Ano: 2024

o que vai acontecer com os automóveis destruídos pelas chuvas no Rio Grande do Sul

Além de ruas, casas, postes e árvores destruídas, marcam a paisagem de cidades gaúchas carros desfigurados, de ponta-cabeça, em encostas, calçadas e outros lugares inusitados.

Há dias os esforços de entes públicos e privados no Rio Grande do Sul estão voltados a atender pessoas em situação de emergência e em garantir sua saúde e seu bem-estar. Não há previsão de quando as águas vão abaixar e o cenário humanitário estará estabilizado, mas sabe-se que neste momento se iniciará uma etapa de atenção às cidades.

Voluntários que circulam pela região norte de Porto Alegre relataram à CNN que na região ainda existe muita água e que, na percepção dessas pessoas, há “pelo menos 100 veículos” submersos no local. O acesso a essa região ainda é difícil por conta da água, que ainda não baixou.

A Localiza disse estar concentrada em garantir a segurança dos colaboradores e clientes e que os efeitos das enchentes em sua operação ainda estão sendo avaliados, mas não detalhou seus trâmites. A Movida não respondeu até o momento.

Sobre o processo de remoção de veículos por parte de seguradoras, Ricardo Pansera, vice-presidente para a região Sul da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros (Fenacor), afirmas que é necessário que as águas das inundações baixem para que se iniciem as operações.

É necessário utilizar maquinário pesado e guinchos para a remoção das toneladas de metal, o que não é possível fazer em meio às cheias.

Os veículos automotores serão, então, levados para centros mecânicos e elétricos, onde seus dispositivos são avaliados e inspecionados. A partir desta etapa, será possível identificar se o veículo pode ser recuperado. A avaliação de Pansera é de que a maior parte dos veículos do estado, visto a proporção da tragédia, terá perda total decretada.

Uma em cada 3 cidades brasileiras está suscetível a inundações, enchentes e deslizamentos de terra

Levantamento do governo federal estima que 1.942 municípios – onde vivem 73% da população brasileira – estão em risco de eventos como o que assola o Rio Grande do Sul e já provocou estragos em Petrópolis (RJ) e São Sebastião (SP). O dado, contudo, pode ser ainda maior.

Desastres climáticos como o que assola o Rio Grande do Sul e já provocou destruição e mortes em São Sebastião (SP) e em Petrópolis (RJ) podem se repetir em pelo menos outros 1.942 municípios brasileiros. É o que estima a Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, órgão vinculado à Casa Civil, em nota técnica divulgada nesta sexta-feira (17). Uma em cada três cidades está localizada em área de risco recorrente para desastre climático, como inundações, enchentes e deslizamentos de terra.

Apesar de já relevante, esse número de cidades em risco pode ser ainda maior. O documento é baseado no Atlas de Desastre e Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, que compila eventos do tipo entre 1991 e 2022. Por conta disso, as informações listadas não consideram os eventos mais recentes provocados pelas mudanças climáticas principalmente no sul do país. Apenas 142 municípios gaúchos, por exemplo, constam na nota técnica. Bem abaixo do total de 450 cidades que foram afetadas pelas fortes chuvas, segundo dados da Defesa Civil do RS.

Mas, mesmo com o número subestimado, o número de pessoas que vivem nesses municípios com algum grau de risco é equivalente a 73% da população brasileira. Nas 1.942 cidades vivem 148,8 milhões de pessoas.

Mudanças climáticas acendem alerta para futuro próximo no Brasil Cidades com risco de desastre
Para chegar à projeção, o governo federal levou em conta localidades com óbitos devido a desastres ligados ao clima entre 1991 e 2022. Assim como a ocorrência de 10 registros ou mais de desastres no período. A metodologia também abarcou a apresentação de mais de 900 pessoas desalojadas/desabrigadas; 500 pessoas ou mais em áreas mapeadas com risco geo-hidrológico; localidades com alta vulnerabilidade a inundações e a ocorrência de 400 dias de chuvas, ou mais, acima de 50 milímetros entre 1981 a 2022, diz a RBA.

Entre 1991 a 2022, essas cidades com risco de desastre registraram 3.890 mortes em 16.241 desastres. O que deixou 7,9 milhões de desabrigados/desalojados. A quantidade de pessoas em área de risco geo-hidrológico totaliza 8,9 milhões, de acordo com a nota técnica. Já os municípios suscetíveis a movimentos de massa, os chamados deslizamentos, somam 1.023. Enquanto os que podem ter alagamentos e enxurradas são 1.766 e 1.811 estão suscetíveis a inundações. Um mesmo município pode ter ainda mais de um tipo diferente de risco identificado.

