Ano: 2023

Interventor do DF afirma que invasores dos atos terroristas feriram 44 policiais e quase mataram um PM

Ricardo Cappelli disse ao ‘Fantástico’ que a noite de 8 de janeiro e que é a hora de ‘separar o joio do trigo’ na segurança de Brasília.

Ricardo Cappelli, interventor da segurança no Distrito Federal, afirmou na noite deste domingo ao “Fantástico” que 44 policiais ficaram feridos no embate com os invasores aos três poderes no dia 8 de janeiro. Ele afirmou que havia gente preparada em combate entre os manifestantes golpistas.

— Nós temos 44 policiais militares feridos em combate. Eles enfrentaram homens profissionais entre os manifestantes. Gente treinada e preparada. Gente que tinha noção de tática de enfrentamento, gente que tinha luva própria pra devolver granada e artefatos e gente que por muito pouco não ceifou a vida de um policial militar — afirmou Capelli.

Ao programa, ele afirma que encontrou um comando da segurança do Distrito Federal atordoado.

— Agora é a hora da gente separar o joio do trigo. Os que falharam, os que foram omissos, os que foram cúmplices e aqueles que honram a instituição, a polícia militar do Distrito Federal — afirmou. — A noite do dia 8 ainda não acabou. O dia 8 ainda não acabou. Essa noite ainda tem muita coisa pra ser… muita história por trás dela, muita investigação e a gente vai até o final.

*Com O Globo

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Legado de Bolsonaro: quem ganha um salário mínimo e meio paga imposto de renda

Levantamento do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal mostra aprofundamento da injustiça tributária. Segundo a entidade, se a tabela fosse corrigida pelo IPCA, 13 milhões de trabalhadores ficariam isentos.

O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou como herança para os trabalhadores que ganham a partir de R$ 1.903,98 o desconto de 7,5% de imposto de renda. A tributação na fonte de um valor equivalente a 1,5 salário mínimo – o novo piso é de R$ 1.302 – aprofunda a desigualdade tributária no Brasil, segundo levantamento do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).

Uma injustiça sem precedentes. “Primeiro porque o Brasil tem um dos salários mínimos mais baixos dos países em desenvolvimento. E além disso não há no país tributação sobre as rendas, os lucros e dividendos. Uma espécie de paraíso fiscal”, disse à RBA o presidente do Sindifisco, Isac Falcão.

A cobrança de imposto de renda de trabalhadores com salários tão baixos é consequência da desatualização da tabela. Nos quatro anos de governo Bolsonaro foi mantida a mesma herdada do governo de Dilma Rousseff (PT). A petista foi a última a atualizar as faixas salarias para desconto do imposto, em 2015, antes de sofrer impeachment. Michel Temer também não corrigiu.
Defasagem nefasta para trabalhadores

Por causa dessa defasagem, um trabalhador que recebe R$ 6 mil tem um desconto mensal de R$ 681,94 a mais do que deveria ter. Ou seja, 690,89% maior. Já o contribuinte com renda mensal tributável de R$ 10 mil paga 177,17% a mais.

Segundo o sindicato, caso a tabela do imposto de renda fosse totalmente corrigida, estariam isentos de tributação todos que têm salário inferior a R$ 4.683,95. Bem diferente da atual situação, em que todos com renda tributável superior a R$ 1.903,98 pagam o imposto de renda. Essa diferença, de R$ 2.779,97, penaliza, principalmente, pessoas de mais baixa renda, que estariam na faixa de isenção.

Pelos cálculos do Sindifisco, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na terça-feira (10), a defasagem total da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) é de 148,10%, a maior da série histórica. A defasagem recorde é decorrente também do agregado de resíduos de correção insuficientes que não acompanharam as perdas inflacionárias desde 1996. Até o período, o reajuste era automático e seguia outros parâmetros.

Robin Hood às avessas

O sindicato defende reajuste na tabela por questões econômicas e sociais. Um reajuste integral da tabela traria tornaria isentos 13 milhões de trabalhadores que hoje pagam imposto. “Essas pessoas poderiam melhorar suas vidas, já que têm necessidades represadas. E poderiam assim passar a consumir produtos e serviços que hoje não podem”, disse Falcão.

