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Gilmar Mendes, em Harvard, enfurece bolha extremista ao desmascarar Bolsonaro

Ministro do STF falou sobre o que é o tal PL da anistia, que pretende perdoar extremistas, e explicação deixou claro qual será o destino de todos, inclusive do ex-presidente.

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, participou nos últimos dias do evento Brazil Conference, em Harvard, nos EUA, e de lá deu uma declaração que desmascarou por completo Jair Bolsonaro e o furdunço instalado no país por conta do Projeto de Lei da anistia apresentado na Câmara dos Deputados, patrocinado por ele, que tem por finalidade perdoar os golpistas extremistas que participaram do fatídico 8 de janeiro de 2023.

Falando à reportagem da Folha de S.Paulo, Mendes foi direto e objetivo em relação à proposta, que segundo ele é uma espécie de manobra que disfarça uma outra intenção: a de livrar Bolsonaro da cadeia por sua tentativa de golpe de Estado, usando como desculpa o ato isolado ocorrido em 8 de janeiro, que foi apenas o ponto final da empreitada golpista.

“Aquilo que está se usando é o pretexto do 8 de janeiro para, na verdade, tentar anistiar aqueles que são os mentores do golpe e que tiveram agora a denúncia da procuradoria-geral da República recebida pela primeira turma”, disparou o magistrado do Supremo, referindo-se explicitamente ao ex-presidente e aos outros sete homens que eram seus principais e mais poderosos colaboradores, que figuram ao seu lado agora no banco dos réus para serem julgados como integrantes do chamado “núcleo crucial do golpe”.

Sobre eventuais mudanças nas penas dos golpistas de baixo clero já presos e condenados, que têm sido usadas também como pretexto, Mendes explicou o óbvio. Já há mecanismos legais para isso no Brasil e as pessoas podem pedir revisão e também receberem benefícios de progressão, assim como decisões mais favoráveis em razão de questões humanitárias. Nada disso precisa ser exigido por meio de uma lei de anistia.

“Eu não vejo sentido em nenhum processo de anistia e entendo que eventuais ajustes vão ser feitos no próprio contexto da progressão de regime ou mesmo análises que se façam de justificativas de prisões humanitárias nesses casos”, acrescentou ainda o ministro.

Nas redes sociais, a bolha de extrema direita que sustenta Bolsonaro e o bolsonarismo se enfureceu com Gilmar Mendes. Sempre repetitivos, eles afirmam que o magistrado não seria imparcial, não poderia “falar fora dos autos”, ou mesmo se manifestar sobre o assunto. Os ataques ao ministro se seguiram durante toda esta segunda-feira (14) nas caixas de comentários dos veículos que noticiavam sua declaração.

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Ministro Gilmar Mendes suspende todos os processos do país sobre a validade da pejotização

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de todos os processos do país que tratam da validade da chamada “pejotização”, ou seja, a contratação de um trabalhador autônomo ou pessoa jurídica para a prestação de serviços.

Gilmar Mendes afirmou que a Justiça trabalhista tem realizado um “descumprimento sistemático da orientação” do STF sobre esse tema, o que estaria gerando um “cenário de grande insegurança jurídica” e” aumento expressivo do volume” de ações na Corte sobre essas situações.

“Essa situação não apenas sobrecarrega o Tribunal, mas também perpetua a incerteza entre as partes envolvidas, afetando diretamente a estabilidade do ordenamento jurídico”, escreveu o ministro.

A decisão foi tomada em um processo no qual o STF vai discutir não só a validade desses contratos, mas também a competência da Justiça do Trabalho para julgar casos de suposta fraude e a definição sobre quem comprovar o descumprimento das regras, o trabalhador ou o contratante.

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Gilmar Mendes faz críitica à anistia e alerta sobre risco à democracia

Ministro do STF defende punição a envolvidos no 8 de janeiro e questiona proposta de mudança na Lei da Ficha Limpa.

