Ano: 2023

Inflação no Brasil desacelera em outubro e acumulado dos últimos 12 meses fica em 4,82%

Apesar da desaceleração da inflação, os preços de oito dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registraram leve alta.

A inflação no Brasil desacelerou em outubro, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,24% no mês, uma ligeira queda em relação aos 0,26% registrados em setembro. O percentual atual é também inferior aos 0,59% registrados em outubro de 2022.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE. Segundo o instituto, a alta do IPCA no acumulado dos últimos 12 meses é de 4,82%, acima do teto da meta de 3,25% estabelecida para 2023.

*Sputnik

Refugiados ucranianos em Israel voltam ao país natal por medo do conflito na Palestina: “hoje, a situação é mais tranquila em Kiev”

“Se tenho que morrer, pelo menos que seja no meu país”. Assim como Tetiana Kocheva, os ucranianos que encontraram refúgio em Israel após a invasão russa decidiram retornar para seu país, apesar da guerra, para fugir do conflito com o Hamas.

Quando as tropas russas invadiram a Ucrânia, no final de fevereiro de 2022, Tetiana, de 39 anos, e seus três filhos, agora com 14, 10 e 3 anos, viviam em Kharkiv (nordeste), perto da fronteira com a Rússia.

Kharkiv foi um dos primeiros alvos do bombardeio russo na Ucrânia. Tetiana e seus filhos ficaram escondidos durante dez dias em um porão. Em julho de 2022, deixaram a Ucrânia para ir para Israel, onde o marido trabalhava.

— Achei que ficaríamos três meses e depois voltaríamos, mas a guerra não acabou — afirmou.

A família se estabeleceu em Ashkelon, uma cidade no sul de Israel, perto de Gaza.

Em 7 de outubro, dia do ataque do grupo palestino Hamas lançado de Gaza contra o território israelense, “minhas mãos começaram a tremer e tive a mesma sensação que senti no momento em que a guerra começou no meu país”, conta Tetiana.

Ela descreve o barulho “sem fim” das sirenes, “as explosões incessantes”, as noites nos abrigos com as crianças.

— Quando [o conflito] se intensificou […] entrei em pânico, tive medo e me dei conta de que precisava voltar para casa — explica a mulher.

A família foi levada para o centro de Israel, onde permaneceu alguns dias, antes de retornar para a Ucrânia, aonde chegou em 20 de outubro. Voltaram a se estabelecer em Kharkiv.

Kharkiv é, regularmente, alvo de bombardeios russos, mas há pouco menos de um ano já não está sob ameaça de ocupação. Desde 7 de outubro, cerca de quatro mil ucranianos fugiram de Israel, segundo números da embaixada ucraniana.

— É minha pátria, minha bandeira, não sei como expressar. Estou feliz por ter retornado — afirma Tetiana. — Se tiver que morrer, pelo menos que seja meu país.

A cerca de 400 quilômetros de distância, na capital do país, Kiev, Diana, de 8 anos, dança sobre folhas secas em um parque à beira do rio Dnieper. A menina e sua mãe, Anna Lyashko, 28 anos, retornaram de Israel em meados de outubro. Eles fugiram da Ucrânia em março de 2022, diz O Globo.

Naquele momento, eles viviam em uma cidade ocupada pelos russos perto de Kiev, “onde estavam sob bombas, sem eletricidade, sem água, sem comunicações”, enumera Anna.

“Minha filha ficou com muito medo e decidimos ir” para Israel, onde morava um primo seu, pensando que ficariam “um ou dois anos”. Em 7 de outubro, porém, “a guerra estourou lá também”.

“Os sentimentos eram os mesmos de 24 de fevereiro na Ucrânia […] Olhei para minha filha e vi medo em seus olhos”.

“Entendi que não poderíamos ficar lá”. Então, ela e a filha deixaram Tel Aviv em 14 de outubro, com a ajuda da embaixada ucraniana.

Do centro de Kiev, Oksana Sokolovska, de 39 anos, também diz estar “feliz por ter voltado para casa”, embora “seja difícil deixar uma guerra por outra”.

Ela havia partido da Ucrânia com seus três filhos em 16 de março de 2022 e escolheu Israel, porque “achava que era o país mais seguro do mundo”.

A família se estabeleceu em Rishon Le Tzion, perto de Tel Aviv. Quando o ataque do Hamas começou, “as sirenes de alerta aéreo soaram, os bombardeios maciços começaram”, e “ficamos o dia todo no abrigo antiaéreo com as crianças”, completa.