Populações nos municípios em risco
O levantamento destaca que o Sudeste brasileiro concentra a maior população exposta aos riscos. Minas Gerais é o estado com maior quantitativo de cidades com risco de desastres naturais, com 283. Na sequência vem São Paulo (172), Rio de Janeiro (75) e Espírito Santo (71). No Sul, Santa Catarina desponta com o maior número de municípios (207) e pessoas expostas aos riscos, seguido do Rio Grande do Sul (142) e Paraná (80).

Já na região Nordeste, destacam-se a Bahia (137), Maranhão (110), Pernambuco (106) e Ceará (74). A Bahia também tem a maior proporção do Brasil de população de seus municípios suscetíveis em áreas mapeadas aos riscos (17,3%). O Norte, caracterizado por inundações graduais, tem no Pará (82) e do Amazonas (59) os maiores números de municípios com risco.

No Centro-Oeste o percentagem de registro de eventos e de pessoas expostas aos riscos é o menor. Com 40 cidades, Mato Grosso apresenta o maior número de municípios mais suscetíveis na região. Mas o Mato Grosso do Sul tem a maior quantidade de pessoas mapeadas em áreas de riscos (25.092).

Desastre na cidade de Teresópolis
O mapeamento de cidades sob risco começou a ser feito no início de 2011, após as fortes chuvas que atingiram a cidade de Teresópolis, na região serrana do Rio. Essa é considerada a maior catástrofe de origem geohidrológica do país. Mais de 900 pessoas morreram após dois dias de chuva que provocou deslizamento de terra e deixou ao menos 350 pessoas desaparecidas, além de milhares de desabrigados.

A tragédia levou à criação do Plano Nacional de Gestão de Crises e Respostas a Desastres Naturais, sob a coordenação da Casa Civil no governo da presidenta Dilma Rousseff (PT). No entanto, a falta de efetivação do plano e de políticas para o enfrentamento das mudanças climáticas tem levado a novos desastres. Como em 2022, em Petrópolis, também na região serrana fluminense. Deslizamentos deixaram 235 mortos e hoje há ainda 70 mil pessoas vivendo em áreas de risco na região.

Agora no Rio Grande do Sul
No início do ano passado, outras 64 pessoas morreram com deslizamento de encostas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Agora no Rio Grande do Sul, 154 óbitos já foram confirmados em balanço da Defesa Civil desta sexta. Ao menos 98 pessoas seguem desaparecidas e quase 620 mil pessoas estão fora de suas casas.

Atualmente, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) conta com equipamentos de monitoramento de chuvas em 1.133 municípios brasileiros. A previsão é de que eles sejam instalados nas 1.942 cidades listadas até o fim de 2027.

Brasil é escolhido para receber a Copa do Mundo Feminina de Futebol de 2027

Candidatura brasileira derrotou a europeia formada por Alemanha, Bélgica e Holanda.

O Brasil ganhou, na madrugada desta sexta-feira (17), o direito de ser sede da Copa do Mundo Feminina de Futebol em 2027. Em eleição durante o Congresso da Fifa, na Tailândia, a candidatura brasileira derrotou a europeia formada por Alemanha, Bélgica e Holanda. Será a primeira vez da competição na América do Sul.

Depois de receber as Copas do Mundo Masculinas de 1950 e 2014, o país será agora sede da 10ª edição do torneio feminino, organizado desde 1991, quando a China foi a anfitriã.

Será a chance de a Seleção Brasileira conquistar o primeiro título mundial, justamente em casa, após o vice-campeonato, em 2007, em solo chinês. A Alemanha venceu o Brasil por 2 a 0 naquela final.

Foi a primeira vez que um Congresso da Fifa decidiu, por meio de eleição com os mais de 200 filiados, a sede de uma Copa Feminina. As anteriores eram definidas em reuniões do Conselho, antigo Comitê Executivo, que tem pouco mais de 30 membros.

O Brasil havia recebido uma nota geral superior ao projeto europeu, em relatório elaborado por profissionais da Fifa que visitaram as sedes: 4 contra 3,7, de um total de 5.