Na mais recente edição do programa Reconversa, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes abordou temas centrais para a democracia brasileira, incluindo a tentativa de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, a mudança na Lei da Ficha Limpa e a evolução da Corte Suprema ao longo dos anos. Em entrevista aos jornalistas Reinaldo Azevedo e Valfrido Warde, Mendes fez duras críticas à reinterpretação dos ataques à sede dos Três Poderes e reforçou a necessidade de punição para evitar novos episódios semelhantes.

Anistia e a tentativa de reescrever os ataques de 8 de janeiro
Ao ser questionado sobre o discurso do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que minimizou os atos de 8 de janeiro ao alegar que não houve tentativa de golpe, Mendes refutou a tese. Segundo ele, os golpistas não surgiram espontaneamente na Esplanada dos Ministérios, mas partiram diretamente de acampamentos em frente a quartéis, organizados desde novembro de 2022.

“Não se faz acampamento em frente a quartel, assim como não se faz acampamento em frente a hospital. A reivindicação era clara: impedir a posse do presidente eleito. Isso não foi uma manifestação espontânea, foi algo orquestrado.”

O ministro destacou que as investigações da Polícia Federal revelaram não apenas a tentativa de golpe, mas também planos de assassinato de figuras do alto escalão, como o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o 247.

“Nós estamos falando de algo muito mais grave. Houve discussões sobre matar o presidente da República, ministros do Supremo. Isso não pode ser banalizado.”

Diante do cenário, Mendes rejeitou a possibilidade de anistia, afirmando que o julgamento dos responsáveis pelos atos golpistas deve continuar para garantir a responsabilização dos envolvidos.

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Gilmar Mendes: “Lula tem feito um excelente governo, trouxe Brasil à normalidade” e chama Bolsonaro de “caricato”

Um dos ministros mais eloquentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes afirma que Brasil voltou para o rumo da estabilidade e defende controle sobre big techs e redes sociais.

O ministro Gilmar Mendes, decano do STF, deu entrevista ao site Público, de Portugal. “No geral, me parece que o governo Lula tem sido extremamente positivo, e o toque decisivo é a defesa da normalidade, da institucionalidade, das relações civilizadas entre os Poderes. O Brasil voltou a um quadro de normalidade, inclusive no cenário internacional”, diz.

Gilmar destaca ainda que os imigrantes, especialmente nas economias mais desenvolvidas, têm sido transformados em bodes expiatórios pelo populismo de direita. Ele defende a necessidade de maior controle sobre as big techs e as redes sociais. Além disso, reconhece que os crimes cometidos durante a ditadura militar no Brasil devem ser julgados, um tema que ganhou destaque com o filme “Ainda Estou Aqui”, que recebeu três indicações ao Oscar.

Alguns trechos:

Como o senhor viu essa questão dos brasileiros deportados dos Estados Unidos chegarem algemados, acorrentados, ao Brasil?

Tem um pouco desta fantasia americana, de justiça e ordem. Já faz algum tempo, um piloto de stock car, se não me engano brasileiro, foi acusado nos Estados Unidos de ter problema com o Fisco. E veio lá uma ordem e, em pouco tempo, ele estava algemado e acorrentado. No momento seguinte, descobriu-se que ele não tinha nada a dever e se retirou [Em 2009, Hélio Castroneves foi absolvido pelo júri de todas as acusações de sonegação fiscal, no Tribunal em Miami. O piloto, dono de uma mansão em Coral Gable, era acusado junto com sua irmã Katiucia e seu advogado americano Allan Miller de ter montado um esquema para fraudar o fisco em US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 12 milhões) entre 1999 e 2004, quando competia pela Penske Team]. Isso não faz o menor sentido. Talvez algum cuidado se tivesse que ter, diante de tanta gente dentro de uma aeronave, mas não se tratava disto (ter criminosos). Então, me parece que acabam ocorrendo esses exageros, talvez para efeito de demonstração. Por isso, inclusive, o Governo brasileiro emitiu protestos em relação a isso. É claro que quem está ilegal num dado país, suporta a possibilidade de deportação. Em princípio, isto ocorre em todos os lugares. (…)

Como o senhor vê esse movimento da extrema-direita liderado por Trump? Qual o impacto que isso pode ter no Brasil?

