Ano: 2023

Decisão do Congresso que derrubou vetos ao Marco Temporal deixa terras indígenas mais vulneráveis que sob Bolsonaro

A derrubada pelo Congresso dos vetos de Lula ao marco temporal deixa as terras indígenas menos protegidas por lei do que estavam no governo Bolsonaro.

O Congresso derrubou 41 dos 47 vetos que Lula havia imposto à lei do marco temporal, aprovada em setembro. Com isso, está valendo a regra de que os indígenas só têm direito a terras que ocupavam em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição.

A lei prevê outras mudanças que prejudicam os indígenas, além do marco temporal. Foram 321 votos de deputados para derrubar os vetos de Lula e 137 favoráveis à manutenção. No Senado, 53 votaram contra o governo e 19 a favor.

Alguns trechos criam regras inéditas. Elas facilitam a exploração econômica das terras sem consentimento dos povos, dificultam novas demarcações e ameaçam as já consolidadas.

Com as mudanças aprovadas, a proteção às terras indígenas fica menor do que nos governos anteriores, desde 1988. São as gestões de Jair Bolsonaro, Michel Temer, Dilma Rousseff, Lula 1 e 2, FHC, Itamar Franco, Fernando Collor e José Sarney (o último ano).

Apenas 6 vetos de Lula foram acatados pelos parlamentares. Esses trechos permitiam o cultivo de transgênicos em terras indígenas, enfraqueciam a proteção a povos isolados e previam a perda do território em caso de “alteração dos traços culturais da comunidade indígena”. Mas perderam a validade, já que o Congresso aceitou o não do presidente da República.

A lei prevê intervenções nos territórios sem o consentimento dos indígenas. Um dos artigos permite a instalação de bases militares, construção de estradas, exploração de energia e “resguardo das riquezas de cunho estratégico” sem necessidade de consulta aos povos afetados.

A Constituição determina que os indígenas sejam consultados com antecedência. O art. 231 da Carta, que trata dos povos indígenas, afirma que o aproveitamento de recursos hídricos, de energia e de mineração só pode ser feito quando “ouvidas as comunidades afetadas”.

A lei ainda proíbe indígenas de cobrarem pela entrada de pessoas nas terras ou pelo uso das estruturas no local. Ao barrar estes trechos, o governo afirmou que eles “contrariam o interesse público ao impedir a cobrança de tarifas por atividades econômicas desenvolvidas por povos indígenas, como o turismo de base comunitária”. Porém, o veto foi derrubado no Congresso.

Além do marco temporal, a lei tem outros trechos que dificultam novas demarcações de terras indígenas. O principal deles obriga a União a indenizar todos os fazendeiros pelas benfeitorias que construíram nas áreas indígenas para que a demarcação seja validada.Continua após a publicidade

Está proibida a ampliação das terras indígenas já demarcadas. A lei impede, dessa forma, que demarcações desfavoráveis aos indígenas possam ser revistas.

A lei considera nulas as demarcações que não atendam ao marco temporal. Para o governo, isso abre margem para que fazendeiros contestem inclusive a validade de terras indígenas já regularizadas.

A lei aprovada pelo Congresso abria brecha para aumentar o contato com povos indígenas isolados. O texto previa, de forma vaga, que esse contato seria permitido “para intermediar ação estatal de utilidade pública”.

Lula vetou esse trecho, e o veto foi mantido pelo Congresso. Ao barrar o texto, o governo argumentou que a mudança permitiria o contato forçado com indígenas isolados, implicando em risco de epidemias, por exemplo.

Com a manutenção do veto, o contato com isolados continua proibido. Hoje, apenas servidores especializados da Funai são autorizados a entrar em contato com essas populações.

O Congresso manteve a proibição de transgênicos em terras indígenas. Um trecho da lei, que foi barrado por Lula, permitia que as áreas fossem abertas ao cultivo de organismos geneticamente modificados.

Ao vetar esse trecho, o governo afirmou que ele contrariava o interesse público. Segundo o Executivo, a liberação dos transgênicos provocaria “potencial dano à agrobiodiversidade, ao patrimônio genético e à segurança alimentar e nutricional dos povos indígenas e outras comunidades afetadas”.

A FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) disse que restaurar o marco temporal é garantir o direito de propriedade e a segurança jurídica.

“Todas as iniciativas para garantir o direito de propriedade são válidas, e o marco temporal é uma de extrema importância. Derrubamos os vetos e deixamos o projeto de lei como foi aprovado em sua plenitude. Não pode haver negociação e relativização do direito de propriedade no país. Hoje foi uma vitória de todos os trabalhadores rurais e do Brasil”, afirmou o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), em entrevista à Agência FPA.

