Ano: 2023

“Intimidação” e “medo”: SP repete Paraná e instala app sem autorização no celular de professores

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) instalou um aplicativo em celulares de professores e alunos da rede estadual de São Paulo sem autorização dos donos dos aparelhos.

Educadores e estudantes da rede relataram que o aplicativo “Minha Escola” foi instalado sem autorização em seus celulares pessoais desde terça-feira (8). O programa é usado para alunos verificarem notas e faltas.

A Seduc (Secretaria da Educação de São Paulo) disse, em nota enviada ao UOL, que abriu um processo administrativo para apurar o caso. “A falha ocorreu durante um teste promovido pela área técnica da pasta em dispositivos específicos da Seduc”, afirmou.

Professores ouvidos pela reportagem na condição de anonimato dizem se sentir intimidados e assustados com a instalação sem autorização. Também afirmam que a situação fere a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).

A instalação de qualquer aplicativo sem o consentimento do usuário pode ser considerada uma invasão de privacidade e uma violação de direitos, diz Ana Paula Siqueira, advogada especialista em direito digital e LGPD, segundo o Uol.

Nas redes sociais, também há relatos de alunos da rede estadual de São Paulo sobre a instalação não autorizada nos celulares particulares. “Meu celular instalou o app ‘Minha escola SP’ do nada”, escreveu um estudante.

O mesmo problema ocorreu no ano passado com a rede de ensino do Paraná — à época, o secretário da Educação paranaense era Renato Feder, que hoje está à frente da pasta em São Paulo. A justificativa foi que o programa havia sido colocado em uma área errada no painel de administrador do Google, causando a instalação massiva do aplicativo.

“Um dos princípios fundamentais da LGPD é o do consentimento, o que significa que os dados pessoais só podem ser tratados se o titular consentir expressamente e de forma informada.”
Ana Paula Siqueira, advogada

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Facção criminosa Los Lobos reivindica assassinato de candidato no Equador

Em vídeo, grupo de narcotraficantes insinua que Fernando Villavicencio fez acordo com crime organizado.

A facção criminosa Los Lobos, uma das maiores do Equador, assumiu a autoria do assassinato do candidato à Presidência Fernando Villavicencio, morto a tiros nesta quarta (9) após comício em Quito.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, um porta-voz do grupo lê um comunicado no qual insinua que Villavicencio fez um acordo com o crime organizado e não cumpriu suas supostas promessas, segundo a Folha.

“Queremos deixar bem claro para toda a nação equatoriana que, cada vez que os políticos corruptos não cumprirem as promessas que estabelecemos quando recebem nosso dinheiro —e são milhões de dólares— para financiar suas campanhas, eles serão dispensados”, afirmou o porta-voz, rodeado de outros criminosos vestidos de preto e com máscaras cobrindo os rostos enquanto exibem armas de fogo.

Ele disse ainda que a organização criminosa pode realizar novos ataques e fez ameaças ao empresário Jan Topic, outro candidato na disputa à Presidência e sexto colocado numa pesquisa de intenção de voto divulgada no mês passado pelo instituto Cedatos, com 4,4% da preferência dos eleitores. “Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, você será o próximo.”

Segundo a rede britânica BBC, os Lobos são a segunda maior facção criminosa do Equador, com cerca de 8.000 membros. O grupo tem envolvimento com tráfico internacional de cocaína e é dissidente da organização Los Choneros, cujos componentes também foram acusados de ameaçar Villavicencio. As autoridades ainda não se manifestaram sobre o vídeo, e investigações estão em curso.

Horas após o assassinato, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção em todo o país. A medida, segundo o governo, visa a garantir a segurança da eleição, prevista para 20 de agosto.

“As Forças Armadas, a partir deste momento, mobilizam-se em todo o território nacional para garantir a segurança dos cidadãos, a tranquilidade do país e as eleições livres e democráticas em 20 de agosto”, disse Lasso, na madrugada desta quinta-feira, em discurso transmitido no YouTube.

