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Presidente argentino, Javier Milei, chegou nesta terça-feira a Israel e anunciou o plano, sendo que a sede diplomática se encontra atualmente em Tel Aviv

O presidente da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta terça-feira (06/02) a intenção de mudar a sede da embaixada do seu país em Israel, que atualmente se encontra em Tel Aviv, para a cidade de Jerusalém.

A medida foi anunciada após a chegada do político de extrema direita em solo israelense, onde foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Israel Katz.

“Quero agradecer-lhe por ter reconhecido Jerusalém como capital de Israel e por ter anunciado a transferência da embaixada argentina para Jerusalém, capital do povo judeu e do Estado de Israel”, disse Katz, segundo nota oficial.

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu Milei pela decisão de mudar a sede da embaixada, enfatizando que o argentino havia cumpriu uma promessa realizada durante a campanha presidencial. Os dois líderes devem se reunir pessoalmente nesta quarta-feira (07/02).

Entre os países que possuem relações diplomáticas com Israel, a maioria mantém suas embaixadas em Tel Aviv, uma vez que a cidade de Jerusalém é disputada politicamente por israelenses e palestinos – a Autoridade Nacional Palestina (ANP) reivindica Jerusalém Oriental como capital do Estado palestino.

Nos últimos anos, governos de extrema direita tomaram a mesma medida anunciada por Milei nesta terça, buscando uma maior aproximação com Israel. O caso mais notório foi o dos Estados Unidos, em 2017, quando o então mandatário Donald Trump realizou esse movimento – que foi revertido posteriormente pelo atual presidente Joe Biden.

Em 2019, antes de realizar sua primeira visita a Israel, o então presidente brasileiro Jair Bolsonaro chegou a prometer a mudança da embaixada do país para Jerusalém. Porém, a viagem terminou com a inauguração de um escritório comercial na cidade.

Entre os países que possuem embaixadas em Jerusalém estão Guatemala, Honduras e Kosovo.

Outros objetivos da viagem de Milei

A visita do presidente argentino a Israel também tem como objetivo fortalecer as relações do país com o governo de Benjamin Netanyahu, que também é sustentado por uma aliança de extrema direita.

A intenção de Milei em se aproximar de Israel durante a campanha foi observada não somente pela promessa da mudança de embaixada como também pelo uso da bandeira israelense em diversas aparições públicas.

Após o início da ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza, o ainda candidato presidencial chegou a dizer que as “forças do céu” apoiam os bombardeios realizados por Tel Aviv contra o território palestino.

Poucos depois de assumir o cargo, Milei fez com que a Argentina retirasse seu voto a favor de uma resolução de cessar-fogo na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e passasse à abstenção.

Além disse, o mandatário argentino tenta se converter ao judaísmo. Sua visita a Israel inclui encontros com rabinos em Israel e um roteiro por locais judaicos turísticos em Jerusalém. O político de extrema direita ficará no país até a próxima quinta-feira (08/02).

Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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