Ano: 2024

Datafolha: 63% dos brasileiros são contra a concessão de anistia aos responsáveis pelos atos de 8 de janeiro

De acordo com a pesquisa, 31% dos entrevistados são favoráveis ao perdão para os réus e condenados relacionados ao caso. Outros 2% se mostraram indiferentes.

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Datafolha revela que 63% dos cidadãos brasileiros são contrários à concessão de anistia para os responsáveis pelos eventos de 8 de janeiro de 2023. Naquela data, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, como resposta à derrota do então candidato à reeleição para seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.

De acordo com a pesquisa, 31% dos entrevistados são favoráveis ao perdão para os réus e condenados relacionados ao caso. Outros 2% se mostraram indiferentes, enquanto 4% não expressaram opinião.

Mais de mil pessoas foram detidas em decorrência dos acontecimentos do dia 8 de janeiro e até o momento 145 foram sentenciados a penas variando entre 3 e 17 anos de prisão.

Diante da reação institucional, defensores de Bolsonaro passaram a advogar pela isenção de punição aos envolvidos. O próprio ex-presidente defendeu a anistia durante um ato na Avenida Paulista, em fevereiro.

Jair Bolsonaro é um dos investigados no inquérito do STF que apura supostos instigadores e autores intelectuais dos eventos do dia 8 de janeiro. Ele foi incluído na investigação após compartilhar, dois dias depois dos acontecimentos, um vídeo contendo acusações infundadas contra o STF e o TSE. Em depoimento à PF, Bolsonaro afirmou que a publicação foi feita por engano.

Os dados levantados pelo Datafolha indicam que 40% dos eleitores que votaram em Bolsonaro no segundo turno são a favor da anistia, em comparação com 25% dos que optaram por Lula. Conforme o instituto, 75% dos eleitores petistas e 53% dos bolsonaristas rejeitaram a ideia de perdão.

Na avaliação de 59% dos evangélicos, que em sua maioria se alinharam ao bolsonarismo nas eleições de 2022, a anistia não deve ser concedida. Enquanto isso, outros 33% dos membros dessa religião defendem a concessão do perdão.

O Datafolha entrevistou 2.002 pessoas entre os dias 19 e 20 de março para obter os dados. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Além da questão fundiária, execução de Marielle pode ser vingança por CPI das Milícias

O jornalista e escritor Sérgio Ramalho comenta que, desde 2012, Rivaldo Barbosa consolava famílias de vítimas de crimes que nunca seriam resolvidos.

Após a prisão do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, acusado de ter planejado a execução da vereadora do PSol, a família de Marielle Franco se surpreendeu com a participação de Barbosa no crime, uma vez que ele consolou publicamente os entes das vítimas.

No entanto, não foi a primeira vez que o ex-chefe da Polícia fez cena. Em Decaído, Ramalho conta que em 2012 o policial foi responsável pelas investigações da morte de Marcone Sacramento, ritmista da escola de samba Imperatriz Leopoldinense. O ritmista foi morto após conflito com Luiz Pacheco Drumond, patrono da escola e bicheiro.

“Quando ele foi executado, o Rivaldo foi para lá e consolou a família. Foi muito parecido como ele fez com o caso da Marielle, que ele aparece em imagens consolando a mãe e o pais de Marielle, a irmã e a mulher. Então, ele também foi naquela situação lá consolar a mãe do Marconi. As investigações começaram a apontar obviamente como possível mandante suspeito o Luiz Drummond, por conta desse entrevero que ele havia tido com o mestre Marcone. Entre as pessoas suspeitas de participar efetivamente da execução estava o capitão Adriano da Nóbrega”, comenta o autor.

As investigações, no entanto, não deram em nada, assim como diversos outros casos suspeitos que, há anos, estão sem resolução.

