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Saúde

STF acolhe pedidos de SP e MA e manda ministério pagar leitos de UTI covid

A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), acolheu pedido feito pelas Procuradorias do Estado do Maranhão e de São Paulo e determinou que o Ministério da Saúde volte a financiar leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) dos dois estados destinados a pacientes com covid-19. A liminar foi concedida ontem, e a intimação das partes ocorreu hoje.

“Intime-se a ré para imediato cumprimento. Intimem-se, simultaneamente, as partes, para que, no prazo de cinco dias, se manifestem sobre o interesse no encaminhamento dos autos à Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal”, determina a ministra nas duas decisões.

O pedido do governo do Maranhão foi o primeiro, feito no dia 8 de fevereiro, questionando o porquê de o governo federal interromper a habilitação e custeio desses leitos em dezembro — o que deixou o pagamento integralmente a cargo do governo do estadual. O pedido paulista foi feito dois dias após o do Maranhão no STF.

Agora, com a liminar, os estados devem “juntar aos autos protocolos trocados com Ministério da Saúde sobre a renovação ou novas propostas de habilitação de leitos de UTI da covid-19.”

“Fica evidenciado que não se cuida de um ‘favor’, e sim de um direito dos estados e um dever do governo federal, segundo a Constituição e legislação do SUS”, afirmou o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B) sobre a liminar.

A ação

Segundo a ação cível originária do Maranhão, em dezembro de 2020, dos 20.770 leitos então em uso no Brasil, 12.003 estavam habilitados, ou seja, contavam com o financiamento do Ministério da Saúde.

“Em janeiro/2021, esse número reduziu para 7.017 e em fevereiro será de apenas 3.187, exatamente no momento em que se constata alta crescente no número de casos por todo o país e a vacinação ainda é incipiente para causar qualquer efeito de diminuição de casos”, diz o pedido.

No caso do Maranhão, em 2020 o Ministério da Saúde havia habilitado 216 leitos exclusivos para covid-19. Todos foram desabilitados em dezembro.

O governo estadual afirma que solicitou ao Ministério da Saúde a habilitação imediata de 119 leitos, o que foi recusado. Depois, em janeiro, a solicitação foi feita novamente, sem receber resposta.

Hoje, dos 268 leitos exclusivos para covid-19 em funcionamento na rede estadual, nenhum está habilitado pelo Ministério da Saúde.

No caso de São Paulo, o STF determina o custeio de 3.258 leitos de UTI que tiveram verba cortada pelo ministério.

Segundo a ação da procuradoria paulista, em dezembro, o governo federal mantinha pagamento para 3.822 leitos de UTI, e esse ano passou a pagar pelo funcionamento de apenas 564.

*Com informações do Uol

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Saúde

MP junto ao TCU pede suspensão de compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu nesta sexta-feira à corte a “imediata suspensão” do contrato assinado na véspera pelo Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos, fabricante do imunizante indiano Covaxin no Brasil, que prevê a compra de 20 milhões de doses da vacina contra Covid-19 entre março e maio.

Em representação enviada ao TCU, o subprocurador-geral do TCU Lucas Furtado contestou o fato de que, mesmo sem autorização da Anvisa para realizar estudos clínicos de fase 3 no Brasil, o governo firmou um contrato de 1,614 bilhão de reais para a compra de uma vacina que não têm eficácia comprovada para aplicação no país. O MP junto ao TCU é uma carreira específica dentro da própria corte.

Furtado disse que tem alertado em oportunidades anteriores que o governo federal e o ministério têm “dado as costas para as recomendações técnicas da comunidade científica e de respeitadas instituições internacionais baseadas em criteriosos estudos”.

“A aquisição de vacinas ainda não testadas atrasa ainda mais a vacinação dos brasileiros e coloca em risco da vida de milhões, no momento em que enfrentamos a pior fase da doença, com o recorde de mortes diárias atingido recentemente. Cabe notar que, no momento, temos opções de vacinas!”, disse.

“Em detrimento da aquisição de imunizantes que não possuem comprovações científicas, o certo é aplicar os recursos públicos de forma eficiente e buscando a efetividade na proteção dos brasileiros”, emendou.

Em nota, o Ministério da Saúde informa que “a aquisição da Covaxin permitirá assegurar e ampliar ainda mais a estratégia de vacinação dos brasileiros contra a covid-19. A aplicação das vacinas, como a de qualquer imunizante incorporado ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), está condicionada à prévia obtenção de registro ou de autorização para uso emergencial pela Anvisa”.