Para ele, a renúncia fiscal de R$ 101,6 bilhões com a correção da tabela deve ser compensada com a tributação dos mais ricos, com parcelas elevadas de rendimentos isentos de tributação. “Essa política tributária brasileira é das mais injustas do mundo. Há 26 anos vem sendo consolidada no sentido de que os pobres pagam mais impostos e os ricos pagam menos, uma espécie de Robin Hood às avessas”, disse, referindo-se ao fim da cobrança de imposto sobre lucros e dividendos aos empresários no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Na prática, o Brasil descumpre a Constituição, que determina o princípio da capacidade contributiva. Ou seja, que quem ganha mais, deve pagar mais imposto. A falta de correção da tabela é uma maneira de aumentar a tributação para os mais pobres.

*Com RBA

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Quando o desespero toma conta

Mensagem de Michelle Bolsonaro nas redes sociais mostra desespero.

Ex-primeira-dama já nem tenta mais esconder a preocupação em relação ao futuro da família.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou suas redes sociais neste domingo (15) para enviar uma mensagem aos céus. O desabafo mostra uma clara preocupação com o futuro da família uma vez que seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não vive seus melhores dias desde que perdeu as eleições presidenciais para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 30 de outubro de 2022.

E após sua fuga para os Estados Unidos, em 30 de dezembro, e a posse do novo presidente, aparentemente as coisas têm piorado. Bolsonaro é investigado por diversos crimes relacionados à sua gestão e foi apontado como culpado pela Polícia Federal no processo que investiga uma live em que comparou as vacinas de Covid-19 à contaminação por Aids.

Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que ele seja investigado como mentor e incentivador dos ataques que seus apoiadores realizaram em Brasília no último final de semana. Ainda é especulado na imprensa que Moraes esteja preparando um pedido de prisão do ex-presidente e, para piorar, o governo dos EUA já acenou, em paralelo ao seu apoio a Lula (PT), que não teria problemas em extraditar o ex-presidente caso solicitado pela Justiça brasileira.

Para piorar, Bolsonaro ainda recebeu um escracho no condomínio de brasileiros em Miami, na Flórida, onde se encontra, horas do antes da publicação. Com tudo isso em mente, Michelle soltou seu desabafo em formato de ‘stories’ no Instagram. “Senhor, tenha misericórdia de nós. Nós te amamos, pai”, clamou a ex-primeira-dama.

Na mesma publicação ela ainda postou uma frase do evangelista norte-americano Billy Graham. Uma possível interpretação pode apontar o descontentamento de Michelle em relação a fuga com o marido para os EUA. “Têm descansos que acontecem quando o corpo se deita, outros quando o joelho se dobra”, diz a frase.

*Com forum

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Carta ao cartão de crédito de Jair Bolsonaro: conte-nos tudo!

Jamil Chade*

Prezado senhor Cartão de Crédito de Jair Bolsonaro

Ao longo de quatro anos, o senhor foi usado e abusado. Foi escondido, passado sem vergonha, transformado em máquina de fazer dinheiro. Trabalhou como ninguém naquela família.

Descobrimos nesta semana que o senhor foi instrumentalizado para comprar R$ 8.600 em sorvetes. Calculando pelo preço médio de um picolé mais sofisticado que está à venda no mercado, isso representaria 661 sorvetes. Um a cada três dias, durante quatro anos.

Também fiquei muito impressionado com o quanto o senhor foi usado em padarias: R$ 581 mil. Haja sonho. Isso, claro, sem contar com gastos elevados de mais de R$ 100 mil em apenas um dia em um restaurante modesto do Norte do Brasil. Lá, o prato custava 17 reais.

Hoje começo a entender tanto sigilo. E tantas internações por problemas estomacais.

Mas fiquei confuso com todas essas informações. Certo dia, em São Paulo, encontrei por acaso com uma das secretárias mais fiéis ao governo Bolsonaro. E ela me fez uma confissão emocionante: o presidente era uma pessoa “simples” e que “comia arroz e feijão”.

Claro, quando descobrirmos que ele gastou em quatro anos R$ 27 milhões, fico só pensando: alguém está mentindo. Ou o presidente, ou ela ou o senhor.

