Categorias
Política

Fachin sobre ataques à democracia: ‘Se concedermos, não haverá Judiciário amanhã’

Um pouco tardias as declarações do Ministro Edson Fachin.

Em encontro com advogados do grupo Prerrogativas, ministro mostrou preocupação com tentativa de deslegitimação do pleito de 2022.

Segundo Mônica Bergamo, da Folha, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin surpreendeu advogados e juristas com quem se reuniu virtualmente na segunda (24) pelo tom do alerta que fez em relação ao futuro da democracia e da integridade das eleições de 2022. Em determinado momento, o magistrado chegou a dizer que, “se concedermos” no “mínimo essencial” da democracia, “não haverá Judiciário amanhã”.

“Temos todos uma zona de intersecção comum [que é] o mínimo essencial da democracia”, disse Fachin, que presidirá o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2022. “E este não podemos em hipótese alguma conceder. Porque efetivamente, se concedermos, não haverá Judiciário amanhã. Haverá uma autoridade judiciária servil ao poder de ocasião. E certamente nós não nascemos para vivenciar ou admitir isso.”

Os profissionais, do grupo Prerrogativas, hipotecaram solidariedade, prometeram apoio e elogiaram as decisões de Fachin para tentar frear a violência policial durante a epidemia de Covid-19.​

O grupo sempre foi crítico em relação à Operação Lava Jato, numa clara divergência com Fachin. O ministro disse que acreditava no dissenso como construção, não como ruína, afirmou ser importante a manutenção de “vasos comunicantes” entre democratas e pediu que caminhassem “juntos”.

Em seguida, afirmou que o “paciente” a ser defendido por todos é o sistema eleitoral e democrático. E reafirmou sua preocupação com as eleições de 2022 diante do que considera investidas de um populismo autoritário que já chamou de “nefasto”.

No mês passado, Jair Bolsonaro ressuscitou o discurso que coloca em dúvida as eleições e tenta desmoralizar o voto em urna eletrônica. Sua tropa de choque no Congresso vem tentando aprovar a volta do voto de papel.

Se as eleições fossem hoje, Lula ganharia de Bolsonaro por 55% a 32% dos votos, segundo o Datafolha.

*Mônica Bergamo/Folha

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Quem paga os passeiomícios e motociatas de Bolsonaro? Você

O problema da reeleição é que o sujeito, mal se elege, entra em campanha. Cada dia à frente do governo – tanto faz se federal, estadual ou municipal – é pensado e vivido em função desse propósito. Mas, até pouco tempo atrás existiam certas regras, inclusive na legislação, que funcionavam para coibir o uso escancarado da máquina do governo. Não são lá essas coisas, e normalmente o incumbente que se candidata é reeleito, se não for muito ruim.

Alguns padrões de comportamento e simancol institucional, porém, eram mantidos. Mas Jair Bolsonaro derrubou todos eles e está em desavergonhada campanha país afora. E as instituições que deveriam zelar pela lisura do pleito de 2022 estão caladas, escondidas atrás de um biombo legal que não considera campanha eleitoral o período anterior aos meses que precedem a eleição.

Só que o que Bolsonaro está fazendo, com suas manifestações, carreatas e motociatas que acabam em palanque, e que não fazem parte da agenda oficial de presidente, é campanha, sim – e financiada com recursos públicos. Tomando como exemplo o último domingo: Bolsonaro foi para o Rio no avião presidencial, sob o esquema de segurança e assessoria da presidência, levou convidados às custas do erário, andou numa moto que não se sabe de quem é e esteve num palanque que teve que ser construído, e certamente pago.

Quem pagou a organização do evento com milhares de pessoas que portavam bandeiras do Brasil e camisetas verde e amarelo iguaizinhas, novinhas?

Não se pode confundir esse tipo de gasto com aquele despendido nas viagens do presidente pelo Brasil para inaugurações e atos oficiais. Esses também viram palanque, mas têm um objeto concreto e justificam as viagens e despesas, que são oficiais. O passeiomício do fim de semana, porém, fora da agenda, não deveria ir para a conta do erário, já que se trata de pura politicagem — muitas vezes usada inclusive para agredir pessoas, denegrir adversários, discursar contra as instituições e incitar setores radicais contra a democracia.