A pasta do governo federal também pontua que “o pagamento pelo Ministério da Saúde a cada fornecedor de vacina também está condicionado à obtenção de autorização da Anvisa para uso do imunizante”.

Desconfiança na Índia

A própria Índia tem enfrentado dificuldades para convencer seus profissionais de saúde e de linha de frente a tomar a Covaxin, cuja aprovação sem dados de eficácia de estágio final foi controversa.

O país tem o segundo maior número de infecções por Covid-19 do mundo, depois dos Estados Unidos, com casos surgindo recentemente à medida que o uso de máscaras diminui e os Estados diminuíram as medidas de distanciamento social. A falta de confiança na vacina do país pode impedir a Índia de cumprir sua meta de vacinar 300 milhões do total de 1,35 bilhão de habitantes até agosto.

A Índia já vacinou mais de 10,5 milhões de profissionais de saúde e de primeira linha desde o início de sua campanha de imunização em 16 de janeiro. Mas apenas 1,2 milhão, ou cerca de 11%, deles tomaram a Covaxin, a vacina desenvolvida localmente pela Bharat Biotech, enquanto os 9,4 milhões restantes usaram a vacina da AstraZeneca, de acordo com a plataforma online Co-Win do governo usada para acompanhar a campanha de vacinação.

Inspeção

Em outra frente, a Anvisa informou nesta sexta que vai inspecionar a partir da próxima semana instalações da empresa Bharat Biotech, na Índia. Os cinco servidores designados para a missão já se encontram em deslocamento para a Índia, onde devem chegar na noite de desta sexta, pelo horário de Brasília.

O pedido de inspeção havia sido apresentado no último dia 13 de fevereiro e a Anvisa e o laboratório acertaram na época a realização da inspeção para os primeiros dias de março.

A inspeção tem por objetivo avaliar e emitir o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF), que é documento obrigatório para o processo de registro de vacinas e as missões para verificação da linha de produção dos produtos são realizadas a pedido das empresas interessadas na regularização.

“Até o momento não foi apresentado à Anvisa pedido para realização de estudos clínicos nem para autorização de uso emergencial da vacina Covaxin, produzida pela empresa Bharat Biotech”, disse a agência.

Na prática, segundo uma fonte envolvida nas tratativas, o ministério poderia até comprar essas vacinas, mas não poderá administrá-las no momento na população sem o aval da Anvisa.

No Congresso tramitam propostas legislativas que flexibilizam as exigências para imunizantes aprovados fora do Brasil.

O governo tem dito que vai ampliar a oferta de vacinas contra Covid para a população, embora, até o momento, somente a CoronaVac e o imunizantes da AstraZeneca-Oxford estejam autorizados para uso emergencial em grupos prioritários.

A Anvisa concedeu nesta semana o registro para uso amplo da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer com a alemã BioNTech, mas o governo ainda não conseguiu concluir as negociações para a aquisição desse imunizante.

Com informações do Uol

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Miguel Nicolelis: ‘Há grande chance de um colapso nacional. A população precisa acordar para a dimensão da nossa tragédia’

Efeitos ‘sincronizadores’, como o carnaval, fizeram com que a alta de contágio abalasse todas as regiões, num efeito dominó, diz especialista.

Desde dezembro, o médico, neurocientista e professor catedrático da Universidade de Duke (EUA) Miguel Nicolelis vê o colapso se aproximar no horizonte da pandemia. Alertou autoridades e orientou as medidas a serem tomadas, em especial um necessário lockdown. Na semana passada, deixou a coordenação do Comitê Científico do Consórcio Nordeste para a Covid-19.

O agravamento da pandemia da Covid-19 vem levando os sistemas hospitalares de diversos estados ao colapso, de Norte a Sul do país.

No dia em que o país registrou o pior número de mortos em 24 horas de toda a pandemia (foram 1.582 óbitos registrados em apenas um dia, com recorde também na média móvel de mortes, que ficou em 1.150), Nicolelis conversou com O GLOBO e defendeu a necessidade de um lockdown nacional por 21 dias.

Só isso, diz, pode evitar o colapso simultâneo da saúde (e depois funerário) em praticamente todo o país: “A população precisa acordar para a dimensão da nossa tragédia”.

O senhor deixou o Comitê Científico do Nordeste. A principal razão apontada pela imprensa foi a relutância dos governos em adotar o lockdown. É isso?