Eu não atribuiria este movimento necessariamente ao Trump ou a sua liderança. É muito cedo para prognosticar como isso vai se desenvolver. Toda hora nós estamos a ver anúncios de medidas (nos Estados Unidos) e também a sua desautorização. Então, é preciso ter muito cuidado para que a gente separe o ruído do sinal. Mas, de qualquer forma, não podemos menosprezar toda a evolução que se tem tido nesse campo. O próprio movimento que ocorreu nos Estados Unidos, o 6 de janeiro (invasão do Capitólio), que foi um fato absolutamente inédito. Ninguém imaginava, com a tradição democrática americana, que aquilo pudesse ocorrer. Mas antes já tínhamos movimentos assemelhados na própria Europa do leste, com Hungria, Polônia, problemas sérios de desinstitucionalização, na Turquia também. Agora, na Itália, embora com um viés moderado, na Áustria. Há sinais de descontentamento que carrearam para este campo. A Alemanha, com a Alternativa para a Alemanha (AfD). São dados preocupantes, que mostram uma grande insatisfação. No caso alemão, é até uma curiosidade que o crescimento do populismo se deu fortemente no território da antiga Alemanha Oriental (que era comunista).

Para o Brasil, qual é o impacto do populismo de direita?

No geral, me parece que o Governo Lula tem sido extremamente positivo, e o toque decisivo é a defesa da normalidade, da institucionalidade, das relações civilizadas entre os Poderes. O Brasil voltou a um quadro de normalidade, inclusive no cenário internacional.

Nós tivemos uma situação meio caricatural disto com o governo Bolsonaro. O que me parece é que, ao longo dos anos de democracia, começados em 1985, depois consolidados em 1988, nós conseguimos ter governos de perfil centrista. Aqui, acolá, com um viés um pouco de centro-esquerda ou de centro-direita, mas dentro de um perfil moderado. Isto ocorreu com Fernando Henrique (Cardoso), que fez uma aliança à direita com os partidos representativos, PFL, MDB, pessoas de centro, liberais clássicos, mas ele também defendendo o Estado social que já está na Constituição. Esses dias, um professor de Manchester me falava que o Brasil é um país singular, porque buscou realizar um Estado social sem ter passado por nenhuma guerra. É diferente dos Estados europeus, em que o Estado social, de alguma forma, advém desta situação.

Mas veio o desgaste que tivemos com a sucessão de governos do PT. Diante dos problemas, das crises, pensou-se, talvez, que a resposta pudesse estar num certo populismo, que, inicialmente, se traduziu num populismo judicial, do Ministério Público que alimentou a ascensão de Bolsonaro ao poder, com a eliminação praticamente de todas as lideranças políticas mais expressivas, de alguma forma atingidas por todo o processo da Lava-Jato. É um pouco isto que permitiu a ascensão de Bolsonaro, que nós não saberíamos prever, um ano antes, que iria ocorrer. E isto vira um pouco também a caricatura desse movimento no mundo, é o antivax, é o negacionismo pelo negacionismo. Mas não acredito que, mesmo as forças políticas que o apoiaram, possam ser timbradas como de extrema-direita. A gente percebe hoje um movimento no sentido forte de pessoas que não comungam do chamado esquerdista ou esquerdizante, mas que também não subscrevem as pautas agressivas da extrema-direita. Então, a mim, parece que talvez hoje o próprio Congresso se traduza numa maioria conservadora, mas não de extrema-direita. Acho até que, na verdade, os personagens que possam ser no Congresso timbrados como tais, seriam em número reduzido.

O regime semipresidencialista seria o ideal para o Brasil? O Congresso ganhou muito poder sobre o Orçamento federal, deixando o Executivo a reboque.