Ela rapidamente decidiu deixar Israel, “para não arriscar a vida dos meus filhos”, e eles embarcaram em um avião em 14 de outubro.

“Hoje, a situação é mais tranquila em Kiev e em sua região do que em Israel […] Esta é a única razão pela qual voltei”, admite.

 

Por que o sionismo segue impune massacrando a população de Gaza?

Não há uma resposta definitiva que justifique a continuação da barbárie cometida pelos sionistas contra a população civil de Gaza, sobretudo crianças e mulheres.

Mesmo diante dos olhos da comunidade internacional, as autoridades mundiais parecem totalmente paralisadas diante de uma calamidade ainda longe de saber qual é de fato a sua dimensão que, certamente, é muito maior e pior do que veem os olhos, porque essa é a especialidade dos sionistas.

Na verdade, o que isso revela, de maneira clara, é que a barbárie vale a pena, que a institucionalidade é puro teatro e que as leis internacionais são meras purpurinas para enfeitar e dar brilho a um conceito de civilização concreta em que a força da grana e das armas é o que, efetivamente, importa.

Somente isso para explicar como o mundo chegou a tal ponto em que as população mundial mostram-se cada vez mais numerosas, repudiando a selvageria do Estado terrorista de Israel, comandado pelos sionistas contra civis para lhes roubar as terras, as casas, a vida, por interesses comerciais de certa cúpula que comanda o planeta.

O que esse fato revela é que os braços do sionismo, que têm sua principal sede na Casa Branca, são muito maiores, mais fortes do que muitos imaginavam.

Pior, tudo indica que, no mundo, não há forças contrárias a eles capazes de impedir que a carnificina na Palestina tenha fim, menos ainda o neonazismo sionista corre risco de sofrer qualquer arranhão, porque tudo indica que as raízes satânicas desse mal têm força muito mais robusta do que imaginavam até os que já denunciavam essa espécie de elite global.

Na realidade, o que isso mostra é que o sionismo rompeu com qualquer falta de vergonha na cara e, para conseguir seus intentos, não mede esforços para moer populações inteiras, ao vivo e a cores, em tempo real, para os olhos do mundo.

É difícil prever como os cidadãos do mundo que, até aqui, acreditavam num modelo de civilização minimamente organizada por leis e comportamentos, lidarão com isso de maneira desarticulada, porque somente uma massa humana de milhões de seres humanos. numa só pulsação, seria capaz de parar e punir o comando dessa máquina de guerra que pode sim avançar sobre outros territórios e povos se nada efetivamente for feito.

Os sionistas usam os judeus como escudo humano

Todas as vezes em que Israel é criticado, há uma barulheira dos sionistas acusando os críticos do Estado terrorista de Israel, de antissemita.

O problema é que o barulho mundial contra os sionistas, que estão produzindo um genocídio em Gaza, é infinitamente maior e caminha para quase uma unanimidade mundial, mais que isso, a favor da verdade, a justiça está sendo feita.

Judaísmo não é sionismo é a velha malandragem dos mega capitalistas, colonialistas e imperialistas que, desde sempre, utilizaram essa malandragem de usar os judeus como escudo humano dos sionistas.

Com a internet, o que vemos é cada vez mais judeus ortodoxos do mundo inteiro, não só espinafrando com o sionismo, mas se declarando frontalmente contra a existência do Estado de Israel, criado pelos sionistas dos EUA e Inglaterra, para que essa plutocracia, usando das formas mais violentas de dominação, possa esmagar quem eles consideram inimigos da própria ganância, como fazem agora em Gaza.,

O mundo enfim descobriu que o Estado de Israel não existe, que existe é um preposto dos EUA no Oriente Médio

A história mentirosa da criação do Estado de Israel, caiu por terra nesse holocausto palestino promovido pelos mesmos sionistas que tem a senha do cofre ianque.

Na verdade, Israel age em nome dos EUA como se fosse uma empresa da organização imperialista. O negócio no Oriente médio, como todos sabem, é o petróleo e, a serviço desse negócio, o próprio EUA já cometeu as maiores barbaridades humanas para roubar e manter em mãos o petróleo daquela região, como se tivesse direito.

O candidato independente à presidência dos Estados Unidos Robert F. Kennedy Jr. defendeu a importância estratégica de Israel para os interesses da geopolítica americana em uma recente entrevista.”

