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Política

Kits da empresa de Elon Musk são apreendidos em garimpo ilegal na Amazônia

Onze kits para internet da Starlink, de Elon Musk, foram apreendidos em áreas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, de acordo com levantamento mais recente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais).

Operações conjuntas do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal na floresta amazônica têm sido realizadas desde o começo do ano, com o objetivo de interromper as linhas de suprimento do garimpo ilegal, para inviabilizar a atividade na região e forçar a saída dos invasores, segundo a Folha de S. Paulo.

O total de kits com as antenas subiu de 2 para 11, entre fevereiro e maio, de acordo com um balanço da autarquia. A operação também já apreendeu armas, cartuchos de munição, balsas, balanças, motosserras, helicópteros e escavadeiras, entre outros itens.

“Cabe esclarecer que os fiscais do instituto atuam de forma contínua na região, desde fevereiro deste ano, por meio da aplicação de penalidades administrativas, previstas no Decreto nº 6.514/2008, como embargo, multa e apreensão de produtos e equipamentos relacionados às infrações identificadas”, diz a comunicação do Ibama.

O decreto dispõe sobre as condutas infracionais ao ambiente e suas respectivas sanções administrativas.

Um dos compromissos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde que voltou ao Planalto, em janeiro, era a reversão do esvaziamento da fiscalização ambiental ocorrida durante os anos de Bolsonaro. As autoridades voltaram a reprimir violações ambientais em regiões sensíveis, como a Terra Indígena Yanomami.

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Opinião

Aprovação de Lula depende da economia, não de Maduro, gravatas e gafes

Aprovações de presidentes da República estão diretamente relacionadas à sensação de bem-estar do grosso da população. Se a economia cresce, o desemprego cai, o poder de compra aumenta, a inflação fica controlada e a fome desaba, a popularidade do mandatário dispara. Diante do pragmatismo do eleitorado de um país em longa crise, questões ideológicas ficam em segundo plano.

Lula foi reeleito em 2006 mesmo com o escândalo do mensalão porque a economia crescia. Com a melhora na qualidade de vida, terminou seu segundo mandato com 87% de aprovação, segundo o Ibope. Ou seja, quase nove entre cada dez brasileiros davam like no petista.

A estabilidade na aprovação de Lula entre as pesquisas Datafolha divulgadas no final de março e neste sábado (de 38% para 37%, de ótimo e bom, e de 29% para 27%, de ruim e péssimo) mostra que a população segue com expectativa de melhora na economia. Se a percepção fosse de piora, os números já estariam deteriorando.

Pode ter colaborado para isso o aumento no Bolsa Família (com o acréscimo do valor pago a quem tem crianças pequenas), a redução no valor dos combustíveis e do gás de cozinha (sentida, principalmente, antes do aumento do ICMS), a antecipação do 13º salário a aposentados e pensionistas e até os descontos nos preços dos automóveis.

Claro que 2023 não é 2003, nem 2007, muito menos 2010. A diferença entre Lula e Bolsonaro foi de pouco mais de 2 milhões de votos, o país está mais polarizado hoje do que antes e o ruído provocado pela desinformação e o golpismo são ensurdecedores.

Mas a maioria dos eleitores de Bolsonaro não está em guerra contra o petista, ao contrário do que acontece com o naco de extrema direita. Eles nem têm tempo para isso, porque precisam trabalhar.

Se ao final deste ano, a vida estiver melhor, isso se traduzirá em alta de aprovação para Lula. Mesmo que ele receba a visita de Nicolás Maduro dez vezes ou compre 20 gravatas chiques. Para resultados mais palpáveis, os juros precisam cair e empregos serem gerados.

*Leonardo Sakamoto/Uol

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Política

E Bolsonaro quer que acreditemos que ele nunca ouviu falar em golpe

O enterro da democracia, mas “dentro das quatro linhas da Constituição”

“O presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado”, disseram seus advogados de defesa em nota oficial. E acrescentaram, a propósito do plano de golpe encontrado no celular do ajudante de ordem de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, preso há 45 dias:

“Registramos ainda que o ajudante de ordens, pela função exercida, recebia todas as demandas – pedidos de agendamento, recados etc. – que deveriam chegar ao presidente da República. O celular dele, portanto, em diversas ocasiões, se transformou numa simples caixa de lamentações”.