Saí porque fiz o que tinha que fazer, criei estrutura, implementei procedimentos, elaboramos todas as recomendações possíveis da ciência, e agora está tudo lá na mesa dos gestores. Avisamos em 18 de dezembro que a situação ia ficar crítica. Tudo o que foi pedido foi realizado, e o resultado foi melhor do que eu esperava, mas a gente quando é cientista sabe que chega a hora que fez o que podia fazer. Minha missão foi cumprida, deixei minha vida de lado para achar as melhores formas de combater a pandemia no Brasil.

O senhor disse que São Paulo é a próxima peça no dominó a cair. Como avalia as situações dos estados brasileiros?

Santa Catarina anunciou que colapsou, o Rio Grande do Sul está dramático, o triângulo mineiro colapsou. Belo Horizonte teve dois lockdowns que provocaram queda importante nas internações e mortes, mas o sul do estado, não. Sabe aquele jogo de dominó em quem uma peça cai depois da outra? Foi a metáfora que usei.

Existem preocupações na região Norte, Rondônia já foi, Mato Grosso, o próprio Distrito Federal, São Paulo tem menos de três semanas de reservas de leitos de UTI — o que, para a cidade que é a capital de medicina brasileira, é assustador. Ultrapassamos o recorde de internações. No Estado do Rio, a letalidade é recorde no Brasil. O Nordeste ficou com o menor índice de óbitos por 100 mil nos primeiros 11 meses, mesmo assim o crescimento ainda é o menor, numa região com menos médicos do que a média nacional, menos infraestrutura. Esperava-se que o colapso ficasse restrito à região Norte. É surpreendente que o Sudeste tenha se saído tão mal.

Ou seja, o colapso está ocorrendo de Norte a Sul. Como chegamos a essa situação?

Diferentemente da primeira onda, quando foi cada estado num tempo, surgiram efeitos sincronizadores como eleição, festas de fim de ano, carnaval. Agora, tudo está explodindo ao mesmo tempo. Isso significa que não não tem medicação, não tem como intubar, não vai dar para transferir de uma cidade para outra, não vai ter como transferir para lugar nenhum. A consequência do colapso de saúde é o colapso funerário. Cientistas não olham só o presente, mas olham o futuro, enquanto o político está pensando no hoje, em como resistir à pressão do setor X para não fechar, a despeito das mortes.

Como vê esse futuro?

Eu estou vendo a grande chance de um colapso nacional. Não é que todo canto vá colapsar, mas boa parte das capitais pode colapsar ao mesmo tempo, nunca estivemos perto disso. Se eliminar o genocídio indígena e a escravidão, é a maior tragédia do Brasil. A ausência de comando do governo federal é danosa. Isso é uma guerra. Em outros países essa é a mensagem que foi dada, veja a China. É curioso ver que no mundo ocidental exista dificuldade de transmitir essa mensagem da gravidade. Em Israel, metade da população foi vacinada no meio de um lockdown, e Israel é um país que entende o que é uma guerra. Adotaram discurso de salvação nacional, a mobilização foi total.

Além da falta de gestão, a população também deixou de se mobilizar?

Eu tenho me perguntado muito: qual é o valor da vida no Brasil? Que valor os políticos dão para a vida do cidadão se não fecham as atividades num lugar com 100% de ocupação dos leitos? Ter que preservar a economia é não só uma falsidade econômica como demonstra completa falta de empatia com a vida das pessoas. O que mais me assusta é o pouco valor à vida. Os políticos são o primeiro componente, mas a sociedade também. Porque, quando alguém vai a uma festa clandestina de fim de ano, de carnaval, se aglomera numa balada ou à beira do campo de futebol, não compromete só sua saúde, mas a vida dos seus familiares, seus vizinhos e das pessoas que nem conhece. Nossa sociedade em algum momento perdeu a conexão com o quão irreparável é a vida.

O pessoal fala que daqui a um ano vai estar tudo certo, em 2022 vai ter carnaval. Do jeito que a carruagem está andando, a perda de vidas pode chegar ao dobro daqui a um ano. E tudo isso num país que tem um sistema de saúde conhecido no mundo, capilarizado, que tem tradição de campanhas de vacinação. Ninguém esperava que o Brasil fosse ter uma performance tão baixa. Poderíamos estar vacinando 10 milhões, mais do que qualquer país. É como uma tragédia grega, mas é brasileira, que alguém vai contar um dia. Porque ela é épica, como a derrota dos troianos.

O lockdown é a resposta?