Nós temos discutido isso, inclusive, vocês já acompanharam, no Fórum de Lisboa, esse debate. Algo teremos que fazer em termos de reforma do sistema de Governo, porque estamos vivendo uma anomalia. Isto tem a ver um pouco com a debilitação do poder do Executivo, acentuada a partir da administração de Dilma (Rousseff). O Congresso transformou as chamadas emendas propositivas em emendas orçamentárias impositivas. Isso virou lei. Além desse passo, as emendas foram crescendo, atingindo, no último ano, alguma coisa como R$ 50 bilhões. Portanto, daquilo que sobra para investimentos, uma boa parte é feita por meio das emendas parlamentares e, talvez, muito disto se perca em projetos locais, paroquiais, sem uma visão ou uma projeção estratégica. Isso se tornou um grave problema. O Congresso delibera sem qualquer responsabilidade.

Então, se caminhássemos para um modelo parlamentarista, em que a maioria congressual governaria, e teria responsabilidade governamental, certamente isso seria positivo. Mas é claro que envolveria outras reformas. Agora, temos de resolver esse dilema. Não podemos viver esta situação a que estamos nos acostumando, de uma série de confusões de atribuições. Precisamos organizar esse maracatu e buscar uma reforma que seja razoável. Ninguém é contra, considerando a complexidade política do Brasil, que o Congresso participe, inclusive com a indicação de emendas. A questão é saber qual é o valor adequado e que isso seja completamente transparente. Nós estamos falando de verba pública, de dinheiro público, que tem que ser destinado a finalidades públicas.

Não é razoável que uma questão de alta indagação política, e uma tarefa complexa, do ponto de vista político-administrativo, se transforme daqui a pouco num caso policial. Ninguém almeja isso.

O STF, inclusive, entrou nisso, por meio das decisões do ministro Flávio Dino.

Antes disso, o processo era da relatoria da ministra Rosa Weber. Veio para o ministro Dino por sucessão. E o que o Supremo está dizendo é mais ou menos óbvio: que as emendas parlamentares têm que ser rastreáveis, transparentes, que os autores sejam identificados e que haja fiscalização da aplicação dos recursos. Criou-se uma opacidade, uma névoa em torno disto, que, na verdade, é perigosa para o próprio Congresso Nacional. Não é razoável que uma questão de alta indagação política, e uma tarefa complexa, do ponto de vista político-administrativo, se transforme daqui a pouco num caso policial. Ninguém almeja isso. (…)

A popularidade do presidente Lula está em queda. O índice de desaprovação já supera o da aprovação. Como o senhor avalia o Governo hoje?

A popularidade vai e vem. Quando muito jovem, eu integrei o governo do Fernando Henrique Cardoso. Tenho muito orgulho disso, porque era uma equipe de pessoas muito qualificadas. Entre elas, tinha Pelé (risos). O Fernando Henrique dizia que a gente pode perder a popularidade, mas não pode perder a credibilidade. Então, acho que isso é fundamental. Muitas vezes, o Governo tem que tomar medidas que são à vista das pessoas, de imediato, impopulares. Por isso, pagará com o preço da impopularidade. Não me parece que isso seja decisivo, e me parece que a grande vantagem do Governo Lula é que ele devolveu ao Brasil um senso de normalidade. As instituições voltaram a dialogar e a funcionar. E é um governo difícil, talvez, seja até um governo de aprendizado, depois da inorganicidade, da desorganização perpetrada no Governo Bolsonaro, porque é praticamente a construção de um Governo de minoria.

Diante desse fenômeno das emendas parlamentares, um parlamentar da Câmara talvez disponha por ano, de emendas impositivas para destinar para o seu reduto, alguma coisa como R$ 50 milhões. Um senador, talvez, algo em torno de R$ 80 milhões. Isso pode variar de acordo com o ranking. Ao todo, estamos falando de R$ 50 bilhões. No modelo anterior, do chamado presidencialismo de coalizão, essas verbas eram distribuídas a partir de uma regra de fidelização, de quem apoiava ou não o Governo. Agora, não. Este é um outro modelo. Portanto, o Lula está governando sobre um outro estamento institucional e político, e precisa construir maioria nesse contexto. Também não basta distribuir ministérios. No modelo anterior era a fidelização via emendas propositivas, que eram liberadas ou não pelo Governo, discricionariamente, e a distribuição de ministérios para determinadas forças políticas. Hoje, muitos ministérios são extremamente débeis e dependem inclusive das emendas dos parlamentares.