“Ele enfatizou o papel de Israel como um baluarte americano no Oriente Médio e caracterizou os chamados pelo fim do Estado sionista como uma ameaça aos interesses de segurança nacional dos EUA. Também indicou que a integração da Arábia Saudita ao grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) poderia redefinir o equilíbrio de poder no controle dos recursos petrolíferos globais.”

“Israel funciona como fortaleza dos EUA no Oriente Médio. Um porta-aviões no Oriente Médio, um aliado “incrível” em termos de tecnologia. O dinheiro vai para os Estados Unidos, mas agora o Irã é aliado da Rússia e da China. O Irã controla o petróleo da Venezuela, onde o Hezbollah está presente, apoiando o regime de Maduro. Com a Arábia Saudita entrando no BRICS, que vão controlar 90% do petróleo mundial se Israel desaparecer. Israel é nosso embaixador lá, nos dando inteligência e capacidade para influenciar os eventos. Isso seria uma catástrofe para a segurança nacional dos EUA”, disse Kennedy Jr., em entrevista ao canal The Rubin Report no último domingo (5).”

Isso é o bastante para entender por que a Inglaterra se absteve na proposta brasileira na ONU e o veto dos EUA, diante da aprovação de 12 países.

Ou seja, Israel foi colocado no Oriente Médio para conduzir os negócios da empresa EUA e representá-la também no belicismo fundamental para gerenciar os negócios que interessam à sociedade norte-americana.

Esse é o argumento real para que os EUA, antes mesmo de saber o motivo de qualquer furdunço naquela região, ele, na figura de Israel, por antecedência, dará razão a Israel, melhor dizendo, a ele próprio.

Trocando em miúdos, a sede oficial de Israel é a Casa Branca.

 

Vídeo: Após deixarem Gaza, brasileiros agradecem esforços do Itamaraty e do governo federal: “obrigado, presidente”

Hasan Rabee, um dos cidadãos brasileiros que deixou a Faixa de Gaza e cruzou a fronteira com o Exigido, pelo Portal de Rafah, neste domingo (12), gravou um vídeo em que agradece os esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da diplomacia brasileira para que o grupo pudesse deixar a região.

“Obrigado governo federal, obrigado presidente, embaixadores, todos vocês”, disse Hasan Rabee em um vídeo gravado pouco após cruzar o posto fronteiriço. Rabbe também elogiou o “grande esforço” feito pelo governo para que o grupo de 32 brasileiros pudesse atravessar a fronteira em segurança.

Ao todo, 32 brasileiros estavam retidos em Gaza desde o dia 7 de outubro, quando teve início o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. Duas pessoas que estavam na lista inicial decidiram permanecer em Gaza por motivos pessoais.

A previsão inicial é que o grupo durma no Egito para descansar e se alimentar. O embarque para o o Brasil deverá acontecer somente na segunda-feira (13).

Vídeo: Caça chinês surge pela 1ª vez mostrando prontidão de combate e disparando míssil PL-10

Um vídeo inédito mostra o caça chinês J-20 lançando um míssil e demonstrando sua prontidão de combate.

De acordo com o portal Bulgaria Military, um vídeo publicado nas redes sociais evidencia o avanço tecnológico da China.

O míssil lançado provavelmente é um PL-10 de curto alcance, que oferece vantagens táticas ao caça J-20.

Primeiras imagens de um J-20 lançando um PL-10 e realizando o reabastecimento aéreo.

Essas vantagens permitem que o J-20 mantenha sua furtividade em situações de combate real.

O evento marca a primeira vez que o J-20 é flagrado lançando um míssil deste tipo.

O míssil PL-10 foi projetado para atacar aeronaves inimigas dentro do alcance visual e é considerado altamente manobrável e preciso.

*Sputnik

Grupo de 32 brasileiros deixa Gaza, chega ao Egito, e será acolhido de volta em Brasília

O grupo de brasileiros que aguardava permissão para a passagem da fronteira entre Gaza e o Egito para serem repatriados ao Brasil cruzaram o Portal de Rafah por volta das 5h (horário de Brasília) deste domingo (12/11), diz o Opera Mundi.

“O grupo de 32 brasileiros e familiares já se encontra em território egípcio, onde foi recebido por equipe da embaixada do Brasil no Cairo, responsável pela etapa final da operação de repatriação”, atualizou sobre a situação o Ministério das Relações Exteriores do Brasil por meio das redes sociais.