Será que, além de assistir, ainda somos obrigados a pagar por isso?

Helena Chagas/247

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

The Guardian chama de ‘obsceno’ passeio de moto de Bolsonaro na pandemia

Um dos jornais mais importantes do mundo, o britânico The Guardian repercutiu o passeio de motocicleta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizado ontem no Rio de Janeiro, que causou aglomeração em plena pandemia de coronavírus. O ato contou com a presença do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

O The Guardian classificou como “obsceno” o comportamento do presidente, e disse que o ato foi uma “tentativa” de Bolsonaro de “reenergizar seu movimento de extrema direita em declínio, enquanto a raiva pública cresce sobre sua forma de lidar com o surto de covid-19 no país”.

“Milhares de bolsonaristas agitando bandeiras se reuniram em frente ao Parque Olímpico na Zona Oeste do Rio na manhã de domingo para a demonstração de apoio em duas rodas antes de rumar para o leste em direção aos distritos de praia ao sul e ao centro da cidade, com Bolsonaro perto da frente”, destacou o jornal.

O noticioso também deu destaque para as reações de opositores a Jair Bolsonaro, que bateram panelas e repudiaram o ato das varandas de seus apartamentos, chamando Jair Bolsonaro de “genocida”.

“Muitos dissidentes denunciaram como ‘genocida’ sua forma de lidar com uma epidemia de covid-19 que matou quase meio milhão de brasileiros, quase metade do total de vidas perdidas na América Latina e no Caribe”, completou o The Guardian.

O argentino Clarín também repercutiu as cenas de Jair Bolsonaro aglomerando pelas ruas da capital fluminense, e ponderou que, “apesar do coronavírus”, o presidente “liderou” uma marcha com motociclistas sem fazer uso de máscaras de proteção.

“Ao chegar na praia do Flamengo, próximo ao centro da cidade, o presidente desceu de sua motocicleta para passear entre os milhares de manifestantes que o aguardavam. Ele apertou a mão deles e posou para fotos com seus rostos descobertos”, diz ressaltando o não uso da máscara de proteção contra o novo coronavíurs por parte de Bolsonaro e seus apoiadores.

Chamando de “presidente de extrema direita” pelo jornal argentino, o Clarín destacou ainda as falas do presidente brasileiro contra os governadores e prefeitos, e disse que desde abril Bolsonaro “busca mobilizar sua base de fãs mais extremistas em um momento em que sua popularidade está no ponto mais baixo desde que chegou ao poder em 2019”, com pesquisas recentes mostrando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva liderando a corrida presidencial em 2022.

*Com informações do Uol

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Gasto com militares cresce 17% mais que o previsto

Dados do Ministério da Economia apontam aumento de despesas de R$ 5,55 bilhões em 2020. Pasta da Defesa diz que reforma da Previdência da categoria compensa alta.

Segundo O Globo, o gasto com pessoal militar cresceu mais em 2020 do que a projeção feita pelo Ministério da Defesa para a primeira fase da reestruturação das carreiras aprovada em 2019.

Dados do Painel Estatístico de Pessoal (PEP), do Ministério da Economia, apontam que o aumento nessas despesas foi de R$ 5,55 bilhões. O valor é 17% maior do que a Defesa previu à época da reforma no sistema de aposentadorias das Forças Armadas.

As mudanças na carreira dos militares incluíram, por exemplo, pagamento de adicional por curso realizado, resultando no aumento da remuneração desses profissionais. Elas foram aprovadas no mesmo ano que a reforma da Previdência da categoria.

Em 2019, a Defesa estimou que o primeiro ano da reestruturação teria impacto de R$ 4,73 bilhões. Mas os dados do painel da Economia apontam que os gastos com pessoal militar somaram R$ 80,5 bilhões em 2020, alta de R$ 5,5 bilhões e, portanto, 17% superior ao projetado.

