Mês: novembro 2023

Embaixador da Palestina diz que sangue brasileiro “vale menos” em Gaza

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, criticou as listas de pessoas autorizadas a deixar a Faixa de Gaza rumo ao Egito. Questionado quanto à saída de brasileiros e outros estrangeiros provenientes de países em desenvolvimento, o diplomata palestino afirmou que tem a impressão que “nosso sangue vale menos” que o de pessoas nascidas em países considerados ricos.

“Não quero exagerar, mas possivelmente é porque somos de Terceiro Mundo e o sangue e a vida daquele Primeiro Mundo vale mais. É uma realidade. O mundo está tendo um desequilíbrio”, afirmou o embaixador, em entrevista ao UOL nesta sexta-feira (3/11).

Ainda na opinião de Alzeben, além da vida dos brasileiros não ter “o mesmo valor” que a de cidadãos de países desenvolvidos, a dos palestinos valeria ainda menos. “Quando se trata da morte de palestinos, parece um ‘efeito colateral’ e que a vida deles não vale tanto quanto a dos outros. Esta é uma realidade que sentimos e o mundo está sentindo”, afirmou o diplomata da Palestina.

Os brasileiros que estão em Gaza seguem fora das listas de estrangeiros permitidos a deixar a região pela da fronteira com o Egito, por meio da passagem de Rafah. Essa situação se estende desde a última quarta-feira (1º/11), e o Itamaraty enviará, ainda nesta sexta, questionamentos sobre os critérios de seleção das listas, conforme adianta a coluna de Ricardo Noblat no Metrópoles.

Governos estrangeiros dizem que há em Gaza cidadãos de 44 países, bem como trabalhadores de 28 agências, incluindo organismos da ONU. Esses estrangeiros somariam um total de cerca de 7.500 pessoas em Gaza. O Egito estima que 500 pessoas cruzem a fronteira diariamente.

Hezbollah ameaça escalada no conflito contra Israel: ‘todas as opções estão abertas’

Hassan Nasrallah, chefe do grupo libanês, disse que operação do Hamas foi realizada ‘no momento certo’ e ‘100% palestina’, acusando os Estados Unidos de usar Israel como ‘ferramenta’ no conflito.

Todas as opções estão abertas”, alertou nesta sexta-feira (03/11) Sayyed Hassan Nasrallah a Israel, em seu primeiro pronunciamento desde o início da guerra entre Israel e Hamas. Após a intensificação dos ataques israelenses na Faixa de Gaza, o líder do Hezbollah criticou tanto Tel Aviv quanto os Estados Unidos pelo massacre do povo palestino, diz o Opera Mundi.

O líder do Hezbollah afirmou que a “Operação Inundação de Al-Aqsa” foi uma resposta integralmente do Hamas contra o território israelense, por consequência dos abusos históricos de Israel aos palestinos. Nasrallah deixou claro que o Irã não exerceu qualquer influência sobre a primeira ofensiva do grupo palestino, reforçando que o Hezbollah entrou na batalha em 8 de outubro, um dia depois:

“A grande Operação Inundação de Al-Aqsa foi decidida e implementada 100% palestina. Foi planejada em total sigilo, nem mesmo outras facções palestinas tiveram conhecimento dela, muito menos movimentos de resistência estrangeiros”, confessou Nasrallah, acrescentando um elogio ao trabalho do Hamas em estabelecer “uma nova fase histórica na batalha com Israel”, que considera “correta, sábia e corajosa, realizada no momento certo”.

Fracassos de Israel e Estados Unidos
O chefe do Hezbollah afirmou que, neste momento, um dos maiores erros de Israel é estabelecer objetivos que não consegue alcançar. Criticou a conduta israelense como “tolo e incapaz” pelo massacre de civis inocentes em Gaza, afirmando que a nação pode recuperar seus prisioneiros detidos em Gaza por meio de negociações.

“Durante um mês inteiro não conseguiu registrar uma única conquista militar”, criticou Nasrallah sobre as forças israelenses.

O chefe do Hezbollah ainda acusou os Estados Unidos de serem inteiramente responsáveis pela guerra em Gaza, utilizando Israel apenas como um “ferramenta de execução” para seus próprios interesses e, em seguida, exigiu que ambas as partes assumam as responsabilidades.

