Dia: 11 de agosto de 2023

PF pede quebra de sigilo fiscal e bancário de Bolsonaro e quer ouvir depoimento de ex-presidente

Investigação apura suposto esquema de desvio de joias e outros itens de luxo para o patrimônio privado do antigo mandatário.

A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra de sigilo fiscal e bancário de Jair Bolsonaro na investigação que apura um suposto esquema de desvio de joias e outros itens de luxo para o patrimônio privado do ex-presidente. A investigação também solicitou que ele seja ouvido no inquérito.

Nesta sexta-feira, os agentes da corporação cumpriram mandados de busca e apreensão contra o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; o advogado Frederick Wassef, que atua na defesa do ex-presidente; e Osmar Crivelatti, que ainda integra a equipe de assessores do presidente, diz O Globo.

De acordo com a PF, a ofensiva para incorporar bens públicos ao acervo privado driblou inclusive o setor do Planalto responsável por catalogar os presentes dados ao presidente da República.

Os policiais apuram a existência de uma organização criminosa no entorno de Jair Bolsonaro. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou a operação, afirmou na decisão que há indícios de que o plano ocorreu por “determinação” de Bolsonaro, que não foi alvo da ação policial e nega irregularidades.

Os investigadores agora vão se debruçar sobre os detalhes da participação do ex-presidente no esquema, que incluiu uma viagem às pressas de aliados para os Estados Unidos para recomprar presentes que, após terem sido entregues a Bolsonaro por países árabes, foram vendidos a joalherias.

Fora dos registros oficiais
Um relógio Patek Philippe, entregue a Bolsonaro em 2021 pelo regime do Bahrein, não aparece nos registros oficiais, segundo a PF. Na chefia do Executivo à época, ele recebeu de Cid, em 16 de novembro daquele ano, via WhatsApp, o certificado de autenticidade do modelo, avaliado em US$ 51 mil (cerca de R$ 250 mil, na cotação atual).

A investigação colheu no celular do ex-ajudante de ordens documentos que comprovam a venda da peça, em 13 de junho de 2022, para uma loja na Pensilvânia. Cid recebeu US$ 68 mil.

Segundo a PF, que investiga a suposta transação envolvendo esse relógio, além do Rolex que já era conhecido, “não foi identificado nenhum registro do relógio Patek Philippe (no acervo presidencial), fato que indica a possibilidade de o referido bem sequer ter passado pelo então Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (…), sendo desviado diretamente para a posse do ex-presidente Jair Bolsonaro”.

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Esculhambação: Jair Renan, o filho 04 de Bolsonaro, também retirou presentes do arquivo da Presidência da República

O filho homem mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, o 04, retirou presentes do arquivo da Presidência da República, segundo troca de e-mails dos ajudantes de ordem de Bolsonaro. As mensagens foram enviadas para a CPI dos atos golpistas e obtidas pelo Metrópoles e divulgadas por Guilherme Amado.

De acordo com os e-mails, Jair Renan retirou presentes do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) em 12 de julho do ano passado com autorização do pai. O ex-presidente Bolsonaro.

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Waze, rede Wi-Fi, passagens e leilão online: as provas do esquema de negociação de joias de aliados de Bolsonaro

PF listou diversos elementos em pedido que embasou operação contra pai de Cid e Frederick Wassef.

A Polícia Federal (PF) listou uma série de provas do suposto esquema de negociação de joias feitos por aliados e auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além de inúmeras trocas de mensagens e áudios, a PF listou diversos outros elementos, incluindo registros de localização nos aplicativos Waze e Uber, conexão na rede Wi-Fi de uma loja de relógios, comprovantes de compra e de saque, passagens aéreas e o leilão online das peças

Esses elementos foram citados na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou mandados de busca e apreensão cumpridos nesta sexta-feira em endereços do general do Exército Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid; do tenente do Exército Osmar Crivelatti, que atua na equipe do ex-presidente; e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e seus familiares.

Procurada pelo Globo, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou que está analisando os elementos apresentados pela Polícia Federal para se manifestar sobre o tema.

Confira as provas listadas:

Comprovante de venda
Em junho de 2022, Mauro Cid aproveitou uma viagem oficial de Bolsonaro aos Estados Unidos para vender dois relógios que haviam sido recebidos pelo então presidente, das marcas Rolex e Patek Philippe. O tenente-coronel guardou um comprovante da compra em seu armazenamento de nuvem. O documento mostra que os relógios foram vendidos por US$ 68 mil.

O dinheiro da venda foi depositado em uma conta de Mauro Lourena, pai de Cid. No dia anterior à venda, Lourena enviou ao filho dados da conta que seria utilizada na transação.