O Brasil precisaria de um lockdown nacional, com uma campanha de comunicação, porque a gente precisa da colaboração da população. A população precisa acordar para a dimensão da nossa tragédia. Nessa altura, essas medidas de restrição de horário não têm efeito, porque o grau de espalhamento é tão enorme que se compensa durante o dia, quando as pessoas vão aos restaurantes, shoppings, pegam transporte lotado, não funciona.

A consequência da perda de meio milhão de pessoas não dá nem para imaginar. Sem gente não tem economia, ninguém produz, ninguém consome. É inconcebível.

É possível impedir essa catástrofe?

Tem saída, mas tem que mudar tudo. Ainda dá tempo de reverter. Estou propondo a criação de uma comissão de salvação nacional, sem Ministério da Saúde, organizado pelos governadores, para resolver a logística. É uma guerra, quando vamos bater de frente com o inimigo de verdade? O Brasil é o maior laboratório a céu aberto para ver o que acontece com o vírus correndo solto. Em segundo lugar, um lockdown imediato, nacional, de 21 dias, com barreiras sanitárias nas estradas, aeroportos fechados. E depois ampliar a cobertura, usando múltiplas vacinas. Não dá para ficar discutindo, assina o contrato e vai em frente, deixa para depois, estamos falando da vida de 1.500 pessoas por dia, são 5 boeings caindo. Vacinação, vacinação, vacinação, testagem e isolamento social. Não tem jeitinho numa guerra. Estamos diante de um prejuízo épico, incalculável, bíblico.

*Do Globo

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Saúde

Butantan: Ministério da Saúde ignorou oferta em julho de 160 milhões de doses da CoronaVac

O Ministério da Saúde ignorou uma oferta feita em julho do ano passado para o fornecimento de 160 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, disse hoje o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado, Covas disse que a oferta foi reiterada nos meses de agosto, outubro e dezembro novamente sem resposta por parte da pasta.

“Vamos colocar a responsabilidade em quem tem responsabilidade. Estão aqui os ofícios que foram encaminhados ao Ministério da Saúde ofertando vacinas. O primeiro em 30 de julho de 2020. Ofertamos nessa oportunidade 60 milhões de doses de vacinas prontas para entrega ainda em 2020 e 100 milhões para serem entregues em 2021. Não tivemos resposta”, disse Covas enquanto mostrava uma apresentação com a imagem dos ofícios.

“Fizemos novos ofícios com o mesmo teor em agosto, em outubro e em dezembro. Não tivemos resposta. A resposta saiu com a assinatura do contrato no dia 7 de janeiro”, acrescentou.

O contrato assinado entre o Butantan e o Ministério em janeiro prevê a entrega de 46 milhões de doses da CoronaVac até abril, com a opção, exercida pela pasta em fevereiro, de mais 54 milhões de doses da vacina.

Na manhã de hoje, o ministério disse que manifestou ao Butantan a intenção de comprar mais 30 milhões de doses entre outubro e dezembro. Procurado, o Butantan disse que está analisando a manifestação.

A declaração de Covas foi uma resposta à manifestação na véspera do secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, que atribuiu ao Butantan o atraso na entrega de doses da vacina aos Estados e municípios.

Covas reiterou que o Butantan já entregou 9,8 milhões de doses da CoronaVac ao Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde e que, além da CoronaVac, há apenas 2 milhões de doses importadas prontas da vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford no PNI.

Ele disse que o envase da vacina pelo Butantan foi atrasado pela demora na chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA) vindo da China, que deveria ter chegado em janeiro, mas acabou chegando somente no início de fevereiro, o que impactou as entregas previstas para este mês.

O atraso na chegada do IFA, de acordo com Covas, aconteceu devido aos problemas diplomáticos do governo do presidente Jair Bolsonaro com a China e à demora na decisão do ministério de adquirir doses da CoronaVac.

Ele disse ainda que o Butantan iniciará na terça-feira a entrega escalonada de mais 3,4 milhões de doses e que já tem IFA para totalizar a entrega de 27,1 milhões de doses da vacina até o final de março.

A partir daí, o Butantan depende da importação de mais IFA para chegar a 46 milhões de doses entregues até o final de abril e a 100 milhões de doses até agosto.

Também presente na entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), reiterou informação dada em entrevista exclusiva à Reuters no início deste mês de que autorizou o Butantan a comprar mais 20 milhões de doses da CoronaVac a partir de setembro para serem usadas no Estado de São Paulo, caso faltem doses no PNI.

Procurado, o Ministério da Saúde não comentou de imediato as declarações do presidente do Butantan.