Sendo assim, advogados de casos ainda não resolvidos devem pedir a reabertura dos processos, como a morte de Claudia Ferreira Silva, vítima de um tiro no pescoço. Dez anos depois do crime que chocou o país, os policiais militares apontados como suspeitos por matar e arrastar a auxiliar de serviços gerais na Zona Norte do Rio foram inocentados pelo juiz Alexandre Abrahão Teixeira, do 3º Tribunal do Júri.

“A gente já descobriu que alguns inquéritos que têm algum tipo de relação com esses grupos de matadores no qual também o Ronnie Lessa integrava ficaram sem nenhum resultado. Alguns, inclusive, desapareceram peças de provas do inquérito”, continua o escritor.

Todos estes casos indicam, na avaliação de Ramalho, que Rivaldo Barbosa já atuava mais em função de acobertar criminosos do que efetivamente cumprir o ofício de elucidar a morte de civis e encaminhar os casos para o Ministério Público e para a Justiça.

Vingança

Ainda que a grilagem de terras seja uma das práticas atuais mais rentáveis das milícias do Rio de Janeiro, que hoje tem braços no Legislativo e no Judiciário. Tanto é que o entrevistado cita as constantes promoções de Rivaldo Barbosa na Polícia Civil.

Além da questão fundiária, outro motivo que pode ter levado à execução de Marielle Franco e, consequentemente, seu motorista Anderson Gomes, foram os trabalhos da vereadora ao lado de Marcelo Freixo (PSol) na CPI das Milícias.

“O relatório final da CPI das Milícias em 2008 apresenta nomes de pessoas que acabaram sendo indiciadas no relatório final e que acabaram se tornando alvos de investigações. Muitos caíram do céu ao inferno. Ali, por exemplo, tinha o Cristiano Girão, que era um vereador que acabou deixando perdendo o mandato, foi preso por conta dessa relação com milícia e foi condenado”, aponta o jornalista.

Ainda em 2008, o relatório já apontava suspeitas da ligação dos irmãos Brazão com grupos paramilitares. “Eu ainda acho que tem peças soltas nesse quebra cabeça. Como Lewandovski falou, a investigação se encerra aqui, mas isso não significa que ela não possa ser reaberta com outras informações. Acredito que isso ainda está sendo trabalhado porque essa teia ela é um pouco mais ampla do que estamos vendo agora”, acredita.

Medida provisória antecipa R$ 25 bi da Eletrobras e reduz tarifas de energia

Projeção da Aneel, divulgada em janeiro, era de alta média de 5,6% das tarifas para 2024; com a medida, os reajustes devem ficar perto de 2%

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai antecipar o recebimento de R$ 25 bilhões devidos pela Eletrobras após sua privatização para reduzir as tarifas de energia no curto prazo.

Apenas neste ano o impacto deve ser uma redução de três a quatro pontos percentuais nos reajustes previstos. A projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), divulgada em janeiro, era de uma alta média de 5,6% das tarifas em 2024. Com isso, os reajustes devem ficar perto de 2%.

Toda a operação será viabilizada por uma medida provisória que já foi concluída pelo Ministério de Minas e Energia. A última versão da MP acabou de chegar ao Palácio do Planalto e foi obtida pela CNN.

Além de amenizar os reajustes das contas de luz, nos próximos anos, a medida provisória tem outros dois grandes objetivos.

Um é segurar as tarifas no Amapá, um dos estados mais pobres do país, cuja distribuidora de energia foi privatizada no governo Jair Bolsonaro (PL). Os consumidores locais terão que encarar uma alta de 33% se nada for feito.

utro objetivo é compatibilizar prazos de novas usinas de fontes renováveis (parques eólicos e fotovoltaicos), principalmente no Nordeste e no norte de Minas Gerais, com prazos para a entrada em funcionamento de linhas de transmissão.

Com o ajuste, o Ministério de Minas e Energia espera assegurar R$ 165 bilhões em investimentos e a geração de 400 mil empregos.

