Mês: agosto 2023

Militares se afastam de Bolsonaro e sinalizam que não vão atuar contra a prisão do ex-presidente

A falta de apoio entre os militares deve ser decisiva para uma condenação e até eventual prisão de Jair Bolsonaro (PL). A análise é de integrantes do núcleo mais próximo do ex-presidente.

O suporte de Bolsonaro entre os fardados ruiu, na opinião das mesmas pessoas, depois do envolvimento do general Mauro Lorena Cid no caso das joias.

Antes disso, havia a expectativa de que setores militares pudessem “dialogar”, ou seja, fazer pressão sobre o Judiciário por Bolsonaro e pela liberdade do tenente-coronel Mauro Cid, filho do general.

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel é um dos pivôs dos escândalos que envolvem o ex-presidente, e está preso há mais de três meses.

Estas informações são de Mônica Bérgamo, na Folha, que acrescenta:

Os indícios de que tanto o tenente quanto o general manejavam recursos de caixa dois em benefício de Bolsonaro teria desmoralizado qualquer tentativa de militares de interferir nos processos.

Pela mesma análise, eles lavaram as mãos e se afastaram do problema, deixando Bolsonaro de lado.

O general Mauro Lourena Cid emergiu no escândalo depois que mensagens de seu filho, o tenente-coronel Mauro Cid, mostraram que o pai ajudou a comercializar objetos de luxo de Bolsonaro no exterior.

O general passou a ser investigado sob a suspeita de gerar um caixa dois para o ex-presidente, fruto da venda das joias.

Em mensagens interceptadas pela Polícia Federal, o tenente diz que o pai general tinha US$ 25 mil para entregar a Bolsonaro. Em dinheiro vivo.

A defesa do ex-presidente afirma que as joias foram catalogadas pera pertencer ao acervo privado dele. E que, por isso, o ex-presidente poderia vendê-las no exterior sem com isso cometer um crime.

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Como se formam as lendas neoliberais no Brasil

Na verdade, num país com tantas lendas, a ilhota dos ricos que fazem do Brasil o seu quintal, criou, lógico, de forma resumida, a lenda do neoliberalismo de resultados. Discutir detalhes, debater ponto a ponto cada uma dessas fórmulas mágicas, ninguém quer.

Quantas conferências de fins de semana, que exploram a ingenuidade alheia, feitas pelo modismo dos coach, acontecem nesse país?

Essa rapaziada, que anda vendendo riqueza com facilidade na internet, que se acha a sala do júri, é materialmente deprimente.

Os muquiranas moldam sua fala a partir de um figurino imaginário funcional. Sim, é uma coisa cósmica e que, de tão lendária, diria mais, poética, desfaz-se e desaparece na poeira.

Mas o que se observa nesses figurões é que suas mentiras saem da alma, fazendo parecer que até acreditam no que falam, pregando num enorme deserto de ideia, onde uma legião de incautos precisa descobrir a pedra de toque para se tornar o Midas.

Porém, a coisa não se resume nisso, esse modismo vigarista não surgiu agora. Do viveiro tucano saíram muitos desses homens dotados de uma visão espacial que não passa de um palmo do nariz, mas que sempre indica o caminho das pedras.

A mídia, que trata Fernando Henrique Cardoso como o próprio Olimpo grego, segue vendendo sonhos vagos que jamais, repito, jamais deu as caras para a realidade brasileira.

A suprema safra de neoliberais no Brasil, detalhe, que não gostam de ser pintados como neoliberais, mas sim, liberais, induz, através da arte do palavrório que, antes mesmo de colocar a bola para rolar, os projetos ou propostas da esquerda para governar o país já chegam cheios de infiltração.

A linguagem diária da grande mídia, todos sabem, é a do monumento chamado mercado. Como sempre, a imensa maior parte da população não tem a mínima ideia desse troço chacoalhado diuturnamente no papel dos jornalões e revistonas e, claro, nas telinhas, como na varinha mágica dos maestros convocados pelas grandes emissoras de TV que, para surpresa de ninguém verborragiam suas teses bichadas.

Porque, na hora de esculpir até o bezerro de ouro, ignora-se a cabeça, o tronco e os membros da gênese grega.

O fato é que ninguém quer discutir as prometidas catedrais dos sonhos depois que ela se realizou e virou pesadelo para o povo. Os autores daquelas defesas calorosas, desaparecem e o bode fica na sala esperando o curso de uma nova eleição para que ele saia de lá ou lá permaneça para uma nova flora de lambanças econômicas que, irremediavelmente, colocam o país à beira do barranco.