Como deve ser a Copa no Brasil
No projeto enviado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) à Fifa, foram propostos dez estádios para a competição:

  • Mineirão (Belo Horizonte)
  • Beira-Rio (Porto Alegre)
  • Mané Garrincha (Brasília)
  • Arena Pantanal (Cuiabá)
  • Arena da Amazônia (Manaus)
  • Arena Fonte Nova (Salvador)
  • Arena de Pernambuco (Recife)
  • Arena Castelão (Fortaleza)
  • Maracanã (Rio)
  • Neo Química Arena (São Paulo)

Todos foram usados na Copa do Mundo de 2014 — o fato de não precisar gastar dinheiro na construção de novos equipamentos foi fator determinante. Mas a vitória não significa que tais estádios serão de fato aquelas usados.

Pode haver mudança nos próximos meses, a depender de novas vistorias da Fifa. A Arena Pantanal, em Cuiabá, por exemplo, recebeu nota baixa dos avaliadores. A capital de Mato Grosso também foi mal avaliada em quesitos como local para Fan Fest e acomodações para delegações e torcedores.

Luzes que se apagaram em Porto Alegre (por Carlos Atílio Todeschini)

Porto Alegre passou, de cidade exemplo em drenagem, para cidade vítima de catástrofe causada por enchente.

Carlos Atílio Todeschini (*)

No segundo governo da Administração Popular de Porto Alegre (1992-1996), o Prefeito Tarso Genro desafiou a Diretora do DEP à época, a Arquiteta Lenora Ulrich, a fazer a imprensa ter um olhar diferente sobre a questão dos alagamentos e da drenagem urbana. Ao invés de a gestão ser pautada pela imprensa, a determinação era inverter a lógica e fazer com que a iniciativa de discussão sobre o tema fosse uma atribuição do DEP.

Foi por isso que o DEP, com a parceria do IPH/UFRGS, organizou um seminário internacional de drenagem urbana em Porto Alegre. Nesse evento, estiveram presentes algumas das maiores autoridades técnicas do mundo no tema, representantes dos EUA, da EUROPA e da AMÉRICA LATINA – tais como, dentre outras, o professor Carlos Tucci do IPH/UFRGS, e o professor Ben Ien, um sino-americano especialista em cheias do Rio Mississipi.

O seminário foi um sucesso. Serviu muito para troca de experiências e também lançou, à época, luzes sobre caminhos para o futuro. O DEP de Porto Alegre, à época, foi reconhecido como rico laboratório em termos de experiências em cuidados e manutenção de sistema de drenagem.

É de se questionar, assim, o seguinte: porque promoveu-se o sucateamento dessa estrutura da administração municipal?

Porto Alegre passou, de cidade exemplo em drenagem, para cidade vítima de catástrofe causada por enchente, caminho esse trilhado por gestões que trataram o tema com desleixo, desmonte e negacionismo.

(*) Carlos Atílio Todeschini é engenheiro agrônomo, foi Chefe de Gabinete e Assessor Especialista do DEP, de 93 à 96, Assessor Engenheiro do prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, em 96, Diretor de Conservação e Diretor do DEP em 97, e Diretor-Geral do DMAE de 2001 a 2004

*ICL

Espanha nega porto a navio que transportava toneladas de armas para Israel

Governo espanhol diz que decisão condiz com política do país tomada desde 7 de outubro de proibir exportações de material bélico a israelenses.

A Espanha recusou nesta quinta-feira (16/05) a permissão para que um navio com destino a Israel, que transportava uma carga de armas, fizesse escala no porto de Cartagena, no sudeste do país. A informação foi anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores espanhol.

O navio Marianne Danica teria solicitado autorização para escalar em 21 de maio. Segundo o jornal espanhol El País, a estrutura de bandeira dinamarquesa carregaria quase 26,8 toneladas de material explosivo de Madras, na Índia, para o porto de Haifa, em Israel.

O veículo também detalhou que o remetente da mercadoria é a empresa indiana Siddhartha Logistics, e o destinatário é a empresa Israel Cargo Logistics.

O ministro José Manuel Albares declarou que a decisão tomada por sua pasta é consistente com a política da Espanha de proibir as exportações de todas as armas para Israel desde a intensificação das operações israelenses, em 7 de outubro.

“Detectamos o navio e recusamos a permitir que atraque. Esta será uma política consistente com qualquer navio que transporte armas e carga de armas israelenses e que queira atracar nos portos espanhóis”, acrescentou.