Em nota, o Ministério dos Povos Indígenas afirma que vai acionar o Supremo para garantir a validade da decisão tomada pela Corte, em setembro, que declarou inconstitucional a tese do marco temporal, diz o Uol.

“Essa decisão vai totalmente na contramão dos acordos climáticos que o Brasil vem construindo desde o início deste ano, para o enfrentamento à emergência climática que também coloca em risco os direitos dos povos indígenas e de seus territórios. Vale reforçar mais uma vez que a decisão é inconstitucional”, afirma o Ministério dos Povos Indígenas.

 

Bolsonarismo transformou sabatina de Dino em passeio no circo

Senadores receberam indicado ao STF com abobrinhas, delírio ideológico e defesa do golpismo.

Os senadores ainda se acomodavam em suas cadeiras quando o bolsonarista Eduardo Girão pediu a palavra. Estava inconformado com o fato de o ministro Flávio Dino ser sabatinado num 13 de dezembro.

“Tem uma coincidência aí grande”, apontou, em tom conspiratório. “Não apenas é o número do PT, mas também o aniversário do Ministro Alexandre de Moraes. Essas coincidências, não é?”, insistiu.

O senador poderia ter mencionado outras efemérides do dia, como o título mundial do Flamengo e a abertura do bar Bip Bip. Além da edição do AI-5, que seus aliados teimam em cultuar.

A revolta contra o calendário foi só um aperitivo. Durante mais de dez horas, os bolsonaristas encenariam um longo festival de abobrinhas e delírios ideológicos.

“Como ministro do STF, o senhor vai seguir a cartilha de Lenin?”, indagou o senador Marcos do Val, que se apresenta como instrutor da Swat. “Tenho medo da influência da ideologia comunista nas suas decisões”, emendou a pastora Damares Alves.

O senador Magno Malta perguntou se o futuro ministro usaria camisa vermelha por baixo da toga. Jorge Seif acusou o governo de criar um “Ministério da Verdade” para transformar o Brasil na Venezuela.

Marcio Bittar afirmou que as ONGs recebem dinheiro americano para impedir o progresso da Amazônia. Cleitinho falou em Deus e contou uma anedota que unia São Pedro, o diabo e um político em campanha.

Em meio ao besteirol, os bolsonaristas retomaram o coro que embalou os atos golpistas. Izalci Lucas repetiu a mentira de que a urna eletrônica não é auditável. Girão, Malta e Seif acusaram o STF de implantar uma “ditadura judicial”.

Carlos Portinho propôs uma anistia aos extremistas do 8 de janeiro. Alegou que o perdão aos criminosos ajudaria a “distensionar o país”.

A sabatina mostrou que a oposição continua presa ao universo mental do ex-presidente. Melhor para Dino, que cumpriu o ritual como quem faz um passeio no circo.

Coube ao senador Flávio Bolsonaro a revelação do dia. Bacharel em Direito, foi sondado pelo pai para assumir uma vaga no Supremo. O capitão pode ser acusado de muitas coisas, menos de não zelar pelo futuro dos filhos.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

Procuradores do MP eleitoral do Paraná emitem parecer pela cassação de Sergio Moro por abuso de poder econômico

Os procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado defenderam a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) por abuso de poder econômico em duas ações que podem levar à cassação do mandato do ex-juiz da Lava-Jato. O parecer enviado na noite desta quinta-feira (14) ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.

O documento, segundo informações da colunista Malu Gaspar, do Globo, pede que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná reconheça a “prática de abuso do poder econômico, com a consequente cassação da chapa eleita para o cargo majoritário de senador da República e decretação da inelegibilidade dos Srs. Sergio Fernando Moro e Luís Felipe Cunha”, seu primeiro suplente.

“A lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral, porquanto aplicou-se monta que, por todos os parâmetros objetivos que se possam adotar, excedem em muito os limites do razoável”, dizem os procuradores.

“Desse modo, estabelecidas as premissas de igualdade do pleito, restou objetivamente comprovado nestes autos o emprego de R$ 2.030.228,09 pelo Podemos e União na pré-campanha dos investigados, representando 39,78% do total de despesas contratadas pela própria campanha eleitoral e 110,77% da média de gastos em campanha eleitoral dos candidatos ao Senado nesta unidade da federação, o que é por demais grave.”

O PL e o PT acusam o senador de prática de caixa 2, abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social. Os dois partidos pretendem mostrar que a exposição e os recursos de Moro na pré-campanha para a Presidência da República deram a ele uma vantagem indevida na campanha para o Senado, que ele decidiu disputar quando desistiu da candidatura à presidência pelo Podemos e migrou para o União Brasil.