Israel expulsa milhares de trabalhadores palestinos e os envia de volta para Gaza à força, apesar dos bombardeios

Número exato de habitantes do enclave que cruzaram a fronteira nesta sexta-feira é desconhecido, mas estima-se que sejam cerca de 7 mil; há relatos de tortura e maus-tratos.

Nesta sexta-feira, Israel enviou de volta a Gaza milhares de trabalhadores da Faixa que estavam no país no dia em que a guerra começou e não puderam voltar para casa. Eles foram detidos em massa ou transferidos à força para a Cisjordânia, em meio a um clima generalizado entre os judeus de que os palestinos vinham há meses usando seus empregos em Israel para reunir informações que levaram ao ataque do Hamas que matou 1.400 pessoas, a maioria civis, em 7 de outubro, segundo O Globo.

Falta de transparência e alegações de tortura e maus-tratos cercam todo o processo.

— Fomos colocados em um abrigo que não era decente nem mesmo para animais. Eles nos torturaram com choques elétricos e lançaram os cachorros sobre nós — disse Yasser Mostafa, à AFP em Gaza.

Uma mulher ajuda uma criança a beber água de uma garrafa enquanto espera ao lado das ambulâncias do Ministério da Saúde palestino — Foto: Mohammed ABED/AFP

O número exato de habitantes de Gaza que cruzaram a fronteira nesta sexta-feira, principalmente pela passagem comercial de Kerem Shalom, é desconhecido. Na verdade, as autoridades não fornecem números (nem as ONGs têm conhecimento deles) sobre quantos estavam realmente em Israel naquele dia, pois alguns voltaram a Gaza para o fim de semana e outros estavam na Cisjordânia. É certo apenas que, em 7 de outubro, 18.500 habitantes da Faixa foram autorizados a trabalhar no país.

Uma semana após o início da guerra, o vice-governador de Ramallah, Hamdan Barghuti, estimou em 3.200 o número de habitantes de Gaza com permissão de trabalho em Israel em centros esportivos, albergues ou hotéis da Cisjordânia. Pouco tempo depois, o canal de TV israelense 12 estimou o número de pessoas presas em 4.000. O Ministério do Trabalho da Autoridade Palestina fez uma estimativa semelhante. Ou seja, mais de 7.000 no total.

Israel ataca comboio médico e hospital em Gaza; primeiras informações são de dezenas de mortos e feridos

Dezenas de pessoas foram mortas ou feridas em novo ataque do exército de Israel contra um hospital em Gaza. Desta vez, diversas ambulâncias que transportavam feridos para o sul da região também foram atingidas, assim como a entrada do Hospital al -Shifa. As informações são da rede de notícias Al Jazeera.

Os militares de Israel dizem que estão analisando o relatório do Ministério da Saúde de Gaza sobre o ataque ao hospital e ao comboio médico atingido, diz o 247.

Ainda conforme a Al Jazeera, as ambulâncias transportavam de 15 a 20 pacientes gravemente feridos que iam para Rafah, na fronteira com o Egito, em busca de tratamento.

“Informamos a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho, informamos o mundo inteiro, que essas vítimas estavam alinhadas nessas ambulâncias”, disse Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde palestino em Gaza. “Este era um comboio médico”, ressaltou.

Israel perdeu a guerra da narrativa. Isso significa que perdeu tudo. E tudo pode significar a própria existência do Estado sionista

A história de que Israel está transformando Gaza num campo de extermínio, sobretudo de crianças, para supostamente matar membros do Hamas, não faz qualquer sentido para imensa maior parte do planeta.

O repúdio mundial, cidadãos mundo afora só aumenta e, junto, o tom, cada vez pior para imagem dos sionistas que criaram o Estado colonialista de Israel na base da bala, da bomba e, consequentemente no massacre de civis absolutamente inocentes.

Na verdade, o mundo já entendeu que, quem usa alguém de escudo para justificar seus crimes de guerra, já denunciados pela ONU, é Israel que usa o pretexto esfarrapado de combate ao Hamas e a vida perdida de crianças e mulheres e civis de forma geral que, além do bombardeio, enfrenta um cerco criminoso que lhes tira a energia, a água, o gás, os alimentos, bombardeia hospitais matando médicos e enfermeiros, revelando que, se o Hamas é um grupo terrorista de Israel consegue ser pior, mais frio, mais calculista, mais cruel.