Autoridades do país se reuniram em caráter de urgência na sede do governo após o ataque, que ainda deixou nove feridos, incluindo uma candidata ao Parlamento e dois policiais. De acordo com Lasso, o estado de exceção será válido por 60 dias e permitirá a presença dos militares nas ruas.

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Lula corre risco de vida

O alerta, dado por Sakamoto, no Uol, é perfeitamente coerente. Detalhe, Sakamoto fez este comentário por volta das 13h, logo depois veio a notícia do assassinato do presidenciável do Equador, Fernando Villavicencio.

E pelo histórico de Bolsonaro com a milícia, o caso Marielle, executada pelo miliciano Ronnie Lessa, a fala de Sakamoto ganha dimensão infinitamente maior, porque trata de um realidade nua e crua que precisa ter toda a atenção devida que o fato exige.

Sakamoto – Uol: Vida de Lula corre risco enquanto governo não fizer faxina no GSI

Leonardo Sakamoto comentou durante sua participação no UOL News desta quarta-feira (9) a notícia publicada pela colunista do UOL Carla Araújo, na qual o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Marcos Antônio Amaro dos Santos, confirmou que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, recebeu emails com informações de viagens e eventos do presidente Lula (PT).

Para Sakamoto, a informação mostra que a vida de Lula corre risco enquanto o governo não fizer uma faxina no GSI.

A informação que a Carla traz é gravíssima. Isso é espionagem, vazamento, podemos dar vários nomes para isso, é crime. Coloca em risco a própria vida do presidente da República. Mauro Cid não era mais o ajudante de ordens da Presidência da República para receber essas informações, era apenas mais uma pessoa e uma pessoa que participou ativamente das articulações golpistas de Jair Bolsonaro.

Sakamoto afirmou que o vazamento de informações sobre a segurança de Lula poderia ocasionar um atentado contra a vida do presidente e afirmou que a presença do bolsonarismo ainda é forte dentro do GSI.

O GSI é um terreno que tinha sido lavrado, semeado fortemente pelo general Augusto Heleno durante o governo Bolsonaro. O governo Lula deixou claro que não confiava no GSI, o que gerou até certo melindre por parte dos militares.

“Agora isso vem a confirmar que o governo Lula estava completamente correto em não confiar no GSI. Na chefia? Não, na estrutura, que estava vazando informações pessoais do presidente”, criticou.

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Lula para quem fez e quem não fez o L

É muito comum no universo político brasileiro um governante de direita entrar em atrito com a sociedade, desencadeado por poderes ocultos que cobiçam o controle do Estado.

Lula sempre soube que soberania não rima com tirania, e jamais considerou governar para uma parcela da sociedade, na verdade, todas as vezes em que Lula assumiu a presidência da República, casou-se com o Brasil. No entanto, mesmo cumprindo uma agenda extremamente positiva, proliferam na mídia assuntos miúdos e futricas brejeiras para tentar embaçar a visão dos brasileiros sobre o seu governo.

Sabemos que a mídia brasileira segue seu modus operandi, atacar Lula em bando e, exercendo o seu dever protocolar, dar as boas notícias a granel para que não ganhe a dimensão devida que possa contribuir para a popularidade de Lula.

Isso, sem falar que atritos, tragédias, desastres e terrorismo, vendem mais do que boas notícias.

Por isso é fundamental mostrar o que já está em plena execução, e não é pouca coisa, nesses sete meses de governo Lula.

As informações abaixo vêm do portal Pesquisas e Análises. Não custa nada dar uma passada de olho no que já foi feito pelo governo em benefício de todos os brasileiros, dos fizeram e dos que não fizeram o L.

