Ano: 2023

Revelação: Plano golpista de Bolsonaro tinha apoio do GSI para grampear Moraes e impedir a posse de Lula

Em 9 de dezembro do ano passado, Lula ainda não havia sido diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), manifestantes continuavam acampados em frente aos quartéis pedindo intervenção militar e Jair Bolsonaro quebrou o silêncio após mais de um mês de uma reclusão voluntária. Na tarde daquele dia, o presidente reapareceu no famoso cercadinho do Palácio da Alvorada, se desculpou por eventuais erros, disse que seu futuro dependia dos apoiadores e exaltou sua ligação com as Forças Armadas – um discurso aparentemente sem sentido para quem não havia dito uma única palavra até então sobre a derrota nas urnas. O fato é que Bolsonaro, assim como muitos de seus aliados, ainda acreditava numa virada de mesa. Logo depois do enigmático pronunciamento do cercadinho, ele participou de uma reunião na qual revelou a arquitetura de um plano para anular o resultado das eleições, impedir a posse de Lula e permanecer no poder – uma investida que não prosperou porque um dos escalados para executar a operação se recusou a participar da trama. As informações são da Veja.

As indicações de que o ex-presidente da República se envolveu numa tentativa de conspirata estão num conjunto de mensagens a que VEJA teve acesso. Faltavam 21 dias para terminar o governo e Bolsonaro ainda não havia reconhecido o resultado da eleição. Deprimido, repetia a todo instante que o processo havia sido fraudado e que era preciso mostrar isso de maneira clara ao país. Com o apoio de um grupo muito restrito, foi elaborado então o seguinte plano: alguém de confiança do presidente se aproximaria do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, devidamente equipado para gravar as conversas do magistrado com o intuito de captar algo comprometedor que servisse como argumento para prendê-lo. Esse seria o estopim que desencadearia uma série de medidas que provavelmente atirariam o país numa confusão institucional sem precedentes desde a redemocratização. Na reunião do Alvorada, Bolsonaro descreveu os detalhes dessa operação. Estavam presentes, além dele, dois parlamentares aliados: o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Uma das mensagens obtidas por VEJA foi enviada por Marcos do Val a Alexandre de Moraes no dia 12 de dezembro, às 20h56, três dias depois da reunião no Palácio da Alvorada. Nela, o congressista pede para falar pessoalmente com o magistrado, diante da gravidade do que havia tomado conhecimento. “Dia emblemático”, escreveu o parlamentar, remetendo aos acontecimentos registrados em Brasília naquelas últimas horas. Pela manhã, Lula havia sido diplomado pelo TSE. À tarde, manifestantes bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal para resgatar um preso, seguido de um confronto com a polícia e atos de vandalismo que deixaram um rastro de destruição pela cidade. Depois da ressalva inicial, Do Val justificou a urgência em encontrar o ministro: “Precisava falar como foi o encontro com o PR e o DS”. PR era o presidente da República. DS era o deputado Daniel Silveira. O senador relatou que os dois haviam lhe convidado para participar do que ele definiu como “uma ação esdrúxula, imoral e até criminal”. O ministro agendou o encontro pessoal para dali a dois dias.

Moraes já estava informado de que algo estranho estava sendo tramado. Um primeiro alerta havia sido feito pelo próprio Marcos do Val. Dois dias antes da reunião no Alvorada, o senador foi procurado por Daniel Silveira durante uma sessão do Congresso. O deputado disse que Bolsonaro tinha um assunto importante e urgente para falar com ele. Na sequência, ligou para o presidente e passou o telefone ao senador. Foi uma conversa rápida, na qual o mandatário comentou apenas que tinha uma questão que precisava ser resolvida de imediato e perguntou se o senador não podia “dar um pulinho” no palácio. O encontro foi combinado para dois dias depois. Daniel Silveira é investigado num inquérito sigiloso conduzido por Alexandre de Moraes, já foi condenado e preso por ameaça ao estado democrático de direito. Do Val sabia disso e, preocupado em se envolver em algo que pudesse prejudicá-lo, achou por bem comunicar o ministro sobre a reunião com o presidente da República e o deputado.