Então, é um quadro muito singular. Não obstante, reformas importantes foram aprovadas, como a tributária. Tem-se construído soluções e, nesse sentido, eu avalio o Governo como positivo. É inevitável que, agora, com a retomada dos trabalhos do Congresso, certamente haverá uma nova formação ministerial. Mas, no geral, me parece que o Governo Lula tem sido extremamente positivo, e o toque decisivo é a defesa da normalidade, da institucionalidade, das relações civilizadas entre os Poderes. O Brasil voltou a um quadro de normalidade, inclusive no cenário internacional, como se pode avaliar.

Há uma queixa geral entre os parlamentares de que o Supremo legisla e tira poder do Congresso. O STF está extrapolando seus poderes?

Eu não vejo assim. É notório que o texto da Constituição de 1988 reforçou imensamente o poder do Supremo Tribunal Federal como corte constitucional, permitindo que um partido político, com um representante, leve ao Supremo a impugnação de leis votadas pelo Congresso Nacional. Mas isso foi uma opção do constituinte, considerando que, no passado, só o procurador-geral poderia fazê-lo. Entendeu que era necessário dar essa abrangência. Eu sempre digo que o Supremo não tem uma banca ali na frente pedindo que venham causas. As causas são provocadas, normalmente, pelo próprio sistema político, pelas suas dissidências. Por outro lado, o texto constitucional valorizou muito as situações de omissões inconstitucionais, casos em que a Constituição prevê um dever de legislar, que não foi satisfeito pelo Congresso Nacional. São casos em que o Supremo acaba por fazer a intervenção.

Se quisermos ficar num exemplo recente, vamos considerar a pandemia. Nós temos um sistema de saúde, o SUS, que é altamente complexo, porque exige a integração de União, estados e municípios. É claro que a cabeça do sistema é a União, inclusive provendo a maioria dos recursos. Com um Governo negacionista na pandemia, nós tivemos problemas seríssimos, porque era um Governo que, como os senhores sabem, recomendava a ivermectina ou a cloroquina para cuidar da Covid e avaliava que 3 mil pessoas ficariam doentes e haveria a imunidade de rebanho. E não era isto. Governadores e prefeitos de grandes cidades passaram a enfrentar o problema, porque eles administravam os hospitais, e foram ao Supremo pedindo para usar medidas que a OMS (Organização Mundial de Saúde) já recomendava: isolamento social, restrição de transporte, fechamento de atividades. E o Supremo, então, autorizou estados e municípios a tomarem essas medidas. Isso colocou o tribunal numa via de colisão com o Executivo federal.

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Viva zé Dirceu!

Gilmar Mendes anulou todas as condenações de Zé Dirceu pela Lava Jato, assinadas por Sergio Moro.

Com isso, Zé Dirceu volta ao centro da cena política nacional. Isso não é pouca coisa, nem para a esquerda e, muito menos para a direita.

É difícil afirmar quem foi mais perseguido pela grande mídia no Brasil, que é o maior panfleto da direita, aquela mídia de banco que todos sabemos, se Lula, Dilma ou Zé Dirceu.

A decisão de Gilmar Mendes é mais do que justa, é reparadora. E o país é o maior beneficiado, além de Zé Dirceu.

Dirceu é um ícone da esquerda, das lutas sociais, da organização política, que fez o PT virar o maior partido da história desse país, com vitórias históricas da esquerda sobre essa oligarquia arcaica, inculta, anti-nacional e incrivelmente escravocrata.

Dirceu sempre foi considerado um perigo para essa gentee, por isso, pagou um preço alto, porque nada é mais bruto, extremista e delin quente do que a classe dominante do Brasil.