Documento registra comprovante de venda de de relógios — Foto: Reprodução

Waze e Wi-Fi
Além do documento, a PF também comprovou que Cid esteve no local por dois rastros que ele deixou. Na data, ele buscou no aplicativo Waze — utilizado para direções — um endereço do shopping onde fica a loja, especializada em vendas de relógios novos e usados. Depois, utilizou a rede de Wi-Fi da loja.

Waze e Wi-Fi
Além do documento, a PF também comprovou que Cid esteve no local por dois rastros que ele deixou. Na data, ele buscou no aplicativo Waze — utilizado para direções — um endereço do shopping onde fica a loja, especializada em vendas de relógios novos e usados. Depois, utilizou a rede de Wi-Fi da loja.

Leilão online de conjunto de joias recebido por Bolsonaro — Foto: Reprodução

Código de rastreio
O leilão, contudo, falhou por falta de compradores, e o conjunto de joias é enviado de Nova York, onde fica a loja, até a Flórida, onde Bolsonaro estava hospedado. O tenente-coronel envia um código de rastreio do pacote para Osmar Crivelatti. O código que foi checado pela PF no site da empresa. Quando Crivelatti confirma a entrega, Cid comemora em uma mensagem: “Ufa”.

Registros de passagens
Quando o Tribunal de Contas da União (TCU) se preparava para determinar a entrega dos presentes recebidos pela Arábia Saudita, os auxiliares de Bolsonaro começam a preparar um esforço para retomar os itens vendidos.

No dia 11 de março de 2023, o advogado Frederick Wassef embarcou em um voo saindo de Campinas (SP) em direção a Fort Lauderdale, na Flórida. No mês dia, trocou mensagens com Cid.

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Nelson Piquet vai aos trends após o filho transportar joias negociadas por Cid nos EUA

Internautas criticaram o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet após a informação de que um dos filhos dele, Cristiano Piquet, levou de Orlando para Miami, nos Estados Unidos, algumas joias recebidas pela família Bolsonaro. Por lei, presentes devem ficar no acervo do Estado brasileiro, e não podem ser incorporado a patrimônio pessoal, diz o 247.

No Twitter, as críticas ao ex-piloto foram chegaram ao trending topic (tópico em tendência), um dos assuntos mais comentados na rede social. “Nelson Piquet, seu laranjão, Bolsonaro te usou para fingir que não havia enviado joias para os Estados Unidos. Disse que estavam na sua fazenda, vai mesmo bancar o laranja para sempre?”, questionou o jornalista Guga Noblat.

Também na internet, perfis nas redes sociais criticaram o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (PL). Investigadores apuram a informação de que o Cid pai aceitou ajudar em negociações para vender presentes dados pelo Reino do Bahrein, no Golfo Pérsico.

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No mesmo áudio, Mauro Cid cita US$ 25 mil para Bolsonaro, venda de barco e estátua folheados a ouro e leilão de ‘kit da Arábia’

Um único áudio obtido pela Polícia Federal na investigação da venda ilegal de presentes oficiais recebidos pelo governo Jair Bolsonaro mostra o ex-ajudante de ordens Mauro Barbosa Cid tratando de três temas que comprometem os investigados:

A PF deflagrou nesta sexta uma operação contra pessoas ligadas a Bolsonaro suspeitas de tentar e até mesmo vender presentes recebidos por integrantes do governo durante viagens oficiais.

De acordo com a PF, ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), São Paulo (SP) e Niterói (RJ).

A TV Globo e a GloboNews apuraram que são alvos da operação:
Frederick Wassef, advogado que já defendeu Bolsonaro e familiares
Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que apura a atuação de uma suposta milícia digital contra a democracia, diz o Uoláudio.

Segundo a PF, os crimes apurados na operação desta sexta-feira são lavagem de dinheiro e peculato (desvio de bem público).

Veja abaixo o que disse Mauro Cid sobre cada assunto:

Dinheiro para Jair Bolsonaro
No áudio, Mauro Cid afirma que o pai, o general Mauro Lourena Cid, estaria com 25 mil dólares – “possivelmente pertencentes a Jair Bolsonaro”, segundo a PF.

Mauro Cid também indica, dizem os investigadores, medo de usar o sistema bancário para entregar o dinheiro ao ex-presidente da República. E uma preferência por fazer a entrega em dinheiro vivo, ou “em cash”.

“Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em ‘cash’ aí. Meu pai estava querendo inclusive ir ai falar com o presidente (…) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (…). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né? (…)’.