A preparação para a reunião foi cercada de cuidados absolutamente incomuns. Por sugestão de Daniel Silveira, ficou combinado que ele e o senador se refeririam ao encontro apenas por códigos. No dia marcado, o deputado passou uma mensagem de áudio a Marcos do Val para instruí-lo sobre como chegar ao destino, de maneira discreta, sem serem vistos: “Vou te mandar a minha localização, mas tu não entra não, no Alvorada. E nem chega perto da entrada. Tu não vai aparecer. Tu vai parar o carro no estacionamento que eu vou te mandar a localização. Eu vou estar ali. O carro vai vir buscar a gente”. E assim foi. Por volta das 17h30 do dia 9, Marcos do Val seguiu com seu motorista até a localização enviada pelo deputado por GPS – um via que dá acesso ao Palácio do Alvorada, próxima ao Palácio do Jaburu, a residência oficial do vice-presidente. Lá, distante de olhos curiosos, os dois embarcaram num carro da segurança do presidente da República até o Alvorada, que fica alguns metros à frente, onde entraram sem deixar qualquer registro na portaria.

A reunião com o presidente durou cerca de 40 minutos. Era uma sexta-feira. Bolsonaro recebeu os visitantes vestido de bermuda, camisa de mangas curtas e chinelo. Os três falaram sobre vários temas, do acampamento de manifestantes em frente aos quartéis até as supostas fraudes no processo eleitoral. Neste instante, Daniel Silveira interveio, disse que o senador era uma pessoa de sua confiança e pediu ao presidente que apresentasse a ideia que “salvaria o Brasil”. Bolsonaro e seus auxiliares atribuem a derrota do presidente a interferências do ministro Alexandre de Moraes durante a campanha eleitoral. Acreditavam que poderiam provar isso caso conseguissem se aproximar do magistrado e gravar suas conversas. Captar um diálogo que sugerisse algo nessa direção pavimentaria o caminho para o que se pretendia na sequência: prender o ministro, impedir a posse de Lula, anular as eleições… “Você será um herói nacional”, exaltou o deputado.

Do Val quis saber como isso seria feito. Bolsonaro disse que já tinha acertado com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão responsável pela segurança do presidente e que tem a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sob seu organograma, que daria o suporte técnico à operação, fornecendo os equipamentos de espionagem necessários. Apenas cinco pessoas teriam conhecimento do plano. Três estavam na reunião: Jair Bolsonaro, Daniel Silveira e Marcos Do Val, a quem caberia a tarefa de gravar Alexandre Moraes, caso aceitasse a missão. O senador foi escolhido porque conhecia o ministro há mais de uma década. Era, portanto, o personagem certo para se aproximar do magistrado sem levantar suspeitas e montar a armadilha que, nas palavras de Bolsonaro, “iria salvar o Brasil”. Do Val pediu um tempo para pensar na proposta. Mas havia pressa. Muita pressa.

No dia seguinte à reunião, Silveira enviou uma série de mensagens ao senador cobrando uma resposta. Na primeira delas, reafirmou que Do Val poderia ficar tranquilo, que a missão era segura. Repetiu que apenas três pessoas sabiam do plano, e outras duas tomariam conhecimento apenas após a conclusão da primeira etapa da operação – “cinco estrelas”, destacou, fazendo supor que os dois personagens ocultos seriam militares. O deputado reforçou que a coisa toda era tão sigilosa que “nem o Flávio saberá”, se referindo ao filho do presidente, Flávio Bolsonaro. “Estarei em QAP até o comando do 01 para irmos até lá”, acrescentou. No jargão policial, QAP significa “na escuta”, de “prontidão”. Por último, Silveira lembrou que “o conteúdo” captado seria utilizado exclusivamente para pautar a “ação” que já estaria “desenhada e pronta para ser implementada”. O senador não respondeu.

