Ano: 2023

Gilmar Mendes desarquiva investigação contra Bolsonaro por omissão na pandemia

O ministro do STF anulou decisão da Justiça Federal e pediu que a PGR analise relatório policial sobre o caso para emitir novo parecer.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou desarquivar investigação sobre omissão e supostas condutas criminosas de agentes públicos durante a pandemia de Covid-19. O magistrado anulou a decisão da Justiça Federal que decretava “arquivamento parcial” da ação.

Assim, considerando todo o relatório apresentado pela Polícia Federal, determinou que se abra vista ao procurador-geral da República dos autos das investigações.

Com o desarquivamento, a PGR volta a analisar se há indícios de condutas penais cometidas pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL); pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello; pela ex-secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Mayra Pinheiro; pelo coronel Antônio Élcio Franco; pelo ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten; e pelo ex-presidente do Conselho Federal de Medicina Mauro Luiz Ribeiro.

A decisão diz que a nulidade parcial foi proferida “por autoridade incompetente” e é cessada porque existem agentes com foro de prerrogativa nas investigações. O caso corre em sigilo.

Os citados são investigados por prevaricação, epidemia com resultado morte, emprego irregular de verba pública e falsa comunicação de crime.

Após denúncias e indícios levantados pela CPI da Covid, a procuradora da República Marcia Brandão Zollinger se manifestou pelo arquivamento parcial das investigações, por entender que não havia indícios de crime. A Justiça acolheu entendimento, agora derrubado por Gilmar Mendes, com o pedido de reavaliação.

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PL vai pedir que Bolsonaro ajude a controlar crise e racha o partido. É chamar a gasolina para apagar o fogo

A alta cúpula do PL pretende solicitar a intervenção de Jair Bolsonaro (PL) para “controlar” os deputados de sua tropa de choque dentro da legenda. “A ideia é que o ex-presidente ajude a ‘controlar’ os parlamentares radicais do PL que entraram em confronto com correligionários que votaram junto com o governo Lula na reforma tributária”, diz a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.

Nesta terça-feira (10), o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, o líder do PL na Câmara, o deputado Altineu Côrtes, o general Braga Netto, além de Bolsonaro, deverão participar de uma reunião para discutir uma estratégia de pacificação.

A alta cúpula do PL pretende solicitar a intervenção de Jair Bolsonaro (PL) para “controlar” os deputados de sua tropa de choque dentro da legenda. “A ideia é que o ex-presidente ajude a ‘controlar’ os parlamentares radicais do PL que entraram em confronto com correligionários que votaram junto com o governo Lula na reforma tributária”, diz a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.

Nesta terça-feira (10), o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, o líder do PL na Câmara, o deputado Altineu Côrtes, o general Braga Netto, além de Bolsonaro, deverão participar de uma reunião para discutir uma estratégia de pacificação.

O estopim da crise no PL foi o fato de 20 deputados da de legenda terem votado a favor da reforma. Nesta linha, Valdemar e Côrtes defendem que os parlamentares sejam punidos apenas se o PL tomar uma posição unificada sobre determinado assunto e o deputado votar contra a decisão.

No caso da reforma tributária, que desencadeou a briga interna, a alta cúpula apenas orientou os parlamentares a rejeitarem a medida. Por isso, interpreta-se que houve margem para alinhamento de parte da bancada com o governo no caso da reforma tributária.

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Dino determina que PF investigue discursos de evento com Eduardo Bolsonaro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou hoje que determinou que a PF (Polícia Federal) apure os discursos de ontem em um ato armamentista em Brasília, do qual participou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), segundo o Uol.

“Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos”, escreveu Dino nas redes sociais.

Eduardo Bolsonaro causou polêmica ao comparar “professores doutrinadores” a traficantes de drogas. “Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nosso filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior”, disse.

Fala foi condenada por deputados de oposição. Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que vai entrar com uma representação contra Eduardo no Conselho de Ética da Câmara. “Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune”, escreveu.

Discurso aconteceu em ato do grupo “Pró Armas”, que defende a flexibilização do porte e da posse de armas para cidadãos comuns, na Esplanada dos Ministérios, próximo à sede do Congresso Nacional.