Creio absolutamente que por essa os sionistas não esperavam. Burramente calcularam mal, na verdade, pessimamente mal.

A estratégia de limpeza étnica que achavam que poderiam fazer na Palestina, classificando todos os seres humanos que lá vivem, como culpados pela própria morte.

Israel foi longe demais, acreditou piamente que poderia avançar sobre a vida de seres humanos sem que estes reagissem, pior, que os próprios norte-americanos que votaram em Biden não ficariam à margem disso.

Pois bem, homens e mulheres norte-americanos com tradição progressista, cristaliza cada dia mais seu repúdio a Israel e o apoio que Biden dá aos sionistas para esmagar todo e qualquer palestino.

Agora esse teto de concreto que tinha Israel, deu goteira, deferindo um golpe na reeleição de Biden e a prosa, os figurinos, que produzem a matéria cósmica dos democratas pelos intermúndios de seu eleitorado, mudou.

Assim, Biden tenta se enfeitar de humanista com seu Secretário de Estado, Antony Blinklen desembarcando em Israel para pressionar Netanyahu a, em princípio, dar uma trégua, mostrando que as setas do bombardeio americano, se não mudaram de alvo, não darão mais sustentação política a Bibi e seus cachorros loucos.

O sujeito chegou a dizer, de forma disciplinada, de quem fala por Biden que está profundamente tocado com a morte de crianças palestinas em Gaza, vítimas dos ataques covardes de Israel, até então, avalizado com fitinhas azuis, vermelhas e brancas em cada bomba que explodiu mais de 4 mil crianças, sem falar das que estão debaixo dos escombros, assim como dezenas de milhares, que podem abrir uma crise ainda maior contra o já isolado Estado de Israel diante da comunidade internacional, consolidando os movimentos populares que Biden também enfrenta dentro da própria casa.

Os sentimentos urgem aí mundo afora contra os violentíssimos ataques a civis pelo exército terrorista de Israel que abalou toda a terra e a reação não é nem um pouco afável ao projeto sionista de extermínio do povo palestino.

Brasileiros ficam de fora de segunda lista para deixar a Faixa de Gaza

Na quarta-feira (1º) e quinta-feira (2), respectivamente, a primeira e a segunda listas foram divulgadas com as nacionalidades contempladas a deixar Gaza pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.

Ao todo, as duas listas somam permissões para Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão, República Tcheca, membros da Cruz Vermelha e de ONGs, Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade, segundo a CNN.

Além dos 367 norte-americanos liberados nesta sexta-feira, a segunda lista já havia autorizado a passagem de 400, em um total de 576 estrangeiros, segundo a embaixada.

Saída de brasileiros
Na tentativa de incluir o grupo de 34 brasileiros nas próximas levas de civis retirados da Faixa de Gaza, o chanceler Mauro Vieira telefonou nesta quinta-feira (2) à tarde para o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry.

Na conversa, segundo relatos feitos à CNN, Shoukry se comprometeu a “fazer gestões” amanhã para que os brasileiros sejam incluídos nas próximas listas.

A expectativa, no Itamaraty, era de que dificilmente esse contato telefônico entre os chanceleres tivesse efeitos práticos já nesta sexta-feira (3). Há esperança, porém, de que os brasileiros possam ser liberados de Gaza para o Egito em questão de dias.

Diplomatas brasileiros ouviram na quinta-feira, na sede do ministério em Jerusalém, que não há ingerência israelense na elaboração das listas e nem discriminação contra cidadãos do país.

Mais cedo, em entrevista à CNN, o embaixador Alessandro Candeas, chefe da representação do Brasil em Ramallah (Cisjordânia), disse que faltam “critérios claros” sobre as listas de autorizados a deixar Gaza pela passagem de Rafah. “Não há critério transparente. Nos parece relativamente aleatório”, afirmou Candeas.

Vídeo: Marido da bolsonarista Júlia Zanatta agride idosos em Santa Catarina

Confusão foi registrada no comitê do Partido Liberal da cidade; testemunhas afirmam que Guilherme Colombo aparentava estar alcoolizado.