Percebendo a hesitação do colega e preocupado com o tempo, Silveira continuou insistindo. “Não há riscos. Caso não extraia nada, é descartado o conteúdo e ninguém saberá.” E voltou a destacar a importância da missão: “Não sei se você compreendeu a magnitude desta ação. Ela define, literalmente, o futuro de toda a nação”. O deputado pede ao senador que ele não comente nada com absolutamente ninguém. Do Val continuou sem responder. Numa terceira mensagem, Silveira lembrou que as “escutas usadas em operações especiais” já estavam à disposição. E reforçou mais uma vez o apelo: “Se aceitar a missão, parafraseando o 01, salvamos o Brasil”. Zero Um é o presidente da República. Por fim, numa quarta e última mensagem, o deputado lembra que “pessoas muito importantes e relevantes” estão envolvidas na operação e que todos depositavam nele “uma esperança sem precedentes”. Nada de resposta.

No dia 14 de dezembro, na data agendada pelo ministro para o encontro com o senador, o Supremo Tribunal Federal julgava a legalidade do chamado orçamento secreto. No intervalo da sessão, Alexandre Moraes deixou o plenário e, de toga, foi até o salão branco do prédio, onde Marcos do Val já o aguardava, conforme o combinado. A conversa foi rápida, durou apenas alguns minutos. O parlamentar narrou detalhes do encontro que teve com o presidente, da proposta indecorosa que recebeu e os objetivos abjetos do plano. Acostumado nos últimos tempos a lidar com as mais mirabolantes teorias da conspiração, Moraes fez um único comentário: “Não acredito”, disse em tom de espanto. À noite, depois de relatar o caso ao ministro e convicto de que estava se envolvendo em algo perigoso, Do Val finalmente respondeu às mensagens de Daniel Silveira. “Irmão, vou declinar da missão”, escreveu, sem dar maiores explicações. O deputado assentiu: “Entendo, obrigado”.

O Brasil atravessou momentos críticos em sua história recente. Depois de uma ditadura militar de 30 anos, o país enfrentou monumentais crises econômicas, suportou governos incompetentes e corruptos, convive até hoje com o flagelo da fome e o eterno desafio de superar a pobreza. Mesmo diante de mazelas que colocam o país num lugar de destaque na escala de subdesenvolvimento social e político, ainda assim parece demais imaginar que um presidente da República seja capaz de se reunir com um senador e um deputado para planejar uma operação tão aloprada. Menos de 24 horas depois do encontro entre Do Val e Alexandre de Moraes, no dia 15 de dezembro, o ministro multou Daniel Silveira em 2,6 milhões de reais. O parlamentar teria desrespeitado as medidas cautelares que é obrigado a cumprir. Ele está impedido de dar entrevistas, proibido de usar as redes sociais, não pode comparecer a eventos públicos, precisa manter distância de outros investigados e é obrigado a usar tornozeleira eletrônica.

Todos os citados no caso foram procurados por VEJA. O agora ex-deputado (o mandato dele terminou na última terça-feira) informou, por intermédio de seus advogados, que estava impedido pela Justiça de falar com jornalistas. Na quinta-feira, ele foi preso por determinação de Alexandre de Moraes. O ministro, também através de sua assessoria, disse que não comentaria o caso. Jair Bolsonaro viajou para os Estados Unidos alguns dias depois da reunião no Palácio da Alvorada e não foi encontrado pela reportagem. Já Marcos do Val confirmou ter participado da reunião com o então presidente, admitiu ter ouvido os detalhes do plano e, se dizendo assombrado, decidiu relatar a Alexandre de Moraes aquela que teria sido a derradeira tentação do ex-presidente. Na quinta-feira, o senador anunciou que renunciaria ao mandato.

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Daniel Silveira é preso em Petrópolis, um dia após ficar sem mandato de deputado

Daniel Silveira é preso em Petrópolis, no Rio, um dia após ficar sem mandato de deputado.

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (2) o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do descumprimento de medidas cautelares também definidas pelo tribunal – como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais.

