Ano: 2024

MST denuncia cerco ilegal da polícia de Zema em ocupação em Minas

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra informa que a Justiça negou pedido de reintegração de posse feito por parte dos donos da fazenda Aroeiras e que PM impede a entrada de suprimentos para as cerca de 500 famílias acampadas.

São Paulo – O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra denunciou neste sábado (9) cerco ilegal da Polícia Militar de Minas Gerais, comandada pelo governo de Romeu Zema (Partido Novo), no segundo dia de ocupação da fazenda Aroeiras, município de Lagoa Santa. O MST argumenta que a ação policial não tem base, já que a Justiça negou pedido de reintegração de posse impetrado por parte dos herdeiros da fazenda.

O cerco, sempre de acordo com o MST, impede a entrada e saída de pessoas do local e dificulta a entrada de suprimentos para as famílias acampadas. Foi permitida a entrada apenas de água e medicamentos. Porém, não puderam passar nem lonas para proteção do sol e da chuva, e para que as pessoas não durmam ao relento, nem gás para o preparo da alimentação.

“O governador Romeu Zema precisa entender que a ocupação de terras é um direito do povo que luta para que a Constituição brasileira seja cumprida. Portanto, é desumano colocar a tropa para reprimir essas pessoas e impedir que elas tenham o mínimo que precisam. Chega de desgoverno Zema”, disse Sílvio Netto, da direção nacional do MST em Minas Gerais.

Terras improdutivas
Além do indeferimento ao pedido de reintegração de posse, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra acrescenta que algumas das herdeiras da fazenda já manifestaram interesse em negociar com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a venda do imóvel. Por sua vez, a superintendente do Incra no estado disse estar disposta a apresentar uma proposta para destinação da área a fins de reforma agrária. A Aroeiras é uma herança familiar disputada por oito pessoas. De acordo com duas proprietárias que se mostraram dispostas ao diálogo, o imóvel está abandonado a quase uma década e em mais de 20 anos nunca foi feita a regularização.

Mulheres Sem Terra
A Aroeiras foi ocupada por cerca de 500 famílias do MST na manhã de sexta-feira (8). A fazenda fica no município de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação coordenada pelas mulheres Sem Terra e integra a Jornada Nacional de Lutas, que tem como o lema “Lutaremos! Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos!”. A ocupação é motivada pelo não cumprimento da função social da terra, já que a propriedade estava abandonada pelos proprietários é improdutiva.

*RBA

 

Zero chance do terceiro mandato de Lula dar errado

Os pilantras de sempre, que se classificam liberais ou conservadores, já entenderam isso. Essa é a mensagem que chega para anunciar ataques em bloco no sentido de uma sobrevida para a direita como um todo, porque sabem que Lula vai tratorar geral.

Olhando para qualquer parte de qualquer pasta, as medidas do governo Lula são 100% assertivas e os números, escancaram o que de fato está acontecendo. Quando o sionista do Estadão anuncia uma fantasia inflacionária em contrapartida ao crescimento do Brasil, é puro suco de desespero.

O Brasil, ao vivo, é o oposto do Brasil editado pelas redações dos barões da mídia. Torcer contra e retorcer os fatos, é a principal parte da receita que a mídia tem pra anunciar tragédias virtuais. O x da questão nunca entra nas labaredas reacionárias dos eternos golpistas.

Há um alarido em parte da esquerda, que recebeu informações editadas das últimas pesquisas, que jura que isso é um alarme, uma luz amarela para o governo Lula. A esquerda não pode virar massa de manobra das manobras funestas dessa mídia de frete de banco. O jogo ainda nem começou.

A cobertura europeia sobre o atual momento do massacre em Gaza

Em todos os países analisados foi possível notar a menção às instituições de Gaza como pertencente ao Hamas, deslegitimando as informações de funcionários públicos.

Após 5 meses de operações militares contra a Faixa de Gaza, supostamente, em resposta à operação da resistência palestina iniciada em 7 de outubro, os diversos portais de notícias europeus seguem reportando os fatos sob diversas perspectivas. Ao mesmo tempo em que a realidade concreta os leva a noticiar a crueza das punições generalizadas realizadas por Israel contra o povo palestino, ainda é possível perceber certas dificuldades em nomear os acontecimentos pelo seu verdadeiro nome.