Ao tomar posse, presidente Lula revogou uma série de decretos do antecessor, Jair Bolsonaro, que facilitavam acesso a armas. CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) buscam hoje um entendimento com o governo para reverter as mudanças.

Determinei à Polícia Federal que faça análise dos discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos.

— Flávio Dino (@FlavioDino) July 10, 2023
Veja mais reações à fala de Eduardo:

URGENTE! Vamos entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Bolsonaro.

Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune!

— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) July 10, 2023
“Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas”

Essa fala de Eduardo Bolsonaro deixa clara sua ignorância e mau-caratismo. São falas como essa que contribuem para que o Brasil seja um dos países que menos valoriza seus professores. Nojento! pic.twitter.com/GIH6uhp4uT

— Tabata Amaral (@tabataamaralsp) July 10, 2023
Eduardo Bolsonaro é um covarde! Num país marcado por atentados contra escolas, utilizar palanque de um evento armamentista pra incitar ódio contra professores e os igualar a bandidos é crime! Não vai ficar impune, estou acionando a PGR contra esse fascista agora mesmo!

— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) July 10, 2023
URGENTE! PSOL está entrando com Representação no Conselho de Ética contra o Eduardo Bolsonaro. Inadmissível comparar educadores com criminosos, isso não pode ficar impune. Imunidade parlamentar não é licença pra defender fascismo e estimular violência contra professores.

— Ivan Valente (@IvanValente) July 10, 2023

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Vídeo: Haddad viraliza ao tocar Blackbird, dos Beatles, para Natuza Nery

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi pego de surpresa na manhã desta segunda-feira (10), durante entrevista para a jornalista Natuza Nery, na GloboNews.

No decorrer da entrevista, ela comentou sobre o fato do ministro tocar violão. Do nada, apareceu o instrumento. Meio envergonhado, Haddad pegou e começou a dedilhar.

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Vídeo: O que Eduardo Bolsonaro fez foi convocar seus cachorros loucos para atacar professores à bala

Num ato com um grupo pró-armas, ocorrido no sábado, em Brasília, Eduardo discursou para os adoradores de armas, gente que tem admiração pela violência. E o discurso dele prova isso, o que dá um peso infinitamente maior do que uma declaração em um PodCast qualquer.

O que Eduardo Bolsonaro fez foi plantar uma semente de violência e ódio contra os professores. Os motivos podem ser muitos, mas certamente o discurso, que continha uma carga de toxicidade, é de um delinquente.

Ou seja, qualquer ataque que uma escola vier a sofrer, é culpa de Eduardo Bolsonaro. Qualquer professor que venha a sofrer agressão física ou verbal, terá sido consequência de um discurso de quem se vê derrotado com a derrota do seu pai nas urnas e mantém grupos em redes sociais que pregam violência de forma genérica, como se fosse um procedimento natural, não criminoso.

O que nutre o bolsonarismo armado é o confronto com a constituição, com a justiça, com a lei, exatamente como pensa e age a milícia, que nunca foi alvo de crítica do clã. O motivo, todos sabem.

Bolsonaro sempre foi um adorador de milicianos que seguem suas próprias leis, sobretudo de extermínio.

Portanto, o que a sociedade espera é que tenha uma punição severa contra essas figuras nefastas, com cassação de mandato e a consequente prisão, porque tudo foi feito com método, tendo os professores como isca para atrair uma falange que ainda segue digitalmente aglomerada e mantê-la no curral político do clã Bolsonaro.

O Ministério Público tem que agir, assim como todo o sistema de justiça, porque se hoje os professores são alvo dessa gente, amanhã poderá ser qualquer classe, inclusive gente do próprio judiciário.

Dia 8 de janeiro deixou isso bem claro, que essa falange está disposta a tudo para não perder o poder.

O Estado precisa dar uma resposta contundente para que isso cesse imediatamente.

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Lira mostra controle do plenário, leva centrão para governo Lula e agora abraça o mercado

Pauta econômica enverniza figura de líder do centrão, que detém monopólio da Câmara e negocia emendas.