Na categoria “lamentações”, certamente se destaca a prosaica mensagem enviada a Mauro Cid pelo coronel Jean Lawand Junior, à época o subchefe do Estado Maior do Exército, cotado para ser promovido em breve a general:

“Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele [Bolsonaro] dê a ordem que o povo está com ele, cara. Se os caras [os generais] não cumprir, o problema é deles. Acaba o Exército Brasileiro se esses caras não cumprir a ordem do Comandante Supremo. Como é que eu vou aceitar uma ordem de um General, que não recebeu, que não aceitou a ordem do Comandante. Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer”.

Destaca-se também a troca de mensagens entre Gabriela Santiago, mulher de Mauro Cid, e Ticiana Villas Bôas, filha do general Villas Bôas, comandante do Exército quando Bolsonaro se elegeu. Bolsonaro é grato a Villas Bôas. A mulher do general frequentou o acampamento dos golpistas à porta do QG do Exército.

Ticiana – Tem que ter alguém que articule isso com os protestantes. E isso tem de vir dos caminhoneiros.

Gabriela – Não vai ser dessa forma. Como você falou, a orientação tem que ser outra. Os caminhoneiros têm que ser orientados.

Ticiana – Alguém tinha que falar com eles.

Gabriela – Sim, foi o que o presidente pediu. E acho que todos têm que vir para Brasília.

Gabriela – Invadir Brasília como no 7 de setembro, e dessa vez o presidente com toda essa força agirá.

O golpe seria em três atos, aqui resumidos.

Ato I

Bolsonaro proclama que as decisões tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral durante as eleições de 2022 desrespeitaram a Constituição, decreta o Estado de Sítio e pede que os militares indiquem um interventor federal.

Ato II

O interventor afasta do tribunal os ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, substituindo-os pelos ministros André Mendonça, Kássio Nunes Marques e Dias Tóffoli. São anulados os resultados da eleição presidencial de 2022

Ato III

Dentro de um prazo incerto, o interventor convoca uma nova eleição presidencial. (A minuta do golpe não diz se Bolsonaro poderá disputá-la, e se Lula será impedido. Mas diz que tudo será feito “dentro das quatro linhas da Constituição”.)

Está na Constituição que a democracia é uma cláusula pétrea. Como tal, não pode ser revogada. Nada previsto na minuta do golpe sob a guarda de Mauro Cid está de acordo com a Constituição. Um dos fundamentos da democracia é a alternância no poder. Bolsonaro nunca escondeu que é a favor da ditadura.

Ele só não tentou dar o golpe porque não tinha certeza da adesão à ideia do comando do Exército e das demais Forças. Afirmar que jamais conversou sobre o golpe com ninguém, jamais ouviu falar de golpe, jamais cogitou aplicá-lo é uma grossa mentira, mais uma de um presidente que governou à base de mentiras.

Na palavra de Bolsonaro, hoje, só acreditam – ou talvez ainda acreditem – aqueles que, segundo o coronel Jean Lawand Junior, “cagavam” e tomavam “banho de chuva” sob a proteção dos militares, país afora.

*Blog do Noblat

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Política

Vídeo: Lula anuncia novas unidades do Minha Casa Minha Vida: terão sacada e até biblioteca

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na manhã deste sábado (17) na cidade de Abaetetuba, no Pará, onde participou da cerimônia de entrega de 222 unidades habitacionais do Residencial Angelin, no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Ao todo, 888 pessoas que se enquadram na Faixa 1 do programa, com renda mensal bruta de até R$ 2.640, foram beneficiadas com as residências, que possuem 43,11 m² de área privativa e valor de R$ 92,2 mil, segundo a Forum.

O residencial conta com infraestrutura de água, esgoto, energia elétrica, iluminação pública, pavimentação, drenagem e transporte público. Os moradores contarão, ainda, com uma creche, uma escola, um posto de saúde e um posto de segurança, sendo que há diversas áreas de lazer nas proximidades e um centro educacional que oferece cursos profissionalizantes.

Retomado pelo governo federal em fevereiro, o programa Minha Casa Minha Vida foi aprovado pelo Congresso Nacional em 13 de junho e, desde o início do governo Lula, 8.816 novas moradias foram entregues em todo o país.