Impacto no longo prazo

Em duas décadas, a reestruturação da carreira levará a um gasto extra de R$ 217,66 bilhões, de acordo com projeções da pasta da Economia. Elas não consideram as revisões de regras para os inativos, mas acendem um sinal de alerta.

Procurado, o Ministério da Defesa não comentou os números do painel da Economia e afirmou que houve economia no ano passado, se considerados os efeitos da reforma.

De acordo com a pasta, houve aumento de gastos com pessoal de R$ 4,84 bilhões e geração de receitas de R$ 5,55 bilhões.

A pasta também informou que, com a pandemia de Covid-19, houve necessidade de convocar pessoal para a área de saúde e prorrogar o tempo do Serviço Militar.

No longo prazo, a Defesa alega que o aumento de gastos decorrente da reestruturação militar será compensado com mudanças nas regras para a reserva militar, que devem gerar economia de R$ 251,4 bilhões em duas décadas. O saldo para o governo seria, portanto, positivo em R$ 33,7 bilhões.

“Cabe ressaltar que não houve aumento da remuneração em 2020, mas uma adequação dos percentuais visando à valorização da carreira e a institucionalização de uma política pública do Estado brasileiro para os militares, necessária para que se mantenha um adequado grau de atratividade e estímulo à permanência de profissionais qualificados nas fileiras das Forças Armadas”, disse a Defesa, em nota.

“Os militares são um grupo central de apoio ao Presidente da República e estão usando esse cacife político para obter ganhos ”, Marcos Mendes, pesquisador do Insper.

A reforma nas carreiras dos militares é exemplo de como o grupo, que está na base de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, tem sido beneficiado em ações do governo. Os acenos a profissionais da segurança não se restringem a essa classe.

No começo do ano, o presidente articulou com deputados uma emenda para relaxar os efeitos fiscais do ajuste nas contas previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que viabilizou a nova rodada do auxílio emergencial. O objetivo foi blindar forças de segurança — como policiais — do congelamento salarial.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Em desespero, Bolsonaro corre atrás da popularidade perdida

Fracassa a tentativa de Bolsonaro mostrar uma força política que ele não tem.

Como disse Hildegard Angel, a manifestação do Rio foi um fiasco:

O que a campanha de Bolsonaro quis hoje demonstrar foi popularidade. Não conseguiu. Sim, poderiam ser uns 5 mil motorizados, mas não havia aclamação popular no entorno. No meu trecho de quarteirão e mais, só vi duas pessoas sacudindo bandeira. Em Ipanema, eu soube, foi igual.

O que se sabe é que mais de mil PMs, alguns militares, outros milicianos, fizeram um passeio de moto com Bolsonaro com uma meia dúzia de bolsonaristas que, pela agressividade, mostram-se mais desesperados que o próprio Bolsonaro com a inevitável ruína que se apresenta com todas as cores na derrocada política do ocupante da cadeira presidencial.

Mas não fica somente nisso, um jornalista da CNN recebeu agressão verbal dos bolsonaristas e foi expulso da manifestação de Bolsonaro, e só não foi linchado porque teve escolta da polícia.

Agora é aguardar o que Caio Coppolla e Alexandre Garcia, que são parte do quadro da CNN, vão falar sobre essa agressão a um colega da emissora, porque não basta apenas a CNN emitir nota dizendo repudiar a agressão.

Mas isso não é tudo, o fiasco bolsonarista produziu um estrago hoje nas ruas do Rio, detalhe, e com recursos públicos.

Depois de sua queda de popularidade, ninguém menos que Pazuello, general da ativa, apareceu entre os destroços da fracassada manifestação, o que deve indicar que será colocado na reserva compulsivamente, já que o estatuto das Forças Armadas não permite que um militar da ativa participe de manifestações políticas.