Arthur Lira (PP-AL) já tinha alcançado conquistas expressivas para o centrão, bloco que lidera. Em dois anos e meio na presidência, ele tem fortalecido as bases para que o grupo possa continuar com o monopólio da Câmara e poder sobre o Orçamento. Na semana que passou, deu outro passo relevante: deixou agora também sua marca definitiva com o mercado financeiro, diz a Folha.

Reeleito com a votação recorde de 464 deputados, o presidente da Câmara usou o capital político que tem no plenário para aprovar a Reforma Tributária —um feito histórico, aguardado há mais de três décadas.

Em menos de uma semana, o deputado alagoano fez o clima mudar em Brasília e costurou o apoio de governadores e partidos para a Reforma Tributária atingir 382 votos. Eram necessários 308, por ser uma PEC (proposta de emenda à Constituição).

Ao longo das suas duas gestões na presidência da Casa, Lira foi se posicionando com acenos ao mercado, construindo seus mandatos como um defensor de pautas liberais, fez projetos serem aprovados e agora consolida de vez sua imagem com empresários e investidores.

Os laços mais estreitos eram uma meta clara do deputado, que teve início ainda no período de seu antecessor, Rodrigo Maia (PSDB-RJ), justamente na tentativa de rivalizar com ele. Na época, Maia conseguiu se firmar com o mercado, carimbando seu nome com a aprovação da Reforma da Previdência.

Se a PEC for aprovada também pelo Senado, Lira irá conduzir votações de projetos complementares para concluir o quebra-cabeça da Reforma Tributária até o fim de sua gestão, em janeiro de 2025.

Isso dará reiteradas oportunidades para o alagoano se firmar como o queridinho do mercado e buscar envernizar a figura de líder do centrão.

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu um empurrão para esse projeto de Lira. A investigação sobre supostos desvios em contratos de kits de robótica, que envolve aliados do presidente da Câmara e repasses de emendas, foi suspensa enquanto o deputado desatava os nós para as votações no plenário.

Desde o governo Jair Bolsonaro (PL), Lira construiu um espólio valioso para os deputados. A gorda fatia do Orçamento para emendas consolida o processo de independência e fortalecimento da Câmara, iniciado lá no governo de Dilma Rousseff (PT).

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Briga generalizada no WhatsApp: deputados do PL trocam xingamentos sobre voto na Reforma Tributária e ameaçam saída do partido

Líder da sigla, Altineu Côrtes decidiu bloquear o grupo após desentendimento generalizado.

Três dias após se dividirem na votação da Reforma Tributária na Câmara, deputados do PL, partido de Jair Bolsonaro, decidiram lavar a roupa suja em um grupo de WhatsApp da bancada. Mensagens obtidas pelo Globo e confirmadas por cinco dos envolvidos mostram uma discussão acalorada neste domingo, com xingamentos, acusações e até ameaça de saída da legenda.

Após a discussão no grupo, alguns parlamentares favoráveis à reforma admitem a possibilidade de pedir à Justiça para deixar o PL sem ferir a regra de fidelidade partidária. Eles são minoria no partido, que tem 99 deputados e se tornou o maior da Câmara após a filiação em massa de aliados de Bolsonaro. Na votação em primeiro turno da proposta que muda o sistema de impostos do país, a sigla deu 20 votos a favor, enquanto 75 foram contrários.

Na tarde deste domingo, diante do debate acalorado, o líder da sigla, Altineu Côrtes (PL-RJ), decidiu bloquear o grupo. Assim, ninguém mais foi permitido a enviar mensagens.

Já era tarde. Expressões como “melancias traidores” (comunista) e “extremistas” deram o tom da nova realidade da sigla: “Tá igual o PSL”, comentou um dos deputados. Antes de se fundir com o DEM, o PSL se desintegrou em 2019 após apoiadores fiéis a Bolsonaro e outra parte da bancada entrar em uma briga fratricida.

Antes de bloquear o grupo, Côrtes informou aos parlamentares que conversaria com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e com Bolsonaro, sobre a situação. Procurado, ele não quis comentar a briga entre os deputados.

