Chanceler russo disse que Moscou apoiará ativamente a proposta do presidente Lula.
Da TV BRICS
Editora-chefe da rede internacional TV BRICS, Ksenia Komissarova: “Em 2024, a Rússia está presidindo o BRICS. O evento principal foi a cúpula em Kazan. Quais são os principais resultados da cúpula e do período da presidência russa em geral?”.
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov — “A cúpula demonstrou a crescente influência do BRICS e o interesse de um número cada vez maior de países em participar de suas atividades.
Diversos países solicitaram oficialmente adesão como membros plenos. Outros manifestaram interesse em se tornarem países parceiros. Essa é uma nova categoria, que foi aprovada pela cúpula em Kazan. Em 2023, aumentamos o número de membros de cinco para dez. No momento, decidimos limitar-nos à criação da categoria de países parceiros e formar esse grupo para que os “novos” e “antigos” membros plenos do BRICS possam trabalhar juntos nesta nova composição.
Para integrantes da Esplanada dos Ministérios, Jair Bolsonaro levará a disputa até o fim, mesmo inelegível.
Ministros do governo Lula (PT) têm dúvidas sobre o caminho político que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tomará nas eleições presidenciais de 2026. De acordo com a análise de integrantes do Palácio do Planalto, a tendência é que o governador opte por buscar a reeleição, em vez de se arriscar numa disputa presidencial, relata Bela Megale, do jornal O Globo.
A percepção dos governistas é de que Tarcísio está reticente em enfrentar uma corrida ao Planalto diante da figura dominante de Jair Bolsonaro (PL), que continua a lançar sinais de que deseja encabeçar a chapa da direita em 2026, mesmo inelegível.
Na avaliação dos aliados de Lula, Bolsonaro demonstra disposição em manter a corrida aberta até o último minuto, estratégia semelhante à adotada em 2018, quando o PT oficializou a candidatura de Fernando Haddad apenas às vésperas do primeiro turno, em substituição a Lula. A perspectiva de uma possível candidatura de Bolsonaro parece colocar Tarcísio em uma posição delicada, já que ele hesitaria em aceitar o papel de “vice de última hora” e arriscar seu próprio capital político. Além disso, interlocutores governistas consideram que o governador paulista só agiria em direção à Presidência com o apoio incondicional de Bolsonaro, temendo que uma ação independente pudesse rotulá-lo como “traidor” entre apoiadores do ex-mandatário.
Em entrevista recente à Veja, Bolsonaro reafirmou sua pretensão de liderar a direita, mesmo diante dos desafios jurídicos que enfrentará até lá. “Falam em vários nomes, Tarcísio, Caiado, Zema… O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu,” declarou. A fala de Bolsonaro evidencia a visão centralizadora que ele possui sobre a sucessão e demonstra sua disposição em manter-se como o principal nome da oposição, relegando outras lideranças da direita a papéis secundários.
Em entrevista, o inelegível diz que ele é o nome da direita na próxima eleição presidencial
Mesmo inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista à revista Veja publicada nesta sexta-feira (1º), que é o candida
“Eu pretendo disputar 2026. Não tem cabimento a minha inelegibilidade. O processo de abuso de poder político foi por ter me reunido com embaixadores antes do período eleitoral. Não ganhei um voto com isso. São injustiças, uma perseguição”, disse.
O ex-presidente apontou ainda como planeja reverter a decisão do TSE. “O pessoal já sabe [que é uma perseguição], mas preciso massificar isso entre a população. Depois, as alternativas são o parlamento, uma ação no STF, esperar o último momento para registrar a candidatura e o TSE que decida”, explicou Bolsonaro.
“Não sou otimista, sou realista, mas estou preparado para qualquer coisa”, concluiu.
Auxiliares de Bolsonaro e cúpula das Forças Armadas esperam que PF indicie ex-presidente e militares no inquérito do golpe na próxima semana.
Cresceu nos últimos dias, no entorno de Jair Bolsonaro e na cúpula das Forças Armadas, a tensão relacionada ao inquérito da Polícia Federal que apura a tentativa de golpe para evitar a posse de Lula em 2023.
A aposta dessas fontes é de que, além do ex-presidente da República, serão indiciados pela PF os ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sério Nogueira. Os três são generais da reserva do Exército.