Em discurso durante a cerimônia de entrega das novas unidades habitacionais, Lula detalhou como serão as próximas moradias a serem construídas no âmbito do programa. Segundo o presidente, as futuras casas serão maiores, terão sacadas e os condomínios contarão, inclusive, com bibliotecas.

“O Senado aprovou a lei para construirmos mais 2 milhões de casas do Minha Casa Minha Vida. E essas novas casas terão uma sacada. Serão casas um pouco maiores. O conjunto habitacional terá uma biblioteca. E teremos empreendimentos para a classe média”, anunciou o mandatário.

Lula falou, ainda sobre a redução dos preços dos combustíveis e a retomada do crescimento econômico do país, que já vem sendo observado em indicadores divulgados recentemente, como o que mostra o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) e o que registra a queda da inflação.

“Eu disse que o preço da gasolina ia baixar. Do diesel, da carne, dos alimentos também. Já estão baixando e vão baixar mais ainda. E vamos diminuir a inflação e gerar mais empregos. A roda gigante da economia vai girar”, declarou.

Assista à íntegra da cerimônia

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Política

‘Avisem a quem está há 52 dias cagando em banheiro químico e pegando chuva’, pediu coronel a Cid após fracasso de plano golpista

Mensagens reforçam a participação de militares bolsonaristas em uma tentativa de ruptura institucional

O conteúdo do celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, trouxe conversas com o coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército. Em uma das declarações, após o fracasso de uma tentativa de golpe, Lawand afirmou ser necessário avisar ao “povo que está há 52 dias cagando em banheiro químico e pegando chuva”. Em 21 de dezembro, Lawand diz a Cid que “soube que não ia sair nada” e Mauro Cid respondeu que “infelizmente”.

Bolsonaristas tentaram conseguir suporte jurídico para o golpe. A ideia seria a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Em uma conversa, Márcio Resende, por exemplo, defendeu que Bolsonaro acionasse o artigo 142 da Constituição (veja um trecho do diálogo na foto).

Mauro Cid citou o jurista Ives Gandra com o objetivo de reforçar argumentos para uma ruptura institucional, mas o próprio estudioso havia dito, em 2021 no Conjur, que, se houver crise entre os três poderes, as Forças Armadas podem “convocadas para garantir a lei a ordem, e não para rompê-las”.

O plano previa estado de sítio “dentro das quatro linhas” da Constituição. O termo “dentro das quatro linhas” era usado por Bolsonaro em declarações públicas.

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Economia

AGU pede liminar contra privatização da Eletrobrás a partir do caso 3G Radar

Agência Brasil – A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou nova manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para defender a suspensão de dispositivos da Lei 14.182 de 2021, norma que autorizou a privatização da Eletrobras, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro.

No documento enviado nesta quinta-feira (15) ao Supremo, o órgão diz que um grupo minoritário (o 3G Radar), que detém 0,05% das ações da Eletrobras, indicou três representantes para o Conselho de Administração, enquanto a União, dona de 42% das ações, não fez nenhuma indicação.

Com base nas argumentações, a AGU voltou a defender a concessão de liminar para suspender o modelo criado pela privatização da companhia, que reduziu a participação da União nas votações do conselho da empresa. A lei proibiu que acionista ou grupo de acionistas exerçam poder de voto maior que 10% da quantidade de ações.

“O risco e a urgência necessários ao deferimento da medida cautelar foram devidamente demonstrados, seja em razão dos graves obstáculos que a União vem sofrendo na gestão da empresa, seja devido ao elevado investimento público ainda existente na Eletrobras, empresa que possui atuação imprescindível e estratégica no setor energético nacional”, diz a manifestação.

O modelo de participação acionária é contestado por ação direta de inconstitucionalidade protocolada no início do mês passado.

A AGU ressalta que o objetivo da ação não é reestatizar a Eletrobras, mas resguardar o interesse público e os direitos de propriedade da União.

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Política

Podemos não sairá em defesa de Marcos do Val, alvo da PF

Senador Marcos do Val foi alvo da Polícia Federal na quinta-feira (15/6); partido tenta se distanciar do desgaste do bolsonarista.

O Podemos decidiu que não sairá em defesa do senador Marcos do Val, alvo de uma operação da Polícia Federal na última quinta-feira (15/6). Do Val é investigado por tentar atrapalhar investigações sobre os atos golpistas do 8 de janeiro.