Lembrando que em todo o percurso a maioria dos participantes, Bolsonaro e Pazuello estavam sem máscaras, contribuindo ainda mais para a disseminação do coronavírus, para piorar ainda mais o morticínio.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Por participar da manifestação de Bolsonaro, exército vai enviar Pazuello para a reserva

O Comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, vai enviar o general e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para a reserva. A decisão foi tomada após o general da ativa participar de uma manifestação política a favor do presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (23).

A informação foi confirmada por interlocutores próximos ao Comandante Geral do Exército pelo Congresso em Foco.

De acordo com o artigo 45 do Estatuto Militar, oficiais da ativa não podem participar de atos políticos. Portanto, Pazuello deve ser punido, mas a decisão é delicada porque o presidente da República pode reverter a definição de Paulo Nogueira e gerar uma crise com os militares.

O ex-ministro prestou depoimento na CPI da Covid na última semana e deve ser reconvocado nos próximos dias, já há requerimentos para nova oitiva do militar.Na manhã de hoje, ao participar do ato pró-Bolsonaro, Pazuello apareceu sem máscara e descumprindo regras de distanciamento social.

Na semana passada, ao responder ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) sobre qual sua posição sobre medidas de distanciamento, Pazuello afirmou: “Deveríamos fazer medidas de distanciamento sempre que possível”.

Pazuello é questionado pelos senadores da CPI por ignorar as negociações de compras de vacinas da Pfizer, atrasar o início da vacinação no país e negligenciar apoio ao estado de Manaus durante a crise de oxigênio devido a pandemia de covid-19 em janeiro deste ano.

*Com informações do Congresso em Foco

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

EXAME/IDEIA: Bolsonaro perde apoio entre evangélicos, sua base mais fiel

A avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro está no pior momento desde que assumiu o Palácio do Planalto, em janeiro de 2019.

Segundo a Exame, a desaprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro está no pior momento desde que assumiu o mandato, em janeiro de 2019. Os brasileiros que consideram a gestão como ruim ou péssima somam 50%. Esse patamar tem se mantido há dois meses, oscilando apenas dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Aqueles que avaliam o governo como ótimo ou bom são 24%, e os que consideram regular, 22%.

A avaliação positiva caiu mesmo no grupo que é considerado a “fortaleza” do presidente: os evangélicos. Em janeiro deste ano, entre os que se declaravam seguidores da religião, 45% avaliavam a gestão de Bolsonaro como boa ou ótima . Já em maio, o percentual caiu para 38%. Entre os evangélicos, os que consideram o governo ruim ou péssimo somam 31%, percentual bem abaixo do verificado na população em geral.

Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Invest PRO, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1.243 pessoas entre os dias 17 e 20 de maio. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. Confira a pesquisa completa.

Insatisfações

A principal insatisfação da população, incluindo a comunidade evangélica, é a morosidade no processo de vacinação contra a covid-19. O Brasil ainda está na fase de imunização do grupo prioritário, composto por 77 milhões de pessoas. Estimativas do próprio Ministério da Saúde apontam que esta etapa será concluída apenas em setembro, e a imunização de toda a população deve avançar para 2022.

Outro ponto de perda de apoio é a situação grave, com altas taxas de mortes, da pandemia de coronavírus, como explica o pastor Ariovaldo Ramos, um dos fundadores da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.

“Uma questão que talvez tenha escapado a alguns é que dentro da população evangélica há um grande número de vítimas da covid-19. Quando Bolsonaro começou a dizer que era uma gripezinha, que o número de vítimas seria irrisório, essa prática fez muitos evangélicos apoiarem o negacionismo”, diz o pastor que representa o movimento que surgiu em 2016 e está espalhado por todo o Brasil.

E não só entre os evangélicos diminuiu o apoio ao presidente Bolsonaro. Entre os católicos, a aprovação passou de 27%, em janeiro, para 19% na pesquisa EXAME/IDEIA de maio. No começo deste ano, um grupo que reúne mais de 300 líderes religiosos cristãos protocolou um pedido de impeachment do presidente. Na lista estavam padres católicos, anglicanos, luteranos, metodistas e também pastores.

