Dia: 4 de julho de 2023

Indicado de Lula, Ailton Aquino será o primeiro homem negro diretor do Banco Central

O funcionário público Ailton Aquino, 48 anos, foi aprovado por 42 votos contra 10 e 1 abstenção para ser diretor de Fiscalização do Banco Central. Com a aprovação, ele se tornou o primeiro homem negro a ocupar uma diretoria na autoridade monetária. “Emociono-me por lembrar que para chegar à condição de indicado a um cargo tão relevante foram muitos obstáculos e desafios que um garoto negro de família pobre do interior da Bahia teve que superar”, disse Aquino.

Nascido em Jequié (BA), Aquino é formado em ciências contábeis pela Universidade do Estado da Bahia e em direito pelo Centro Universitário do Distrito Federal (UDF). Fez pós-graduação em ciências contábeis e especializações em contabilidade internacional, engenharia econômica de negócios e direito público. O servidor trabalha no Banco Central há 25 anos, onde é auditor-chefe.

Além de Aquino, Gabriel Galípolo foi aprovado para ser diretor de Política Monetária do Banco Central.

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É hora de impor limites à barbárie dos líderes religiosos neofascistas

Luis Felipe Miguel*

O deus de André Valadão diz a seus fiéis: “Se eu pudesse, matava todos” – todos os LGBTs, no caso. “Mas não posso. Agora tá com vocês”.

A homofobia é um elemento central na estratégia política da direita religiosa e seus aliados. Ao deslocar o eixo da discussão para as questões “morais” (que, no entanto, são em geral questões de direitos individuais), a direita se coloca em sintonia com uma parcela do eleitorado que, sobretudo a partir das políticas compensatórias do governo Lula, se movimentou na direção de seus adversários.

Nesse novo discurso religioso-político, as questões de gênero ganham primazia absoluta. Talvez isso tenha a ver com a perda de ascendência moral das religiões sobre seus fiéis, que mantêm uma vinculação muito frouxa com a doutrina, caso de muitos católicos, ou uma relação claramente instrumental com a fé, como ocorre em muitas denominações pentecostais.

O antifeminismo e os preconceitos tradicionais contra gays, lésbicas e travestis são pontos em que há sintonia entre a hierarquia e grande parte do rebanho. Diante da visibilidade das demandas pelos direitos de mulheres e de homossexuais, é fácil construir o fantasma de uma ameaça.

Enquanto mantêm o país livre da “ditadura gay”, os sacerdotes e os deputados da bancada religiosa contribuem ativamente para todos os retrocessos do país – e ganham milhões, muitos milhões, gatunando o rebanho e também o erário público.

“Liberdade de expressão”, na novilíngua desse pessoal, é o direito de promover discurso de ódio travestido de homilia religiosa. O “direito à homofobia” é pauta central para todos eles.

A liberdade religiosa é mobilizada para permitir todo o tipo de crime, do charlatanismo à lavagem de dinheiro. Há casos, porém, que estão além de qualquer dúvida. A incitação ao assassinato de todo um grupo de pessoas, como fez Valadão, é um desses casos.

Ele tentou se retratar – foi “mal interpretado”, como sempre. Mas quem vê o vídeo de sua pregação na Igreja da Lagoinha de Miami não tem dúvidas.

É discurso de ódio. É propaganda da violência. É incitação ao homicídio. É crime e tem que ser punido como tal.

Está na hora de começar a impor limites à barbárie dos líderes religiosos neofascistas. Esta também é uma exigência da reconstrução da democracia no Brasil. André Valadão tem que ser processado e condenado. É um primeiro passo.

Luis Felipe Miguel é Professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Demodê – Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades.

*DCM

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O ocaso do “capitão inelegível”

Florestan Fernandes Jr.*

A próxima e esperada prisão, o terror mais atávico do “capitão”, será a consequência do imenso passivo judicial que o próprio Bolsonaro construiu para si.

Como definiu no Twitter o perfil @Dinodebochado, o ministro Alexandre de Moraes é o Bazuca Celestial. Com apenas um tiro, abateu o “Cavalão”, apelido de Bolsonaro na época da caserna.

Alexandre de Moraes, Presidente do TSE, bem que avisou que não admitiria notícias fraudulentas e desinformação, a título de enganar eleitores. Imprudente, o Cavalão não atendeu aos alertas e dobrou a aposta. O resultado: pela violação reiterada das leis eleitorais, foi processado, condenado e ficou inelegível. O “cavalão” agora está mais para Pato Manco.