O Itamaraty ainda informou que duas pessoas do grupo, formado por 34 cidadãos, que constavam na lista original para repatriação decidiram pela permanência em Gaza, de forma que o avião retornará a Brasília com 32 pessoas.

Antes da passagem no controle migratório em Gaza, a chancelaria brasileira informou que o grupo se encontrava no posto fronteiriço de Rafah 8h da manhã na hora local (3h da madrugada no horário de Brasília).

Após esse procedimento, o Itamaraty atualizou que os brasileiros e seus familiares cruzaram um percurso de 2 quilômetros de ônibus a fim de chegar ao Egito para a verificação deste país.

“Estamos saindo da Palestina e indo para o Egito. Não é muita coisa ]o tempo de trajeto]. Momento muito difícil que a gente passou, mais de 35 dias”, declarou Hasam Rabee, um dos brasileiros que aguardava repatriação de Gaza, e reportou o processo por vídeos divulgados pela chancelaria brasileira e nas suas redes sociais.

O sol nunca mais vai se pôr: Brasil tem alerta vermelho para altas temperaturas

Parte do Brasil tem alerta vermelho para altas temperaturas neste fim de semana, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. Confira acima imagens registradas neste sábado (11).

O alerta vermelho vale para o Distrito Federal, Minas Gerais, Rondônia, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.

A situação é apontada durante surgimento de nova onda de calor no Brasil, que pode ser mais intensa do que a última, registrada em setembro.

O tempo quente já foi sentido em diversas cidades do país neste sábado (11) e deve continuar sendo sentido pelos próximos dias, segundo previsões climáticas.

É esperado que a nova onda de calor que afeta o país seja ainda mais intensa do que a última, registrada em setembro, e que dure de sete a dez dias. A onda de calor deve atingir o Sudeste, Centro-oeste e parte do Nordeste, segundo a CNN.

Previsão do tempo
A temperatura ultrapassa os 42ºC em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul neste final de semana por causa de uma nova onda de calor que afeta o Brasil, afirmou à CNN Kelen Andrade, especialista em extremos meteorológicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

“Neste final de semana, as temperaturas vão estar bastante elevadas em [algumas] regiões, principalmente do Centro-oeste, [como em] Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, [onde teremos] temperaturas acima dos 40ºC, dos 42ºC. No Sudeste também haverá temperaturas bastante elevadas em todos os estados”, disse.

Segundo a especialista, a nova onda de calor deve durar de sete a dez dias e ter seu pico entre no final da próxima semana.

Além do Centro-oeste, a nova onda de calor também deve afetar o Sudeste e o Nordeste do país, provavelmente com temperaturas mais elevadas que a última onda, registrada em setembro.

“Essa onda de calor vai atingir várias regiões do país. A gente tem ela atuando no Sudeste, no Centro-oeste e em parte do Nordeste. Essa onda deve predominar pelos próximos dias, pelo menos a próxima semana. A gente teve uma onda em setembro também, mas esta [de agora] está um pouco mais intensa”, afirmou

“Os modelos matemáticos que a gente usa para a previsão do tempo indicam que pelo menos pelos próximos sete dias até no máximo dez dias, a gente tem essa onda de calor atuando”, completou.

Kelen Andrade ainda lembrou a importância da população se hidratar muito durante o período para evitar problemas de saúde relacionados às altas temperaturas.

Líderes de países árabes e muçulmanos acusam Israel de crimes contra palestinos, em cúpula na Arábia Saudita

Líderes rejeitaram o argumento israelense de ‘autodefesa’ na Faixa de Gaza e exigiram a interrupção imediata das operações militares no local.

Os líderes árabes e o presidente iraniano estão reunidos em Riad, na Arábia Saudita, neste sábado (11/11) para uma cúpula conjunta que deve enfatizar a urgência de acabar com a guerra entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza, um conflito que ameaça engolir a região.

As reuniões de emergência da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica (OIC) estão sendo realizadas em Riad, cinco semanas após o início da guerra desencadeada pelo ataque sangrento do movimento islâmico palestino Hamas em solo israelense, em 7 de outubro.

Líderes de países árabes e muçulmanos rejeitaram no sábado o argumento israelense de “autodefesa” na Faixa de Gaza e exigiram a interrupção imediata das operações militares israelenses no local. Eles pediram ao Conselho de Segurança da ONU que adotasse “uma resolução decisiva e obrigatória” para pôr fim à “agressão” israelense na Faixa de Gaza.