Também não entendi os gastos de 1,4 milhão de reais em um só hotel. Numa conta rápida, daria para pagar por oito anos de estadia. Mas ele não tinha casa? Aquela das emas que fugiram da cloroquina?

Escrevo esta carta para pedir um favor: conte-nos tudo.

Todos aqueles sorvetes foram ou não consumidos? Aquelas noites de hotel foram ou não usadas? E como comer 6.000 pratos num só dia naquele restaurante modesto?

Afinal, quem era o teu chefe? Um homem simples ou um mentiroso?

Peço perdão por tirá-lo de um sono de cem anos. Mas, sabe, só estou cobrando isso por ser meu o dinheiro que pagou essas contas. Meu e dos demais brasileiros.

Como estamos reconstruindo uma democracia e como ainda lidamos com a herança de 33 milhões de famintos, você tem o potencial de ser uma peça chave nesse processo.

Foram anos de uma destruição profunda do país. E, numa democracia, existem coisas que o dinheiro não compra.

Aparentemente, o presidente de plantão achou que, para todas as outras, existia o cartão de crédito.

Saudações democráticas,

Jamil

*Uol

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A bandalha do governo militar de Bolsonaro assombra o planeta

Imagina um leitor dos EUA lendo, como leu sobre o Brasil, no Whasington Post, que comandante do exército norte-americano havia se associado aos trumpistas para promover atos terroristas nas sedes dos poderes daquele país.

Não dá sequer para pensar, mesmo o mais sábio dos engenhos conseguiria formular um plano que tivesse apoio dos militares contra a sua democracia.

E não me venham explicar bobagens sobre essa disciplina férrea que domina a filosofia das Forças Armadas americanas. Isso é matéria disciplinar primeira.

Como o norte-americano vai imaginar que ele, que paga pesados impostos para manter um pesadelo a cada dia, vai pensar que um soldado, que lhe custa um preço alto de trabalho, de sol a sol, pode apontar o dedo e as armas para quem lhe garante sustento e ainda ser condecorado por tal “heroísmo”?

A questão que não quer calar é, como brotou o bolsonarismo dentro de uma instituição que expulsou Bolsonaro por bandalha e terrorismo e, agora, o mesmo quer abalar a República, comandando, de Orlando, atos terroristas no Brasil a partir de acampamentos em território militar?

Agora, imagine um general dos EUA, negar ao Ministro da Justiça e ao Ministro da Defesa, acesso para que a polícia prendesse os golpistas logo após o ato.

É disso que se trata a crítica que se espalha pelo país sobre o comportamento dos oficiais ligados a Bolsonaro, que agiram para salvar os golpistas que vilipendiaram as sedes dos três poderes da República.

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Anderson Torres, Preso em Brasília, voltou para o Brasil sem o celular

Sputnik Brasil – O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres desembarcou em Brasília, onde foi preso, no último sábado (14), sem trazer consigo o telefone celular.

A informação foi noticiada pela TV Globo. Segundo a emissora, Torres veio de Miami, na Flórida, para Brasília, para se entregar à Polícia Federal (PF), em uma operação discreta e sem imagens. Porém, segundo apurou a emissora, ele deixou seu aparelho celular nos EUA.

Anderson Torres teve a prisão decretada no dia 10 de janeiro. O pedido de prisão foi feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), ao Supremo Tribunal Federal (STF), e autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes.

A AGU acusa Torres e outros agentes de segurança pública de terem uma atuação omissa no episódio da invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, promovido no dia 8 de janeiro, por bolsonaristas radicais.

A situação de Torres se agravou após uma busca realizada por agentes da PF na casa do ex-ministro. Na operação, os agentes encontraram uma minuta que permitiria ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mudar o resultado das eleições presidenciais de 2022.

A investigação aponta que a minuta seria uma tentativa de golpe de Estado. Torres diz, em sua defesa, que o documento “foi vazado fora do contexto”. Na quinta-feira (12), um dia após a minuta ser encontrada, ele publicou em sua conta no Twitter, uma postagem na qual afirmou que, no cargo que exercia, “recebia propostas dos mais diversos tipos”.

