Bolsonaro aprovavam o governo Lula. Dois meses depois, em junho, a aprovação subiu oito pontos e se encontra no patamar de 22%.

graficoA pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 15 e 18 de junho, com a participação de 2.029 eleitores com idade superior a 16 anos, em entrevistas presenciais. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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Um abraço fraterno e emocionado sela o encontro entre Lula e o Papa Francisco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido nesta quarta-feira pelo Papa Francisco, no Vaticano, como mostra a foto feita há pouco.

O encontro a portas fechadas entre os dois foi um dos vários compromissos do petista no segundo dia de sua viagem à Itália, primeira parada da segunda viagem que faz à Europa desde que seu governo começou, diz o Agenda do Poder.

A paz mundial, com a busca de uma solução para a Guerra entre Rússia e Ucrânia, e o combate à desigualdade são dois dos temas principais do encontro.

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Assista ao vivo à sabatina de Zanin pela CCJ do Senado

Acontece nesta quarta-feira, 21, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, a sabatina de Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Lula para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, senadores irão analisar se o postulante à cadeira atende aos critérios definidos pela Constituição para vestir a toga — ter entre 35 anos e 70 anos de idade, notável saber jurídico e reputação ilibada.

A escolha do nome será avaliada pelo relator da votação, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), indicado pelo presidente da CCJ. Para ser aprovado na comissão, deve ter a maioria simples dos votos, publicados secretamente.

Independentemente do resultado na CCJ, o nome de Cristiano Zanin terá que passar, depois, pelo crivo do plenário do Senado. A indicação só será aprovada se tiver a anuência da maioria simples da Casa Legislativa, ou 41 dos 81 parlamentares, também em votação secreta.

Quem é Cristiano Zanin
Formado pela PUC-SP, o advogado foi o autor, em 2021, do pedido de habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) que resultou na anulação das condenações de Lula, após a Corte ter reconhecido a incompetência e parcialidade do então juiz Sergio Moro. A anulação das sentenças restaurou os direitos políticos de Lula — que ficou preso por 580 dias —, o que possibilitou a candidatura nas eleições de 2022, em que foi eleito presidente da República pela terceira vez.

Natural de Piracicaba, no interior de São Paulo, Zanin e sua esposa, Valeska Teixeira Zanin Martins, atuam na defesa de Lula desde 2013 e respondem pelo presidente em basicamente todos os processos criminais contra ele. Segundo levantamento feito pelo blog da colunista Malu Gaspar, 88 dos 135 processos de Zanin no tribunal são dedicados à defesa de Lula e da família do presidente, principalmente na Lava-Jato – 65,1% dos casos, todos iniciados a partir de 2015. Desses, 81 são relacionados só a Lula. Em outros 7, os clientes são os filhos, Fábio Luís e Luís Cláudio, e a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em 2017.

Veja mais sobre a vida de Cristiano Zanin:

Condenações de Lula
Formado pela PUC-SP, o advogado foi o autor, em 2021, do pedido de habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) que resultou na anulação das condenações de Lula, após a Corte ter reconhecido a incompetência e parcialidade do então juiz Sergio Moro. A anulação das sentenças restaurou os direitos políticos de Lula — que ficou preso por 580 dias —, o que possibilitou a candidatura nas eleições de 2022, em que o petista foi eleito presidente da República pela terceira vez.

Outros casos
Segundo levantamento feito pelo blog da colunista Malu Gaspar, 88 dos 135 processos de Zanin no STF são dedicados à defesa de Lula e da família do presidente, principalmente na Lava-Jato – 65,1% dos casos, todos iniciados a partir de 2015. Desses, 81 são relacionados só a Lula. Em outros sete, os clientes são os filhos dele, Fábio Luís e Luís Cláudio, e a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em 2017.

Após a Operação Lava -Jato, o advogado fez a representação jurídica da campanha eleitoral do petista no ano passado e participou da transição do governo, quando ficou responsável pela área de “cooperação jurídica internacional”.

Assista:

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Planalto de Bolsonaro pressionou para que PF ligasse facada ao PCC

Novo inquérito sobre o atentado será concluído em breve e jogará luz sobre a pressão política exercida sobre a corporação.

A Polícia Federal está prestes a concluir a derradeira etapa das investigações sobre a facada em Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018. De novo, a conclusão será a de que Adélio Bispo, o autor do atentado, agiu por conta própria, segundo Rodrigo Rangel, Metrópoles.

O resultado dessa nova etapa da apuração não apenas reforçará o que a própria PF já havia concluído antes de o inquérito ser reaberto como também jogará luz sobre um complicado movimento de bastidores ocorrido na reta final do governo Bolsonaro: houve forte pressão política – do Palácio do Planalto, inclusive – para que os investigadores apontassem a existência de uma suposta ligação da tentativa de assassinato com o PCC, o Primeiro Comando da Capital.

Nos bastidores, fontes graduadas da PF dizem que são cristalinas as evidências dessa pressão. Até recentemente, havia uma discussão interna sobre o que fazer com essas evidências.

Chegou a ser considerada, inclusive, a possibilidade de abertura de uma apuração específica para mapear em que medida integrantes de postos de direção da corporação na gestão Bolsonaro agiram para atender aos interesses do Planalto.

Desejo de Bolsonaro
Já durante a corrida presidencial de 2022, o então presidente e candidato à reeleição queria usar o caso para se cacifar eleitoralmente. Ele entendia que se a Polícia Federal fizesse algum movimento no sentido de relacionar a facada ao PCC, teria dividendos políticos e ampliaria suas chances de derrotar Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas.

Com o processo eleitoral já em curso, a PF chegou a pedir à Justiça Federal autorização para realizar buscas em endereços ligados a um advogado de Adélio que, se tivessem sido feitas, poderiam atender ao interesse (e às cobranças) de Bolsonaro. Mas o juiz do caso, Bruno Savino, decidiu não autorizá-las justamente em razão da desconfiança de que o pedido escondia uma estratégia que poderia ter fins eleitoreiros. Essas mesmas buscas foram liberadas só depois e cumpridas em março deste ano, com a PF já sob nova direção.

Por duas vezes, as investigações sobre o atentado já haviam sido encerradas pela PF e chegado à conclusão de que o atentado não teve mandantes. A última delas foi em 2020. O caso, porém, foi reaberto já no final de 2021, depois que a o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, liberou o acesso ao telefone celular de um dos advogados que se apresentaram para defender Adélio logo após o crime.

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