Ora, se a forma com que a mídia e os neoliberais tratam a economia de um país fosse minimamente factível, eles sacariam dos bolsos os números maravilhosos que vários governos neoliberais do Brasil adotaram.

Mas, por que preferem, em seus ilusionismos, tirar coelho da cartola do que casar na mesa os triunfos das políticas econômicas neoliberais? Simples, o clero dos abastados não pode falar em números, porque sempre escancarará que tal política arrasou com a vida de milhões para enriquecer os poucos que, numa economia escassa, faturam sem a menor nobreza de pensar a nação.

Foi assim com a ditadura militar e a hipertinflação, lembra? O mesmo se deu com Sarney, Collor, FHC, Temer e Bolsonaro, todos, absolutamente todos apresentaram como armas a natureza bruta do neoliberalismo. E o trágico resultado não é preciso lembrar.

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Mídia brasileira dá como derrota a vitória de Lula no BRICS

A cúpula dos Brics realizada na África do Sul exibiu espetacularmente o fortalecimento desse bloco de países que se organizam como alternativa à decadente hegemonia dos Estados Unidos e seus aliados da Europa, cada vez mais avassalados.

A reunião aprovou o recurso a instrumentos de comércio (especialmente de petróleo) entre os países membros. As trocas passarão a ser nas próprias moedas nacionais e outros instrumentos, representando o maior abalo já ocorrido ao domínio do dólar, estabelecido desde a conferência de Bretton Woods ao fim da Segunda Guerra. A reunião dos Brics aprovou o ingresso de seis novos membros: Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã. São adesões que expressam uma legitimação das ideias do grupo, de aproximação pacífica, e reafirmam a ascensão da multipolaridade na arena mundial.

Há dezenas de candidatos na fila para aderir aos Brics.

O Brasil, também pelo empenho do presidente Lula, patrocinou o ingresso da vizinha Argentina na organização à véspera de eleições gerais naquele país e em meio a uma crise inflacionária. Foi nítida expressão de poder regional do Brasil de Lula, autorizando a diplomacia nacional a ambicionar papéis maiores na negociação da paz na guerra da Ucrânia e a obtenção de um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Além disso, o Brasil reforçou laços com mercados emergentes, como China e Índia, que são seu principal alvo comercial e também constituem fontes de investimentos necessários à geração de empregos.

O saldo do encontro foi considerado pelo professor de Economia Política Internacional José Luís Fiori, em entrevista ao canal Tutameia, como a explosão da ordem geopolítica internacional sustentada há mais de três séculos pelos europeus e seus descendentes diretos.

Diante de fatos tão transcendentes como os que o Brasil acaba de protagonizar junto a um grupo que reúne agora mais de 40% da economia mundial, qual foi a reação da mídia corporativa brasileira? Todos os veículos, Globo, Folha, Estadão, TV Globo seguiram em uníssono a linha oficial ditada por Washington e que pode ser resumida por um artigo Financial Times. O encontro, segundo eles, só serviu para avançar o domínio da China sobre o grupo e para diluir a influência do Brasil. A grande vitória da diplomacia sob Lula, que se equilibra entre estender seu soft power pacifista, sua estratégia comercial junto a mercados estratégicos enquanto estabiliza suas relações com a aliança atlântica, simplesmente não existiu em nenhum artigo, reportagem ou editorial. Estes oscilaram entre a indignação paranoica por o Brasil “virar as costas ao Ocidente” e permitir o aumento do poder chinês.

São antolhos submissos, expressivos de um complexo de vira-latas merecedor de terapia psiquiátrica, para além de desmascaramento de sua natureza ideológica, qual seja a de advocacia interesses colonialistas (como apontou Lula em pronunciamento), responsáveis históricos pelo atraso nacional e, portanto, contrários ao Brasil.

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Lula envelhece as manchetes da grande mídia todos os dias

As sucessivas vitórias de Lula, em tão pouco tempo do seu terceiro mandato, tem deixado a mídia brasileira aturdida e, consequentemente, ela não consegue arguir ao menos o que as ações do dia, já que o descompasso entre o governo Lula e as redações anda cada vez mais largo.

Para uma mídia que vive de futricas brejeiras, atestando coisa nenhuma na transposição dos fatos em suas narrativas, Lula tem deixado praticamente nuas as garrafais dos jornalões e revistonas.

Lula tem feito um governo de pulso forte e muitos acertos, desautorizando qualquer crítica fugaz, tola, ou seja, o presidente voa nas alturas e, como é natural na mídia brasileira, herdeira do tucanato, voa baixo e caga mole.

