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Vídeos: Enchente histórica no RS já atingiu mais de 700 mil pessoas; voluntários fazem cordão humano para salvamento

Dos 496 municípios gaúchos, 332 foram afetados de alguma forma pelos temporais.

A enchente histórica que assola o Rio Grande do Sul já impactou mais de 707 mil pessoas em todo o estado, conforme dados divulgados pela Defesa Civil neste domingo (5). O desastre provocado pelas intensas chuvas já resultou na trágica perda de 75 vidas.

No sábado (4), a região enfrentou mais chuvas, agravando a situação em Porto Alegre e na área metropolitana. O cenário foi marcado por operações de resgate, com barcos e motos aquáticas, para salvar aqueles que se encontravam presos em telhados. Segundo o governo estadual, cerca de 10 mil pessoas já foram resgatadas, mas ainda há moradores isolados em suas residências.

Dos 496 municípios gaúchos, 332 foram afetados de alguma forma pelos temporais, demonstrando a abrangência dos transtornos causados pelas chuvas.

O deslocamento das águas já obrigou 95,7 mil pessoas a deixarem suas residências, enquanto diversos municípios permanecem praticamente submersos, sendo acessíveis apenas por meio de barcos ou helicópteros. Um exemplo é Eldorado do Sul, onde o prefeito Ernani Gonçalves (PDT) relatou à rádio Gaúcha a situação crítica enfrentada pela cidade, diz o Nexo.

O lago Guaíba, vital para a região, atingiu um nível alarmante, ultrapassando a marca de 5 metros no sábado (4). Este é o maior registro já registrado, superando a histórica cheia de 1941, quando o nível atingiu 4,76 metros. Durante a madrugada de domingo (5), o nível continuou a subir, atingindo 5 metros e 32 centímetros.

A enchente de 83 anos atrás motivou a construção de um sistema de proteção contra cheias em Porto Alegre, porém, como evidenciado esta semana, as obras realizadas desde então não foram capazes de eliminar completamente os problemas. Deficiências nas comportas de vedação contribuem para agravar a situação, incapazes de conter o volume de água em casos de chuvas intensas, resultando na evacuação de bairros inteiros da capital desde sexta-feira (3).

Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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