Segundo ele, a minuta encontrada estava em uma pilha de documentos que seriam destruídos. A PF investiga quem seria o autor da minuta, e os responsáveis podem responder por crime contra as instituições, previsto na Lei nº 14.197/2021.

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Forças Armadas… pra quê?

Mais uma vez a instituição erra sobre o lado em que deve ficar na História — e segue cara, inútil e deprimente.

Istoé Dinheiro – Antelóquio contextual obrigatório: passar pela torre branca de 72 metros feita em mármore junto ao Parque Ibirapuera, em São Paulo, ali pela avenida 23 de Maio, é mero protocolo de mobilidade. Isso quando o trânsito flui. Poucos admiram ou se conectam ao Obelisco, obra do italiano Galileo Emendabilli. Oficialmente, Mausoléu aos Heróis da Revolução Constitucionalista de 1932 (aliás, chamá-lo pelo nome completo já começaria a mudar sua relação com as pessoas). Ali só há restos mortais. Afinal, é um mausoléu. Tem dos quatro estudantes assassinados (tema obrigatório nas escolas paulistas), o tal MMDC (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) — que deveria ser MMCDA, já que o Alvarenga, baleado na mesma noite, morreu tempos depois. Mas também tem de outros 712 combatentes de 1932. O que carregam em comum? Foram eliminados por militares. O mais jovem dos tombados era um menino. Aldo Chioratto, 9 anos. Foi morto em Campinas por causa de um bombardeio. Sim. Aviões despachados do Rio de Janeiro por Getúlio Vargas e pilotados por militares brasileiros atacaram brasileiros. Entendeu por que nenhuma cidade paulista emancipada nas antigas tem uma via Getúlio Vargas relevante?

Saber que as Forças Armadas brasileiras se incluem na rara categoria global de ter matado mais patriotas que estrangeiros mostra a sua gênese. Em seus 200 anos, o Exército lista mais batalhas contra brasileiros. Doideira, né? Matou nas revoltas todas. Sul. Maranhão. Bahia. Pernambuco. Matou em Canudos. Matou em 1932. Matou na ditadura. Matou em Volta Redonda. Metralhou no Rio. Matar brasileiros parece ser a sina dessa instituição.

O que se confirmou na pandemia. A gestão patético-criminosa de Jair Bolsonaro & Eduardo Pazuello (à frente da Saúde) deve em nome da ética e deste projeto ridículo de Nação virar inquérito. Por atrasar vacinas. Por ignorar a crise de oxigênio em Manaus — enquanto o militar ex-ministro curtia festinha regada à uísque (pelo menos foi o que disse sua ex-mulher, no ano passado). Ou por mandar a Macapá vacinas que deveriam seguir para Manaus. Erro bobo, coisa de 1.000 km. Se na Segunda Guerra os Aliados tivessem o gênio Pazuello como estrategista logístico, em 1944 o desembarque da Normandia aconteceria em Hamburgo.

Isso é o Exército brasileiro. Cujo filhote símbolo mais reluzente é o fujão Jair Messias Bolsonaro. Uma instituição que forma um presidente da República que declara “não te estupraria porque você não merece” é uma instituição falida. Medieval. Ponto.

A frase de Bolsonaro, definitiva e definidora, é a quintessência da ética-técnica-estética desse ser desprezível que simboliza nossas Forças Armadas (com camisa da Seleção e bandeira no pacote). Aliás, uma instituição que além de matar brasileiros gosta bastante de dinheiro, ce n’est pas? Com quase 380 mil militares ativos e outros 460 mil inativos & pensionistas (https://portaldatransparencia.gov.br/servidores), esse lodo burocrático consome R$ 86 bilhões com a folha de pagamentos. Mais que Educação (R$ 64 bilhões) e Saúde (R$ 17 bilhões) juntas.

Dinheirama para capacitação? Nada. Você sabia que há mais de 1,6 mil militares com rendimentos líquidos acima de R$ 100 mil? Cite aí uma empresa do planeta em que 1,6 mil funcionários colocam na conta limpinhos R$ 100 mil. E teve quem recebeu R$ 600 mil. Que façanha épica faz com que um milico brazuca tenha condições de colocar no bolso 465 salários mínimos em 30 dias? O tal Pazuello, que para a logística dos outros é bem ruim, para a logística em causa própria é gênio: em março de 2022, enfiou no cofrinho R$ 300 mil. Isso explica por que militares brasileiros odeiam comunistas. Porque querem o Estado só para eles.