*Eduardo Simões/Uol

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Pazuello nomeia defensor do eletrochoque para a área da Saúde Mental

A publicação no Diário Oficial da União foi assinada pelo ministro Eduardo Pazuello.

O Ministério da Saúde nomeou o psiquiatra Rafael Bernardon Ribeiro para o cargo de coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, da Secretaria de Atenção Primária à Saúde. O médico é defensor das terapias com eletrochoque.

A publicação no Diário Oficial da União foi assinada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta quinta-feira (18).

Em uma entrevista feita ao Canal da Psiquiatria, em 2013, o médico chegou a dizer que o tratamento com eletroterapia havia virado o seu mantra.

“A eletroconvulsoterapia é um tratamento utilizado na medicina desde 1938, ele persiste justamente por ser muito bom. Tem uma resposta na ordem de 90%, o paciente tem algum benefício em 9 a cada 10 casos tratados”.

Segundo o médico, o procedimento deve ser realizado em casos mais graves. “São justamente em casos mais graves que não tem nenhuma resposta a nenhum medicamento em geral em mais de três, quatro, cinco tentativas combinadas ou não”, disse.

Segundo consta em seu currículo, o médico já foi consultor do Ministério da Saúde de novembro de 2018 a dezembro de 2019. Além disso, foi coordenador adjunto na Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas da pasta de novembro de 2017 a julho de 2018.

Ele também atuou como assessor técnico na área de Saúde Mental do governo de São Paulo de abril de 2012 a dezembro de 2018.

Atualmente, atua em tempo integral como diretor técnico do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

*Raquel Lopes/Folha

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Manaus: Hospitais militares fazem reserva e 72% de leitos de covid ficam vagos

Hospitais das Forças Armadas no Amazonas estão com mais da metade dos leitos para a covid-19 vagos, à espera de eventuais adoecimentos de militares ou familiares.

Enquanto isso, o estado enfrenta um colapso sem precedentes, com transferência de doentes para outros estados e fila de espera desde o dia 6 de janeiro.

Nesta quarta, segundo boletim da Secretaria da Saúde do Amazonas, 84 dos 116 leitos (ou 72,4% do total) destinados para pacientes de covid-19 estavam livres nos hospitais militares. Enquanto isso, 278 pacientes aguardavam na fila oficial: 217 em Manaus e 61 no interior.

O estado não fez um pedido formal para usar esses leitos. Já as Forças Armadas dizem que o benefício não é “um privilégio infundado”, há custeio com contribuições dos militares e o uso indevido “prejudica a segurança” (leia mais abaixo).

Manaus possui dois hospitais das Forças Armadas: o Hospital da Aeronáutica e o Hospital Militar de Área de Manaus, além de uma Policlínica Naval.

A partir de 6 de janeiro, o estado passou a não ter capacidade de internar todos os doentes de covid-19. Uma fila de espera surgiu em leitos públicos e privados.

No dia 29 de janeiro, a espera atingiu o ápice, com 509 pessoas aguardando vaga. Nesse mesmo dia, os hospitais militares tinham 52 leitos clínicos livres.

O governo passou a transferir doentes mais graves. Desde 15 de janeiro, 529 pessoas foram levadas a outros estados e ao Distrito Federal —37 delas morreram e 173 se recuperaram. Os demais continuam o tratamento longe de casa.

Defesa: Reserva para segurança dos militares

O Ministério da Defesa afirmou ao UOL que os leitos estão vazios para internar militares caso adoeçam e não sinalizou com a possibilidade de ceder vagas ao SUS (Sistema Único de Saúde).

“Estes [leitos] constituem reserva técnica para garantir a saúde do pessoal militar e, assim, assegurar a possibilidade de seu restabelecimento para o pleno e pronto emprego das Forças Armadas”, disse.

Ainda de acordo com o ministério, os hospitais têm um “rol delimitado de beneficiários” e “o sistema de saúde das Forças Armadas é parcialmente custeado com recursos privados dos militares e de seus dependentes”.

“O desvio indevido de seu uso prejudica as funções militares ou a segurança do militar, que tem o dever e a coragem de arriscar sua vida com a certeza de que terá um atendimento médico rápido e eficiente quando necessitar. Ao contrário do SUS, o sistema de saúde das Forças Armadas não é universal e tampouco dispensa para o seu custeio as contribuições mensais e as indenizações de seus beneficiários.”

“Longe de ser um privilégio infundado, a assistência médico-hospitalar é um direito dos militares calcado nas peculiaridades de suas atividades.”