O executivo do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Guilherme Horácio Colombo, marido da deputada federal bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC), se envolveu em uma confusão nesta quinta-feira (2) e agrediu integrantes do PL de Santa Catarina, entre eles três idosos. As informações são do site Melhores Publicações, que cobre notícias de Criciúma (SC) e região.

A confusão se deu no comitê do Partido Liberal (PL) na cidade de Balneário Rincão, litoral catarinense. De acordo com testemunhas, Colombo estaria, aparentemente, alcoolizado. Ele estava comemorando seu aniversário e teria recebido uma ligação de sua esposa, Júlia Zanatta, após a parlamentar ter entrado em uma discussão política com correligionários no comitê.

O marido da bolsonarista, então, foi até o local e, em meio à discussão com integrantes do PL, chutou um portão. Ao ser questionado por um homem, Colombo reagiu o empurrando. O agredido é Juceli Eufrasio, de 66 anos de idade. Debrandino Delfino, de 65 anos, também teria sido agredido por Colombo com um soco no rosto e há ainda relatos de agressão contra uma mulher, também idosa.

A Polícia Militar foi acionada e registrou a ocorrência como vias de fato, liberando na sequência do registro os envolvidos na agressão.

Confira o vídeo que mostra a agressão

A falência da máquina de propaganda sionista é a pior derrota militar em 75 anos de ocupação colonialista na Palestina

Não há fabula sionista que fique de pé agora. Basta uma fala imoral que os bombardeios nas redes sociais são intensos contra o Estado Terrorista de Israel.

Por mais de 70 anos a máquina de propaganda sionista manipulou as informações com sucesso. Isso acabou. Não que os sionistas tivessem mudado de tática, a grande mídia ocidental segue par e passo como principal engrenagem da máquina de propaganda colonialista. Só não funciona mais.

Além da ONU considerar crime de guerra os bombardeios de Israel em Gaza, o mundo todo está denunciando pelas redes sociais algo absolutamente inédito, que é o massacre sangrento de crianças palestinas feito pelo exercido terrorista de Israel.

O fato é que não é possível tomar medidas destinadas a neutralizar o inimigo nas redes sociais. Israel tenta em vão impregnar as mesmas redes de defensores da carnificina sionista em Gaza. Essa que é a mãe das batalhas, está perdida, e nunca mais o Estado de Israel, será a mesmo.

Verdades ocultas: ex-chanceler alemão revela como Washington sabotou o processo de paz na Ucrânia

A publicação alemã Berliner Zeitung publicou recentemente uma entrevista com o ex-chanceler Gerhard Schroder, na qual foram reveladas algumas verdades sobre o conflito russo-ucraniano que o Ocidente tentou esconder do mundo. A mais importante delas diz respeito a como os Estados Unidos sabotaram os processos de paz entre Moscou e Kiev.

Trata-se na verdade da segunda entrevista de um ex-chanceler alemão sobre o assunto. Em dezembro de 2022, Angela Merkel já havia falado ao jornal Die Zeit que a real intenção do Ocidente por trás dos Acordos de Minsk, por exemplo, era fazer com que a Ucrânia “ganhasse tempo” para se fortalecer militarmente.

Compete lembrar que os Acordos de Minsk previam a “federalização” da Ucrânia, concedendo maior autonomia às regiões de Donbass e mantendo assim a integridade territorial do país. Contudo, mesmo tendo assinado o acordo diante de representantes franceses, alemães e russos, o então presidente ucraniano Pyotr Poroshenko, ao retornar a Kiev, não se esforçou em implementá-lo, o que levou a sucessivas violações de cessar-fogo nas regiões de Donetsk e de Lugansk.

Tampouco a Ucrânia prosseguiu em fornecer maior autonomia a Donbass, com violações aos direitos humanos sendo cometidas de forma constante pelo Exército ucraniano na região. Toda essa situação apenas serviu para mostrar que o Ocidente nunca considerou genuinamente que a Ucrânia cumprisse os Acordos de Minsk e resolvesse o conflito no Leste Europeu pela via da diplomacia.