A discussão no grupo do PL esquentou quando Vinícius Gurgel (PL-AP) passou a reclamar de “extremistas” e da perseguição aos 20 parlamentares favoráveis à reforma nas redes sociais — Gurgel foi um dos deputados da sigla que apoiaram a proposta. Segundo um deputado próximo a ele, o acirramento dos ânimos vem desde a votação do arcabouço fiscal.

“Só não fico ofendendo nas redes sociais quem vota de um jeito, então peço respeito, cada um tem seu eleitor!”, escreveu o parlamentar, que tentou se diferenciar dos bolsonaristas: “Não sou esquerda e nem de direita, sou conservador somente! Se quiserem pedir minha suspensão de comissões, expulsão, do jeito que vier tá bom! Não é comissão que vai me eleger!”.

Fiel apoiadora de Bolsonaro, Julia Zanatta (PL-SC) atribuiu as reclamações à atitude de quem fica “choramingando”. “Não sei por que tanto choro”. “Se tinham tanta certeza do voto, por que estão se explicando até agora?”.

Os parlamentares então passaram a discutir a possibilidade de o partido ter duas lideranças distintas para representar os grupos divergentes. Carlos Jordy (RJ), alinhado a Zanatta, reagiu: “Para mim está muito claro: o PL não vai retroagir, o caminho é consolidar-se como o maior partido conservador, de direita, de oposição no Brasil. E aqueles que não aceitam essa posição devem sair do partido”.

Júnio Amaral (PL-MG), também aliado de Jordy e Zanatta, foi além, sugerindo que os 20 deputados votaram por outro motivo, que não o apoio ao texto. “Essas tentativas de justificar o voto aqui no grupo da bancada fica parecendo que nós, bolsonaristas, somos otários para acreditar que se trata de um posicionamento verdadeiro a favor do texto, me ajuda aí. Como se ninguém soubesse como funciona”, escreveu Amaral.

Gurgel rebateu pedindo que o correligionário pedisse sua expulsão do partido. “Amigo, pede minha expulsão! Aqui não tem clima mais com vcs!!”, respondeu Gurgel a Júnio Amaral.

Em meio ao barraco, o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro General Pazuello, eleito em 2022 deputado pelo Rio de Janeiro, surgiu tentando apaziguar os ânimos. “Está faltando política nestas discussões!! Srs, considerando que sou um calouro nesta legislatura, peço desculpas caso escorregue em algumas ideias. O nome do nosso partido é Partido Liberal, só pelo nome não cabe radicalismo e acusações!”.

Não teve sucesso. A discussão prosseguiu com Gurgel afirmando que o partido parecia “casamento forçado”. Ele lamentou: “Tristeza vcs terem vindo pro PL”.

André Fernandes (PL-CE), também da ala mais bolsonarista da legenda, pergunta: “Vcs quem?”. Gurgel responde: “Vc, amigo, é um deles, pede expulsão, não respeita! Preferia vc em outro partido”. Fernandes rebate: “Não me chame de amigo. Não lhe dei essa liberdade”.

O bolsonarista também diz: “Tá achando ruim? Pede para sair”. A resposta: “Na hora certa”.

A discussão então descamba para acusações sobre processos a que os parlamentares respondem quando o deputado youtuber Gustavo Gayer (PL-GO) entra no debate.

Procurada, Julia Zanatta lamentou que a briga no grupo de WhatsApp tenha se tornado pública, mas disse manter o que disse. Segundo ela, há um “incômodo” entre a minoria da sigla com os parlamentares que votaram a contra a Reforma Tributária.

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Escolher um novo PGR, ou reconduzir Aras, é a nova meta do marco civilizatório e democrático de Lula para o País

Uma pasta vermelha com o brasão da República repousa sobre as mesas de trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tanto no Palácio do Planalto quanto no Palácio da Alvorada. Dentro dela encontram-se os perfis analíticos de cinco homens cujos destinos para o biênio 2023-2025, que se inicia em setembro próximo, no Ministério Público Federal, e serão determinados pelo ex-sindicalista encarcerado injustamente por 580 dias antes de ser reeleito para um terceiro mandato presidencial.