Não houve pedido para uso, diz estado

A Secretaria de Saúde do Amazonas informou que não fez um pedido oficial para usar leitos dos hospitais militares.

“Não houve pedido nesse sentido até o momento”, disse a pasta em nota. “O Amazonas trabalha em duas frentes para ampliar o atendimento a pacientes de covid-19: transferências para tratamento em outros estados e abertura de novos leitos: 100 de UTI e 250 de leitos clínicos”.

Nas últimas duas semanas, 188 leitos entraram em funcionamento.

Reserva é absurda, diz especialista

Para a sanitarista Bernadete Perez, as atitudes militar e governamental não têm lógica.

“Não tem cabimento transferir doentes sem utilizar toda a capacidade instalada, ainda mais durante uma epidemia com restrição de mobilidade”, diz.

Todo leito das Forças Armadas –bancadas com recurso público– tinha de ser disponibilizado para a população.

Ainda no início da pandemia, entidades solicitaram a criação de uma fila única de leitos, coordenada pelo SUS, como ocorre nos transplantes de órgãos. O Ministério da Saúde não acatou a sugestão.

Em maio, um pedido foi feito para usar leitos desses hospitais no Pará, mas Justiça Federal negou a solicitação.

Também em maio, um projeto de lei do deputado Helder Salomão (PT-ES) chegou a ser apresentado na Câmara para integrar esses leitos ao SUS durante a pandemia, mas ele nem sequer entrou em votação.

*Com informações do Uol

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Nas UTIs não faltam doentes iludidos que tomaram cloroquina em casa

Desde o início da pandemia, a médica Viviane Veiga passa os dias acompanhando pacientes graves (só de covid, foram mais de 800) e fazendo ciência. Coordenadora de UTI da BP — a Beneficência Portuguesa de São Paulo — e presidente eleita da Sociedade Paulista de Terapia Intensiva (Sopati), Viviane coordenou um estudo publicado na semana passada no The British Medical Journal (BMJ).

O trabalho foi realizado pela Coalizão Covid Brasil (grupo formado por grandes hospitais privados que fazem pesquisas sobre a doença). Foram incluídos pacientes de nove centros do país. O objetivo foi analisar o efeito da droga tocilizumabe, atualmente usada para artrite, em doentes com covid em estado grave.

Em entrevista à coluna, Viviane detalha o estudo e fala sobre as pressões que os médicos têm sofrido de familiares de pacientes para que eles prescrevam cloroquina e outras drogas.

Quais foram os resultados do estudo?

O tocilizumabe não se mostrou benéfico nessa população. Além disso, a mortalidade foi maior no grupo que tomou a droga. Quinze dias depois de receber a medicação, houve 11 mortes no grupo que recebeu a medicação contra artrite e duas no grupo tratado de forma convencional. Não houve diferença em termos de causa de óbito. As mortes não parecem estar relacionadas ao uso da medicação.

Existem outras pesquisas com resultados semelhantes?

Outros trabalhos também não encontraram benefícios, mas, no início de janeiro, um grupo do Imperial College anunciou ter feito um estudo que apontou que o medicamento fez diferença. Por enquanto, esse é um pré-print. Os autores jogaram na internet, mas a pesquisa ainda não foi publicada em uma revista científica.

As pesquisas continuam?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) entende que o efeito dessa droga precisa ser mais bem compreendido. É possível que ainda exista espaço para esse medicamento em algum perfil de paciente. Desde dezembro, faço parte de um grupo da OMS que reúne 20 pesquisadores de diversos países que estudam essa droga no contexto da covid. Não adianta ficar usando uma droga cara, de forma indiscriminada, sem ter benefícios.

No estudo feito por vocês com o tocilizumabe, algum dos pacientes tinha usado cloroquina, hidroxicloroquina ou ivermectina?

Em maio, aproximadamente 18% dos pacientes estavam usando hidroxicloroquina no dia da inclusão no estudo. Usaram no hospital ou já tomavam em casa quando foram internados. Hoje o uso de hidroxicloroquina em ambiente hospitalar virou exceção. Apesar da pressão de familiares dos pacientes e de alguns colegas médicos que seguem prescrevendo. Infelizmente, o Ministério da Saúde difundiu o tal “kit covid” e vimos muita apologia ao uso de vitamina C, vitamina D, zinco, ivermectina, nitazoxanida (conhecida como Annita). Não há evidência científica de que essas coisas funcionem contra a covid.

O que você pensa sobre os médicos que prescrevem isso? E sobre as ações do Ministério da Saúde para difundir o uso da cloroquina como um suposto tratamento precoce da covid?