  • O desemprego caiu para 8% no 2º trimestre, o menor índice para o período desde 2014
  • O Brasil gerou 1 milhão de empregos no 1º semestre, o 3º melhor início de governo em 34 anos
  • O Ministério da Educação anunciou um Instituto Federal, que contempla ensino básico, técnico e superior, no Complexo do Alemão
  • O Consumo nos lares cresce 7% em junho, ante o mesmo período de 2022
  • Lula vai ceder 500 imóveis abandonados do Governo Federal para a construção de moradias populares e escolas
  • Apontando melhora da economia, 4 agências internacionais elevaram a nota de crédito do Brasil: Fitch, S&P, Austin Ratings e DBRS
  • O IPCA-15 de julho veio com uma deflação de 0,08%, com quedas acentuadas de itens relacionados a programas ou iniciativas do Governo Federal, como a energia elétrica, que teve desconto mensal de R$ 15
  • O Governo prepara R$ 15 bilhões para renovar e modernizar máquinas da indústria nacional
  • Depois da Nestlé anunciar mais de R$ 2 bilhões em investimentos no Brasil, a Pepsico investirá R$ 1,2 bilhão na ampliação de fábricas apenas em 2023
  • O Desenrola Brasil limpou o nome de 3,5 milhões de brasileiros em apenas 15 dias (Febraban)
  • O Governo Lula suspendeu por 6 meses as parcelas de inadimplentes do Minha Casa Minha Vida
  • A gasolina e etanol caíram pela 3ª semana seguida, para R$ 5,55 e R$ 3,68, respectivamente
  • Após um aumento de 165% em multas ambientais na região, o desmatamento na Mata Atlântica despencou 42% nos 5 primeiros meses de 2023, em relação ao mesmo período de 2022

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Vídeo: Equatorianos se desesperam com tiroteio que matou o presidenciável Fernando Villavicencio

Circula nas redes sociais um vídeo com o povo equatoriano desesperado, alguns no chão, por conta do tiroteio que assassinou o candidato à presidência do país Fernando Villavicencio, do partido MC25, de centro-direita. O nome do presidenciável chegou ao trending topic, um dos principais assuntos do Twitter.

De acordo com as imagens (veja vídeo no final da matéria), várias pessoas ficaram esticadas no chão, para se esconder de possíveis balas perdidas, enquanto ainda ouviam barulhos de tiros. Muita gritaria e alguns homens dando orientações a eleitores dizendo onde eles deveriam ficar.

O Equador enfrenta, nos últimos anos, a violência ligada ao narcotráfico, que, durante o processo eleitoral, terminou com a morte de um prefeito e um candidato a deputado, além de ameaças a um presidenciável. A criminalidade aumentou em 2022, quando a taxa de assassinatos foi de 25 a cada 100 mil habitantes, enquanto, até junho, era de 18 em 2023.

https://twitter.com/i/status/1689433069206269952

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Vídeo: Assassinado candidato à presidência do Equador a 11 dias da eleição

A notícia foi confirmada pelos assessores do candidato à presidência

O candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, foi assassinato na noite desta quarta-feira, 9, com três tiros na cabeça. Ele saía de um encontro político na cidade de Quito quando foi baleado, de acordo com as agências de notícia do país.

Segundo o g1 e CNN, a notícia foi confirmada pelos assessores do candidato à presidência. O primeiro turno das eleições no Equador acontecem no dia 20 de agosto, para troca de presidente, vice-presidente e 137 parlamentares.

Villavicencio era um dos principais candidatos à presidência do Equador. Nas pesquisas de opinião, ele oscilava entre a segunda e a quinta colocação. As avaliações de tendências eleitorais do país é deficiente em comparação a outros países sul-americanos como Argentina, Uruguai e Brasil, que possuem institutos com maior índices de acerto.

Em junho, segundo o Centro de Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), Villavicencio estava em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Luisa González, do partido Revolução Cidadã (30%), Otto Sonnenholzner, da aliança Atuamos (13%) e Yaku Pérez, da coligação “Claro que é possível” (11%).

Em 20 de julho, a Cedatos, empresa de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, apontou que Villavicencio estava em segundo, com 13,2%, atrás apenas de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).