Eletrobras
O ponto alto da MP é o trecho que altera a lei de privatização da Eletrobras (14.182) para amenizar, no curto prazo, os reajustes das tarifas de todos os consumidores brasileiros.

Em meio à queda de popularidade do presidente Lula, detectada em pesquisas recentes, a medida pode ajudar o governo com um eleitorado de renda mais baixa.

Explicação: quando a Eletrobras foi privatizada, em 2022, ela se comprometeu a aportar R$ 32 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) ao longo dos 25 anos seguintes.

A CDE é um “superfundo” que banca todo tipo de subsídio no setor elétrico: tarifa social para quem faz parte do Cadastro Único, recursos do programa Luz para Todos, descontos para a compra de carvão por usinas térmicas, subvenções para usinas eólicas e solares. A questão é que a CDE é rateada por todos os consumidores brasileiros de energia e pesa nas tarifas de energia.

Em 2022, quando Bolsonaro disputou a reeleição, entraram R$ 5 bilhões de uma vez da Eletrobras na CDE. A partir de então, o aporte seria próximo de R$ 1 bilhão por ano.

O governo Lula quis negociar com a Eletrobras o pagamento antecipado de todos os desembolsos restantes. A gigante de energia, porém, se recusou.

Marielle: MP é acionado sobre suspensão de Braga Netto do Exército

General Walter Braga Netto nomeou chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro apontado pela PF como “autor intelectual” da morte de Marielle.

A deputada Luciene Cavalcante, do PSol de São Paulo, pediu nesta quinta-feira (28/3) que o Ministério Público Militar cobre o afastamento o general da reserva Walter Braga Netto do Exército enquanto o militar é investigado por nomear o delegado Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes do assassinato de Marielle Franco. Barbosa é o “autor intelectual” da morte da vereadora, segundo a PF, e foi preso no domingo (24/3).

Barbosa foi nomeado por Braga Netto. Em 2018, ainda no governo Temer, Braga Netto era o interventor federal na segurança pública fluminense. Após a operação da PF que prendeu o ex-chefe da Polícia Civil subordinado a Braga Netto, o general alegou que assinou a nomeação apenas por “questões burocráticas”, segundo Guilherme Amado, Metrópoles.

Em manifestação citada na decisão do ministro Alexandre de Moraes, a PF afirmou que Rivaldo Barbosa planejou “meticulosamente” a execução de Marielle e teve “total ingerência” para sabotar as investigações da polícia que comandava.

“É de extrema importância e gravidade o contexto que levou à nomeação de Rivaldo Barbosa, uma vez que se deu não só de forma discricionária e sem fundamentação, como também em desacordo com a Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o que pode representar uma violação à lei e à ordem pública”, afirmou a deputada Luciene Cavalcante ao MPM.

Depois de ser interventor federal, Braga Netto foi ministro da Defesa e da Casa Civil de Jair Bolsonaro. Em 2022, foi seu vice na campanha de reeleição e participou de articulações golpistas, também de acordo com a Polícia Federal.

Bolsonaro pede a Alexandre de Moraes a liberação do seu passaporte para viajar a Israel

Documento foi apreendido na operação Tempus Veritatis, em 8 de fevereiro.

Na semana passada, portanto pouco antes de ser revelado as duas noites dormidas na embaixada da Hungria em pleno carnaval, Jair Bolsonaro fez um pedido a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Por meio de seus advogados, pediu que o seu passaporte — apreendido na operação Tempus Veritatis, em 8 de fevereiro — fosse liberado. A informação é do jornalista Lauro Jardim, de O Globo

Junto à petição, anexou um convite assinado por Benjamin Netanyahu para que ele visite Israel, entre os dias 14 e 18 de maio.

A possibilidade de Moraes atender ao pedido já era praticamente nula antes das 36 horas na embaixada húngara. Agora, é mais fácil Lula e Bolsonaro tomarem um chope juntos nos próximos dias do que Moraes liberar o passaporte.