Na segunda-feira (3/7), em sua rádio preferida, a Jovem Pan, o Inelegível disse que não está morto, está na UTI e que é muito cedo pra discutirem o seu espólio político. Esse sincericídio é bastante revelador da situação daquele que há pouco tempo se sentia o Rei-Sol tupiniquim. Ele, sincera e delirantemente, acreditava que o estado era seu, tratava o Palácio da Alvorada como sua casa e todos os recebidos em viagens internacionais eram considerados seu acervo pessoal.

A situação de Bolsonaro, hoje, é reflexo de como ele se comportou em toda a sua trajetória política. A visão deturpada do ex-presidente não reeleito e inelegível (título inédito até então) também se estende sobre o espólio político que acredita possuir, que considera sua propriedade exclusiva seu e da qual, pelo que afirmou, não consegue se desapegar.

A mente de Bolsonaro sequer cogita admitir sua substituição por quem quer que seja, inclusive sua esposa. Quando indagado sobre a possibilidade de lançamento da candidatura da ex-primeira-dama, refutou prontamente, dizendo que ela não tem preparo, “não está pronta”. Na realidade, o que Bolsonaro teme e estão cada vez mais próximos são o ostracismo, o abandono, e a perspectiva de vir a ser preso, numa das inúmeras ações criminais que correm contra ele.

Bolsonaro, em seus 35 anos de carreira política, nunca foi um agregador, nunca valorizou alianças para além de seus amigos milicianos e seus familiares. Mesmo nessas relações, dedicou uma boa pitada de deslealdade. Que o digam o amigo de primeira hora e “administrador” Fabrício Queiroz, o ex-ajudante de ordem Mauro Cid e até mesmo as ex-esposas do Capitão. Amparar companheiros feridos nunca foi o forte de Bolsonaro.

Com esse histórico, não é de surpreender o desamparo do Inelegível. Quem diria, poucos meses atrás, que a imagem do ex-presidente defenestrado do cenário político não engajaria suas redes, até então raivosas e coordenadas? O Pato Manco não tem pernas para acompanhar a maratona da sobrevivência política. Cedo ou tarde, pelos seus próprios deméritos no quesito articulação, formação e manutenção de um grupo político coeso, será lançado ao mar.

Quanto à próxima e esperada prisão, o terror mais atávico do “capitão”, esta será a consequência do imenso passivo judicial que o próprio Bolsonaro construiu para si, atando ao seu pescoço. Desta vez, sem ter meios para blindar a si e sua “holding familiar”, como fez durante seu governo. Não pode trocar um diretor da PF com apenas uma assinatura, muito menos fazer ameaças à nossa democracia, tendo por ventríloquos generais estrelados.

Não tem mais a força da caneta – que como agora se sabe, em público era Bic, e no privado, cravejada de diamantes. Não tem mais a ameaça das baionetas

Ficam também pela estrada as motociatas e os passeios de jet ski nas praias badaladas do litoral brasileiro.

E assim, o poder e a relevância de Bolsonaro vão se esvaindo e, num processo natural, novas lideranças da extrema-direita surgindo, principalmente no eixo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Até essas, procurando se descolar do inelegível.

O que fica, pois é indelével, é o legado das perversidades de Bolsonaro – a dor das famílias: dos mais de 700.000 mortos pela Covid, das vitimadas pela violência causada por sua sanha armamentista e daquelas cindidas pelo discurso de ódio que Bolsonaro dinamizou e explorou.

*247

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Lula indica Lewandowski para cargo em tribunal do Mercosul

Após ter se aposentado do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) por ter atingido a idade mínima prevista em lei, de 75 anos, o jurista Ricardo Lewandowski terá um novo emprego, segundo o Metrópoles.

Lewandowski foi indicado pelo governo brasileiro para ser árbitro titular do Tribunal Permanente de Revisão (TPR) do Mercosul e seu nome foi aprovado nesta terça-feira (4) pelos países membros, informou o Itamaraty.

O TPR é o órgão jurídico do Mercosul e tem como função a interpretação, aplicação e cumprimento das normas do mercado comum que reúne Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

A indicação do governo Lula foi apresentada no momento em que o Brasil assume a presidência rotativa do Mercosul. Em 2024, Lewandoski deverá presidir o TPR. O mandato dele na Corte começa no próximo dia 28 de julho.

O Brasil ainda precisa indicar um árbitro suplente para o órgão.