Entre os países europeus, a Espanha tem se destacado por sua postura crítica com relação aos ataques de Israel na Faixa de Gaza e atualmente trabalha na reunião de outras nações do continente na tentativa de estabelecer o reconhecimento do Estado palestino.

De acordo com o Ministério da Saúde palestino, nesta quinta-feira, as operações israelenses já deixam mais de 35.272 mortos no enclave, enquanto quase 80 mil estão feridos.

Fecha-se o cerco a Israel que segue a massacrar palestinos inocentes

Se o cerco é só de mentirinha, não se sabe.

No caso em questão, coligações lideradas por PT e PL das ações questionam a legalidade da conduta de Moro no período pré-eleitoral. As siglas que movem a ação afirmam que o ex-juiz realizou atos com grande alcance e altos investimentos financeiros, o que teria gerado vantagem ilícita em relação aos outros candidatos.

Moro se filiou, inicialmente, ao Podemos como pré-candidato à Presidência da República. As siglas que movem a ação indicam que o ex-juiz realizou atos com grande alcance e altos investimentos financeiros, o que teria gerado vantagem ilícita em relação aos outros candidatos.

Em 2021, Moro se desfiliou do Podemos, pelo qual era pré-candidato à Presidência. Próximo ao prazo final para troca partidária, em 2022, migrou para o União Brasil a fim de concorrer ao cargo de deputado federal pelo estado de São Paulo. Diante do indeferimento da transferência de domicílio eleitoral, Moro passou a pleitear a vaga de senador pelo estado do Paraná.

No início do mês de abril, o TRE-PR, com placar de 5 a 2, decidiu contra a cassação do senador. Os autores das ações, no entanto, recorreram da decisão e o caso subiu para o TSE. Já na corte superior, o Ministério Público Eleitoral se manifestou contra a cassação.

Sergio Moro foi eleito senador por Santa Catarina com 1,9 milhão de votos, ou 33,5% dos votos válidos, nas Eleições Gerais de 2022.

*Blog do Noblat

Privatização da Sabesp em Guarulhos é suspensa pela Justiça; SP amanhece com faixas do MTST

Por falta de audiências e apresentação de laudos, segunda maior cidade de SP tem votação da privatização interrompida.

Nesta quinta-feira (16), menos de 24 horas depois de o Tribunal de Justiça de São Paulo suspender a votação do projeto de lei que privatiza a Sabesp na Câmara Municipal de Guarulhos (PL 85/2024), cinco viadutos da capital paulista amanheceram com faixas contra a venda da estatal à iniciativa privada.

As intervenções em todas as regiões da cidade e também em Santo André (SP) – com faixas como “Não deixe a Sabesp se tornar a Enel da água” – foram feitas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Na quarta-feira (15), a Justiça decidiu que os vereadores de Guarulhos não podem votar o tema, pois não foram feitas audiências públicas, nem apresentados os laudos de impacto orçamentário e ambiental obrigatórios.

A nova barreira à privatização da companhia, que é encampada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) desde a sua campanha, acontece agora no segundo maior município do estado paulista.

*Brasil de Fato

Mídia desenterra as múmias

Nos Estados Unidos, um presidente ruim é classificado como mula manca, sobretudo aqueles em que eram jogadas as maiores fichas. Aqui no Brasil, parece ser tradição da direita produzir somente isso.

Mas não para aí, a direita, no Brasil, não sabe governar e os resultados das aprovações dos seus presidentes, são trágicos, mas a tragédia ainda não termina.

Na vida real, ou seja, fora do pavão pintado pelo pelotão de frente do baronato midiático, a oposição aos governos Lula e Dilma, sempre mostrou uma incompetência inacreditável. Daí a volta ao poder só poderia acontecer, como aconteceu, através de sucessivos golpes, utilizando uma série de artifícios institucionais para forjar crimes contra Lulla e Dilma, que nunca foram comprovados.

Agora, a coisa piorou e muito, porque, além desse desfile de burrice dos pangarés bolsonaristas do parlamento, a mídia e os partidos tradicionais de direita, resolveram se aliar aos trotões bolsonaristas na tentativa de construir alguma alternativa que pudesse ser chamada de oposição ao governo Lula.

As mais recentes notícias em destaque na mídia, elevam a excrescência Aécio Neves a alguma coisa que preste, mas principalmente a múmia Temer, inacreditavelmente desenterrada pela mídia, não deixa dúvidas, a direita não tem rigorosamente nada nas mãos para balbuciar um discurso qualquer de oposição ao governo Lula com um mínimo de eficácia.