 

Por que parlamentares bolsonaristas ficaram tão nervosos com a prisão dos Brazão e de Rivaldo Barbosa?

O que fez o bolsonarismo mudar o procedimento depois que a Polícia Federal solucionou o caso Marielle, em que pelo menos três mandantes de sua morte foram presos.

Assim que foram revelados os nomes de Domingos e Chiquinho Brazão e do chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, como mandantes da morte da vereadora, Flávio chegou a esboçar um sorriso cínico, dizendo, nas redes, que, com o caso solucionado, aqueles que acusaram Bolsonaro de envolvimento no assassinato de Marielle, tinham que calar a boca.

No entanto, no plenário da Câmara dos Deputados e também do Senado, o humor dos parlamentares bolsonaristas foi inversamente proporcional ao transmitido por Flávio.

Então, fica a pergunta, o que mudou para que os cachorros loucos da direita bolsonarista se mostrassem tão raivosos, inclusive atacando a instituição Polícia Federal, com o resultado das investigações da PF, já que, até aqui, o nome de Bolsonaro não foi mencionado pelos policiais.

Ou seja, Flávio Bolsonaro e os parlamentares bolsonaristas não falam a mesma língua sobre o caso.

A impressão que se tem, com tanto nervosismo dos bolsonaristas, é que a prisão dos Brazão e de Rivaldo Barbosa doeu neles e, quanto mais as horas passam, mais essa dor aumenta.

Quem pode explicar esse mistério?

Será que os presos pela morte de Marielle sabem de alguma coisa que não sabemos?

Lavagem de dinheiro e falsidade ideológica: Renan Bolsonaro vira réu

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por fraudar empréstimos e criar programa para esconder recursos obtidos ilegalmente.

Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), virou réu por falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro, após a Justiça do Distrito Federal acatar a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

O filho do ex-presidente foi alvo da Operação Nexum, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por participar de uma organização criminosa que tinha como objetivo obter vantagens econômicas indevidamente, segundo a coluna Na Mira, do Metrópoles.

Aguarde mais informações…

Inflação em queda: índices que medem preços que afetam diretamente o consumidor caem para 0,47% em março

Redução aconteceu principalmente nos grupos alimentação e educação, leitura e recreação.

O IGP-M de março, divulgado pelo FGV Ibre, ficou em 0,47%, registrou desaceleração nos índices de inflação do mês. A queda aconteceu principalmente nos grupos alimentação e educação, leitura e recreação, que afetam diretamente o segmento voltado ao consumidor.

A jornalista Miriam Leitão, do Globo, explica que o IGP é uma média de inflação de três segmentos: agronegócio e indústria de transformação, consumidor e construção civil e é muito influenciado pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que recuou 0,77%, pela inflação do agronegócio e da indústria de transformação, que se reflete no preço dos produtos que chegam ao consumidor final.

E o que o IPA mostra, conforma diz André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, é que o IPC vai registrar uma inflação mais branda.

– Quando a gente observa as grandes commodities agrícolas, como milho, soja, trigo, contrariando o que a gente imaginava, estão em queda de preço. Soma-se a isso o fato do minério de ferro, outra grande commodity, também estar em queda. Quando a gente analisa o comportamento das grandes matérias-primas, aquelas que vão virar os alimentos industrializados ou mesmo os bens duráveis que a gente consome, eles estão bem comportados – explica o economista.

Braz ressalta que o grande desafio da inflação para o consumidor hoje não está naquilo que o IPA consegue antecipar. Está exatamente nos serviços livres, que até foram citados na ata do Copom e explica:

– À medida que o mercado de trabalho diminui a taxa de desemprego, aumenta a massa de salários, vai fazendo com que a demanda cresça. Os juros baixando também ajudam, dá, quem sabe, para financiar um carro, um bem durável, um apartamento. Então tudo isso pode dificultar que a inflação de serviços ceda. E ela é importante porque ela é 30% do IPCA. Esse é o ponto de atenção e de incerteza que a autoridade monetária vai observar. O que ainda sobe aqui no Brasil são os alimentos in natura, mas essa pressão em torno dos in natura estão perdendo força, ela é sazonal, como já mostrou o IPCA-15. Então o que o IPA indica é uma pressão menor sobre os preços para o consumidor final.