Bolsonaro contra suspensão de cultos

O presidente Bolsonaro sempre se colocou contrário às medidas adotadas por governadores e prefeitos de restringir atividades religiosas presenciais, para evitar aglomerações e a disseminação do vírus. A Advocacia-Geral da União chegou a pedir no Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão dos decretos locais, sob o argumento de perseguição religiosa.

A corte analisou poucos dias depois uma outra ação de mesmo tema, mas promovida pelo PSD e pelo Conselho Nacional de Pastores do Brasil. A maioria dos ministros entendeu que cabe aos governadores e prefeitos a escolha sobre a proibição de missas e cultos durante a pandemia de covid-19.

O pastor Ariovaldo Ramos ainda destaca que chegou a conversar com outros amigos pastores que mantiveram cultos presenciais e que, em pouco tempo, muitos membros dessas comunidades começaram a contrair o coronavírus. “Foi aí que eles começaram a se dar conta que foram enganados pelo governo, com um discurso que na prática não se sustentava”, afirma.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

A frieza e o desprezo de José Medeiros com a morte por covid de seu assessor parlamentar

Militante feroz de Bolsonaro, José Medeiros (Podemos-MT), se pronunciou de forma fria, protocolar sobre a morte por covid de seu assessor, José Roberto Feltrin.

A indiferença com que Medeiros falou sobre a morte de seu assessor em uma notinha desprovida de qualquer comoção, tem uma explicação, ele e Bolsonaro foram acusados de culpados pelo próprio Feltrin, em áudio, pelo estado de saúde em que se encontrava, à beira da morte, por falta das vacinas que Bolsonaro nunca quis comprar.

Medeiros, por sua vez, não mostra qualquer traço de compaixão pela morte de quem disse que o ajudou tanto no Senado quanto na Câmara.

Numa atitude calhorda, que foi denunciada por José Roberto Feltrin e que está impactando tantas pessoas com a gravação, Medeiros mostra que a falta de empatia com a dor dos brasileiros não é exclusividade de Bolsonaro, mas do próprio bolsonarista.

Isso acontece no momento em que se tem a notícia pela infectologista Luana Araújo que assumiu a Secretaria de Combate à Covid do Ministério da Saúde deixou o cargo em que ficou por nove dias, por não aceitar as determinações impostas por Bolsonaro, o que revela que, mesmo com a CPI mostrando que Bolsonaro, agindo de forma criminosa, nunca quis comprar as vacinas contra a covid, motivo pelo qual quase meio milhão de brasileiros perderam a vida.

O mesmo pode-se dizer, em termos de absoluta fala de caráter, por total desconsideração com seu assessor parlamentar do bolsonarista José Medeiros que fez uma série de postagens após a morte de seu assessor, com absoluta tranquilidade, desdenhando das vítimas da covid.

O pior é que, na fala de José Roberto Feltrin, na gravação que deixou, ele desabafa e com toda razão, que nada acontece com Bolsonaro ou com José Medeiros.

A pandemia, além de seguir fazendo mais de 2 mil vítimas diárias, tende a se expandir com uma provável terceira onda, o que deixa qualquer um indignado com a total ausência de compaixão e de interesse de Bolsonaro em buscar uma solução urgente de combate efetivo à covid, que é a vacinação em massa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

 

Categorias
Política

Presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, afirma que Bolsonaro nunca quis comprar vacinas

Segundo o jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, entre inúmeros crimes cometidos pelo governo federal diante da pandemia no Brasil, de acordo com o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Omar Aziz, que apura as graves falhas do ministério da Saúde diante da tragédia sanitária que se abateu sobre o Brasil, o pior foi a conclusão que já se tem dos membros da CPI, a de que Bolsonaro jamais quis comprar vacinas para imunizar a população brasileira.

Por isso ele promoveu não só a cloroquina, que era a cereja do bolo do kit covid, como não se cansou de repetir que o Brasil só veria o fim da pandemia se conseguisse alcançar a suposta imunidade de rebanho através da contaminação generalizada, para a qual trabalhou incessantemente, o que não está baseado em nenhum estudo científico.