São eles: Paulo Gustavo Gonet Branco, Antônio Carlos Bigonha, Carlos Frederico dos Santos, Humberto Jacques de Medeiros e Augusto Brandão de Aras. Um, dentre esse quinteto, será escolhido por Lula para a Procuradoria Geral da República antes que se encerre o mês de agosto. E, de toda sorte, vale a ressalva que se faz mister: sim, o atual procurador-geral integra o grupo e tem chances reais de ser reconduzido para novo período de dois anos à frente da instituição conspurcada e vilipendiada por uma milícia arrivista que se entrincheirou em Curitiba (PR), cometeu os mais atrozes e variados crimes e desmandos sob o beneplácito da mídia corporativa e atacou o País por dentro do próprio Estado e por meio de uma espécie de exército mercenário que atendia pela alcunha de “Operação Lava Jato”.

Quem não tem chance alguma de sonhar com o posto é qualquer um dos integrantes do trio Luiza Frischeisen, Mário Bonsaglia e Luiz Adonis, fiéis depositários do maior número de votos num certame de votação conduzido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Não foi o fato de se submeterem à ANPR que os deixou sem chances, mas, sim, o fato de serem lavajatistas em nuances diversas de gradação.

O quinteto de perfis que preenche a pasta vermelha de Lula tem na trajetória do próprio Aras e na repulsa comum ao lavajatismo pernicioso que se instalou como um fungo oportunista no MPF, um ponto em comum que os une e explica estarem ali.

Bigonha e o atual PGR formaram um dia uma dupla – podiam até ser chamados reciprocamente de melhores amigos. Afastaram-se à medida que o nome de Aras se consolidava, em 2019, como aquele a ser designado pelo então presidente Jair Bolsonaro. Gonet Branco, subprocurador-geral eleitoral atuando junto ao Tribunal Superior Eleitoral e responsável pelo relatório duro e repleto de provas que sustentou a sentença de inelegibilidade do ex-presidente; Carlos Frederico, subprocurador-geral encarregado de coordenar os inquéritos decorrentes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e Humberto Jacques, ex-vice-procurador-geral que denunciou a existência de processos “invisíveis” na sede do MPF e as gravações ilegais da Lava Jato em Curitiba tiveram, todos, as carreiras projetadas no transcurso dos dois mandatos de Augusto Aras. Dele, nunca deixaram de receber estrutura e liberdade para trabalhar.

Resta saber se todos eles terão a disposição que o procurador-geral demonstrou ter, nesses quatro anos, para enfrentar e desestruturar as bases do lavajatismo enquanto recebia ao revés uma chuva de projéteis traçantes iluminados por um jornalismo alimentado pelo denuncismo atroz e acrítico. Esse foco é determinante para a decisão presidencial. O exército mercenário de Curitiba minou o terreno interno do Ministério Público Federal, que hoje é uma instituição conflagrada e vive um processo de insubordinação a seus marcos legais e aos paradigmas impostos pela Constituição de 1988.

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Lula tem pista livre para fazer o Brasil levantar voo porque faz política, como é comum nas grandes democracias

Antigamente, minha mãe tinha somente uma opção quando queria usar molho na macarronada, o extrato de tomate elefante da Cica, prato comum nos feriados das famílias dos operários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), como meu pai.

Hoje, há um número sem fim de molhos e extratos de tomate, que se esmeram na disputa do mercado por fazer misturas com ervas, azeitonas, etc.

O nome disso é política de venda. Mas não para aí. Para se consolidar no mercado, há outras medidas, mas a principal é a política de preços.

Ou seja, custo-benefício acaba sendo o fiel da balança, assim como a política de governo que, muitas vezes precisa governar em dueto, trio, quarteto, conforme a definição das urnas.

É assim que funciona uma democracia de verdade. Não existe poder absoluto, cada passo é negociado. Ninguém pode tudo, mas ninguém que governa pode entregar tudo.

