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Deus fez o céu e a terra, o resto é feito na China

O comerciante brasileiro tem um comportamento padrão que serve de parâmetro para sabermos o tamanho da encrenca que Trump está enfiado na sua guerra comercial perdida para a China Comunista.

Os sábios da economia mundial dizem que os EUA seguem sendo a maior economia do planeta.

Mas uma coisa é inegável. A China, naquilo que interessa aos EUA e, consequentemente, a Trump, é o domínio quase que total do comércio mundial.

Para tanto, basta fazer um teste na vida como ela é, seja no mundo dos negócios miúdos, seja nos graúdos.

Ofereça um produto chinês e um norte-americano a um comerciante e veja o que ele vai escolher para vender e quanto vai lucrar e não lacrar.

Nem vou citar o “anticomunista” Veio da Havan, o rei da buginganga chinesa.

Isso seria jogo baixo de minha parte. Aquele não dá um passo sem beijar a bandeira vermelha da China, ou quebra no dia seguinte.

Isso seria fatal.

A margem de lucros que a mercadoria chinesa deixa para os nossos capitalistas é 10 vezes maior e mais digestiva para o consumidor, por conta do preço que não tem graça comparar com o dos EUA.

Para piorar e muito para Trump, não tem nada no mundo que a China não fabrique. Dizem que até queijo minas hoje é feito lá na terra de Xi Jinping.

Ou seja, a encrenca para os EUA nunca vai ser resolvida com as tarifas maiores, até porque, em última análise, quem vai pagar o bumerangue tarifário serão os consumidores norte-americanos.

Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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