Governo Tarcísio analisa há 15 meses recomendação para demitir Da Cunha por abuso de autoridade e constrangimento ilegal

Delegado foi acusado em 2020 de forjar e gravar prisão de líder do PCC e devolver vítima de sequestro ao cativeiro para ganhar seguidores nas redes sociais. Sugestão da Polícia Civil de SP para que ele seja desligado da corporação passou também pela gestão Rodrigo Garcia.

Desde então, a decisão sobre o processo está em análise na Assessoria Jurídica do Governo (AJG). Ficou um mês sob avaliação da gestão Rodrigo Garcia (que estava à época no PSDB) e, na atual, de Tarcísio de Freitas (Republicanos), está há 15 meses.

No entanto, nem a gestão de Rodrigo nem a de Tarcísio demitiu Da Cunha, que continua sendo delegado (leia mais nesta reportagem). Delegados só podem ser demitidos pelo governador.

Não há prazo máximo para a decisão do governador, mas a sanção pode expirar se não for encaminhada em até cinco anos a partir do dia em que a falta foi cometida. Atualmente, Da Cunha está afastado da Polícia Civil, sem recebimento do salário, por estar exercendo a função de deputado federal em Brasília pelo Partido Progressistas de São Paulo (PP-SP), diz o g1.

O delegado influencer posta vídeos de ações policiais para seus seguidores. Só no Youtube, são mais de 3,7 milhões de fãs. No Instagram, são mais de 2 milhões de seguidores.

Procurado, Da Cunha informou por meio de nota que não comentará o assunto.

“O Deputado Delegado Da Cunha não se manifestará sobre processos que correm em segredo de justiça. O parlamentar aguarda com serenidade e confiança o trâmite dos respectivos procedimentos administrativos”, informa o comunicado.

Julia Zanatta, musa do fascismo nativo, era proprietária e “porta voz” do clube de tiro onde Adélio, Carlos e Eduardo Bolsonaro treinaram

Zanatta, em faniquito na Câmara de deputados, no calor de sua histeria, gritou: quem mandou matar Bolsonaro?

Ora, essa pergunta vinda dela, soa como ironia, afinal, foi em seu clube de tiro que Adélio, o grande protagonista da farsa da facada, andou treinando tiro.

Para piorar, Carlos e Eduardo Bolsonaro frequentaram não só o seu clube, como sua casa, que também serviu de dormitório para dois filhos de Bolsonaro.

Quando a moça, na Câmara, nesta terça-feira, estranhamente, começa a berrar contra a citação do nome de Marielle, o que já chama a atenção, ela aproveita e reproduz aqueles clichês de Celso Daniel e da própria falsa facada, com um detalhe, ela não cita o nome de Adélio.

Aliás, existem dois misteriosos tabus que orbitam o mundo do clã Bolsonaro, que são  de uma espécie de pacto de não agressão verbal contra Adélio, muito menos contra o porteiro do Vivendas da Barra.

A pergunta desses caras já vem pronta, por que tanta primasia na hora de caminhar sobre as cascas de ovos? Já que os dois são tratados pelo clã como vedete da cristaleira do QG fascista.

Júlia Zanatta parece ser parte do pacto, pelo menos teve o estranho cuidado em falar da “facada” e não citar o nome do seu mais famoso cliente do clube de tiro, Adélio Bispo.

Isso tudo deveria ser profundamente investigado pela esquerda, por que podem apostar, tem coelho nessa cartola. É muita coincidência para ser coincidência.