Comparamos diversas publicações do velho continente enfocando-nos, principalmente, sobre a cobertura do massacre de palestinos em busca de alimentos em Gaza por parte do exército israelense e sobre as negociações de cessar-fogo para o início do Ramadã. O resultado, você confere a seguir:

Comparamos diversas publicações do velho continente enfocando-nos, principalmente, sobre a cobertura do massacre de palestinos em busca de alimentos em Gaza por parte do exército israelense e sobre as negociações de cessar-fogo para o início do Ramadã. O resultado, você confere a seguir:

No Reino Unido, cujo papel histórico foi crucial para a partilha colonial do território da Palestina histórica, as linhas editoriais oscilam.

The Telegraph dá espaço para artigos de opinião que criminalizam às manifestações contra o genocídio, também abrem espaço para que dirigentes das Nações Unidas possam se defender ante as acusações de serem facilitadores das atividades do partido islâmico Hamas.

Claramente, este jornal adotou a linha editorial mais conservadora, permitindo títulos como “Hamas refuses to reveal how many hostages are alive”, em um contexto em que Israel se negou a enviar representantes para as negociações de cessar-fogo no Cairo. Em “We’ve got to stop believing Hamas’ lies about civilian deaths in Gaza”, percebemos as reais intenções da publicação, pois se permitem a veicular que o exército israelense tem “incrivelmente matado poucos civis” debruçados sob uma vala comum de mais de 30 mil mártires.

Outra demonstração do viés conservador veio do Comissário Anti-terrorismo do governo britânico, Robin Simcox, que escreveu um artigo para The Telegraph alegando que as ruas de Londres haviam se tornado “área de risco para judeus” aos fins de semana devido às manifestações pró-Palestina e pelo cessar fogo. Por outro lado, a BBC reportou sobre as declarações de Simcox de forma equilibrada ao oferecer espaço para que membros organizadores das manifestações pudessem desmentir as acusações. Assim, a BBC vem apresentando conteúdos com maior teor informativo e contextualizado; similar à cobertura do The Guardian que, inclusive, apresenta uma nota de rodapé em suas matérias referentes à Gaza em que se dizem “profundamente abalados com os recentes eventos em Israel e Gaza” e solicitam apoio para continuar com seu jornalismo investigativo.

Na Alemanha, a cobertura consegue ser a mais deficiente. O país, que já instalou políticas de repressão contra o movimento pró-Palestina como a criminalização do movimento por Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel (BDS), legitima fortemente o estado de Israel como se essa fosse uma forma de se posicionar contra o antissemitismo.

As manchetes da DW sobre o genocídio na Palestina são bastante higienizadas e mais escassas que nos grandes portais dos países vizinhos. Chamam, por exemplo, de “incidente” o tiroteio realizado pelo exército israelense que resultou na morte de mais de 100 palestinos que buscavam ajuda humanitária para alimentar seus seres queridos.

Em todos os países analisados foi possível notar a menção às instituições de Gaza como pertencente ao Hamas, por exemplo, quando o Ministério da Saúde local emite comunicados e números de mortos. Chamá-lo de “Ministério da Saúde do Hamas” deslegitima o trabalho realizado por funcionários públicos, que também são alvos e vítimas do atual processo de genocídio, ao sugerir que tais informações possam estar manipuladas afim de privilegiar o partido islâmico politicamente. O France 24, por exemplo, emite uma grande nota de rodapé ao final de várias reportagens, explicando ao leitor que a fonte dos dados apresentados são do “Ministério da Saúde do Hamas”, apenas para, ao final, mencionar que esses costumam ser compatíveis com aqueles oferecidos pela ONU.

Na França, apesar disso, a cobertura tem sido equilibrada, conseguindo ponderar as reivindicações de ambos os lados. Tanto o Le Monde quanto o France 24 apresentaram a declaração oficial do exército israelense sobre ter disparado apenas em “suspeitos” ao mesmo tempo que replicam o que dizem autoridades locais.

Quanto às negociações de cessar-fogo, ambos relatam a ausência de mediadores israelenses nas discussões e as exigências do Hamas: cessar-fogo permanente, saída completa das tropas sionistas da Faixa de Gaza e retorno dos palestinos do norte do estreito litorâneo. Esta postura difere da abordagem alemã, que enfoca na perspectiva do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, transmitindo ao leitor que a impossibilidade de um acordo de paz seria de responsabilidade, principalmente, do partido palestino.

*Dolores Guerra/GGN

Imagem de criança esquelética que morreu em Gaza viraliza nas redes e denuncia situação de fome na região bombardeada por Israel

Yazan Kafarneh, menino desnutrido de 10 anos, se tornou o rosto que simboliza a falta de alimentos no território palestino.

