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“Se tivesse concorrido preso em 2018, eu teria ganhado as eleições”, diz Lula

Em entrevista, presidente destacou trajetória política e reafirmou compromisso com as classes populares: “sei de que lado estou e para quem devo governar”.

Em entrevista concedida ao jornalista Mario Kertész, no programa Bom Dia Metrópoles, da Rádio Metrópoles de Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que teria vencido as eleições de 2018 mesmo se tivesse concorrido preso. “Eu fui o segundo colocado porque estava preso. Se estivesse em liberdade, teria sido presidente outra vez. Aliás, se tivesse concorrido preso, teria ganhado as eleições”, disse Lula. O presidente relembrou sua trajetória política e reforçou que seu compromisso é com o povo trabalhador.

Lula destacou que sua vitória em 2002, assim como as sucessivas reeleições do PT, foram construídas com o apoio de trabalhadores e das classes populares. “Eu sou o resultado dessa gente. Quem vota em mim é o povo lascado desse país, o pessoal que acorda às 5h da manhã, pega duas horas de ônibus e volta para casa às 18h. É para essa gente que eu tenho que governar. Eu sei de que lado estou e para quem eu tenho que governar”, afirmou o presidente. Ele também observou que, ao longo de sua carreira, grandes empresários e banqueiros não o apoiaram, mas que sempre tratou esses setores com “respeito e carinho”.

Na entrevista, Lula fez questão de relembrar sua trajetória política, desde a fundação do Partido dos Trabalhadores em 1980 até as eleições de 2018. Ele mencionou que disputou eleições presidenciais contra grandes nomes da política brasileira, como Ulysses Guimarães, Brizola e Mário Covas, em um cenário de debates políticos que, segundo ele, era mais qualificado do que o atual. “Não era essa joça que tem hoje, com gente falando palavrão e utilizando fake news na televisão”, criticou.

O presidente ressaltou que sua trajetória de sucesso se deve ao apoio das classes trabalhadoras e que continuará governando em prol desse grupo, mesmo com as limitações que enfrenta no governo. “Essa trajetória política de sucesso eu devo a cada mulher, a cada homem, a cada pessoa da periferia desse país, a cada trabalhador rural, a um setor de classe média, professores, esse pessoal de classe média média, de classe média baixa. É a essa gente que eu devo e para essa gente que eu governo. Eu não tenho dúvida de que lado eu estou e para quem eu quero governar. Obviamente que não posso fazer tudo que eu quero, porque tenho limitações, mas tenho certeza que estamos fazendo o que jamais foi feito neste país”, finalizou.

Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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