No Supremo, Lewandowski será substituído pelo ex-advogado de Lula nos processos da Lava Jato, Cristiano Zanin. Ele deverá assumir o cargo após o recesso judiciário, em agosto.

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Moro passa a ser investigado e Toffoli dá 30 dias de prazo para PF ouvir Tony Garcia

Ministro atende a pedido da PGR para requisitar informações da 13a. Vara e tomar depoimento do ex-agente infiltrado do ex-juiz e atual senador.

Pela primeira vez, Sergio Moro será investigado pelos crimes aparentemente cometidos como juiz federal. Em despacho encaminhado para a Polícia Federal e à 13a. Vara Federal de Curitiba, o ministro Dias Toffoli determinou três providências:

1) oitiva do senhor Antônio Celso Garcia (Tony Garcia) pelo Delegado de Polícia Federal Rafael Fernandes Souza Dantas, para que possa esclarecer, em detalhes e com apresentação dos respectivos documentos, as denúncias por ele formuladas, bem como para que possa indicar eventuais encontros e conversas com o então Juiz Federal Sérgio Moro e demais membros do Ministério Público Federal que tenham culminado no eventual direcionamento de acordos de colaboração premiada;

2) autorização para requisição de informações à 13ª Vara Federal de Curitiba/PR e à Polícia Federal sobre a eventual existência de decisões autorizando o afastamento dos sigilos telefônicos-telemáticos em desfavor de Antônio Celso Garcia;

3) autorização de compartilhamento das informações referentes a eventuais afastamentos dos sigilos telefônicos e telemáticos em desfavor de Antônio Celso Garcia com os autos desta Petição nº 11.450/DF.

A requisição de informações sobre a quebra do sigilo de Antônio Celso Garcia, o Tony Garcia, está ligada à denúncia de Tony Garcia de que ele sofreu interceptações telefônicas por longos períodos, como isca para Moro e o Ministério Público Federal em Curitiba incriminarem outras pessoas, o que é ilegal.

O pedido da Procuradoria Geral da República foi encaminhado a Dias Toffoli depois que Tony Garcia deu entrevista à TV 247, em 5 de junho. O ministro do STF atendeu aos três pedidos da Procuradoria, que pediu que fosse comunicada para tomar as providências.

“Por fim, após o deferimento das diligências preliminares acima pleiteadas, requer-se o retorno dos autos desta Petição nº 11450/DF à Procuradoria-Geral da República, que, diretamente, tomará as providências necessárias à realização de tais diligências”, pleiteou a Procuradoria da República, já atendida por Toffoli.

Tony Garcia disse que poderá provar todas as denúncias que fez na entrevista à TV 247 e também no depoimento de 2021 para a juíza Gabriela Hardt e para a procuradora da república Elena Urbanavicius Marques. Nenhuma das duas tomou providência para apurar os graves fatos relatados pelo ex-agente infiltrado.

Depois de assumir a 13a. Vara Federal de Curitiba, no início deste ano, Eduardo Appio encontrou o depoimento de Tony Garcia e, diante da gravidade das declarações, encaminhou para o Supremo Tribunal Federal, por conta do foro por prerrogativa de função de Sergio Moro.

Um mês e meio depois de tomar essa providência, Appio foi afastado pela corte administrativa do TRF-4, sem direito à defesa, e Gabriela Hardt assumiu em seu lugar.

Uma das primeiras providências de Gabriela Hardt foi revogar essa decisão de Appio e marcar nova audiência com Tony Garcia, em que provavelmente ele seria preso. Foi quando Tony Garcia decidiu quebrar o silêncio e dar a entrevista para a TV 247.

Tony disse que estava solto, mas preso pela organização de Sergio Moro, com a faca no pescoço, como esteve durante mais de quinze anos. Sua entrevista foi uma declaração de liberdade a seus algozes: acabou, Moro.

*Joaquim de Carvalho/247

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A Bolsonaro só resta uma coisa: pedir a Deus para não ser preso

Por enquanto, ele está na UTI e respira por meio de aparelhos.

Dê-se Bolsonaro por feliz se não for preso, tantos são os processos que responde no Supremo Tribunal Federal, Tribunal Superior Eleitoral e, em breve, no Tribunal de Contas da União. E dê-se por feliz porque seu atual partido, o PL, ainda está disposto a pagar os advogados que o defendem. Será assim por muito tempo?

O Tribunal de Contas da União deverá abrir novo processo contra Bolsonaro a partir da decisão do Tribunal Superior Eleitoral que considerou ter havido abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores, ocorrida em 2022, em que Bolsonaro desacreditou as urnas eletrônicas.