Na decisão, Moraes diz que Silveira agiu com “completo desrespeito e deboche” diante de decisões judiciais do Supremo Tribunal Federal.

O ministro do Supremo também destacou que o ex-deputado danificou a tornozeleira eletrônica que tinha de usar e continuou com ataques ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral, “colocando em dúvida o sistema eletrônico de votação auditado por diversas organizações nacionais e internacionais”.

Fontes da Polícia Federal afirmam que mais de R$ 270 mil foram apreendidos na casa do ex-parlamentar no momento da prisão.

Com apoio de Bolsonaro, Daniel Silveira se candidatou ao Senado pelo Rio de Janeiro, em outubro de 2022. Ele recebeu 1,5 milhão de votos, mas não se elegeu.

Com isso, ficou sem mandato e perdeu o foro privilegiado nesta quarta (1º), quando os novos parlamentares tomaram posse.

Dinheiro vivo apreendido na casa do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), no Rio — Foto: Reprodução

Suspensão do porte de arma

Além de mandar a PF prender Silveira, Alexandre de Moraes determinou:

  • suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome do ex-deputado;
  • suspensão pelo Exército de certificados em nome de Silveira de registro de autorização para atividades de colecionamento de armas de fogo, tiro desportivo e caça;
  • cancelamento de todos os passaportes emitidos em nome do ex-parlamentar.

Daniel Silveira está sujeito a medidas cautelares desde que foi condenado pelo STF, em abril de 2022, por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a autoridades e instituições.

A pena de 8 anos e 9 meses de prisão foi perdoada por Jair Bolsonaro, mas as medidas complementares (como tornozeleira e multa) seguiram em vigor (relembre no vídeo acima).

Desde então, o STF já havia multado Daniel Silveira por descumprimento dessas medidas cautelares, mas não havia determinado prisão ligada ao caso.

O parlamentar também é alvo de outras restrições, como a proibição de uso das redes sociais – que o parlamentar também burlou.

*Com G1

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Aos 73 anos, Morre a jornalista Glória Maria

Ela estava internada, tratando um câncer, e deixa duas filhas.

Morreu nesta quinta-feira (2), aos 73 anos, a jornalista e apresentadora Glória Maria. Ela estava internada, tratando um câncer, mas a causa de sua morte ainda não foi confirmada. Glória deixa duas filhas, Maria e Laura.

A jornalista estava afastada do “Globo Repórter” há mais de três meses, por conta do tratamento. O último programa apresentado por ela foi a edição do dia 5 de agosto de 2022. Ela trabalhava no “Globo Repórter” há 12 anos. Em 2019, Gloria Maria passou por uma cirurgia de emergência para a retirada de um tumor no cérebro, descoberto repentinamente, após um desmaio. Depois da cirurgia, a apresentadora ainda fez um tratamento com a radioterapia e imunoterapia.

Nascida em Vila Isabel, zona Norte do Rio, filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, Glória Maria Matta da Silva se formou em jornalismo na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e entrou na TV Globo como rádio-escuta na editoria Rio da emissora. Mais tarde, foi efetivada como repórter. Sua primeira entrada ao vivo foi em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. Ela foi a repórter que entrou ao vivo na primeira matéria a cores do “Jornal Nacional”, em 1977.

Mais tarde, ela virou âncora de programas como “RJTV”, “Jornal Hoje”, “Bom dia Rio” e “Fantástico”. Este último, aliás, ela apresentou por um longo período, de 1998 a 2007, embora já fizesse parte da equipe desde 1986. No Fantástico, Glória Maria entrevistou diversas personalidades como Michael Jackson, Harrison Ford, Nicole Kidman, Leonardo Di Caprio e Madonna. Também ficou conhecida por matérias especiais em lugares exóticos, tendo visitado mais de 100 países. Glória Maria também participou da cobertura da guerra das Malvinas (1982), da invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista (1996), dos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e da Copa do Mundo na França (1998), entre outras.