É muito fácil traçar o crânio sob o rosto do menino de Gaza, a pele pálida estendendo-se sobre cada curva do osso e flácida em cada cavidade. Seu queixo se projeta com uma nitidez perturbadora. Sua vida reduzida a pouco mais que uma máscara fina sobre uma morte iminente. Numa de uma série de fotografias jornalísticas do rapaz, Yazan Kafarneh, tiradas com a permissão da sua família enquanto ele lutava pela sua vida, os seus olhos com pestanas compridas olhavam para fora, desfocados. Ele tinha 10 anos, mas nas fotografias dos seus últimos dias, numa clínica no sul de Gaza, parece pequeno para a sua idade e, ao mesmo tempo, velho. Na segunda-feira, Yazan estava morto. As fotos fizeram dele o rosto da fome em Gaza.

Grupos de ajuda alertaram que as mortes por causas relacionadas à desnutrição apenas começaram para os mais de 2 milhões de habitantes de Gaza. Cinco meses após o início da campanha de Israel contra o Hamas e do cerco a Gaza, centenas de milhares de palestinos estão à beira da fome, dizem responsáveis ​​da ONU.

Quase nenhuma ajuda chegou ao norte de Gaza durante semanas, depois de as principais agências da ONU terem suspendido as suas operações, citando a pilhagem em massa das suas cargas por habitantes desesperados de Gaza, as restrições israelenses aos comboios e as más condições das estradas danificadas durante a guerra.

Grupo mais vulnerável à desnutrição extrema
Pelo menos 20 crianças palestinas morreram de desnutrição e desidratação, segundo autoridades de saúde de Gaza. Assim como Yazan, que necessitava de medicamentos que eram extremamente escassos em Gaza, muitos dos que morreram também sofriam de problemas de saúde que colocavam as suas vidas em maior risco, disseram as autoridades de saúde, diz O Globo.

“Muitas vezes uma criança fica extremamente desnutrida e depois fica doente e esse vírus é, em última análise, o que causa essa morte”, disse Heather Stobaugh, especialista em desnutrição da Action Against Hunger, um grupo de ajuda humanitária. “Mas eles não teriam morrido se não estivessem desnutridos.”

Autoridades de saúde de Gaza disseram que duas das crianças que morreram de desnutrição tinham menos de dois dias de vida. Embora advertindo que era difícil dizer o que tinha acontecido sem mais informações, Stobaugh disse que a desnutrição em mães grávidas e a falta da fórmula nutricional que alimenta crianças em Gaza poderia facilmente ter levado à morte de crianças, que são as mais vulneráveis ​​à desnutrição extrema.

A saga de Yazan e sua família
Os pais de Yazan lutaram durante meses para cuidar do filho, cuja condição, dizem os especialistas, mostrava que ele tinha dificuldades para engolir e precisava de uma dieta leve e rica em nutrientes. Após o bombardeamento israelense em Gaza, na sequência do ataque liderado pelo Hamas a Israel, em outubro do último ano, os seus pais fugiram de casa, levando Yazan e os seus outros três filhos para um local que esperavam que fosse mais seguro.

Depois fugiram de novo, e de novo, e de novo, disse seu pai, procurando um lugar melhor para Yazan, cuja condição significava que ele não podia tolerar os abrigos caóticos e insalubres. Cada movimento era complicado pelo fato de Yazan não conseguir andar. Seus pais pouco podiam fazer a não ser observar a deterioração constante de sua saúde. “Dia após dia, via o meu filho ficar mais fraco”, disse o seu pai, Shareef Kafarneh, um motorista de táxi de 31 anos de Beit Hanoun, no norte de Gaza.

Eventualmente, eles acabaram em Al-Awda, na cidade de Rafah, no sul, onde Yazan morreu na manhã da última segunda-feira. Ele sofria de desnutrição e infecção respiratória, segundo Jabr al-Shaer, pediatra que o tratou. O médico culpou a falta de comida pelo enfraquecimento do já frágil sistema imunológico do menino.

Fome em Gaza se agrava com a guerra
Conseguir o suficiente para comer já era uma luta para muitos Faixa de Gaza, que antes da ofensiva contra o ataque recente do Hamas já sofria um bloqueio israelense. Estima-se que 1,2 milhões de habitantes de Gaza precisaram de assistência alimentar, de acordo com a ONU, e cerca de 0,8% das crianças com menos de 5 anos em Gaza sofreram de desnutrição aguda, disse a OMS.