Isso deixa claro que o que chamam de liberais, no Brasil, não passa de um rebotalho da escória nacional.

Bairro de cidade do RS é varrido por enchente e some do mapa; veja antes e depois

Imagens mostram bairro de Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul, totalmente varrido pela água

A cidade de Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, está entre os muitos afetados pelas enchentes que atingiram o estado desde o início de maio. Imagens captadas por drone mostram a destruição no que, até então, era o bairro Passo de Estrela, localizado próximo ao leito do Rio Taquari. O local foi engolido pela força da água e desapareceu.

As imagens, gravadas nesta terça-feira (14), mostram o bairro totalmente destruído. Em meio a lama e poças de água, somente alguns resquícios do que, até então, era um bairro habitado por centenas de famílias. O vídeo abaixo, do Grupo A Hora, mostra o que sobrou do bairro.

Nova chuva no RS
Uma nova frente fria se aproxima do Rio Grande do Sul, trazendo a previsão de chuvas para a próxima quinta-feira (16). De acordo com meteorologistas, as precipitações devem ser menos volumosas do que os temporais que atingiram o estado nos últimos dias, porém ainda há risco de formação de um novo ciclone extratropical na sexta-feira (17).

As temperaturas seguem baixas no estado, podendo chegar a 0°C em alguns pontos.

Apesar de menos intensas, as chuvas projetadas para o período podem acumular entre 60 a 90 milímetros em diversas cidades gaúchas até domingo (19). Já em Santa Catarina e no Paraná, os volumes podem superar os 100 milímetros, diz a CNN.

Um levantamento da Climatempo revelou que, nos primeiros 15 dias deste mês, Fontoura Xavier, no noroeste do Rio Grande do Sul, registrou precipitação de quase 1.000 milímetros – volume equivalente a seis meses de chuva na região.

Com protestos de opositores, Georgia aprova lei sobre influência estrangeira

Regra prevê classificar organizações que recebem dinheiro externo como ‘estrangeiras’; EUA e UE são contra.

O Parlamento da Geórgia aprovou nesta terça-feira (14/05) um projeto de lei “sobre a transparência da influência estrangeira”, que visa regular o financiamento externo de organizações não governamentais (ONGs) e meios de comunicação.

A medida gerou protestos de grupos opositores, que acusam o projeto de ter “influência russa” e supostamente ser usado para acusar de “influência estrangeira” figuras que se manifestem criticamente ao governo.

A presidenta do país, Salome Zurabishvili, que tem um perfil pró-Ocidente e está em confronto aberto com o governo do primeiro-ministro Irakli Kobakhidzé, pretende vetar a lei, mas a coalizão do partido governista tem votos suficientes para anular o veto.

O projeto prevê que ONGs e veículos de comunicação que recebam mais do que 20% do seu rendimento anual do exterior devem se registar como “organizações servindo um poder estrangeiro”.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que Moscou entende a iniciativa do governo da Geórgia como uma forma de se “proteger contra a interferências externas” nos seus assuntos internos, mas destacou que a Rússia não pretende interferir nos assuntos do país.

“Nós, por um lado, declaramos o forte desejo da liderança georgiana de proteger o seu país contra interferências abertas nos seus assuntos internos, de facto, como faz a grande maioria dos países no mundo. Interferência aberta nos assuntos internos da Geórgia vinda do exterior. Ouvimos até ameaças de aplicação de sanções contra a Geórgia se adotarem esta ou aquela lei, bem, o que é isto senão interferência direta nos assuntos internos da Geórgia?”, disse Peskov.

Já o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Vedant Patel, afirmou na última segunda-feira (13/05) que a lei sobre “influência estrangeira” na Geórgia é incompatível com as aspirações do país de se aproximar da União Europeia.

A União Europeia havia concedido à Geórgia status de candidata a ingressar no bloco europeu em dezembro de 2023, mas disse que a aprovação da lei não combina com “os valores do bloco”.

Carregando bandeiras da União Europeia, os opositores ao projeto cercaram a sede do Parlamento nesta terça-feira após a aprovação. A situação se agravou após os manifestantes terem derrubado as barreiras de ferro instaladas no perímetro exterior do órgão legislativo, intensificando os confrontos com a polícia. O Ministério da Administração Interna da Geórgia fez um apelo para que os manifestantes atuem no âmbito da lei.

*Brasil de Fato