Então, quando você ouvir político ou empresário dizendo que o problema do País é a educação, responda ‘não’. O problema é militar. Troque cada dois milicos por um professor e este lugar amaldiçoado se transformará no prazo de uma geração. Depois, quando você ouvir político ou empresário dizendo que o problema é a saúde, responda ‘não’. Troque outros dois militares por médicos e enfermeiros e nossa expectativa de vida dará um salto.

Tudo seria só indecência não fosse o dia 8 — iniciado com a tuitada golpista de 2018 do Eduardo Villas Boas. Esse corpo institucional não somente é caro e odeia brasileiros como prevaricou. Ao ser conivente com o assalto aos Três Poderes, mostrou que não precisa existir — Costa Rica e Islândia nem têm —, ou pelo menos deveria ser aniquilado para renascer transformado. Moderno, civilizado, cumpridor de seu papel constitucional. Enquanto não aprender que serve a uma Nação, e não a uma corporação ideologicamente falida, seu papel estará mais contra os brasileiros do que a favor. Ah, sim: isso tem tudo a ver com a economia. Porque a base dela é a ética. E o bom senso civilizatório coletivo.

Edson Rossi é redator-chefe da Istoé DINHEIRO.

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*Imagem em destaque: Tarsila do Amaral, 1928

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Presidente do TCU e governo Lula articulam troca de dívidas de empreiteiras da Lava Jato por obras

Estadão – Encampada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, a ideia de permitir que empreiteiras da Operação Lava Jato paguem multas de seus acordos de leniência com a execução de obras públicas tem como principal articulador o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

Em um passado recente, o ministro fez uma cruzada para impor sanções mais duras do que as previstas nos acordos e foi tido pelas empresas como algoz. A ideia encontra precedentes em pactos de Ministérios Públicos estaduais, mas sua legalidade e efetividade no caso das empreiteiras dividem a opinião de especialistas.

Em dezembro de 2021, esteve no jantar em São Paulo no qual Lula apareceu pela primeira vez ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente. Após as eleições, procurou interlocutores do governo, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para tratar do tema das leniências.

Procurado pelo Estadão, Bruno Dantas não quis se manifestar sobre o assunto tratado nesta reportagem. Ele, Costa e integrantes da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) já se reuniram para discutir o assunto. A Casa Civil de Lula confirmou que o ministro foi um dos que sugeriram e incentivaram a ideia.

A questão principal é sobre como as obras poderiam cobrir débitos bilionários. Os acordos preveem ressarcimento aos cofres principalmente de estatais, além de destinações ao Ministério Público Federal e à própria CGU – conforme cláusulas destes termos homologados pela Justiça.

No segundo dia de governo, Costa disse, em entrevista à GloboNews, que a proposta é uma forma de acelerar obras “sem depender do Orçamento direto da União”. “São recursos que não estão lançados no Orçamento e poderiam vir para essas obras rapidamente por serem executadas pelas próprias empresas devedoras, fruto dos acordos de leniência”, afirmou o ministro da Casa Civil.

Acordos de leniência são feitos na esfera penal entre empresas, a União e o Ministério Público, para que, ao final, as pessoas jurídicas confessem fatos ilícitos e se comprometam a pagar multas em troca de condenações mais brandas. Após as negociações, o documento com os compromissos assumidos pela empresa e as sanções a ela impostas, como as multas, é submetido à Justiça para homologação.

Desde o governo Jair Bolsonaro, Dantas tem defendido a proposta de usar obras para o pagamento dos débitos. Em 2019, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, reuniu o TCU, a AGU e a CGU para lançar uma plataforma com propostas para destravar obras no País. O tema dos acordos de leniência ficou a cargo de Dantas, que é professor de doutorado da FGV e ensina, entre outros assuntos, o consensualismo na administração pública.

Após avaliar a proposta e seus precedentes, o ministro do TCU apresentou a ideia ao então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que se entusiasmou com a sugestão. O projeto, porém, não foi levado a cabo no governo Bolsonaro.