Por isso, cada brasileiro que dignifica esse sentimento pátrio, tem muito o que comemorar com a volta de Dirceu ao centro da política nacional.

Viva Zé Dirceu!

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“Gostavam muito de dinheiro”: Gilmar Mendes critica Sérgio Moro e Operação Lava Jato

As declarações do ministro refletem críticas recorrentes de que a Lava Jato teria ultrapassado os limites legais na sua busca por justiça.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez duras críticas ao ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil – PR), um dos principais protagonistas da Operação Lava Jato, durante entrevista à CNN Portugal nesta segunda-feira (24).

Mendes questionou a abordagem brasileira no combate à corrupção, sugerindo que a estratégia adotada pelo país foi inadequada e falhou em seus objetivos. “No Brasil, inventamos uma forma de combate à corrupção, mas os combatentes gostavam também muito de dinheiro”, afirmou o ministro, referindo-se diretamente a Moro e outros membros da força-tarefa da Lava Jato.

O ministro foi contundente ao acusar Moro de se beneficiar financeiramente da operação. “É o caso de Sergio Moro e seus colegas, que inventaram essas fundações e buscaram se apropriar, como se estivessem se remunerando pelo fato de terem combatido a corrupção. Isso foi extremamente negativo”, criticou Gilmar Mendes.

As declarações do ministro refletem críticas recorrentes de que a Lava Jato teria ultrapassado os limites legais na sua busca por justiça, utilizando métodos controversos e fomentando a polarização política no Brasil. A menção às fundações refere-se à criação de entidades privadas para gerenciar recursos oriundos de acordos de colaboração premiada, uma prática que também tem sido alvo de críticas por possíveis conflitos de interesse.

Gilmar Mendes está em Portugal para participar do 12º Fórum Jurídico de Lisboa, um evento que reúne autoridades dos Três Poderes do Brasil e representa um espaço de debate sobre temas jurídicos e políticos de relevância internacional. O ministro é um dos anfitriões do evento, que ocorre de 26 a 28 de junho na capital portuguesa.

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Gilmar Mendes dá bronca em Moro, mas diz que torcia para ele não ser cassado: “Ao contrário do senhor, não persigo ninguém”

O senador foi absolvido por unanimidade pelo TSE em ação movida pelo PL e pelo PT.

Em meio as broncas que deu em Sergio Moro no encontro que tiveram, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes revelou ao senador sua torcida para o julgamento que analisava o pedido de cassação do senador, informa Bela Megale, colunista do Globo..

— Torço para que continue no Senado. Ao contrário do senhor, não persigo ninguém — afirmou o decano do Supremo ao ex-juiz da Lava-Jato.

Na terça-feira (21), Moro foi absolvido por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na ação movida pelo PL e pelo PT. Aliados do senador avaliam que o encontro com Gilmar Mendes, no mês anterior ao caso ser julgado pela corte, foi importante para evidenciar os gestos do senador ao Judiciário.

No início de abril, Moro procurou o decano do STF para uma conversa. O encontro durou uma hora e meia. Na ocasião, Gilmar externou a Moro as críticas públicas que faz a ele e à Lava-Jato e o aconselhou a “usar a experiência de senador para aprender”.

Após absolvição no TSE, o ex-juiz fez elogios ao Judiciário e ao “julgamento técnico” ao qual foi submetido.

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Moro não procurou Gilmar para salvar seu mandato, e sim tentar escapar de uma iminente prisão

Moro, assim como Bolsonaro, está se borrando de medo de ser preso. Por isso foi pedir penico para Gilmar Mendes. Até porque a rede de criminosos de Curitiba vai toda em cana com ele. A coisa está feia para o ladrão de Galinha.

Sergio Moro escapou de processos, quando se elegeu senador, mudando o que sempre criticou, o foro privilegiado. Caindo de podre, terá que se ver com uma série de processos que podem sim, levá-lo à prisão.

É a percepção que se tem do intermúndio da política, da justiça e da imprensa. Se bobear, Moro e seu bando de Curitiba irão para a cadeia antes de Bolsonaro e seu clã.