*Com O Globo

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Senador Marcos do Val revela que Bolsonaro tentou convencê-lo a dar golpe e anuncia renúncia

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou na madrugada desta quinta-feira que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou coagi-lo para dar um golpe de estado. A investida, segundo o parlamentar, foi recusada e prontamente denunciada. O senador também anunciou que vai renunciar ao mandato.

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— Eu ficava puto quando me chamavam de bolsonarista. Vocês me esperem que vou soltar uma bomba. Sexta-feira vai sair na Veja a tentativa de Bolsonaro de me coagir para que eu pudesse dar um golpe de estado junto com ele, só para vocês terem ideia. E é lógico que eu denunciei — afirmou do Val.

Após a transmissão, Marcos do Val usou sua conta no Instagram para reforçar o que havia declarado anteriormente. O parlamentar capixaba comunicou sua “saída definitivamente da política”.

“Perdi a convivência com a minha família em especial com minha filha. Não adianta ser transparente, honesto e lutar por um Brasil melhor, sem os ataques e as ofensas que seguem da mesma forma. Nos próximos dias, darei entrada no pedido de afastamento do senado e voltarei para a minha carreira nos EUA”, escreveu o senador.

Marcos do Val também alegou ter perdido a “paixão” por sua atividade parlamentar, lembrou que teve um problema de saúde, “chegando a sofrer um princípio de infarto”, e que vem sofrendo ofensas pesadas e que afetam até mesmo sua família.

“Desculpem, mas meu tempo, a minha saúde até a minha paciência já não estão mais em mim! Por mais que doa, o adeus é a melhor solução para acalmar o meu coração”, finalizou.

*Com O Globo

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Reeleito no Senado, Pacheco fala em instalar CPI para apurar atos golpistas

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco disse que o tema vai ser levado para discussão entre os líderes partidários.

Após a eleição que reconduziu Rodrigo Pacheco ao cargo de presidente do Senado Federal, a possibilidade da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar os atos golpistas voltou à tona. Em coletiva de imprensa, Pacheco disse que o tema vai ser levado ao colégio de líderes da Casa Alta.

“Esse é um assunto que vai ser discuto durante a reunião de líderes. Mas, tendo em vista que os fatos determinantes existem, concluindo a coleta de assinaturas e havendo um entendimento, nós vamos ler o requerimento em plenário. Depois, os partidos vão decidir o melhor momento para a instalação do colegiado”, disse.

O pedido de CPI foi apresentado pela ex-senadora Soraya Thronicke (União-MS) e, até o final do último ano legislativo, já havia recolhido o número mínimo de assinaturas para instalação, ou seja, 27. A situação, no entanto, pode mudar, já que alguns senadores que apoiam o requerimento de Soraya tiveram seus mandatos encerrados e foram substituídos por novos parlamentares.

Com isso, há expectativa de que seja necessária uma coleta adicional de assinaturas. O colegiado teria o objetivo de investigar as invasões ao Congresso, STF e Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A comissão deverá apurar ao longo de 130 dias a responsabilidade pelos atos praticados contra os prédios da Praça dos Três Poderes.

*Com Metrópoles

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Ex-juiz parcial Sérgio Moro ficará cercado de petistas no plenário do Senado

O senador Sérgio Moro (União-PR) ficará cercado de petistas no plenário do Senado.

Ele tomou posse como senador hoje após comandar a Operação Lava Jato – que prendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – e o Ministério da Justiça no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os lugares são divididos segundo o Estado do parlamentar – ele não pode escolher onde sentar, diferentemente da Câmara.

As cadeiras são organizadas em ordem alfabética do Estado. O Acre, por exemplo, é o primeiro e o Tocantins fica no fundão.

Ao lado de Moro estarão Tereza Leitão (PT-PE) e Humberto Costa (PT-PE). À frente, o senador Wellington Dias (PT-PI), que assumiu o Ministério do Desenvolvimento Social e dará lugar à suplente Jussara Lima, que vai sair do PSD para se filiar ao PT.