Em ciências naturais, Lula sempre foi um craque. Lúcido como nunca, ele acentua suas direções sem que a cadeia midiática consiga ao menos entender o desenho de sua arquitetura, sobretudo quando se trata da geopolítica internacional e, quando o ataca, Lula já está bailando em outros palcos.

Nada é feito na surdina, nada é feito com sentido pessoal. Seu governo vibra sonoro, verso a verso, e não há malabarista engenhoso que consiga colocar sua pena a serviço de uma “entrelinha”, porque, piscou, Lula já não está mais ali e outros feitos estão em andamento e tantos outros balbuciados numa velocidade e modulação impressionantes.

Esse jornalismo modorrento de colunistas duendes na criação, que sempre busca turvar o ambiente político do país, quando se trata do governo do PT, está todos os dias procurando a bola como quem procura um caipora.

O resultado é que a tolice reina quase que numa calamidade editorial que beira o vazio, o vácuo, o nada.

Não há suprimento possível que dê conta de quem parece não dormir, deflagrando uma guerra contra o tempo como um torpedo inigualável.

Sim, Lula se impôs uma disciplina equilibrada, mas de equivalência bem mais avantajada em que ele alimenta uma solução, trazendo concepções de gestão absolutamente inéditas, mais que isso, elas são ousadas, atrevidas, muito além da imaginação jeca da mídia brasileira.

Lula, em seu terceiro mandato, é a própria evolução de seus mandatos anteriores, já a velha mídia parece perdida em final de carreira, usando um relógio anti-histórico que não consegue provocar um único debate na vida da sociedade brasileira. É um deprimente estado de coisas que mumifica os barões da comunicação diante de uma realidade virtuosa de um Lula que está em outra dimensão, sem dar margem e tempo para a mídia explorar suas ações.

Na verdade, Lula não anuncia nada, faz. Resumo, a velha mídia não consegue digerir o que tem que engolir todos os dias e se transforma num troço mentiroso e atrasado, que fará ter tempo de moldar a modo e gosto um rabisco contra Lula.

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‘África tem tudo para se tornar potência agrícola’, diz Lula na CPLP

Em discurso focado na juventude, o presidente falou sobre educação, sustentabilidade, fome e futuro do trabalho.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou neste domingo (27/8), em São Tomé, da XIV Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Em discurso, o chefe do Executivo falou sobre educação, sustentabilidade, fome e futuro do trabalho, segundo o Correio Braziliense.

“As novas gerações vivem com as incertezas de um mercado de trabalho que se transforma. As novas tecnologias são uma conquista extraordinária da inteligência humana, mas com elas o desemprego e a precarização alcançam novos patamares. O uso irresponsável das redes sociais, com a propagação de fake news e discursos de ódio, ameaça a democracia. O culto ao individualismo leva à descrença de muitos jovens na ação coletiva”, apontou.

Lula disse que a maioria dos países da CPLP possui uma população jovem. “Para que eles tenham esperanças de um futuro melhor, a sustentabilidade tem de ser promovida, desde agora, nas suas três dimensões: a social, a econômica e a ambiental. Sem alimentação adequada não há perspectiva de uma vida digna”.

“Na CPLP, podemos nos orgulhar do nosso trabalho conjunto na promoção da segurança alimentar e nutricional. Nossa cooperação em prol da agricultura familiar e do reforço dos programas de alimentação escolar são exemplos a serem multiplicados”, emendou.

O petista afirmou ainda que “a África tem tudo para se tornar uma potência agrícola, com capacidade para alimentar seu povo e o mundo”, que o “Brasil continuará a ser parceiro nessa empreitada” e que deve reeditar o Programa Mais Alimentos, relançado em junho passado, que permite que pequenos produtores possam ter acesso a financiamento para compra de tratores e implementos agrícolas.

“Assim como no passado, uma versão do Mais Alimentos para a África deve ser retomada como mais uma vertente da cooperação Sul-Sul brasileira”, pontuou.

Ele ressaltou que mais de 1.700 estudantes dos países lusófonos concluíram estudos de graduação no Brasil nos últimos 20 anos.

Lula citou também que em setembro deve ir aos EUA para participar da abertura da Assembleia Geral da ONU, onde deverá tratar sobre iniciativas por “trabalho decente”.

“Com as mudanças no mundo do trabalho, vivemos o desafio de dinamizar nossas economias garantindo trabalho digno, salário justo e proteção aos trabalhadores e trabalhadoras. Esse é o espírito da iniciativa em defesa do trabalho decente que lançarei com o presidente Biden, à margem da próxima Assembleia Geral da ONU”.