É aí que entra a habilidade do governante para conseguir maioria no Congresso para aprovar as suas propostas e projetos, com menos sobressalto possível.

Esse negociador tem que ser original, ter seus próprios métodos para avançar nas negociações.

Lula tem esse dom inato, mas foi ganhando musculatura como líder sindical na hora de construir pontes para aumentar os direitos dos trabalhadores e, consequente, tornou-se a maior liderança sindical da história desse país.

Como deputado, mesmo mantendo uma postura mais discreta, Lula continuou sendo uma grande liderança.

Como presidente da República por dois mandatos, negociou cada avanço do seu governo. Terminou sua jornada de 8 anos com inéditos 87% de aprovação. A maior aprovação de um chefe de Estado no mundo naquele período.

Ninguém mais que Lula sabe o caminho das pedras, daí o resultado extraordinário em apenas seis meses de governo, inclusive com votos da oposição.

Aquela mídia que dizia que Lula não governaria como antes por não ter maioria no Congresso e não ter projeto de país, tem que admitir que o Brasil já avançou bastante nesses seis meses em que Lula preparou terreno para deixar a pista livre para o Brasil voar para um novo patamar econômico, político e social e, novamente, ser um dos protagonistas na geopolítica global.

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Peru declara emergência de saúde por surto de síndrome de Guillain-Barré; entenda a doença

Mais de 180 casos foram registrados entre janeiro e julho deste ano; quatro pessoas morreram.

O governo peruano declarou emergência nacional de saúde por 90 dias, neste domingo, devido a um surto incomum de casos de síndrome de Guillain-Barré, após a morte de quatro pessoas por essa doença que afeta o sistema nervoso, diz  O Globo.

Foi “declarada Emergência Nacional de Saúde por um período de 90 dias devido ao aumento inusitado de casos da Síndrome de Guillain Barré”, diz um comunicado do Ministério da Saúde. A emergência abrange as 25 regiões do país.

— Houve um aumento significativo nas últimas semanas, o que nos obriga a tomar medidas como Estado para proteger a saúde e a vida da população —, disse o ministro da Saúde, César Vásquez, à imprensa.

O ministro explicou que esta declaração vai permitir a compra de imunoglobulina para o tratamento de pacientes com a doença nos próximos dois anos.

O número de mortos pela síndrome subiu para quatro, e os casos ultrapassaram 180 entre janeiro e julho, segundo novo balanço do ministério.

Entenda a doença
A rara síndrome autoimune se manifesta como uma fraqueza muscular progressiva que surge em um período de duas a quatro semanas e pode afetar o sistema respiratório. Um de seus sintomas mais frequentes é o formigamento e a falta de força nas extremidades. A síndrome costuma ser provocada por um processo infeccioso anterior.

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, diversas infecções são associadas à Síndrome de Guillain Barré, sendo a causada pelas bactérias Campylobacter, que provoca diarreia, a mais comum.A doença leva o próprio sistema imunológico a atacar partes do sistema nervoso que conectam o cérebro com outras partes do corpo.

Ainda segundo o Ministério da Saúdel, a maior parte das pessoas percebe como primeiros sintomas da síndrome uma sensação de dormência ou queimação nas extremidades dos membros inferiores (pés e pernas) e, em seguida, nos superiores (mãos e braços).

Veja todos os sintomas:

  • Sonolência;
  • Confusão mental;
  • Coma;
  • Crise epiléptica;
  • Alteração do nível de consciência;
  • Perda da coordenação muscular;
  • Visão dupla;
  • Fraqueza facial;
  • Tremores;
  • Redução ou perda do tono muscular;
  • Dormência, queimação ou coceira nos membros.

A síndrome não tem cura, porém há tratamentos que conseguem aliviar os sintomas e impedir o avanço da doença. Ele pode envolver medicamentos como imunobiológicos, procedimentos de transfusão de plasma sanguíneo e técnicas de reabilitação.

O Ministério da Saúde também aponta que são registrados de 1 a 4 casos da síndrome a cada 100 mil pessoas anualmente no Brasil, especialmente entre os 20 e 40 anos de idade.

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