Em uma tentativa de se distanciar do desgaste, o partido tem adotado o silêncio sobre o caso. A orientação dada a integrantes do Podemos é que só o senador pode responder pelos seus atos, e que o partido não teve participação nisso. A sigla não fará nenhum comunicado ou evento público para defender o parlamentar.

Até o momento, Marcos do Val não foi alvo de nenhuma representação no conselho de ética partidário. A expectativa na legenda é que isso aconteça logo e o senador dê explicações aos colegas.

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Política

Cúpula militar vê grande chance de expulsão de Mauro Cid do Exército

A revelação de uma minuta para decretação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e novas mensagens golpistas no celular do coronel Mauro Cid fizeram crescer na cúpula militar o sentimento de que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro tem grande chance de ser expulso do Exército, segundo Bela Megale, O Globo.

A legislação determina que militares condenados a mais de dois anos na Justiça comum tenham sua permanência na Força analisada e decidida pelo Superior Tribunal Militar (STM) durante o chamado “processo de indignidade e incompatibilidade para o oficialato”. Esse é o provável futuro que Cid vai enfrentar, já que é alvo de uma série de processos Supremo Tribunal Federal (STF), que vão da entrada irregular de joias da Arábia Saudita aos atos golpistas de 8 de janeiro.

A avaliação de membros das Forças Armadas e do STM é que a pressão política para expulsão do coronel será elevada.

Hoje, como Cid responde a várias ações na Justiça comum, ele fica impedido de ser transferido ou promovido, assumir comando de tropas ou ter qualquer progressão de carreira no Exército. O coronel está preso desde o mês passado, mas sua família segue com residência na Vila Militar e ele permanece recebendo salário.

A avaliação de integrantes de alta patente das Forças Armadas é que Mauro Cid errou mais uma vez ao não estabelecer freios nas mensagens golpistas que recebeu em seu celular após a derrota de Bolsonaro nas urnas.

Como revelou a revista “Veja”, o coronel Jean Lawand enviou mensagens a Cid nas quais diz que Bolsonaro , ainda como presidente, tinha que “dar a ordem” para que os militares agissem, referindo-se a um golpe para impedir a posse de Lula. “Conversa o 01 a salvar esse país”, escreveu Lawand.

Em resposta, o ex-ajudante de ordens não faz reprimendas e se limitou a responder: “Estamos na luta”.

Os militares, no entanto, afirmam que o Cid se defenderá na Justiça e que, é só depois da conclusão dos julgamentos que o envolvem, é que será possível saber qual será o futuro de Mauro Cid na corporação.

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Justiça

Sargento que pagou contas de Michelle invadiu Congresso em 8/1 e gravou mensagens no celular

Um dos militares investigados por sacar dinheiro vivo e realizar pagamentos de contas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participou do ato golpista do 8 de janeiro, conforme indicam mensagens apreendidas pela Polícia Federal em seu telefone celular. Trata-se do segundo-sargento Luis Marcos dos Reis, que foi funcionário da Ajudância de Ordens sob o comando do tenente-coronel Mauro Cid, segundo o Uol.

Ambos foram presos na operação deflagrada pela Polícia Federal para apurar suspeitas de falsificação em certificados de vacina. A revista “Veja” revelou nesta sexta-feira (16) detalhes dos diálogos obtidos no celular de Mauro Cid sobre um plano golpista para contestar o resultado das eleições.

A PF também identificou no celular do sargento Dos Reis diversos diálogos nos quais ele relata a interlocutores sua participação no 8 de janeiro e envia vídeos feitos por ele no local.

Em um dos vídeos encaminhados é possível observar que Luís Marcos dos Reis está na cúpula do Congresso Nacional, juntamente com outros manifestantes”, diz o relatório da PF, com base nos arquivos do celular do segundo-sargento. Dos Reis havia deixado a Ajudância de Ordens em junho de 2022.

Em outras conversas, Dos Reis envia um áudio a um interlocutor no qual exalta o ato golpista: “Nós temos que cada um fazer a nossa força aqui. Representar o nosso país, né? Graças a Deus! Mas foi bonito aqui! É, muita das vezes a televisão fala mentira aí, que… Realmente, é a primeira vez que eu vejo aqui. Entraram no Planalto, no Congresso, Câmara dos Deputados e entrou no STF. E quebrou, arrancou as togas lá daqueles ladrão. Arrancou tudo! O bicho pegou hoje aqui”.