“Eu já me coloquei muito claramente, estarei na oposição”, disse Moro ao chegar para tomar posse como senador e comentar a relação com o governo Lula.

O senador tende a ficar isolado na Casa, sem assumir cargos de lideranças e comando de comissões, pois enfrenta resistência de políticos de partidos que foram alvo da Lava Jato. Ele também queimou pontes com os lavajatistas após ser acusado de “traição” por ter enfrentado o ex-senador Alvaro Dias (Pode-PR) na disputa pela vaga do Senado no Paraná.

*Com Uol

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Bancada da esquerda: veja algumas curiosidades da posse na Câmara dos Deputados

Boulos chega no celtinha; Uczai vai de bicicleta; Talíria toma posse com filha no colo.

A posse dos deputados federais no Congresso, nesta quarta-feira, teve algumas peculiaridades. Houve congressista indo de bicicleta, com terno emprestado, com bebê no colo ou chegando no velho “celtinha” na Câmara.

Em seu quarto mandato na Câmara, o deputado Pedro Uczai (PT-SC) foi de bicicleta para a posse. Ele compartilhou registros do momento nas redes sociais, dizendo que o meio de transporte escolhido foi “simbólico”.

“Convido a sociedade a ampliar o debate sobre mobilidade humana e urbana, a sustentabilidade e a saúde”, escreveu.

 

Reeleita para o seu segundo mandato, a deputada federal do Rio Talíria Petrone (PSOL) tomou posse de forma virtual com a sua filha de 22 dias no colo.

“Hoje, com meu bebê de 22 dias no colo, no meio das dores e alegrias do puerpério, com leite escorrendo nos peitos, assumo a tarefa — que me foi dada por quase 200 mil pessoas — de representar o povo do Rio de Janeiro”, publicou a parlamentar nas redes sociais.

 

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) escolheu outro veículo para chegar à Câmara. Boulos publicou em suas redes sociais uma foto chegando na posse com o seu Chevrolet Celta.

 

Durante a campanha para a prefeitura de São Paulo em 2020, o então candidato postava com frequência sobre o carro nas redes sociais. O “famoso Celtinha prata”, como é apelidado pelo próprio Boulos, tinha, à época 120 mil quilômetros rodados e está avaliado em R$ 15.416.

Eleito para o quinto mandato na Câmara dos Deputados, Chico Alencar (PSOL-RJ) teve de pedir terno emprestado para tomar posse nesta quarta-feira.

Conforme publicado pela coluna Ancelmo Gois, Chico havia doado seus quatro ternos no fim de 2018, quando perdeu a eleição para o Senado Federal. Agora, ele precisa novamente da indumentária na Câmara e pegou emprestado cinco conjuntos com o marido de uma sobrinha.

*Com O Globo

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Com 49 votos, Rodrigo Pacheco é reeleito presidente do Senado

Rodrigo Pacheco recebeu 49 votos e foi reeleito presidente do Senado ainda no 1º turno. O senador do PSD de Minas Gerais derrotou Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, ex-ministro de Bolsonaro, que teve 32 votos.

Pacheco tinha o apoio da maioria dos partidos e do presidente Lula. Ele ficará mais dois anos no comando do Senado. Marinho representava a ala bolsonarista da Casa, que está na oposição, e teve apoio de alguns dissidentes do bloco de Pacheco.

A candidatura dele contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seis partidos: PSD (15), MDB (10), PT (9), PSB (4), PDT (3) e Rede (1). No primeiro mandato, Pacheco também foi apoiado pelo Planalto, mas, na ocasião, Jair Bolsonaro (PL) era o presidente.

Marinho foi o candidato de oposição ao governo Lula e reuniu a ala bolsonarista do Senado a seu favor. Bloco PL (12), PP (6) e Republicanos (4) sustentou a candidatura do ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro.

Marinho também angariou votos dentro dos partidos que oficialmente estavam do lado de Pacheco. Às vésperas do pleito, três senadores do partido do presidente do Senado, o PSD, afirmaram que votariam em Marinho.