Certamente, foi isso que levou o país ao primeiro lugar em mortes por milhão de habitantes e em primeiro lugar em números absolutos.

O que é preciso entender é que Bolsonaro simplesmente não afrontou somente a ciência, mas a sociedade, porque, como chefe da nação, deveria ser o primeiro a cuidar da saúde do povo, mas preferiu fazer o oposto para tirar o direito de cada brasileiro de se imunizar e proteger a sua vida e de seus familiares.

Se os dados objetivos da CPI já levaram a essa conclusão, a questão do impeachment torna-se imperativa, porque a cadeira da presidência da República não dá ao presidente superioridade a qualquer cidadão brasileiro.

Na verdade, as ações de Bolsonaro em relação ao combate à pandemia o levaram a cometer crime de responsabilidade. E o resultado é um morticínio de 445 mil vidas até aqui que, se acrescentar as mortes que não foram registradas, possivelmente esse número poderá chegar a 600 mil vidas perdidas para a covid.

Não é possível que sua indiferença não enfrente um respaldo legal para demovê-lo do cargo, seja por parte de um processo político ou jurídico que dê o tratamento adequado a quem comete crime de extrema gravidade, como foi o caso de Bolsonaro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

As 15 ‘mentiras’ que Pazuello contou na CPI, segundo Renan Calheiros

G1 – Relator da CPI da Covid elaborou lista com 15 tópicos, entre eles declarações de Pazuello de que nunca sofreu pressão de Bolsonaro. Renan afirmou que vai pedir para o MP investigar ‘omissões’ nos depoimentos.

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), listou o que para ele foram as mentiras contadas pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na CPI da Covid.

Pazuello deu depoimento em dois dias, na quarta-feira (19) e na quinta (20).

Senadores da oposição se indignaram com os momentos em que, segundo eles, Pazuello deixou de apresentar a verdade sobre a condução da pandemia pelo governo.

O relator anunciou que pretende contratar uma agência de checagem para apurar as declarações feitas pelos depoentes à comissão. Renan afirmou que vai encaminhar um relatório preliminar ao Ministério Público para que seja apurado se houve omissões nos depoimentos.

Vejas as “mentiras” listadas por Renan:

Ordens do presidente

Na quarta-feira (19), Pazuello foi questionado se a nomeação dele no Ministério da Saúde se deu sob a condição de cumprimento de alguma ordem específica, entre elas a recomendação de tratamento precoce com cloroquina ou outro medicamento.

O ex-ministro respondeu: “Em hipótese alguma. O presidente nunca me deu ordens diretas para nada”.

O relator, porém, ressaltou vídeo divulgado por Jair Bolsonaro em outubro do ano passado. Ao lado do presidente, um dia após ter sido desautorizado a fechar contrato para a aquisição da CoronaVac, o ex-ministro afirmou: “É simples assim: um manda e outro obedece”.

“Aqui, tenta justificar que o que se fala em redes sociais são falas políticas, que não correspondiam a sua ação. Se essa desculpa pudesse prevalecer, seria impossível a esta CPI avaliar as ações do Ministério e do Governo, que são o principal objeto desta CPI, pois as declarações públicas não serviriam de nada e, como Vossa Excelência respondeu várias vezes ontem, não havia produção de documentos”, afirmou o relator.

Divulgação do aplicativo TrateCov

Também na quarta, o ex-ministro afirmou que o aplicativo TrateCov, plataforma que prescrevia o chamado tratamento precoce, não chegou a ser distribuída aos médicos. “A plataforma nunca entrou em operação”, disse Pazuello.

A plataforma previa o tratamento a pacientes que têm sintomas que podem ou não ser da Covid-19 O “tratamento” indicado incluía medicamentos que, segundo demonstraram diferentes estudos, não funcionam contra a doença, como a cloroquina, a hidroxicloroquina e a azitromicina.

Calheiros ressalta, porém, que o aplicativo foi lançado pelo Ministério da Saúde no dia 11 de janeiro, durante evento em Manaus. O lançamento da plataforma foi noticiado na TV Brasil.