Na quinta-feira passada (7), Moro disse em depoimento ao TRE do Paraná que é alvo de “perseguição política” nas ações movidas pelo PL e pelo PT – e se recusou a responder a questionamentos feitos por advogados das duas siglas.

O caso deve ser julgado no final de janeiro no TRE paranaense, mas para que o senador perca o cargo, é preciso que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) casse o seu mandato.

Não há previsão de quando as ações devem chegar ao TSE, já que dependem do esgotamento da tramitação na instância inferior – o TRE paranaense –, mas adversários de Moro querem resolver a questão o quanto antes, ainda no primeiro semestre de 2024.

“Desde o início do processo, os autores foram adjetivados de todo o tipo de leviandades. Nos acusavam de perseguição. Hoje, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná, em um parecer atento aos valores fundamentais de nossa democracia, reconheceu a necessidade de procedência de nossa ação e que o Senador violou a lei, trapaceou para vencer as eleições. Temos certeza de que a justiça eleitoral do Paraná não se furtará à sua história de intransigência com o abuso de poder, cassando e declarando a inelegibilidade de Sérgio Moro e seu suplente”, disse em nota o advogado Luiz Eduardo Peccinin, advogado do PT.

PGR aponta ilegalidade em decreto de privatização da Sabesp por Tarcísio

Parecer da PGR destaca que trechos do decreto são inconstitucionais ao infringir a autonomia dos municípios que compõem as Unidades Regionais de Abastecimento de Água e Esgotamento.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronunciou sobre um decreto do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), emitiu um parecer que considera parte do decreto que facilitou o processo de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) inconstitucional.

Segundo a Folha de S. Paulo, a procuradora-geral interina, Elizeta Maria de Paiva Ramos, emitiu o parecer em resposta a uma ação direta de inconstitucionalidade protocolada pelo PSOL e PT. A ação questiona diversas atribuições das Unidades Regionais de Abastecimento de Água e Esgotamento (Uraes), que agrupam municípios em um conselho deliberativo. As Uraes são consideradas cruciais para o governo de Tarcísio, pois possibilitam a renegociação e prorrogação coletiva de contratos com a Sabesp, agilizando o processo de privatização.

O parecer da PGR acata parcialmente a ação, destacando que trechos do decreto são inconstitucionais ao infringir a autonomia dos municípios que compõem as Uraes. Um ponto de destaque é a forma de cálculo que atribui mais votos ao estado e para a capital, concentrando o poder decisório nas mãos de poucos entes federativos.

“Com efeito, concentrar poder decisório ao alvedrio de apenas um ou dois entes federativos no âmbito das unidades regionais de saneamento básico resulta tanto em afronta abstrata à autonomia dos outros municípios dela integrantes, quanto pode ensejar que sejam proferidos atos concretos dentro da mesma unidade amplamente favoráveis aos entes com maior poder de decisão”, destaca um trecho do parecer da PGR, segundo a reportagem.

Israel sofre maiores baixas militares desde outubro em meio à ataques contra palestinos

As Forças de Defesa de Israel (FDI) sofreram baixa militar de dez soldados apenas nesta quarta-feira (13/12).

As Forças de Defesa de Israel (FDI) sofreram suas maiores perdas em um único dia desde o mês de outubro, anunciaram nesta quarta-feira (13/12) as autoridades israelenses.

Segundo o jornal The Times of Israel, as dez baixas aconteceram em uma emboscada do grupo palestino Hamas, que inclusive eliminou o coronel israelense Itzhak Ben Basat, de 44 anos.

O grupo foi atingido no distrito de Shejaia, na cidade de Gaza, quando tentavam resgatar outro grupo de soldados, de acordo com a agência britânica Reuters.

Assim, trata-se da pior perda em um único dia para as FDI desde 31 de outubro, quando foram mortos 15 soldados israelenses.

Enquanto isso, os combates continuam no norte e no sul de Gaza com aviões de guerra israelenses realizaram bombardeios por toda a Faixa.

Mais de 18.000 palestinos perderam a vida na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando Hamas executou uma incursão sem precedentes no território de Israel.

Enquanto isso, quase 1.400 israelenses foram aniquilados desde que o conflito começou, a grande maioria no começo dele. Há também dezenas de milhares de feridos, capturados e desaparecidos dos dois lados desde então.

*Sputnik Brasil

PF revela que produtos da empresa de Cariani abastecia o PCC

A Polícia Federal encontra-se no epicentro de uma investigação internacional, revelando uma suposta organização de desvio de produtos químicos vinculada a Renato Cariani, 47 anos, um influenciador bolsonarista.