A Lei da Ficha Limpa determina que gestores públicos que tiverem as contas reprovadas por irregularidade que configure ato doloso de improbidade ficam os oito anos seguintes da decisão impedidos de disputar eleições. Se condenado nesse caso, Bolsonaro ganhará mais alguns aninhos de inelegibilidade. E assim por diante.

Outro dia, Bolsonaro afirmou que será salvo porque guarda uma “bala de prata”. Perguntado, ontem, sobre qual seria a bala, respondeu que não vê ninguém com conhecimento suficiente do país para substituí-lo como candidato a presidente em 2026. É o que ele pensa, mas não o que pensam os outros.

Citou os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG) como nomes que carecem de condições para substituí-lo. Sobre Zema, comentou:

“Eu não vou dar conselho para o Zema, mas quem queimar largada agora vai levar tiro de bazuca no lombo. Então vai com calma. Tem tempo ainda. 2026 passa por 2024”.

Como não deixa passar uma oportunidade de mentir, Bolsonaro garantiu que não foi seu pessoal “que fez o quebra-quebra” em 8 de janeiro último na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em mais uma tentativa fracassada de golpe. Foi pessoal de quem? Seus devotos fiéis sugerem que foram “infiltrados de esquerda”.

Ou seja: embora ninguém de esquerda tenha sido preso em meio à baderna; embora ninguém de esquerda tenha sido preso quando o Exército permitiu a prisão dos baderneiros acampados à porta do seu QG; e embora à esquerda não interessasse derrubar um governo de esquerda, o golpe de 8 de janeiro foi de esquerda.

Dá para acreditar? Bolsonaro não espera que a maioria dos brasileiros acredite. Basta que seus seguidores, em número decrescente, acreditem. E que, pelo menos, continuem acreditando até que aconteça um milagre capaz de reabilitá-lo a tempo de voltar a disputar eleições – em 2026, 2030 ou 2034, quem sabe?

O fim de linha chegou para Bolsonaro, só ele finge que não vê. Político sem perspectiva real de poder, pouco ou nada vale. E, de novo: agradeça a Deus e dê-se por feliz se não acabar preso.

*Blog do Noblat

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Lula x UE: “Não queremos fazer uma política que eles ganhem e a gente perca”

Durante o programa semanal Conversa com o Presidente, Lula disse que fará uma proposta em que todos os atores do acordo saiam ganhando.

Diretamente da Argentina, por estar na reunião da cúpula de chefes de Estado do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na manhã desta terça-feira (4/7), do programa semanal Conversa com o Presidente. Em sua fala, o mandatário prometeu que o acordo com a União Europeia não será de uma política em “que eles ganhem e a gente perca”.

“Nós não aceitamos a carta, e agora estamos preparando uma outra resposta. Vamos a Bruxelas discutir com a União Europeia e os países da América Latina, e precisamos ter uma resposta do que nós queremos para consolidar um acordo. Queremos fazer uma política de ganha ganha, não queremos fazer uma política que eles ganhem e a gente perca”, pontuou Lula.

Durante a cúpula na Argentina, o Brasil assume a presidência temporária do Mercosul, e a relação com os europeus deve ser tema central da discussão.

Durante a gestão no bloco, o governo brasileiro deve reforçar a “vontade política” para destravar o acordo de livre-comércio com a União Europeia, emperrado há mais de duas décadas, além de costurar outros tratados comerciais na tentativa de reafirmar o protagonismo regional.

Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Lyrio, o Brasil chegará à Cúpula com o objetivo de reafirmar vontade política para discutir o tema, mas ciente de que serão necessários ajustes nos textos já negociados entre as partes envolvidas.

Parceria comercial
Durante a Conversa com o Presidente, conduzida semanalmente pelo jornalista Marcos Uchôa, Lula afirmou que as condições impostas pela União Europeia não foram dignas de “parceiros comerciais” e ainda apontou que muitos países europeus não cumpriram os compromissos ambientais firmados.

“Eles querem, por exemplo, que a gente abra mão de compras governamentais, ou seja, é aquilo que o governo compra das empresas brasileiras. Se a gente abrir mão das empresas brasileiras para comprar das estrangeiras, a gente simplesmente vai matar os empreendedores e empregos brasileiros. Por isso, essa reunião é tão importante. […] Você não pode imaginar que um parceiro comercial seu pode te impor condições e, se você não cumprir, vai te punir”, disse Lula.