O pleito acontece no próximo dia 20, de forma antecipada, depois que o presidente Lasso decretou a chamada “morte cruzada”, que decretou a dissolução da Assembleia Nacional e reduziu o tempo de seu próprio mandato.

Vídeo nas redes sociais mostram o momento do atentado.

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Silvinei, bucha ou canhão?

Como atuará o ex-chefe da PRF, preso a pedido da PF? Será mais um para servir de bucha de canhão para Bolsonaro ou, numa delação, se transformará num canhão apontado para a testa do ex-presidente?

Bolsonaro já deixou claro que, durante quatro anos, foi fonte de ganho dos colaboradores mais servis.

Ou seja, se Bolsonaro explodir como um homem-bomba, manda para os ares gente como Silvinei Vasques, Anderson Torres, Mauro Cid, Carla Zambelli, e por aí vai.

Por isso Bolsonaro confia na lealdade pra lá de cega dos seus fieis colaboradores, porque todos têm o rabo preso no próprio corpo de Bolsonaro.

Não tem bobo na parada, ninguém fez nada por fanatismo ou ideologia, as investigações revelam isso, todos levaram um qualquer que não foi pequeno. A tentação era grande e, com certeza, o Pix ou coisa que o valha rolou solto para essa turma comer na mão do vigarista chefe.

Agora, é saber se, nos cálculos de Silvinei Vasques, é melhor fazer delação e conseguir um bom acordo com a justiça, ou o troço é tão pesado que ele não terá coragem de se arriscar numa exposição ainda maior, vendo-se cada vez mais enterrado.

Para todos esses colaboradores de Bolsonaro, o chão está mole, se andar, afunda, se ficar parado, também.

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Zanin pede à Justiça Eleitoral do Acre que investigue fala de Bolsonaro em 2018

Declaração do então candidato a presidente contra integrantes do PT foi feita em Rio Branco, durante a campanha eleitoral.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin enviou à Justiça Eleitoral do Acre um pedido para que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja investigado por fala em discurso na capital do estado, Rio Branco. Durante a campanha eleitoral de 2018, o então candidato à Presidência da República declarou que iria “fuzilar a petralhada” do Acre e mandá-la para “a Venezuela”.

“Vamos fuzilar a petralhada toda aqui do Acre. Vamos botar esses picaretas pra correr do Acre. Já que eles gostam tanto da Venezuela, essa turma tem que ir pra lá. Só que lá não tem mortadela galera, vão ter que comer é capim mesmo”, disse o candidato Bolsonaro, com um tripé nas mãos, simulando uma arma.

Com a decisão, Zanin atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República(PGR), feito naquele ano e que esteve parado durante os quatro anos de mandato de Bolsonaro no Palácio do Planalto. O órgão defendeu no Supremo o envio do caso para instâncias inferiores. A relatoria do caso estava com o ex-ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou compulsoriamente, abrindo a caga ocupada por Zanin.

O novo magistrado entendeu que, com o fim do mandato de Bolsonaro, sem mandato e inelegível por oito anos, houve a perda do foro privilegiado, cabendo o julgamento do caso em instâncias inferiores. “Com o advento do término do mandato de Presidente da República, no qual se encontrava investido o representado Jair Messias Bolsonaro, e não sendo ele reeleito para pleito subsequente, houve a superveniente causa de cessação da competência jurisdicional do Supremo Tribunal Federal”, declarou.

O pedido de investigação chegou ao Supremo ainda em 2018. Partidos que integravam a coligação de Fernando Haddad (PT), então adversário de Bolsonaro, pediram à Corte que o então deputado fosse investigado pelos crimes de injúria eleitoral, ameaça e incitação ao crime.

A solicitação ficou suspensa ao longo do mandato presidencial de Bolsonaro porque, de acordo com a Constituição, o presidente tem imunidade processual, ou seja, não pode ser responsabilizado por atos que não estão ligados ao exercício de suas funções durante o curso da gestão.