Cinco meses após o início do ataque israelense, esse número parece ter aumentado: cerca de 15% das crianças do norte de Gaza com menos de 2 anos de idade estão gravemente subnutridas, bem como cerca de 5% do sul, afirmou a OMS em fevereiro. Com metade de todas as crianças de Gaza alimentadas com fórmula, disse Stobaugh, a falta de água potável para produzir esta fórmula nutricional está agravando a crise.

Adele Khodr, diretora da UNICEF, a agência da ONU para a infância, no Oriente Médio, disse esta semana: “Estas mortes trágicas e horríveis são provocadas pelo homem, são previsíveis e totalmente evitáveis”.

Ali Qannan, de 34 anos, não sabe o que se passa com o seu filho de 13 meses, Ahmed, que está sendo tratado no Hospital Europeu no sul de Gaza. Segundo ele, nem os médicos dos cinco hospitais para os quais ele levou o filho sabem. O bebê desenvolveu barriga inchada, diarréia e vômito, um mês após o início da guerra. Ahmed piorou, está com dificuldade para respirar e tem resultados de exames de sangue preocupantes, mas, devido à guerra, os médicos dizem que não podem realizar os testes de diagnóstico adequados, disse Qannan.

Cada pediatra tem uma sugestão diferente sobre com o que alimentar Ahmed, disse o pai do bebê – batatas cozidas, pão, fórmula especial fortificada usada para tratar crianças gravemente desnutridas –, mas cada uma era impossível de encontrar ou parecia não ajudar. Ele diz ter certeza de que a desnutrição tem algo a ver com os problemas do filho.

Flávio Bolsonaro apoia prefeito que exalta Lula e abre crise no PL

Após receber apoio público de Flávio, o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, gravou vídeo no Planalto agradecendo ao governo Lula.

O PL está incomodado com Flávio Bolsonaro ter manifestado apoio à reeleição do prefeito de Campos (RJ), Wladimir Garotinho, que, nesta semana, publicou um vídeo no Palácio do Planalto exaltando o governo Lula.

O PL está incomodado com Flávio Bolsonaro ter manifestado apoio à reeleição do prefeito de Campos (RJ), Wladimir Garotinho, que, nesta semana, publicou um vídeo no Palácio do Planalto exaltando o governo Lula.

A cúpula do PL já estava incomodada desde que Flávio disse a Wladmir, no início de fevereiro, que o PL estaria “à disposição” dele na eleição. A irritação, entretanto, escalou após o prefeito campista publicar um vídeo com o Secretário de Assuntos Federativos de Lula, André Ceciliano, e o deputado petista Lindbergh Farias, diz Guilherme Amado, Metrópoles.

No vídeo, Wladimir agradece, de dentro do Palácio do Planalto, a Lula por investimentos em Campos. “Campos foi muito bem contemplada, queria agradecer ao presidente Lula, nas pessoas dos amigos Lindbergh [Farias] e André Ceciliano, pelo carinho que tiveram na escolha dos projetos que vão atender ao município”, disse o prefeito.

No início de fevereiro, Flávio gravou um vídeo ao lado de Wladimir dizendo ser “grato” pelo apoio do prefeito à reeleição de Jair Bolsonaro contra Lula em 2022.

“Sou muito grato pelo que você fez conosco, o apoio que nos deu em 22, organizando a cidade para nos receber tão bem. Agradecer a todos de Campos, que nos deu tamanha votação. Na política, temos que retribuir a quem nos ajuda em todos os momentos, nos bons e nos ruins”, disse o senador.

Globo manipula dados e transforma sucesso da Petrobras em fracasso

Por Luis Nassif

Onde está o problema? Em 2022, a Petrobras distribuiu todo seu lucro, uma irresponsabilidade absoluta em relação ao futuro da companhia.

A manchete principal do Globo é falsa. Não respeita sequer a matéria.

Vamos às informações corretas, sem as distorções do jornal.

O lucro líquido da Petrobras em 2023 foi de R$ 124,6 bilhões, o segundo mais alto da história.

O EBITDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) doi de R$ 262,2 bilhões, o segundo maior da história, assim como o segundo maior fluxo de caixa operacional.