Voltando ao presente, após o início da operação militar russa no ano passado, boa parte do establishment alemão pró-estadunidense nomeou Gerhard Schroder como um dos cúmplices de Moscou, devido ao fato de Schroder ter ocupado a presidência do conselho de administração da Rosneft (principal empresa russa do setor de petróleo).

Para além disso, Schroder também contribuiu ativamente para a construção do gasoduto Nord Stream, elemento essencial para a consolidação da parceria russo-alemã durante os anos 2000 e para a formação de uma “Grande Europa” (de Lisboa a Vladivostok), como sugerida por Putin no começo do século.

Todo esse contexto foi usado como mote para acusações ad hominem contra Schroder, uma vez que tanto a mídia quanto as elites alemãs não foram capazes de refutar suas colocações a respeito das razões por trás do prolongamento do conflito na Ucrânia. Fato é que em março do ano passado, representantes do regime de Kiev contataram Schroder sobre uma possibilidade de que ele viesse a mediar nas negociações russo-ucranianas.

Um desses representantes fora justamente o atual ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que à época confirmou o desejo de Kiev – e do presidente Zelensky – de encerrar as hostilidades o mais rápido possível em favor de uma solução diplomática. Schroder então voou para Moscou para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin, obtendo uma aprovação preliminar para o início de negociações com os ucranianos.

Na ocasião, a Ucrânia se mostrou de acordo com o abandono de quaisquer planos futuros de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e com a proibição do estacionamento de tropas da Aliança Atlântica em seu território. Segundo ainda Schroder, Umerov (em nome da administração Zelensky) expressou inclusive a disponibilidade ucraniana de chegar a um “compromisso” com Moscou a respeito do status da Crimeia, aceitando ao mesmo tempo a influência da Rússia na região de Donbass.

Contudo, não demoraria para que todos os esforços de paz que vinham sendo empreendidos durante as primeiras semanas do conflito fossem sabotados por Washington. Isso porque a delegação ucraniana fora obrigada a enviar todas as propostas em discussão para os Estados Unidos, que frontalmente vetaram o andamento do processo de paz, defendendo ao invés disso a continuação do derramamento de sangue.

Como resultado, pouco depois Kiev rejeitou subitamente todos os pontos de negociação com os quais já havia concordado, frustrando as tentativas para se encerrar as hostilidades no Leste Europeu. Vale lembrar que, conforme já havia sido revelado antes em uma entrevista exclusiva concedida pelo ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett, de início havia sim uma esperança real de acordo entre Rússia e Ucrânia, que poria um fim ao conflito armado.

No entanto, à medida que a pressão do Ocidente sobre Kiev aumentou, a possibilidade de Zelensky negociar uma saída diplomática foi descartada, resultando no abrupto encerramento dos canais de diálogo entre russos e ucranianos. A mídia atlanticista elevou então Zelensky à posição de “herói” do Ocidente e fez com que o ex-comediante acreditasse na possibilidade de derrotar a Rússia no campo de batalha, ao custo do sangue de centenas de milhares de soldados ucranianos.

Desde então, Zelensky tem assumido mais esse papel fictício em sua longa carreira de ator, desta vez sob a direção do complexo militar industrial americano, bastante especializado na produção de “filmes de guerra” a redor do mundo.

No mais, quando Schroder disse na entrevista que a Europa daria um “tiro no pé ao proibir o comércio com a Rússia” ele foi novamente acusado de ser um agente “pró-Kremlin”, quando na verdade apenas chamava a atenção para os problemas que realmente se abateram sobre o continente após a imposição de sanções contra Moscou.
Afinal, desde o ano passado a Europa vem sofrendo um cenário de inflação alta e de tumultos populares constantes, em boa medida resultante de suas políticas russofóbicas a mando de Washington. Para resumir, a entrevista de Schroeder evidencia que, ao seguir o caminho da escalada militar, os Estados Unidos cometeram um erro fatal.

Não só a desejada derrota da Rússia se mostrou inviável, como Moscou fortaleceu os laços políticos com o Sul Global e com a China, principal adversária de Washington no plano global. Olhando pelo lado positivo, a publicação da entrevista de Schroeder parece ao menos indicar que, de certo modo, o público europeu esteja finalmente disposto a conhecer a verdade oculta sobre o principal responsável pelo prolongamento do conflito na Ucrânia.

*Com Sputnik

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