Segundo as apurações, Cariani estaria fornecendo insumos químicos a uma rede criminosa de tráfico de drogas liderada por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). A notícia foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.

Fábio Spinola Mota é identificado como o elo central entre a facção criminosa e os produtos químicos em questão.

As investigações, conduzidas pelo núcleo da PF no Paraná, resultaram em prisões realizadas em abril, apreensão impressionante de aproximadamente 5,2 toneladas de cocaína e bloqueio de bens avaliados em R$ 1 bilhão.

Mota, que permaneceu detido até o mês passado, figurou entre os principais alvos da operação da PF de São Paulo, denominada “Hinsberg”.

Além de Cariani, também foram alvos Roseli Dorth, sócia do influenciador em uma empresa de venda de produtos químicos chamada Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., localizada em Diadema.

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Crescente Vermelho denuncia que cerco de Israel em Jenin impede tratamentos médicos

Sistema de saúde palestino em colapso também não consegue enviar feridos para receber tratamento em outros países por demora de Israel em autorizar saída.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) denunciou na manhã desta quarta-feira (13/12) uma “deterioração da situação” no campo de Refugiados de Jenin, na Palestina, que está sob cerco pelas Forças de Defesa Israelenses (FDI).

A organização de direitos humanos afirmou que apesar de receber “chamadas de emergência” em locais que as equipes médicas já têm dificuldades de acesso, ainda “existem impedimentos por parte das forças de ocupação de Israel”.

O Crescente Vermelho também afirmou que famílias estão enfrentando escassez de alimentos, como pão e leite em pó para bebês, uma vez que “suas casas estão ocupadas por soldados israelenses, e não podem sair”.

De acordo com a ONG israelense Physicians for Human Rights-Israel (PHRI), apenas 1% dos feridos conseguiu deixar a Faixa de Gaza para receber tratamento médico em Rafah, na fronteira com o Egito.

A porcentagem corresponde a apenas 430 palestinos dentre os cerca de 50 mil desde 7 de outubro, veiculou o jornal catari Al Jazeera.

Segundo a organização, o motivo que explica o baixo número comparado ao total é o tempo que o governo de Israel leva para responder às solicitações de saída: três dias, que podem levar “a uma rápida deterioração das condições dos pacientes até o ponto de morte”, disse a PHRI.

Outra crise de saúde em Gaza são acerca das pessoas que antes da guerra de Israel contra a Palestina já apresentavam quadros de doenças, como insuficiência renal e câncer, ou até mesmo recém-nascidos que necessitam de incubadora.

“Até o momento, apenas cerca de 500 pacientes de alto risco, incluindo pelo menos 1.000 com insuficiência renal, 2.000 pacientes com câncer, 130 recém-nascidos em incubadoras, puderam partir para tratamento na Turquia, nos Emirados Árabes Unidos e no Catar”, notificou a ONG.

PF: venda ilegal de cassiterita dos Yanomamis envolve até big techs

A Justiça autorizou o bloqueio de mais de R$ 240 milhões dos envolvidos. Quatro pessoas foram presas.

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (14/12) a operação Forja de Hefesto com o objetivo de desarticular um esquema de financiamento e exploração ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY).

São cumpridos quatro mandados de prisão e sete de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista (RR), Ariquemes (RO) e Ribeirão Preto (SP), além do bloqueio de mais de R$ 240 milhões dos envolvidos, diz o Metrópoles.

As investigações identificaram transações financeiras relacionadas à venda de cassiterita extraída ilegalmente da TIY para um dos maiores produtores mundiais de estanho. Apenas em um período de cinco meses no ano de 2021, mais de R$ 166 milhões de cassiterita teriam sido comprados.

Segundo a PF, a empresa, deliberadamente ou por negligência, não verificaria a origem do mineral comprado e faria aquisições de uma mineradora com matriz em Rondônia e filial em Roraima.

Posteriormente, o mineral processado seria exportado, sendo adquirido por grandes multinacionais e, inclusive, por “big techs”.

CCJ do Senado aprova Flávio Dino para o STF e Paulo Gonet para a PGR

Após aprovação na CCJ, indicações de Flávio Dino ao STF e Paulo Gonet à PGR devem ser avaliadas pelo plenário do Senado.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (13/12), as indicações de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República (PGR). Agora, as análises seguem para o plenário da Casa.

A votação na CCJ ocorreu após 10h de sabatina. Flávio Dino recebeu 17 votos favoráveis, 10 contrários e zero abstenções. Gonet teve apoio de 23 senadores, além de 4 votos contrários e zero abstenções. O quórum da votação foi de 27 senadores.