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Justiça

Contador de Jair Renan entra na mira da PCDF por fraudar documentos

Jair Renan Bolsonaro e aliados foram alvo da PCDF na última semana. A ação apura crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O contador da empresa de Jair Renan Bolsonaro também está entre os nomes que estão na mira da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) no âmbito da Operação Nexum, que apura o crime de lavagem de dinheiro. A coluna apurou que o contador é investigado por, supostamente, fraudar documentos e declarações fiscais da empresa de Jair Renan, segundo o Metrópoles.

O nome do contador não será revelado para não atrapalhar o andamento das investigações. A ação da PCDF apura crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de prejuízo do erário do DF.

O filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de busca e apreensão pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot/Decor), unidade da Polícia Civil do DF (PCDF), na última quinta-feira (24/8).

O principal alvo da operação, e mentor do suposto esquema, é Maciel Carvalho, 41 anos. Ele foi empresário de Jair Renan e coleciona registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo.

Maciel acabou preso nesta quinta em Águas Claras. Outro alvo de mandado de prisão é Eduardo dos Santos, ele já era procurado pela polícia por uma ocorrência de homicídio. Ele continua foragido.

Neste ano, Maciel já foi alvo de duas operações da PCDF: a primeira, a Succedere, da Dot/Decor, investigou crimes tributários praticados por uma organização criminosa especializada em emissão ilícita de notas fiscais.

R$ 4,5 milhões em contratos
A coluna apurou que a empresa que o 04 geriu por um ano teve um faturamento que gira em torno de R$ 4,5 milhões.

Entre julho de 2021 e julho de 2022, a empresa de mídia RB Eventos e Mídia Eirelli, investigada pela PCDF, abocanhou as cifras milionárias após firmar supostos contratos de propaganda e mídia. Os valores são vultosos para uma firma sem expressão no mercado de comunicação e que ostentava o modesto capital social de apenas R$ 105 mil.

Logo depois de receber valores mensais que superaram os R$ 300 mil, a empresa misteriosamente fechou, mesmo com todo o “sucesso financeiro”. A RB funcionou entre novembro de 2020 e março de 2023, quando Jair Renan passou a administração da empresa para Marcus Aurélio Rodrigues dos Santos. A coluna apurou que a transação ocorreu na forma de “doação”, sem qualquer valor envolvido no negócio.

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Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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