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Últimos horizontes: Bolsonaro não sai da mídia com notícias de suas derrotas

Com Bolsonaro é assim, não tem desconto. Se é para perder, que perca tudo. O homem não economiza, mal acaba de perder uma, já está pronto para a próxima derrota.

Bolsonaro não é um mito por acaso, sua fidelidade com o fracasso não tem valor mínimo. Hoje, ser bolsonarista é se transformar num cliente vip da próxima tragédia na república das milícias.

Bolsonarista que é bolsonarista, compartilha as derrotas e está sempre à disposição para dar a sua opinião importante que não tem qualquer importância para o restante da população. Pior, os bolsonaristas ainda marcam as autoridades nos seus comentários.

Não basta apenas tomar na cabeça todos os dias, é preciso ter uma atitude exclusiva para que nunca mais essa praga tente ao menos voltar para produzir ainda mais tragédia no Brasil.

Sim, porque a única disposição que se viu em quatro anos de mandato de Bolsonaro, foi a de matar brasileiros, de covid ou de fome, para atender aos interesses de banqueiros e grandes rentistas.

No mais, não há qualquer feito que possa ser aproveitado na rapa da xepa.

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Tony Garcia é intimado por Toffoli e deve implodir Moro em depoimento no STF

Agente infiltrado do ex-juiz é informado pelos advogados de que magistrado auxiliar do ministro do STF os procurou para agendar depoimento.

O empresário Antônio Celso Garcia, o Tony Garcia, será ouvido por um juiz auxiliar designado pelo ministro Dias Toffoli para apurar as denúncias que ele relatou à juíza Gabriela Hardt em 2021 e que incriminam Sergio Moro e integrantes do Ministério Público Federal, principalmente Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário Paludo.

Tony Garcia postou a notícia em sua rede social e confirmou ao Brasil 247 que seus advogados foram contatados pelo gabinete do ministro Dias Toffoli. A data do depoimento ainda não foi definida.

No depoimento que Gabriela Hardt escondeu, Tony Garcia conta que foi agente infiltrado de Moro, a partir de 2005, e que combinava ações ilegais diretamente com ele e com dois procuradores da república ligados ao então juiz.

Uma das tarefas era gravar conversas com pessoas com foro por prerrogativa de função, como desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.

Ele também ajudava um agente da PF ou Abin – ele não sabe ao certo – a interceptar telefonemas ilegalmente, a partir de orientação de Moro.

Tony Garcia contou ao 247 que, pressionado e orientado por Moro, deu entrevistas mentirosas e cometeu o crime de falso testemunha, para que Moro pudesse processar adversários. O empresários diz ter provas de suas declarações, mas espera o foro certo para apresentá-los.

“Esse foro será o juiz auxiliar de Toffoli”, afirmou.

Gabriela Hardt tomou o depoimento no processo em que tentava anular a colaboração premiada de Tony Garcia, 15 anos depois. O acordo envolvia o caso do consórcio Garibaldi, que foi intervenção do Banco Central em 1994.

Ameaçado de voltar à prisão, Tony decidiu, então, partir para o ataque, internamente, no depoimento tomado sob sigilo por Gabriela Hardt.

Dois anos depois, quando assumiu a 13a. Vara Criminal da Justiça Federal em Curitiba, no início do ano, Eduardo Appio encontrou o depoimento e remeteu ao STF, por envolver o senador Sergio Moro, que tem foro por prerrogativa de função.

Um mês e meio depois, Appio foi afastado, e Gabriela Hardt, que era substituta, revogou o envio do depoimento ao STF, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal, numa decisão, ao que tudo indica, ilegal.

No dia 5 de junho, às vésperas de prestar novo depoimento a Gabriela Hardt, em que talvez fosse preso ilegalmente, Tony Garcia quebrou o silêncio, na entrevista exclusiva que deu ao 247.

Depois disso, Toffoli revogou a decisão de Gabriela Hardt, que agora é investigada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e poderá ser aposentada e responder por crimes. Toffoli decidiu também atrair para sua jurisdição os processos que envolvem Tony Garcia.

Tony Garcia é o homem-bomba de Moro e suas revelações poderão colocar o ex-juiz na prisão.

O ex-agente infiltrado de Moro já gravou mais de dez horas de entrevistas para o 247, no documentário que realizo, “Um juiz fora da lei – os crimes de Moro e a Máfia de Curitiba”. As declarações de Tony não deixam margem à dúvida: Moro agia como chefe mafioso.

*Joaquim de Carvalho/247

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