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A oposição do bolsonarismo de milícia e do relativo só conseguiu farelos e pelancas

Afinal de contas, qual é o peso líquido real da oposição ao governo Lula?

Digo, aquela oposição de um certo bolsonarismo relativo que se transformou politicamente em gordura saturada, totalmente rejeitada pela população, ou vamos dizer assim, o bolsonarismo do Vivendas da Barra, aquele de guerra, de milícia, de banditismo em estado puro, que vive, na política, um nonsense total.

Tudo indica que as picuinhas brejeiras de Lauro Jardim, Demétrio Magnoli e outros bufões e bobos da corte da mídia, não conseguem colocar o pé na forma.

Por outro lado, o bolsonarismo casca grossa, deixa que eu mato ou Elvis não morreu, tem produzido muito mais oposição a si do que ao governo Lula, tal o cérebro do tamanho de um caroço de mostarda dessas figuras.

A verdade é que a oposição deveria buscar uma ação que economizasse bateria, já que faz muito barulho, muita gordura, muita espuma, mas não consegue produzir um caldo qualquer de oposição a Lula.

Estamos falando de um Lula que, como muito bem definiu Frei Beto, está governando com tornozeleiras nas duas pernas, uma do Congresso e, outra, do Banco Central, que pedem permissão ao dinheiro grosso para dar qualquer passo, como bem relatou o dono do BTG, André Esteves, o gabola.

A verdade é que o bolsonarismo chapa quente, abusa das calúnias e difamações, na medida em que vê seu espaço político encolhendo. Já o bolsonarismo voluntário da mídia, busca apenas uma catimba na intenção de fazer cera e não deixar que Lula implemente programas de avanços sociais.

Ou seja, tanto faz o tipo de bolsonarismo, essa turma produz mais notícias do que fatos, porque, tanto um, quanto outro, não faz política, mas negócio e, com isso, acaba por produzir dívidas não pagas, passando a oferecer à sociedade uma oposição minúscula, micropolítica e individual de uns poucos bocós que tentam faturar em likes o empreendimento que a atividade política pode lhe render.

Diferente disso, somando essas duas correntes do mesmo esgoto, os recursos intelectuais para se fazer uma oposição hoje no Brasil é, se muito, de pequeno porte diante do governo e da instituição Lula, que sabe como ninguém negociar e renegociar caminhos para construir adesão aos programas do governo e definir suas políticas mais assertivas, oferecendo à sociedade, ao contrário da oposição, uma espécie de portabilidade orientada oficialmente e garantida pelo governo, formalizando um novo pacto federativo a partir da sociedade, transformando o bolsonarismo numa tripa e Bolsonaro em um trapo.

A mais recente pesquisa Quaest confirma isso.

Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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