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E agora, quem é Bolsonaro na fila do pão?

Analisando apenas o teor político de sua inelegibilidade, o que se pode dizer é que Bolsonaro voltou ao nada, tanto que certamente em tom de galhofa, o gaiato genocida disse que não vai transferir seu espólio eleitoral .

Ora, Bolsonaro não é mais ninguém. Aquele castelo de areia feito com um esforço hercúleo dos generais napoleões, banqueiros e mais um restolho tucano e do Dem que, através de Sergio Moro, colocaram Bolsonaro no poder com o apoio irrestrito da mídia brasileira.

Primeiro, porque Moro teve coragem de prender Lula sem qualquer prova de crime para fazer sua carreira política e, segundo, pela régua da mídia, mil vezes um Bolsonaro analfabeto, sendo marionete dos banqueiros, através do seu Posto Ipiranga, Paulo Guedes, do que um sujeito com formação intelectual robusta como Fernando Haddad.

Uma equação como essa só ocorre de cem em cem anos. E por mais que a mídia, que criou os bolsonaristas, queira substituir por um outro imbecil da mesma monta, jamais conseguirá, até porque Bolsonaro tentará botar o pé na frente de quem cruzar o seu caminho através dos filhos em algumas situações do próprio.

Do ponto de vista político, Bolsonaro terá menos importância que Aécio Neves, que não tem qualquer importância.

Quem acha que Bolsonaro ainda pode voltar, é ruim da cabeça ou doente do pé, não necessariamente nessa ordem.

Acabou Bolsonaro e acabou o bolsonarismo. A direita terá que se reinventar para ao menos seguir existindo, mantendo distância quilométrica de Bolsonaro, o que, convenhamos, é tarefa difícil.

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Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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