E esse resultado não foi alcançado por uma eventual melhora nos preços internacionais do petróleo que, na verdade, caíram 18% e houve queda de 23% no preço do diesel em relação ao petróleo. Onde está o problema? Em 2022, a Petrobras distribuiu todo seu lucro, uma irresponsabilidade absoluta em relação ao futuro da companhia. E não houve nenhuma grita de O Globo. Ou seja, deixou de investir em novos campos, na transição energética, em novas tecnologias, na segurança, para beneficiar os acionistas.

Em 2023 foram US$ 12,7 bilhões em investimentos, crescimento de 29% em relação ao ano anterior. Além disso, pagou R$ 240 bilhões em tributos à União e estados.

Mesmo não distribuindo a totalidade do lucro, os acionistas da Petrobras obtiveram um retorno superior ao das demais empresas petrolíferas. Além disso houve redução de US$ 1,2 bilhão na dívida financeira. A produção do pré-sal chegou a 2,17 milhões de barris de petróleo equivalentes, 10% acima do ano anterior.

Em suma, o que era para ser tratado como um sucesso, foi derrubado pelo Globo simplesmente porque não se cometeu a irresponsabilidade de outros anos, de distribuir todo o lucro, sem se preocupar com o futuro da companhia.

*GGN

Vídeo – Tarcísio desdenha de denúncias contra abusos de PM: ‘pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parte, que não tô nem aí’

Um mês após o início da Operação Verão, na Baixada Santista, em São Paulo, a letalidade policial cresceu 94% no primeiro bimestre, em comparação com igual período de 2023.

Em reação à notícia de que será denunciado na Comissão de Direitos Humanos da ONU pela violência policial na Baixada Santista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que as ações continuarão. A queixa vai ser apresentada pela Conectas Direitos Humanos e pela Comissão Arns, mas Tarcísio afirmou que isso não o incomoda:

“Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí”, disse o governador.

Um mês após o início da Operação Verão, na Baixada Santista, em São Paulo, a letalidade policial cresceu 94% no primeiro bimestre, em comparação com igual período de 2023.

Houve um salto de 69 para 134 mortes por policiais no período, que marca ainda o segundo ano da gestão do governador. Em fevereiro, 39 delas aconteceram em meio à operação no litoral sul paulista

“Tem uma questão de denúncia, vamos investigar. Agora, nós precisamos de fato saber o que realmente aconteceu. Não há nenhum interesse da nossa parte em confrontar ninguém. Nós tínhamos lá na baixada uma série de barricadas que foram removidas. Locais em que o poder público não entrava. Hoje a gente retirou todas as barricadas. A gente está restabelecendo a ordem. Não existe progresso sem ordem.”

O governador foi questionado sobre o tema após agenda na capital para divulgar um pacote de ações voltado às mulheres.

Tarcísio negou que o governo tenha recebido denúncias de irregularidades e defendeu a operação.

“Nossa polícia é extremamente profissional (…) A gente está fazendo o que é correto.”

O Ministério Público, por sua vez, vai colher os prontuários médicos e identificar os socorristas para saber como ocorreram os transportes dos corpos das pessoas que morreram nos supostos confrontos com policiais.

Há denúncias de que os policiais desfizeram o local onde ocorreram as mortes, com a retirada de cadáveres, e dessa forma dificultar o trabalho da perícia. A alegação dos policiais é que essas pessoas ainda estavam vivas, mas chegaram mortas aos hospitais.

De acordo com promotores e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a retirada dos corpos, se for confirmada, pode ser enquadrada como crime de fraude processual. A pena prevista na lei é de três meses a dois anos de detenção, e multa.

Vídeo: No dia Internacional da Mulher, em Paris, Dilma diz que misoginia foi a base do seu impeachment

A prefeitura de Paris realizou nesta sexta-feira (08/03) uma conferência internacional para debater os direitos das mulheres na ocasião do 8 de março. A ex-presidente Dilma Rousseff, atualmente presidente do Banco dos Brics, foi uma das convidadas e falou sobre a misoginia na política que, segundo ela, foi o pano de fundo para a sua destituição, em 2016.

A conferência “En 2024, une femme = un homme ? Une question de pouvoir” (“Em 2024, uma mulher = um homem? Uma questão de poder”) reuniu diversas personalidades femininas para debater os direitos das mulheres no século 21. Além da ex-presidente brasileira estavam presentes, entre outras, a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet e a ganhadora do prêmio Nobel da Paz de 2003, a iraniana Shirin Ebadi.