Em mais uma mensagem, Dos Reis afirmou a outro interlocutor que “o recado foi dado”, sobre o ato golpista do 8 de janeiro. O segundo-sargento já havia sido citado na investigação por suspeitas de que uma empresa com contratos com a Codevasf fez transferências para sua conta bancária. Essa mesma conta teve saques em dinheiro vivo para pagar despesas da então primeira-dama Michelle Bolsonaro, como revelou o UOL. Três depósitos do sargento Dos Reis foram para a conta de Rosimary Cardoso Cordeiro, uma amiga de Michelle Bolsonaro, à época lotada como assistente parlamentar no gabinete do senador Roberto Rocha (PTB-MA). Segundo a PF, Rose emitiu um cartão de crédito usado por Michelle.

Três depósitos do sargento Dos Reis foram para a conta de Rosimary Cardoso Cordeiro, uma amiga de Michelle Bolsonaro, à época lotada como assistente parlamentar no gabinete do senador Roberto Rocha (PTB-MA). Segundo a PF, Rose emitiu um cartão de crédito usado por Michelle Bolsonaro e vinha recebendo, pelo menos até junho de 2021, depósitos em espécie — alguns deles fracionados, segundo a investigação — de integrantes da Ajudância de Ordens da Presidência da República. O dinheiro era usado para pagar a fatura do cartão de crédito usado pela primeira-dama.

Procurada, a defesa de Luis Marcos dos Reis não se manifestou.

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Justiça

Empresas representadas por filho de Lira receberam R$ 34 mi do governo Bolsonaro em dois anos

Arthur Lira Filho, 23 anos, sonha em ser chef de cozinha. Maria Luiza Cavalcante, 25 anos, vende biquinis, maiôs e correntes banhadas a ouro. Arthur, como o nome sugere, é filho de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Maria Luiza, ou Malu, é filha de Luciano Cavalcante, faz-tudo de Lira que virou alvo, recentemente, de uma investigação da Polícia Federal sobre desvios milionários do Ministério da Educação.

Embora não tivessem qualquer afinidade com o ramo de publicidade, em 2021 Arthur Filho e Malu abriram juntos, em Brasília, uma empresa para intermediar contratos de publicidade firmados com o governo federal. Àquela altura, os pais de ambos estavam prestigiadíssimos dentro da máquina da gestão Jair Bolsonaro. Lira, aliado do então presidente da República e chefe do Centrão, a porção fisiológica do Congresso à qual o governo havia se rendido, tinha acabado de ser eleito presidente da Câmara. Luciano, principal assessor e homem de confiança dele desde o início da carreira política em Alagoas, circulava desenvolto por alguns dos gabinetes mais importantes da Esplanada dos Ministérios.

Ainda que nem Arthur nem Malu tivessem experiência no mercado, a empresa que eles abriram, batizada de Omnia360º, já começou fazendo sucesso. Lira e Luciano abençoaram pessoalmente o negócio. Os dois estiveram na festa de lançamento da firma, para a qual foram convidadas figuras da área de publicidade do governo que se tornariam chaves para a Omnia360º deslanchar.

Malu Cavalcante, sócia da Omnia360º, com o pai, Luciano Cavalcante, assessor principal de Arthur LiraMalu e o pai, Luciano Cavalcante, em festa da Omnia360º

A partir dali, estava claríssimo para quem decidia o rumo das verbas federais de comunicação: atender a Omnia significava agradar a Arthur Lira pai. Deu muito certo. E os números atestam o sucesso meteórico. Em 2021, ano de criação da firma (e da chegada de Lira ao comando da Câmara), e em 2022, o último do mandato de Bolsonaro, empresas representadas pela Omnia360º faturaram alto em contratos fechados para veicular propaganda do governo federal.

Planilhas obtidas pela coluna mostram que apenas três dessas empresas receberam nada menos que R$ 34,8 milhões, o que rendeu polpudas comissões para a firma recém-aberta pelos dois jovens.