Este ano, a PGR enviou manifestação ao Supremo na qual defendeu a incompetência do STF para analisar o caso após a saída de Bolsonaro do Planalto. Sem analisar se houve crime na conduta de Bolsonaro, a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo declarou que o caso está em “estágio embrionário” e que não avançou na notificação do ex-presidente, já que o processo estava suspenso.

*Com O Tempo

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Saiu no lucro: Foi preso tarde demais

O depoimento de um servidor que apontou direcionamento em blitz da PRF no Nordeste contra Lula, arquitetada por Silvinei Vasques em sua tabelinha com Bolsonaro, não tem qualquer novidade, sequer precisa investigar, todos viram e muitos denunciaram a patifaria comandada por esse sujeito no dia 30 de outubro de 2022, quando do terceiro turno.

Apesar disso, Silvinei não foi preso em flagrante, o que deveria ter acontecido e parecia que essa questão estava trancada em alguma gaveta, hoje reaberta nove meses depois do crime praticado por um servidor contra a democracia.

Ou seja, para quem diz que Moraes tem agido com intolerância, convenhamos, tem que dobrar a língua, pois mais paciência com um sujeito como esse.

Alexandre de Moraes ameaçou prender Vasques, caso ele continuasse sabotando a constituição através de blitz da PFR no dia do segundo turno que impedia eleitores de Lula circularem livremente para exercerem o direito de votar.

Vasques, que foi preso em Santa Catarina e conduzido à Brasília nesta quarta-feira, está no lucro, não tem do que reclamar.

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Criança Esperança, da Globo, é acusado de capacitismo por pessoas com deficiência

Artistas e integrantes do segmento cultural com deficiência estão acusando a Globo de capacitismo pela forma como o Criança Esperança apresentou histórias desse público durante o programa, na noite de segunda (7).

Para eles, as narrativas exibidas na atração mostraram as pessoas com deficiência (PcD) em uma posição de “coitadas” ou como “seres iluminados”. Procurada, a Globo não se pronunciou até a conclusão deste texto.

“Queridos envolvidos com essa megaprodução [Criança Esperança], para fazer inclusão PcD com essa surra de capacitismo era melhor manter invisível mesmo”, criticou o cineasta Pedro Henrique França, em suas redes sociais.

“Essa narrativa quer nos manter nesse lugar de ‘coitados que vieram para dar exemplo de superação ao mundo'”, diz ele à coluna. “Não é isso o que queremos colocar para a sociedade enquanto comunidade”, acrescenta.

Na publicação, França também questiona a falta de pessoas com deficiência atuando como roteiristas ou diretoras neste tipo de atração. Ele cita ainda o Teleton, programa exibido no SBT, e que segue modelo semelhante ao do Criança Esperança, diz Mônica Bergamo, Folha.

A crítica feita por França foi repostada por outros artistas, a exemplo dos atores Tabata Contri e Gigante Léo.

“A gente merece muito mais do que essa visão assistencialista”, diz a atriz à coluna.

“Não estou dizendo que caridade é ruim. É um programa para arrecadar recursos. Mas a gente precisa de oportunidade, de acessibilidade, de ter o nosso direito de ir e vir sendo respeitado”, completa.

Ela diz concordar com França sobre a ausência de pessoas com deficiência inseridas no audiovisual para mudar esse olhar.

“Existe um lema dentro da comunidade de pessoas com deficiência que é muito importante: ‘Nada sobre nós sem nós’. Ou seja, não dá para decidir ou definir nada sobre uma pessoa com deficiência sem ela junto”, pontua Tabata.

“A gente precisa empoderar a pessoa com deficiência”, afirma. “Não precisamos que chorem ou sintam pena de nós. A gente precisa olhar para a pessoa com deficiência e sentir orgulho da história dela”, completa.

Pedro França também ressalta ser inadmissível que, ainda em 2023, atores sem deficiência sejam escolhidos para interpretar personagens cegos ou com nanismo, por exemplo. “Não dá mais para a gente admitir a desculpa que não existem profissionais”, diz.

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