Tudo isso é um enorme desserviço. Com tanto negacionismo e fake news, as pessoas buscam poções mágicas. Ao longo dos meses, vimos o Ministério da Saúde com esse posicionamento de negar a doença e o alto escalão do governo andando no meio da multidão, sem máscara e negando a importância da vacina. O resultado está aí: mais de 210 mil mortos. Será que deveríamos ter deixado chegar a esse ponto?

Qual é a repercussão disso nos hospitais? As famílias dos doentes pressionam os médicos a usar essas drogas?

Os grandes hospitais estão se posicionando em relação ao seu corpo clínico. Mostram o que é a boa prática médica e exigem respeito à evidência científica publicada em literatura. Como coordenadora de UTI, muitas vezes preciso entrar no corpo a corpo com as famílias dos doentes. Elas querem trazer médicos externos, procuram soluções milagrosas. Recebemos pressões, telefonemas em desespero. Explico que faço medicina baseada em ciência. Se houver evidência científica, pratico o que os estudos demonstram. Do contrário, não. Não há estudo sério mostrando benefício. Pelo contrário, há aumento de alterações em eletrocardiograma e exames de fígado.

O que você diz a esses familiares?

Explico que não faltam pacientes nas UTIs que tomaram cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina ou azitromicina em casa e, mesmo assim, adoeceram gravemente. Não podemos nos levar por ideologia e ceder a esse tipo de pressão. Não prescrever a hidroxicloroquina não é uma decisão vinculada a qualquer questão política. Meu vínculo é com a ciência.

Qual é o exemplo que você usa para explicar isso aos familiares de pacientes que seguem iludidos com a história de “tratamento precoce”?

O maior exemplo é Manaus. Os colegas de lá estão vivendo o caos. Lá os pacientes já estavam tomando essas coisas do tal tratamento precoce. E o que aconteceu? Não adiantou nada. Os pacientes estão muito mal. A situação lá é impraticável. Esse é o exemplo mais claro.

Como lidar com tantas falsas alegações de benefício?

A imprensa tem feito um papel muito importante para o esclarecimento do público. A população leiga está sendo bombardeada com alegações sobre medicamentos que basta ir à farmácia e comprar. Em um cenário de pandemia, com os hospitais lotados, é claro que as pessoas vão acreditar e tomar. E ainda há prefeituras e operadoras de saúde mandando essas medicações para a casa das pessoas. Estamos vivendo uma realidade louca.

Para os jornalistas é um pouco frustrante ver que nem sempre a informação é capaz de mudar o comportamento das pessoas. O que é possível fazer para alcançar a mudança necessária?

Precisamos continuar bombardeando as pessoas com informação. Infelizmente, a política foi misturada com ciência de uma forma horrível. Devemos continuar mostrando, batalhando, fazendo o que estamos fazendo para tentar conscientizar as pessoas de várias formas. Nas publicações, nas entrevistas, no ambiente do dia a dia, nos grupos de Whatsapp. Acho difícil que o Ministério da Saúde mude suas condutas neste momento. Cabe a nós continuar a esclarecer a população. De cima para baixo, a informação não virá.

Você já tomou a vacina?

Sim, na semana passada. Foi um dia muito especial porque, além de receber a primeira dose da vacina, nosso estudo foi publicado no The British Medical Journal, depois de um trabalho hercúleo. Teve gente que perguntou por que tomei a CoronaVac, em vez de esperar a vacina da Pfizer. Gente, isso não faz o menor sentido. Sou privilegiada por receber a CoronaVac. É preciso tomar a vacina que estiver disponível. É fundamental imunizar o maior número de pessoas o mais rápido possível.

O pior da pandemia está por vir?

Acho que o pior pode estar por vir. Vejo os números com muita preocupação. São 1.000 mortos por dia. Esse número não diminui. As taxas de ocupação dos hospitais são altas. As equipes de saúde estão completamente fatigadas. Pessoas trabalhando nesse stress há quase um ano. Dar plantão em uma UTI de covid é muito mais difícil do que em uma UTI normal. Os pacientes demandam muito mais atenção, intervenção, cuidados. É impressionante a quantidade de ligações que recebemos diariamente de pessoas que querem ser transferidas para São Paulo. Muita gente com o vírus pegando voo comercial para sair de Manaus. Quantas pessoas não estão sendo infectadas dessa forma?

O que você diria a quem continua andando sem máscara e sem distanciamento social?