Devido a essa falta de unidade as bancadas, a eleição foi acirrada. Rogério Marinho recebeu mais apoios públicos individuais porque Pacheco foi alvo de uma campanha de bolsonaristas nas redes sociais contrários à sua reeleição. Uma senadora relatou que recebeu mais de 2 mil e-mails em apenas um fim de semana com as frases: “mal elemento vota em Pacheco” e “você será expulsa da vida política”.

Como contraponto à rede bolsonarista, artistas, como Caetano Veloso, declararam nas redes apoio presidente do Senado.

A disputa no Senado refletiu a polarização política no país. De um lado, aliados do presidente Lula fecharam com Pacheco. Bolsonaristas apoiaram Marinho.

*Com G1

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Deputados bolsonaristas incentivam golpe e terror para dentro do Congresso: “Vai ter guerra”

Ao lado de Eduardo Bolsonaro, Nikolas Ferreira liderou golpistas e ironizou decisão do STF para devolver acesso dele às redes. “Porque a paz não vai ter aqui”, disse o deputado mineiro.

Menos de um mês após atos terroristas de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF) deputados aliados do ex-presidente levaram o golpe e o terror bolsonarista para dentro do plenário da Câmara Federal durante a cerimônia de posse ocorrida nesta quarta-feira (1º).

Liderados por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo novato Nikolas Ferreira (PL-MG), os parlamentares da ultradireita radical voltaram a brincar com a democracia levando plaquinhas contra Lula e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que busca a reeleição.

Poucos dias após retomar o acesso às redes sociais e mesmo diante de imposição do STF – entre elas a de não incitar atos antidemocráticos -, Ferreira divulgou um vídeo em que diz que haverá “guerra”, em clara alusão à violência que foi incitada nos atos terroristas.

“Pessoal, primeiro dia pediram para chegar aqui na tranquilidade”, disse o deputado mineiro ironizando a decisão da Justiça.

“A gente fez umas plaquinhas aqui ‘Pacheco não’ e ‘fora Lula’. Vamos pra cima. Porque a paz não vai ter aqui. Vai ter guerra”, emendou.

A deputada federal Dandara Tonanzin (PT-MG) flagrou um momento em que os bolsonaristas, com Eduardo Bolsonaro à frente, se enfileiram com adesivos “fora Lula” e o sinal de proibido na mão com quatro dedos – que mostra o preconceito dos extremistas.

“Tô indignada vendo essas manifestações por deputados que não respeitam a soberania popular, o voto de mais de 60 milhões de pessoas. Vale lembrar: Nikolas teve um pedido de suspensão de posse por apoiar os atos golpistas. Eles não se preocupam com o nosso povo. Não passarão”, escreveu Dandara.

*Com Forum

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Assista à votação para presidência do Senado

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Podemos-CE) disputam a presidência do Senado Federal

Parlamentares iniciaram, na tarde desta quarta-feira (1º/2), a reunião preparatória para eleger o presidente do Senado Federal. A eleição ocorre após a posse dos 27 senadores eleitos em 2022 e da abertura da 57ª legislatura.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), candidato apoiado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tenta reeleição e é o favorito na disputa, mas enfrenta resistência entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Pacheco tem apoio de partidos como PT, PDT, PSB, PSD e de alguns parlamentares do União Brasil.

Rogério Marinho é o nome do Partido Liberal e aposta de Bolsonaro para a presidência da Casa Alta. Na última semana, o senador cravou o apoio do próprio partido, do PP e do Republicanos.

Na disputa, há, ainda, o candidato do Podemos, Eduardo Girão (CE), que promete tirar votos dos demais concorrentes.

A reunião preparatória é dirigida pelos integrantes da mesa diretora anterior, exceto por Pacheco, que concorre ao cargo de presidente. Cada candidato tem 15 minutos para fazer um pronunciamento. Caso algum dos postulantes queira retirar a candidatura, o pedido deve ser realizado até o encerramento da palavra pelo último senador.

*Com Metrópoles

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