Na quinta, ao ser novamente questionado sobre o aplicativo, Pazuello afirmou que um hacker vazou o conteúdo.

Limitação do STF

Logo em sua fala inicial, o ex-ministro afirmou que decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) limitou a atuação do governo na pandemia e que não havia “a possibilidade de o Ministério da Saúde interferir na execução das ações dos estados na saúde sem usurpar as competências dos estados e municípios”.

O relator, no documento, rebate a declaração: “Em nenhum momento o Supremo proibiu ou limitou ações federais. A decisão na Ação de Direta de Inconstitucionalidade nº 6341 permite que estados e municípios tomem suas medidas, mas não impede que o Ministério da Saúde tome as suas. O STF diz que o entendimento foi reafirmado pelos ministros em diversas ocasiões”.

Ranking de imunização

À CPI, Pazuello afirmou que o Brasil figura entre os países que mais imunizaram no mundo. “Ficamos atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia”, disse.

“A informação visa a confundir. Não faz sentido comparar números absolutos. O que importa é imunização percentual, ou seja, quantos por cento da população receberam a vacina. Além disso, começamos a vacinar no final de janeiro, quando poderíamos ter começado em dezembro do ano passado, como tantos países conseguiram. Nosso ritmo é um dos mais lentos do mundo”, avalia o senador.

Atuação da cloroquina

O ex-ministro da Saúde também declarou que a cloroquina “é um antiviral e um anti-inflamatório conhecido pelo Brasil”. “Pelo menos é o que me é trazido, eu não sou médico”, acrescentou.

“A cloroquina não é um antiviral nem um anti-inflamatório, e sim um antimalárico, utilizado no combate ao plasmódio da malária, que é um protozoário”, pontuou Renan.

Na sessão, o senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, também advertiu Pazuello.

Cloroquina contra o zika vírus

Sobre o remédio, Pazuello também afirmou que em 2016, na crise do zika vírus, a cloroquina foi utilizada e colocada como protocolo pelo Ministério da Saúde. “Cloroquina em altas doses – isso para grávidas”, reforçou.

Segundo o relator, “nunca houve administração de cloroquina para pacientes contaminados pelo Zika vírus”.

“Iniciou-se uma pesquisa em ratos, com resultados que não se replicaram em humanos. Por isso, a pesquisa foi interrompida. Além disso, o zika vírus não é semelhante ao coronavírus. A afirmação servia para confundir, para tentar passar uma ideia de versatilidade à cloroquina e, assim, tentar justificar seu uso para outras doenças”, afirmou Calheiros.

Impeditivos legais para a vacina

O relator também questiona a declaração de Pazuello de que o governo não teria como comprar a vacina da Pfizer sem a autorização do Congresso.

Renan destaca que, à época das primeiras tratativas, o então ministro e o presidente reclamavam das cláusulas da Pfizer, mas não citavam a necessidade de uma lei.

“Ao contrário, retiraram esse dispositivo do anteprojeto da Medida Provisória 1.026. Vossa Excelência disse que não sabe por que o governo fez isso e que não foi decisão do ministério. Ainda assim, afirma que a Presidência não tinha ingerência sobre sua gestão. A alteração legislativa veio de um projeto do Senado. O governo, que tinha a iniciativa legislativa, nada fez”, pontua o relator.

CoronaVac

Pazuello disse que Jair Bolsonaro “nunca” determinou que ele desfizesse qualquer contrato ou acordo com o Instituto Butantan para a aquisição da CoronaVac. “Nunca houve a ordem” (…) “Uma postagem na internet não é uma ordem”, afirmou.

Em outubro, o próprio presidente afirmou, porém, que havia mandado cancelar o protocolo de intenções. “O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós”, disse Bolsonaro.

À CPI, o ex-ministro disse que a declaração não representava uma ordem de cancelamento, mas somente uma “posição política”.

“O Presidente do Butantan, Dimas Covas, antes mesmo do depoimento de Vossa Excelência, fez questão de enviar ofício para esta Casa, afirmando que, após a contraordem do Presidente da República, em outubro de 2020, houve uma completa paralisação do processo de negociação, só sendo realmente assinado em 7 de janeiro de 2021”, escreveu Renan.