Marcelo Câmara responde, em mensagem de texto, sobre esse assunto. Diz: “Melhor trazer em cachê”. Em seguida, manda uma outra mensagem: “Ok ciente”.

Tentativa de vender palmeira e barco
Em seguida, Mauro Cid relata a Marcelo Câmara que não conseguiu vender, nos Estados Unidos, as esculturas douradas em formato de palmeira e de barco, recebidas por Bolsonaro no exercício da Presidência da República em visita ao Bahrein.

Mauro Cid diz que a operação não foi concluída porque as peças não são de ouro maciço – e que ainda tentava negociar com outro homem, não identificado.

“(…) aquelas duas peças que eu trouxe do Brasil: aquele navio e aquela árvore; elas não são de ouro. Elas têm partes de ouro, mas não são todas de ouro (…) Então eu não estou conseguindo vender. Tem um cara aqui que pediu para dar uma olhada mais detalhada para ver o quanto pode ofertar (…) eu preciso deixar a peça lá (…) pra ele poder dar o orçamento. Então eu vou fazer isso, vou deixar a peça com ele hoje (…)’.

Leilão de kit de joias
Ainda no áudio, Mauro Cid compartilha com Marcelo Câmara informações sobre um “kit”, contendo um relógio, que iria a leilão no dia 7 de fevereiro de 2023.

O ex-ajudante de ordens da Presidência da República não detalha o kit no áudio – mas a PF identificou que este era o kit de joias masculinas recebido por Jair Bolsonaro na Arábia Saudita, e que o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou que fosse devolvido ao governo meses depois.

“(…) o relógio aquele outro kit lá vai, vai, vai pro dia sete de fevereiro, vai pra leilão. Aí vamos ver quanto que vão dar(…)”, diz Mauro Cid.

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Por que a CPI nunca convoca um único membro do clã Bolsonaro?

Quaisquer dados cruzados de qualquer investigação aceita como fato real e verdadeiro o envolvimento do clã Bolsonaro em grossa corrupção.

Ninguém do campo bolsonarista conseguiu induzir uma única alma duvidosa que há ao menos hipótese de Bolsonaro não ser o corrupto que é.

O fato de negar a própria finalidade de suas ações corruptas não favorece a existência de corrupção permanente durante seus quatro anos de mandato em razão de seu comando na presidência da República, é gritante.

Ou seja, todas as palavras de descredibilidade, de imoralidade, são particularmente insuspeitas quando voltadas às práticas de Bolsonaro e seu clã. Não há fato duvidoso, incerto, hipotético, do contrário teria sido desmascarado.

Bolsonaro usou a presidência da República como um grande negócio pessoal. Diante dessa descoberta escancarada, ele segue numa posição privilegiada de não ser incomodado por ninguém, muito menos pela CPI dos atos golpistas. Mesmo com o acúmulo de provas de que foi dele a manete que comandou as ações terroristas que ocorreram no 8 de janeiro, que trazem sua assinatura profissional, Bolsonaro, denunciado pelos fatos, segue livre, leve e solto.

Então, fica a pergunta, o que está por trás dessa grave falha da CPI, que sequer o convoca, exercendo o papel de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito?

Isso se transforma em território minado para os membros da CPI? Isso é plausível diante da soberana soberba de um crápula, genocida, que não é de fato incomodado pelas leis desse país?

O que se verifica é que existe uma certa lei individual para lidar com Bolsonaro, quando a justiça e os parlamentares da CPI deveriam tê-lo convocado primeiro.

Bolsonaro, que aniquilou mais 700 mil vidas de covid, cumprindo a promessa de deixar a população se contaminar em nome de uma suposta imunidade de rebanho, está aí impune. E o desfecho da guerra contra a população ficou sem final.

E assim, parece que segue a sua participação nenhuma na CPI para ter o mesmo desfecho e nada acontecer com ele que, certamente, está protegido por algum poder oculto.

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PF estima que aliados de Bolsonaro faturaram ao menos R$ 1 milhão com joias

A investigação da Polícia Federal sobre a venda de joias realizada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro calcula que eles faturaram pelo menos R$ 1 milhão com esses negócios. O caso entrou na mira da PF porque eram bens dados de presente ao governo brasileiro em missão oficial e, portanto, pertenciam ao patrimônio público. A PF deflagrou operação nesta sexta-feira para colher provas a respeito do caso e mirou o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e o advogado Frederick Wassef.

Os valores totais envolvidos ainda estão sob investigação, porque parte desses bens acabou sendo recomprada pelos investigados por causa da necessidade de devolução ao Tribunal de Contas da União (TCU), que passou a mirar os presentes dados a Bolsonaro.