O indiciamento de Heleno, aliás, é um dos que mais preocupam a atual cúpula militar em razão do prestígio que o general tinha dentro da Força e também por sua idade. Heleno tem 77 anos de idade.
Logo após cometer o crime eleitoral e afrontar propositalmente Alexandre de Moraes, quem, no STF, é responsável pelo inquérito sobre fake news, Tarcísio, que bateu o martelo, dobrando a aposta no crime de difamação contra Boulos, anuncia para os caciques da Faria Lima que seguirá à risca a cartilha da agiotagem nacional.
É engraçado, daqui de Volta Redonda e de camarote, assistir a Tarcísio roncar que entregar a administração das escolas a administradores de cemitério, foi u m leilão bem-suscedido.
Trinta anos após a privatização da CSN em Volta Redonda, que prometia ficar responsável pela modernização da siderúrgica da região sul fluminense e outras baboseiras mais com a mesma baba de quiabo, de fazer uma gestão baseada na iniciativa privada, na verdade, a CSN instalou na região um mofo, um cupim e uma traça, juntos, para trazer de volta ao Vale do Paraíba, o estilo de vida das cidades mortas do século XIX.
Não há qualquer surpresa na privatização, até porque não há qualquer risco da direita governar que não seja para transferir para o setor privado as riquezas produzidas pelo povo brasileiro para tornar esse mesmo povo maus pobre e, consequentemente, os ricos mais ricos.
Isso é o que importa, e Tarcísio deixou claro por que ele hoje é o escapulário da Faria Lima, a famosa rua paulista que odeia o Brasil, os brasileiros, sobretudo os pretos e pobres. E o que puder fazer para detonar o Estado brasileiro, os mesmos que patrocinaram o golpe contra Dilma, depois da redução do spred bancário.
Enfim, ao que tudo indica, São Paulo, com Tarcísio está condenado a encolher, começando pelo massacre educacional de crianças e jovens paulistas.
Privatizações agora avançam sobre a educação pública. Educadores protestam contra Tarcísio.
O consórcio Novas Escolas Oeste SP, liderado pela Engeform Engenharia LTDA — conhecida por administrar cemitérios como o Consolação, em São Paulo —, venceu o leilão para a construção e manutenção de 17 novas escolas estaduais, em contrato de 25 anos com valor total de R$ 3,38 bilhões. As informações são da Folha de São Paulo.
A proposta oferecida foi de R$ 11,98 milhões mensais, abaixo do teto previsto. Parte do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o projeto terceiriza serviços não pedagógicos, enquanto a Secretaria da Educação permanece responsável pela parte pedagógica.
A decisão gerou protestos de estudantes e educadores contrários à privatização da gestão escolar.
Ex-juiz suspeito tentou defender as decisões que tomou na Lava Jato contra Zé Dirceu após STF anulá-las.
O ex-juiz suspeito Sergio Moro tentou se defender nesta terça-feira (29) após ter sua parcialidade evidenciada em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou todos os atos processuais que Moro produziu em duas ações penais contra o ex-ministro José Dirceu.
No entanto, os internautas não perdoaram. “O problema começou quando você, então juiz, se juntou aos procuradores e julgou os réus sem imparcialidade. Condenou sem provas, somente baseado em suspeitas e delações sem comprovação. A anulação das condenações é uma reparação a aqueles prejudicados e perseguidos por você”, escreveu um deles.
“Ahhh Moro!!! Vá se preocupar com a sua biografia e calar essa sua voz de marreco!”, disse um internauta.
“Perdeu Mané, não amola!”, disse ainda um outro.
Mais cedo nesta terça-feira, o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a anulação de todos os atos processuais produzidos por Moro em duas ações penais contra o ex-ministro da Casa Civil. A decisão estende a Zé Dirceu os efeitos do entendimento da Segunda Turma da Corte que, em março de 2021, declarou a parcialidade do ex-juiz nas ações penais contra Lula.
Em sua argumentação, o relator afirma que os diálogos revelados pela Vaza Jato e outros elementos trazidos nos autos indicam ação coordenada entre Moro e a força-tarefa da Lava Jato para acusar e denunciar José Dirceu. A atuação serviria de ensaio para a denúncia que seria posteriormente oferecida contra o presidente Lula.