Entre as empresas que firmaram acordos de leniência com o MPF, a CGU e a AGU estão empreiteiras que integravam o “clube vip” da Lava Jato. Elas confessaram ter formado um cartel para fraudar contratos da Petrobras e outras estatais, além de pagar propina a agentes públicos e políticos. Somados, os acordos das cinco principais companhias somam R$ 8,1 bilhões. Até hoje, apenas pouco mais de R$ 1 bilhão foi quitado, de acordo com informações da CGU.

Fazem parte do grupo Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, UTC e Camargo Corrêa. Boa parte das lenientes está passando ou passou pelo processo de recuperação judicial, e não tem mais a mesma saúde financeira. Como revelou o Estadão, o “clube” tem se articulado para rever os acordos de leniência em razão da dificuldade de liquidá-los.

Articulador da ideia, Dantas já foi um defensor de que empresas recebessem sanções mais duras do que aquelas definidas nos acordos de leniência em processos da Lava Jato julgados na esfera penal. Em entrevista ao Estadão, em 2017, chegou a dizer que os valores previstos nos acordos eram apenas um “aperitivo da refeição completa”.

Dantas entrou em um embate aberto com o então juiz federal Sérgio Moro em 2018 após uma decisão do magistrado que proibia órgãos de controle como o TCU de ter acesso às leniências para punir delatores. O ministro chamou o despacho de “carteirada”. A Justiça acabou liberando o acesso ao material, o que gerou rigorosas sanções impostas pelo TCU e pela Receita Federal.

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Lula destitui diretores da EBC após emissora chamar vândalo de manifestante

Petista nomeou Kariane Costa como presidente interina para liderar processo de transição na empresa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destituiu toda a diretoria da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) na noite de sexta-feira (13) e nomeou a jornalista Kariane Costa para a presidência, de forma interina.

De acordo com a Folha, a troca no comando foi acelerada após a linha editorial adotada nos atos golpistas do último domingo (8), segundo auxiliares do chefe do Executivo. Os diretores eram ainda da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A avaliação é a de que a estatal estava com uma postura distante da adotada pelos demais veículos de imprensa, visando minimizar os atos.

Um integrante do governo citou, como exemplo, que as pessoas que depredaram a sede dos três Poderes eram chamadas de manifestantes, em vez de vândalos ou golpistas.

Outro afirmou que o temor era de que a cúpula indicada por Bolsonaro tivesse sido ainda mais radical na cobertura do ato golpista. Havia receio de que a empresa fosse utilizada para eventualmente propagar ideias antidemocráticas ou que houvesse uma espécie de sabotagem técnica, interrompendo transmissões da Presidência, por exemplo.

No dia seguinte ao ato golpista, o jornal da TV Brasil transmitiu a sessão do Congresso e colocou uma passagem do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o que foi interpretado por petistas como provocação.

Dessa forma, a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), sob a qual fica subordinada a EBC, decidiu iniciar a transição na EBC. Nos próximos 30 dias, a pasta deve iniciar um processo de reorganização da empresa e retirada de indicados de bolsonaristas em postos-chave.

Kariane conta com a confiança do ministro Paulo Pimenta.

Atualmente, ela integra o Conselho de Administração da empresa, na vaga que representa os empregados da casa.

Por isso, ela já tem o nome aprovado pela Lei das Estatais, processo que dura cerca de 30 dias e pelo qual todos os indicados devem ainda passar.

Assim, Kariane assume de forma interina a presidência e “conduzirá o processo de transição para nova gestão, a ser implementada nos próximos meses”, segundo nota divulgada pelo Planalto.

A jornalista está há mais de dez anos na estatal. Chegou a trabalhar como editora de agosto de 2012 a fevereiro de 2014. Deste então, é repórter de política.

“Aceitei o convite do presidente Lula e do ministro Paulo Pimenta para estar à frente, de forma interina, do processo de transição para a retomada da missão da EBC. Agradeço a confiança! Juntos vamos reconstruir nossa empresa!”, disse Kariane, nas redes sociais.

Já Pimenta afirmou iniciar, na sexta, uma transição na empresa, “que resultará no fortalecimento da comunicação pública, na valorização dos empregados e no aprimoramento da governança.

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