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Padre Júlio Lancellotti recebe ameaça e provoca onda de solidariedade e indignação nas redes

O padre Júlio Lancellotti, que há décadas atua no auxílio à população de rua da capital paulista, recebeu neste domingo (27) uma nova ameaça, conforme ele próprio relatou pelo X, antigo Twitter.

Um bilhete deixado em frente à sua igreja diz: “padreco de m*rda. Pensa que aki [sic] é partido político. Defensor dos direitos dos bandidos. Petista vagabundo. Usa o povo pra [sic] te favorecer. Seu dia de reinado aki [sic] vai acabar. Pode esperar”.

O religioso compartilhou foto do bilhete e recebeu uma onda de mensagens de solidariedade e apoio.

https://twitter.com/pejulio/status/1695767901758746932?s=20

*Com 247

Dino faz tuíte misterioso: “em breve chegará o momento da colheita…”

Ministro não citou nomes, mas parece se referir mesmo a algum dos vários processos que envolvem Bolsonaro.

O ministro da Justiça Flávio Dino, aprovado em primeiro lugar como juiz no mesmo concurso de Sérgio Moro, fez um comentário neste domingo (27), em sua conta do Twitter, aparentemente técnico, mas, ao mesmo tempo, um tanto misterioso.

“Sempre me perguntam quando esta ou aquela investigação chegará ao final. Isso depende do sistema de justiça, com o trinômio: delegado, MP e juiz”, afirmou o ministro, ao apontar como se desenrola um processo.

Mais adiante, no entanto, Dino parece se referir mesmo a algum dos vários processos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): “Com base no retrospecto, avalio que está havendo o adensamento do conjunto probatório e, em breve, chegará o momento da colheita”, encerrou.

*Com Forum

Lula venceria Bolsonaro em eleição no primeiro turno, diz pesquisa

Levantamento feito pelo instituto AtlasIntel a pedido da CNN Brasil mostra que presidente venceria adversário da extrema direita em uma virtual disputa com 48,1% dos votos.

Uma pesquisa realizada pelo instituto AtlasIntel a pedido da CNN Brasil revelou que, se as eleições presidenciais fossem realizadas no próximo domingo (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria Jair Bolsonaro (PL) logo no primeiro turno. Os resultados do levantamento foram divulgados neste sábado (26).

De acordo com a pesquisa, 48,1% dos entrevistados afirmaram que votariam no candidato petista, enquanto 40% declararam que votariam no ex-presidente Bolsonaro. A atual ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), teria 2,1% dos votos, enquanto Ciro Gomes (PDT) receberia 1,7% das intenções de voto.

Num possível segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o candidato do PT sairia vitorioso com 51,2% dos votos, enquanto o ex-presidente receberia 41,5% dos votos.

Comparando com os resultados do primeiro turno de 2022, Lula registrou um aumento de quase 4 pontos percentuais, subindo de 48,4% (considerando votos válidos) para 52,35%. As intenções de voto em favor do ex-capitão Bolsonaro passaram de 43,3% para 43,5%, um número insuficiente para garantir sua participação no segundo turno.

Há 10 meses, Lula conquistou 50,90% dos votos válidos e venceu o então presidente no segundo turno. Bolsonaro obteve 49,1% dos votos, tornando-se o primeiro presidente a ser derrotado ao buscar a reeleição.

A pesquisa realizada pela AtlasIntel contou com entrevistas de 1.232 pessoas, apresentando uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, e os dados foram coletados nos dias 23 e 24 de agosto.

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Torcedores do PSG celebram saída de Neymar com faixa em estádio: ‘Finalmente nos livramos do malcriado’

Jogador manteve relação tensa com parte da torcida durante os seis anos de trajetória no clube.

Torcedores do Paris Saint-Germain celebraram a saída de Neymar do clube e exibiram uma faixa com uma indireta para o jogador durante a vitória de 3 a 1 sobre o Lens, no Parque dos Príncipes. “Neymar: Finalmente nos livramos do malcriado”, dizia a mensagem, em inglês, colocada atrás de um dos gols, em meio aos ultras, o principal grupo de torcida organizada do time parisiense, segundo O Globo.

Antes de assinar com o Al-Hilal, Neymar chegou a dizer, em entrevista ao youtuber Casimiro, que ficaria no PSG, apesar de “não haver muito amor” entre ele e a torcida. O jogador manteve uma relação tensa com parte da torcida durante a passagem de seis anos pelo clube francês. A reação da torcida à venda do craque brasileiro aconteceu na primeira partida do PSG como mandante desde a confirmação do adeus de Neymar, há pouco mais de uma semana.