No discurso de abertura, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, agradeceu às mulheres presentes que, segundo ela, “foram tão julgadas, por vezes amadas, mas por muitas vezes odiadas e criticadas, lutaram contra o fascismo e nunca deixaram de lutar pela democracia, mudando a vida de milhões de pessoas”.

Hidalgo aproveitou a ocasião para comemorar a recente inscrição do direito ao abordo na Constituição francesa.

“A França acaba de sacralizar esse direito fundamental das mulheres e ninguém mais poderá tirá-lo”, destacou.

Críticas à extrema direita
A ex-presidente Dilma Rousseff foi bastante aplaudida pelas participantes, mulheres em sua maioria, na chegada ao salão do Hôtel de Ville. Em seu discurso, a ex-presidente brasileira falou sobre a importância de se diminuir as desigualdades, não apenas de gênero.

“Sem reconhecer os direitos das mulheres, os direitos não são humanos. É sobre a mulher negra e indígena que recai a maior desigualdade na América Latina. Para que a política de combate à desigualdade seja efetiva, ela precisa focar nas mulheres, nos negros e nos indígenas”, disse.

Dilma Rousseff, que é presidente do Banco dos Brics por indicação do atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacou também a busca por mais empoderamento da mulher e uma maior participação na vida política. Ela falou sobre o processo de impeachment que a destituiu do poder.

Lava Jato, 10 anos: Toffoli anula atos de Sergio Moro contra 23 alvos

Toffoli havia anulado processos contra Beto Richa e estendeu decisão a outros investigados nos mesmos casos, incluindo esposa e filho dele.

Prestes a completar 10 anos, no próximo 17/3, a Operação Lava Jato segue colhendo derrotas no STF. Nas mais recentes, entre a terça-feira (5/3) e essa quinta (7/3), o ministro Dias Toffoli anulou todas as decisões do ex-juiz federal Sergio Moro e ações da antiga força-tarefa da Lava Jato contra 23 alvos de processos e investigações relacionadas à operação.

Os beneficiados pelas decisões de Toffoli haviam sido atingidos pelas operações Integração, Quadro Negro e Piloto, que apuravam suspeitas de corrupção envolvendo o ex-governador do Paraná, Beto Richa, do PSDB. Em dezembro, o tucano já havia tido uma decisão favorável de Dias Toffoli com a anulação de processos contra si, diz Guilherme Amado, Metrópoles.

Toffoli considerou ter havido, nos casos envolvendo Richa, manipulações, atuação ilegal e “conluio” entre Justiça e MPF. As anulações incluíram a fase pré-processual, ou seja, de investigações.

Desde então, como mostrou a coluna, uma série de pedidos de extensão acabou por criar uma verdadeira fila de investigados nos mesmos casos, todos interessados no entendimento conferido por Toffoli a Beto Richa.

O ministro começou a despachar cada petição, individualmente, na terça e na quinta. Em todas elas, assim como na de Richa, declarou “nulidade absoluta” de todos os atos de Moro e da antiga força-tarefa da Lava Jato contra os alvos das apurações.

Entre os beneficiados com anulação das decisões de Moro e das investigações do MPF, estão a esposa de Richa, Fernanda Vieira Richa, e o filho do casal, André Vieira Richa. As ações envolvendo Fernanda e André foram trancadas por Toffoli.

 

A condição para Mauro Cid manter sua delação válida e não voltar à prisão

A Polícia Federal faz um balanço positivo da delação premiada firmada com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Os investigadores, no entanto, afirmam que a manutenção do acordo dependerá do próximo depoimento do militar, marcado para segunda-feira (11). A exigência imposta é que Cid responda a todas as perguntas que forem feitas pelos delegados.

A avaliação da PF é que o ex-ajudante de ordens precisa complementar seu relato com temas que não lhe foram perguntados e, assim, fazer jus aos benefícios da colaboração validada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que garante sua liberdade, diz Bela Megale, O Globo..

Caso Cid não responda a todos os questionamentos, ele terá seu acordo revogado e tudo que já disse segue valendo como prova, inclusive, contra ele próprio e seus familiares.

O tema central das perguntas é a tentativa de golpe de Estado que, segundo a PF, foi arquitetado por Jair Bolsonaro, integrantes de seu governo e militares.

Um dos pontos que serão abordados na segunda-feira é a reunião ministerial do ex-presidente com seus auxiliares, em 5 de julho de 2022, que expôs a “dinâmica golpista” do então governo. A reunião não chegou a ser mencionada por Mauro Cid.