A declaração final da cúpula realizada na capital saudita diz que os membros da Liga Árabe e os países muçulmanos “se recusam a descrever essa guerra como legítima defesa ou a justificá-la sob qualquer pretexto que seja” e acrescentaram que a abstenção de “uma resolução decisiva” das Nações Unidas “encoraja Israel a continuar sua agressão brutal que está matando pessoas inocentes (…) e reduzindo Gaza a escombros”.

Cerca de 1.200 pessoas foram mortas pelo lado israelense, a maioria civis no dia do ataque do Hamas, de acordo com as autoridades israelenses. E 239 israelenses foram sequestrados e levados para a Faixa de Gaza, segundo as mesmas fontes.

Desde então, Israel tem bombardeado incessantemente o território palestino controlado pelo Hamas. Mais de 11 mil pessoas, incluindo pelo menos 4.500 crianças, foram mortas no enclave, de acordo com o Ministério da Saúde do governo do Hamas.

“Crimes cometidos contra o povo palestino”
A Arábia Saudita “considera as autoridades de ocupação (israelenses) responsáveis pelos crimes cometidos contra o povo palestino”, declarou o príncipe herdeiro Mohammed bin Salmane na abertura da cúpula.

“Estamos certos de que a única maneira de garantir a segurança, a paz e a estabilidade na região é pôr fim à ocupação [israelense], ao cerco e aos assentamentos”, acrescentou.

O presidente iraniano Ebrahim Raisi, que visita a Arábia Saudita pela primeira vez desde que os dois países estreitaram seus laços em março, conclamou os países islâmicos a classificar o exército israelense como uma “organização terrorista”.

Israel diz que quer destruir o Hamas e culpa o grupo pelo alto número de mortes, acusando-o de usar civis como escudos humanos, o que o Hamas nega.

Diferenças regionais
Inicialmente, a Liga Árabe e a OIC deveriam realizar suas reuniões separadamente, mas o Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita anunciou na madrugada deste sábado que as duas cúpulas seriam realizadas em conjunto.

Dois diplomatas árabes disseram que a decisão foi tomada após divergências sobre uma declaração final para a cúpula árabe.

Rompimento dos laços com Israel?
Alguns países, principalmente a Argélia e o Líbano, propuseram o rompimento dos laços econômicos e diplomáticos com Israel e a interrupção do fornecimento de petróleo ao país e seus aliados, de acordo com os diplomatas. No entanto, pelo menos três países, incluindo os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, que normalizaram as relações com Israel em 2020, rejeitaram essa proposta.

As organizações humanitárias internacionais redobraram seus apelos por um cessar-fogo em Gaza, onde a água potável e os medicamentos são extremamente escassos.

A Jihad Islâmica, aliada do Hamas em Gaza, no entanto, disse que não esperava “nada” da cúpula por meio de Mohammad al-Hindi, seu vice-secretário geral. Até o momento, Israel e seu principal aliado, os Estados Unidos, rejeitaram os pedidos de cessar-fogo.

“É vergonhoso que os países ocidentais, que sempre falam sobre direitos humanos e liberdades, permaneçam em silêncio diante dos contínuos massacres na Palestina”, disse o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, enfatizou que Washington tinha “a maior influência sobre Israel” e que “carrega [como resultado] a responsabilidade pela ausência de uma solução política” para o conflito.

O presidente sírio Bashar al-Assad considerou que a ausência de medidas punitivas contra Israel tornaria a cúpula “sem sentido” e defendeu o não envolvimento em um processo político com Israel até que um cessar-fogo fosse alcançado em Gaza.

O Emir do Qatar, Sheikh Tamim bin Hamad Al-Thani, cujo país está envolvido em esforços para garantir a libertação de reféns israelenses e estrangeiros mantidos em Gaza, disse que “são necessárias medidas persuasivas para acabar com os crimes de guerra”.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, e o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, estão entre os participantes da cúpula. O Irã apoia o Hamas, mas também o movimento islâmico libanês Hezbollah e os rebeldes Houthi no Iêmen, que estão aumentando os temores de uma extensão do conflito.

Israel e o Hezbollah trocam tiros diariamente na fronteira entre Israel e Líbano, enquanto os houthis reivindicaram a responsabilidade por vários ataques com drones e mísseis no sul de Israel.

*Opera Mundi