As exportações de bens apoiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alcançaram R$ 26,9 bilhões entre janeiro e setembro de 2023, superando as aprovações de financiamentos registradas durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Segundo o BNDES, as operações para o setor totalizaram R$ 21,5 bilhões nos últimos seis anos, conforme dados publicados na coluna Painel S.A. da Folha.
Comparando o desempenho do primeiro ano do governo atual, presidido por Luiz Inácio Lula da Silva, com o primeiro ano de Jair Bolsonaro em 2019, houve um aumento de 519% nas aprovações de exportação de bens. Em 2023, as operações somaram R$ 13,5 bilhões, enquanto em 2019 o valor foi de R$ 2,6 bilhões.
Até setembro, no segundo ano do governo Lula, as aprovações de exportação representam 235% do total registrado no segundo ano do governo Bolsonaro. O BNDES destinou R$ 13,4 bilhões a exportações de bens em 2023, em comparação com R$ 5,7 bilhões no mesmo período de 2020.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, afirmou que “é fundamental apoiar a exportação industrial, especialmente aquelas com alto valor agregado. Outros países também estão adotando políticas semelhantes.”
Ele ressaltou a importância de expandir a presença das empresas brasileiras no mercado global, afirmando que “cerca de 98% do mercado mundial está fora do Brasil e nossas empresas precisam disputar esse espaço, gerando emprego de qualidade no Brasil e aumentando a escala e a competitividade da nossa indústria.”
Atualmente, o BNDES ainda não financia a exportação de serviços, aguardando a aprovação de um projeto de lei que estabeleça diretrizes mais transparentes para esse tipo de operação.
Gilmar Mendes anulou todas as condenações de Zé Dirceu pela Lava Jato, assinadas por Sergio Moro.
Com isso, Zé Dirceu volta ao centro da cena política nacional. Isso não é pouca coisa, nem para a esquerda e, muito menos para a direita.
É difícil afirmar quem foi mais perseguido pela grande mídia no Brasil, que é o maior panfleto da direita, aquela mídia de banco que todos sabemos, se Lula, Dilma ou Zé Dirceu.
A decisão de Gilmar Mendes é mais do que justa, é reparadora. E o país é o maior beneficiado, além de Zé Dirceu.
Dirceu é um ícone da esquerda, das lutas sociais, da organização política, que fez o PT virar o maior partido da história desse país, com vitórias históricas da esquerda sobre essa oligarquia arcaica, inculta, anti-nacional e incrivelmente escravocrata.
Dirceu sempre foi considerado um perigo para essa gentee, por isso, pagou um preço alto, porque nada é mais bruto, extremista e delin quente do que a classe dominante do Brasil.
Por isso, cada brasileiro que dignifica esse sentimento pátrio, tem muito o que comemorar com a volta de Dirceu ao centro da política nacional.
Há elementos para configurar abuso de poder político e punição a governador não depende da veracidade de suas afirmações, segundo eleitoralistas.
A fala do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de que uma facção criminosa havia orientado voto no então candidato a prefeito da capital Guilherme Boulos (PSOL) teve gravidade suficiente para condená-lo por abuso de poder político e torná-lo inelegível por oito anos, segundo especialistas em direito eleitoral ouvidos pela Folha.
A afirmação de Tarcísio feita enquanto a votação ainda estava em curso, no domingo (27), também coloca sob risco a vitória de Ricardo Nunes (MDB), que pode ter a diplomação como prefeito reeleito cassada pela Justiça.
A declaração do governador foi dada em entrevista em colégio onde foi votar. Ele estava ao lado de Nunes e Mello Araújo, vice do emedebista.
Tarcísio foi questionado por uma jornalista sobre a violência em algumas campanhas. “A gente vem alertando sobre isso há muito tempo. Nós fizemos um trabalho grande de inteligência. Então a gente pegou e reforçou o policiamento nas grandes cidades onde está tendo segundo turno”, respondeu.
“Vamos aí ter muitas conversar com o Tribunal Regional Eleitoral para ver os relatórios que mostram os locais que tiveram conexão com o crime organizado”, completou Tarcísio, antes de ser indagado e seguida sobre o que aconteceu na capital.
“Houve interceptação de conversas e de orientações que eram emanadas de presídios de uma facção criminosa orientando determinadas pessoas de determinadas áreas a votarem em determinados candidatos.”
O governador foi então questionado pela Folha sobre qual era o candidato indicado pelo PCC em São Paulo, ao que Tarcísio respondeu: “Boulos”.