Tratamento precoce

Apesar de o ex-ministro ter dito que não haveria a possibilidade de o Ministério da Saúde interferir na execução das ações de estado da saúde, o relator apontou que Pazuello, em evento com Bolsonaro no dia 11 de janeiro, confirmou a atuação pelo tratamento precoce.

“Você entrou com o tratamento precoce em Manaus, não entrou?”, perguntou Bolsonaro ao então ministro.

“Já está funcionando com a nova gestão”, respondeu Pazuello.

Colapso no oxigênio

Sobre o colapso do oxigênio hospitalar em Manaus, Pazuello afirmou que ele fora alertado da situação apenas na noite do dia 10 de janeiro. Ele reforçou ainda que no dia 13 de janeiro houve uma queda de 20% na demanda e no consumo e que no dia 15 o estoque voltou a ser positivo.

Renan pontuou que faltou oxigênio em Manaus por mais de 20 dias.

“Ofício que a Advocacia-Geral da União enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) em janeiro afirma que o governo federal sabia do “iminente colapso do sistema de saúde” do Amazonas dez dias antes de a crise estourar e faltar oxigênio para pacientes no estado”, disse o relator.

Covax Facility

Já sobre a adesão da menor quantidade de doses de vacina oferecida pelo consórcio Covax Facility, o ex-ministro disse que “estar presente no consórcio era mais importante” do que a aquisição de um número elevado de imunizantes no primeiro momento.

Ele reforçou que se houvesse uma aceleração de entrega, seria possível comprar mais vacinas em um segundo momento.

“A informação não condiz com a realidade. O consórcio era capitaneado pela OMS, praticamente todos os países já haviam aderido e o Brasil, naquele momento, não tinha perspectiva de outras contratações que justificasse a reserva de valor tão pequeno de doses da vacina”, ressaltou Renan.

Veto à Pfizer

O ministro afirmou que órgãos de controle, entre eles o Tribunal de Contas da União (TCU), deu orientação contrária à assinatura do contrato de compra de vacina da Pfizer.

Após a declaração, o TCU publicou nota de esclarecimento dizendo que “nenhum de seus ministros se posicionaram de forma contrária à contratação da empresa Pfizer”.

Produção de cloroquina pelo Exército

Segundo Renan, Pazuello “afirmou desconhecer que a produção de cloroquina para Covid pelo Exército tenha passado pelo Ministério da Saúde”.

Para o relator, o “Ministério da Defesa informou textualmente que foi o Ministério da Saúde que determinou a produção de cloroquina pelo Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército”.

Pressão pró-cloroquina

Pazuello disse na CPI que não sofreu pressão do presidente Jair Bolsonaro para estimular o uso de cloroquina. Renan lembrou que os dois antecessores de Pazuello, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, afirmaram que sofreram pressão. Para Renan, é “inverossímil” que o mesmo não tenha acontecido com Pazuello.

“Contraditoriamente, o depoente quis convencer a Comissão de que ele, justamente o único que não tinha qualquer formação médica, foi o único que não sofreu qualquer pressão, orientação ou determinações do Presidente da República. Essa declaração é absolutamente inverossímil considerando os outros depoimentos e as condições de sua chegada ao ministério”, afirmou Renan.

Plano de contingência

O relator contesta relatos de Pazuello sobre o plano nacional de contingência contra a pandemia.

De acordo com o Renan, diante dos resultados “pífios” do plano e de uma cobrança do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministério, em vez de melhorar a execução, trocou palavras no projeto para facilitar a meta. Onde havia, por exemplo, a palavra “garantir”, entrou “apoiar”.

“O depoente não explicou por que foi feita alteração do normativo após a notificação do TCU, tendo ficado claro que o movimento foi para driblar as ordens da autoridade de controle. Evidentemente o TCU não se deixou enganar e já está investigando a manobra”, explicou Renan.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição