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Governo Lula atrai investidores com Plano Nacional de Ferrovias

Plano prevê investimentos de R$ 100 bilhões para construir 5 mil quilômetros de novos trilhos.

Com interesse em participar dos leilões do Plano Nacional de Ferrovias, mais de 20 grupos empresarias agendaram reuniões com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto prevê investimentos de R$ 100 bilhões para construir cinco mil quilômetros de novos trilhos na malha ferroviária brasileira.

À CNN fontes do governo revelaram que entre os interessados estão operadores de infraestrutura de transporte no país como CCR, MRS e Rumo, todas líderes no setor.

Além deles, marcaram reuniões com os técnicos players como a “Concremat, agora de controle chinês, e a suíça Mediterranean Shipping Company (MSC), conhecida especialmente por transporte marítimo”. Também estaria interessada nos leilões a estatal China Railway.

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Um dos pontos atrativos dos projetos é o que governo pretende assumir de 20% a 30% dos investimentos.

São projetos como a Estrada de Ferro 118, que vai ligar Nova Iguaçu (RJ) a Cariacica (ES); Corredor Ferroviário Leste-Oeste, entre Mara Rosa (GO) e até Água Boa (MT); Conclusão da ferrovia Transnordestina, que liga Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE); e a Ferrovia de Açailândia (MA) até Barcarena (PA), para facilitar o escoamento da produção via ferrovia Norte-Sul.

Na semana passada, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o titular da pasta dos Transportes, Renan Filho, disse que a ideia é que sejam aplicados R$ 20 bilhões de investimentos públicos e R$ 80 bilhões de privados.

“No caso de ferrovias, os leilões são diferentes. Vence aquele privado que exigir o menor esforço público. Eles vão concorrer para dizer quem precisa de menos recursos do governo para colocar aquela obra de pé e fazer ali o seu investimento”, explica.

O ministro afirma que a carteira de projetos já foi apresentada ao presidente Lula. “O presidente aprovou e nós estamos organizando para fazer o lançamento nos primeiros dias de fevereiro. Na primeira quinzena do mês de fevereiro”, revela.

De acordo com ele, o trabalho será concentrado na divulgação dos projetos e debates com investidores e com o mercado.

“Vai ser super relevante porque é muito necessário que a gente retire carga e coloque nas ferrovias para evitar os conflitos rodoviários que o Brasil ainda vive. O nosso plano vai visar primeiro carga. O objetivo é, até 2035, nós colocarmos 40% da carga que o país produz nas ferrovias, retirando das rodovias para garantir mais durabilidade e mais segurança para as pessoas”, revela Renan.

O ministro diz que, depois de muito tempo de retrocesso no transporte de carga por ferrovia, o Brasil “voltou a crescer, ano após ano, em volume de carga por ferrovia”.

“Inclusive no ano passado nós batemos o recorde histórico de transporte de carga. Teve recorde de safra e teve também recorde de safra transportada por ferrovias. E a gente deseja intensificar isso”, comemora.

Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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