O ex-lateral direito Gabriel, amigo de Neymar, revelou os bastidores do acerto do atacante com o Al-Hilal para jogar na Arábia Saudita nas duas próximas temporadas. Ele também comentou sobre as primeiras impressões do camisa 10 no país saudita.

— O que ele me falou foi o seguinte: estou feliz, vou criar a minha filha aqui, vou viver um tempo com a minha família aqui na Arábia Saudita, e depois vou ver o que acontece. Lá ele vai ficar afastado de toda essa pressão, de tudo isso, claro que, hoje, com a rede social, não tem muito para onde correr, mas vai viver dois anos com a família dele, se Deus quiser vai ser de glória e vitória lá, e vai bater recorde, vai continuar jogando e encantando o mundo com o futebol, e depois vai pensar no que vai fazer. Foi isso que a gente falou na última conversa — disse Gabriel.

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Começou a campanha para que Bolsonaro não seja preso

No país da jabuticaba, tudo é possível

De fato, nem todo mundo em Brasília vê a prisão de Bolsonaro com bons olhos. Fora de Brasília, nem todo mundo vê. E fora do Brasil, também não. Em Orlando, onde Bolsonaro se refugiou antes da tentativa de golpe do 8 de janeiro, quase todos os seus vizinhos não veriam com bons olhos uma eventual prisão dele.

A unanimidade é burra. Pode-se dizer que todos ou praticamente todos os devotos de Bolsonaro são contra sua prisão. Não importa o crime que lhe imputem. Roubo de joias presenteadas ao Estado brasileiro por governos amigos? Ora, não foram presenteadas ao Estado, mas a Bolsonaro e à sua encantadora mulher.

Golpe? Que golpe? O que aconteceu em 8 de janeiro foi o livre exercício do direito a se expressar. Sim, baderneiros infiltrados em meio aos manifestantes aproveitaram a ocasião para atacar prédios públicos. Devem ser punidos. Mas deve ser investigada a possível participação de elementos de esquerda a serviço do governo.

Michelle, por sinal, parece ser mais inteligente do que o marido. Ou então é mais bem assessorada. Enquanto Bolsonaro tenta explicar por que surrupiou as joias, ela brinca com o surrupio das joias. Em mais um evento do PL, o partido que paga as contas do ex-primeiro casal, Michelle disse, ontem, no Recife:

não gostava de Brasília e nem de ser tratada como dama de companhia. Socióloga respeitada, tocou a vida como levava antes, dando aulas e escrevendo.

Ruth evitava se meter com política. Michelle está metida até o talo, e aparentemente contra a vontade do marido. Tem falado mais do que ele. Se Bolsonaro permitir, poderá candidatar-se a senadora por Brasília ou outro Estado. Para ela, a investigação sobre o desvio das joias é uma tentativa de tirar o foco da CPI do Golpe.

É vasto seu estoque de frases feitas por marqueteiros:

“Eu vou fazer uma limonada docinha desse limão. E eu vou falar para vocês que quem me colocou aqui e vai me fortalecer é Deus.”

“Tem um povo tão atrapalhado, que fica assim: ‘cadê as joias, você não vai entregar?’. Querida, a joia está na Caixa Econômica Federal. Mas vocês pediram tanto, falaram tanto de joias que em breve teremos um lançamento: ‘Mijoias pra vocês’.

Bolsonaro e Michelle irão depor à Polícia Federal sobre o esquema de venda ilegal das joias. O celular do tenente-coronel Mauro Cid já fala, e o que ele tem contado deverá tirar Michelle de sua zona de conforto. Numa troca de mensagens, Mauro Cid diz que um conjunto de joias “já sumiu com a dona Michelle”. Será?

É cedo para saber se Cristiano Zanin, a sensação do Supremo Tribunal Federal, é um dos ministros da mais alta Corte que é contra a prisão de Bolsonaro. Há outros ali que são contra. Alegam que a prisão poderá fazer de Bolsonaro “um mártir”, e dividir ainda mais o país. Não será surpresa se Zanin pensar assim.

Adiante-se, porém, que mesmo dentro do PT tem gente contrária à prisão, e pelos mesmos motivos. Da Justiça, diz-se que ela é cega, ou que deveria ser, aplicando a lei sem fazer distinção. Mas com frequência, a Justiça levanta a venda, olha ao redor, e distingue. Bolsonaro poderá ser absolvido por excesso de provas contra ele.

No caso, a absolvição se daria com a transferência para a primeira instância da Justiça dos processos a que ele responde. Se isso acontecer, anote: ao invés de condenado ele poderá ser condecorado. Alguma dúvida? Não duvide. Nunca duvide.

*Blog do Noblat

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