Dentre as joias negociadas estão itens como esculturas e um relógio Rolex, ganhados como presentes oficiais ao governo brasileiro.
A conta bancária do general Mauro Cesar Lourena Cid no exterior foi usada para o recebimento desses valores, aponta a investigação.

Os investigados são suspeitos de usar a estrutura do governo brasileiro “para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, informou a PF.

Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, afirmou a polícia em nota.

Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal dentro do chamado inquérito das milícias digitais e são cumpridos em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ). Os fatos investigados configuram os crimes de peculato e lavagem de dinheiro, conforme a PF.

*Com Uol

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Mauro Cid combinou com pai entrega de dinheiro vivo a Bolsonaro

‘Tem 25 mil dólares com meu pai… Meu pai estava querendo ir ai falar com o presidente e aí ele poderia levar. Entregaria em mãos’, disse Cid.

Mensagens de Mauro Cid em poder da Polícia Federal mostram a organização de uma operação que resultaria na entrega de dinheiro vivo a Jair Bolsonaro, segundo a Veja.

O homem da mala, na ocasião, seria o próprio pai do ex-auxiliar do então presidente, o general Lourena Cid. A quantia, uma bolada de 25.000 dólares, seria entregue “em mãos” a Bolsonaro, porque havia “receio de utilizar o sistema bancário”.

A PF, como o Radar vem mostrando, colheu provas de que Bolsonaro e seus aliados e auxiliares desviaram joias e presentes da Presidência da República para vender ilegalmente nos Estados Unidos.

“O conteúdo do áudio revelou, inicialmente, que o General MAURO LOURENA CID estaria com 25 mil dólares, possivelmente pertencentes a JAIR BOLSONARO. Na mensagem, MAURO CID deixa evidenciado o receio de utilizar o sistema bancário formal para repassar o dinheiro ao ex-Presidente e então sugere entregar os recursos em espécie, por meio de seu pai, diz: ‘Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em ‘cash’ aí. Meu pai estava querendo inclusive ir ai falar com o presidente (…) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (…). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor ne? (…)’”, relata a PF.

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Operação da PF mira pai de Mauro Cid por suposto desvio de bens valiosos doados por estrangeiros ao governo

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta sexta-feira (11) ordens de busca e apreensão em relação ao general Mauro César Cid, pai do ex-tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Segundo a corporação, o militar em questão e outros membros do antigo governo que estão sendo investigados são suspeitos de usar a infraestrutura do Estado brasileiro para desviar bens de considerável valor patrimonial. Esses bens eram originalmente presenteados por autoridades estrangeiras durante missões oficiais a representantes do governo brasileiro e, subsequentemente, eram comercializados em nações estrangeiras, diz o 247.

A investigação indica que os recursos provenientes dessas transações foram convertidos em dinheiro em espécie e incorporados ao patrimônio pessoal dos indivíduos sob investigação. A PF alega que esses valores eram recebidos através de intermediários, evitando a utilização do sistema bancário convencional, visando ocultar a origem, localização e posse dos fundos.

Os investigadores consideram ainda que os acontecimentos sob escrutínio podem ser enquadrados, em tese, nos delitos de peculato e lavagem de dinheiro. Os quatro mandados de busca e apreensão estão sendo executados nas cidades de Brasília, São Paulo (SP) e Niterói (RJ).

O nome da operação, Lucas 12:2, é uma alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido “.

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Alvo em operação da PF, Wassef teria papel na venda de joias e presentes de Bolsonaro

Ex-advogado da família Bolsonaro é suspeito de comercializar joias e presentes nos Estados Unidos. Operação cumpriu mandados de busca.

O advogado Frederick Wassef é suspeito de participar da comercialização de joias e presentes enviados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por delegações estrangeiras.

Como mostrou o jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, Wassef é um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quinta-feira (11/8), que apura o sumiço de presentes dados a Bolsonato entre 2019 e 2022, segundo o Metrópoles.

Segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, Wassef teria negociado joias e presentes nos Estados Unidos. Ele, inclusive, teria recebido valores em sua conta bancária. Wassef é conhecido por ter sido advogado da família Bolsonaro.

Além de Wassef, a PF cumpriu pelo menos outros três mandados de busca e apreensão em São Paulo, Niterói (RJ) e Brasília. A decisão pelas buscas foi do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito das joias.

Foram alvo das buscas o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente coronel Mauro Barbosa Cis; o pai dele, general Mauro César Lourena Cid; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente Osmar Crivelatti; e o advogado Frederick Wassef.

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