A conferir.

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A Globo sempre soube que Lula era inocente e que Moro não valia nada

Quando Gilmar Mendes diz na cara de Moro que ele e Dallagnol roubaram galinha juntos e que já tinha o extrato das coisas espúrias dos dois, mesmo antes da Vaza Jato, publicada pelo Intercept, Gilmar deixou claro que, Moro só chegou aonde chegou por sua unidade com o oligopólio midiático no Brasil, que sempre soube que Sergio Moro nunca prestou e que tinha absoluta certeza de que o ex-juiz havia condenado e prendido Lula sem provas.

para piorar, essa mesma fingiu-se de morta quando não comemorou o cambalacho, armado por Moro e Bolsonaro para fraudar a eleição, intermediado por Paulo Guedes, em que, para vencer a eleição, Bolsonaro, em troca da cabeça de Lula, daria, como deu a Moro um super ministério da Justiça e Segurança Pública que Moro sonhava fazer trampolim político para sua maior ambição, a cadeira da presidência da República.

Só que, descobrindo que estava sendo traído por Moro, Bolsonaro o espinafrou, como é comum em vigaristas, e Moro perdeu o palanque político.

As eleições de 2022 chegaram, e Lula, numa só paulada, detonou os dois comparsas de uma só vez, vencendo a eleição.

Mesmo Moro tendo o apoio incondicional da mídia para se criar a tal terceira via, a candidatura de Moro, que começou vistosa, encolheu e solou, obrigando-o a baixar a bola e dar volta em todos para conseguir se eleger senador.

O fato é que, hora nenhuma, mesmo sabendo de quem se tratava, a Globo abandonou seu sócio de escândalo, o homem que azava todas as delações sem provas que ele conseguia, através de chantagens, e que transformou a Lava Jato num folhetim diário, aonde o principal objetivo era derrubar Dilma e tirar Lula da disputa de 2022.

A Globo sempre soube que Moro nunca teve qualquer prova contra Lula, ao contrário, ela, mais do que ninguém, que o criminoso nessa história, era o juiz, como bem disse o deputado Glauber Braga

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Gilmar Mendes a Moro: Você e Dallagnol roubaram galinha juntos

Gilmar disse a Moro: “Você e Dallagnol roubavam galinha juntos. Não diga que não. Tudo o que a Vaza Jato revelou, eu já sabia que você e Dallagnol faziam. Vocês combinavam o que estaria nas peças. Não venha dizer que não”, continuou Gilmar, para um assustado Moro.

Essa imagem da foto em destaque não é uma qualquer, mas é emblemática, porque traduz que Sergio Moro jamais convenceu Gilmar Mendes e, desde então, quando Gilmar passou a detonar o senhorzinho de Curitiba, Moro perdeu o rumo. e se encontra em apuros.

E, quando Gilmar disse que ele e Dallagnol roubaram galinha juntos, podemos acrescentar, com a mão na consciência e sem medo de errar, que o beija mão de Moro na visita a Gilmar Mendes, deu mais do ruim, mas fez com que todos lembrassem que Moro e Dallagnol roubaram juntos a galinha dos ovos de ouro, que eles juravam estar protegendo, quando meteram a mão em R$ 2,5 bilhões da Petrobras, num ato confessado publicamente por Dallagnol, tendo, depois, que devolver por decisão de Alexandre de Moraes, do STF.

Ou seja, decididamente, esses dois homens da justiça, pelos quais a mídia segue perdidamente apaixonada, se tentaram, através de um cochicho no ouvido do ministro Gilmar Mendes, tudo indica que cavaram ainda mais o abismo em que se encontram, quando o ministro deixa claro que não há conserto para o crime que eles cometeram, que a mídia de banco, sobretudo a Globo, finge não saber para continuar insinuando que, dois dos maiores pilantras da história do Brasil, foram dois heróis.

Moro saiu fulminado do encontro com Gilmar, que deixou o grande ex-herói nu e em petição de miséria política e moral.