O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) disse que não tem conhecimento de relatório de inteligência nem recebeu informação oficial sobre o caso específico. A corte afirmou que soube do episódio pela imprensa e disse “não se manifestaria sobre casos concretos que possa vir a julgar.”
Já a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou em nota que “o Sistema de Inteligência da Polícia Militar interceptou a circulação de mensagens atribuídas a uma facção criminosa determinando a escolha de candidatos à prefeitura nos municípios de Sumaré, Santos e Capital. A Polícia Civil investiga a origem das mensagens”.
Ainda no domingo a campanha de Boulos protocolou duas medidas na Justiça Eleitoral.
A que pode ter consequências mais pesadas é tecnicamente chamada de Aije (ação de investigação judicial eleitoral). O processo pode levar à inelegibilidade de Tarcísio, Nunes e Mello Araújo por oito anos, além da cassação do diploma da chapa do prefeito.
Essa ação esta agora na Justiça Eleitoral de primeira instância em São Paulo. A acusação é a de que a fala do governador configurou abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social.
Abuso de Tarcísio Especialistas em direito eleitoral ouvidos pela Folha afirmam que há elementos suficientes potenciais para levar à condenação de Tarcísio.
O advogado Fernando Neisser, professor de direito eleitoral da FGV-SP, diz que a configuração do abuso de poder político independe da veracidade do conteúdo ou da existência da orientação de voto.
Segundo Neisser, “crimes eleitorais são apurados pela Polícia Federal, e não pela Polícia Civil, exatamente com o intuito de distanciar isso do controle político mais local exercido por governadores, por prefeitos, que têm uma capacidade muito maior de influenciar em tese as forças policiais locais”.
Para o professor da FGV, “não faz sentido jurídico” que essas informações de inteligência tenham ficado represadas no âmbito do governo do estado e muito menos que isso levada ao público sem outros elementos de prova no dia da votação, em um evento em que Tarcísio falava como governador, com o adesivo de Nunes e ao lado do candidato que apoiava.
“Numa avaliação estritamente jurídica, me parece que há elementos muito contundentes para levar à condenação de ambos”, diz.
Miguel Novaes, sócio do FRN Advogados, afirma que o enquadramento em abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação tem base legal. “É um governador de estado, uma autoridade política, fazendo uma declaração muito grave, para potencialmente desequilibrar o pleito. Quem quer estar do mesmo lado que uma facção criminosa?”, afirma.
Vânia Aieta, professora da UERJ e coordenadora-geral da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), diz que a possibilidade de os acusados serem condenados “não é uma aventura, porque a ação proposta tem um marco teórico e normativo sério”.
A eleitoralista considera que a fala teve um viés eleitoral, para, “através da desinformação, esvaziar a campanha do Boulos”. Para ela, portanto, trata-se de um problema antes de tudo criminal.
De acordo com Volgane Carvalho, professor da Unifor (Universidade de Fortaleza) e membro da Abradep, a declaração de Tarcísio pode levar à cassação da chapa de Nunes.
“A jurisprudência do TSE e a própria legislação é muito tranquila no sentido de que, mesmo que eu não tenha realizado nenhuma conduta abusiva, se eu for beneficiário desta conduta abusiva, eu sofrerei seus efeitos.
Então, ainda que se diga que o prefeito Ricardo Nunes não falou nada, ele foi beneficiado, abstratamente falando, pela conduta”, afirma Carvalho.
Advogados citaram como precedente o caso do ex-deputado Fernando Francischini, cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por divulgar notícias falsas contra as urnas eletrônicas no dia da votação. Ele foi condenado por uso indevido dos meios de comunicação, além de abuso de poder político e de autoridade.
A outra medida jurídica protocolada pela defesa de Boulos tem o nome técnico de notícia crime e foi apresentada ao TSE. O objetivo nesse processo é fazer com que o Ministério Público Eleitoral peça a abertura de um inquérito pela PF e posteriormente o órgão apresente uma ação judicial contra Tarcísio e Nunes. O caso foi distribuído no TSE ao ministro Kassio Nunes Marques.
Nessa frente, a defesa de Boulos sustenta que o crime eleitoral foi o de “divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que sabe inverídicos em relação a partidos ou a candidatos”.
A pena neste caso é de detenção de dois meses a um ano ou pagamento de multa, e não leva à inelegibilidade ou cassação.