“Corretores” de publicidade
A Omnia360º funciona como uma espécie de corretora de publicidade. Ela não recebe diretamente dos cofres do governo, mas cumpre a tarefa de atrair verbas para veículos de comunicação interessados em ganhar dinheiro exibindo propaganda oficial. Por isso, fica com uma parcela dos valores que saem das agências contratadas para fazer a publicidade governamental e vão para esses veículos escolhidos, sejam eles rádios, TVs, sites ou empresas que veiculam propaganda em outdoors ou painéis eletrônicos em lugares com grande circulação de pessoas. A comissão para quem faz a intermediação – como é o caso da Omnia – costuma girar em torno de 20%.

A firma de Arthur Filho e Malu Cavalcante representa um punhado desses veículos. Os principais são a Gestão Publicidade e a RZK Digital, especializadas em veicular propaganda em espaços externos, e a OPL, que distribui publicidade na internet.

Gestão é um caso curioso. Parceira da Cufa, a Central Única das Favelas, a empresa gerencia espaços de publicidade em áreas públicas de comunidades como a Rocinha, no Rio de Janeiro. Em 2020, a empresa recebeu do governo federal R$ 468 mil. No ano seguinte, quando a Omnia360º foi criada e passou a representá-la em Brasília, o valor quintuplicou: passou para R$ 2,6 milhões. Em 2022, seguiu alto em comparação com o período anterior à aliança com a firma dos filhos de Arthur Lira e Luciano Cavalcante.

A RZK Digital, por sua vez, nasceu praticamente junto com a Omnia, em 2021. Naquele mesmo ano, faturou R$ 1,7 milhão em verbas federais de propaganda. No ano seguinte, experimentou um salto impressionante: a cifra foi para R$ 9,5 milhões. A OPL é outro exemplo que ilustra bem o quanto a parceria como a Omnia360º impactou positivamente na atração de publicidade oficial. O grupo foi de pouco mais de R$ 1 milhão em 2020 para R$ 10 milhões em 2021 e 8,2 milhões em 2022 – ou seja, depois que a Omnia foi aberta e passou a representá-la, a empresa garantiu nada menos que R$ 18,2 milhões em verbas federais.

Relações públicas
Arthurzinho Lira e Malu Cavalcante funcionam como pontas de lança da empresa na área institucional. Como eles não tinham qualquer experiência no ramo, chamaram para a sociedade a publicitária Ana Magalhães, escolada na área de propaganda governamental – por muitos anos, ela cuidou dos contratos de publicidade do Ministério da Saúde, que se tornou um feudo do PP, o partido de Arthur Lira, durante o governo de Michel Temer (na foto que abre esta reportagem, Malu, Arthurzinho e Ana posam na sede da Omnia).

A Ana cabe a missão de cuidar, na prática, do dia a dia da Omnia. Arthur e Malu são os responsáveis por abrir portas. O filho do presidente da Câmara, por exemplo, tinha por hábito representar a empresa em reuniões com altos funcionários de ministérios e estatais. Entre os órgãos nos quais a Omnia360º conseguiu emplacar seus veículos parceiros estão o próprio Ministério da Saúde, como mostrou nesta sexta-feira o jornal Folha de S.Paulo e o Ministério da Cidadania. A lista inclui ainda empresas públicas como a Caixa Econômica Federal. A existência da sociedade entre o filho de Arthur Lira e a filha de Luciano Cavalcante foi revelada em julho de 2021 pelo site Congresso em Foco. Até agora não se sabia, porém, da extensão nem dos valores dos contratos intermediados por ela.

Considerando apenas os valores recebidos pela OPL, pela RZK e pela Gestão, a empresa que tem Arthurzinho Lira como sócio recebeu a título de comissão algo próximo a R$ 7 milhões, a julgar pelo percentual adotado no mercado para remunerar serviços de intermediação como o da Omnia.

Alvo da polícia
A relação umbilical entre Arthur Lira e Luciano Cavalcante, os pais de Arthurzinho e Malu, ganhou mais notoriedade a partir da Operação Hefesto, deflagrada pela Polícia Federal no início de junho para apurar suspeitas de desvios de recursos destinados pelo Ministério da Educação para a compra de kits de robótica.

Ao longo da apuração, os policiais chegaram a um casal ligado ao esquema que fazia entregas de dinheiro vivo em Brasília e em Alagoas. Entre os endereços visitados pelo casal, como mostrou o Metrópoles, está uma sala comercial ocupada na capital alagoana que era ocupada por Luciano Cavalcante, pai de Malu e faz-tudo do pai de Arthurzinho Lira.

*Publicado com exclusividade pelo Metrópoles

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