Pense no coletivo, olhe para o lado, veja o que está acontecendo. Ligue a televisão, leia o jornal, acesse os sites e veja os números. Covid não escolhe velho, novo, rico, pobre. O vírus está aí no meio de todos nós. Temos que ter empatia e compaixão. Se você está com covid, respeite seu tempo de isolamento. Não vá pegar um voo. Coloque-se no lugar do outro. Pode ser que, daqui um tempo, você esteja precisando de um leito de hospital.

*Cristiane Segatto/Uol

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Lula foi diagnosticado com Covid-19 e fez quarentena em Cuba

Ex-presidente e outras sete pessoas que o acompanhavam pegaram a doença na viagem à ilha.

O ex-presidente Lula foi diagnosticado com Covid-19 no dia 26 de dezembro em Cuba e precisou ficar 14 dias de quarentena no país.

O escritor Fernando Morais, que foi com ele à ilha, chegou a ficar internado, mas já está curado. Eles desembarcaram na quarta (20) no Brasil.

Lula viajou a Cuba para participar de um documentário sobre a América Latina dirigido pelo cineasta norte-americano Oliver Stone.

O petista estava sem sintomas, mas a doença foi detectada pelos exames que ele fez seguindo os protocolos cubanos para viajantes estrangeiros que chegam ao país.

Três dias antes de embarcar, Lula e a comitiva, de mais oito pessoas, fizeram exames de RT-PCR em que a coleta é feita com cotonete pelo nariz.

Um dia depois da chegada, todo o grupo repetiu o teste, que voltou a dar negativo.

Cuba, no entanto, exige que o exame seja refeito depois de cinco dias, já que existe a possibilidade de o RT-PCR não detectar o vírus logo depois da infecção, devido ao período de incubação.

Foi então que se descobriu que, dos nove viajantes, oito estavam contaminados: Lula, a noiva dele, Rosangela da Silva, a Janja, Fernando Morais, o fotógrafo Ricardo Stuckert e mais quatro assessores.

Lula fez uma tomografia que acusou que ele tinha lesões pulmonares compatíveis com Covid-19. Sem sintomas, ele foi encaminhado para uma casa com os outros que testaram positivo. Apenas Fernando Morais foi para o hospital.

Os que apresentaram algum tipo de problema pulmonar, como Lula, tomaram corticóide e anticoagulantes.

Os médicos cubanos receitaram também o imunomodulador Jusvinza a Lula. A droga age sobre substâncias inflamatórias da Covid-19. Seu efeito no combate às reações da doença já entrou no protocolo de estudo de Cuba, que foi seguida por outros países_e deve ser usado com acompanhamento médico rígido.

As pessoas que acompanhavam Lula e que não tiveram lesão pulmonar ativa usaram Interferon cubano, na versão injetável ou nasal. O medicamento também está em protocolo de estudo.

*Tereza Cruvinel/Folha

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Conselho Federal de Medicina pede que Ministério da Saúde retire imediatamente do ar o aplicativo que sugere cloroquina

Plataforma traz prescrição de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma nota nesta quinta-feira (21) em que afirma ter pedido ao Ministério da Saúde a retirada imediata do ar do aplicativo “TrateCOV”. A plataforma permite que profissionais de saúde reportem sintomas e orienta que iniciem o que a pasta chama de “tratamento precoce”, com a prescrição de medicamentos que não têm eficácia comprovada ou são comprovadamente ineficazes contra a Covid-19.

O aplicativo está fora do ar no momento. O Ministério da Saúde informou ao GLOBO que a plataforma “foi lançada como um projeto-piloto e não estava funcionando oficialmente, apenas como um simulador. No entanto, o sistema foi invadido e ativado indevidamente – o que provocou a retirada do ar, que será momentânea.”

O CFM afirma que após uma análise feita por conselheiros e assessores técnicos e jurídicos sobre o aplicativo, alertou o Ministério da Saúde sobre inconsistências na ferramenta.

Segundo a nota do conselho, o aplicativo não preserva adequadamente o sigilo das informações, permite seu preenchimento por profissionais não médicos e assegura a validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento internacional.

A ferramenta também induz à automedicação e à interferência na autonomia dos médicos e não deixa clara a finalidade do uso dos dados preenchidos pelos médicos assistentes, alerta o CFM.

A bancada do PSOL na Câmara protocolou na tarde desta quarta-feira (20) uma representação contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por conta da disponibilização do TrateCOV. Na representação o partido pede que o ministro seja enquadrado nos crimes de improbidade administrativa e de responsabilidade por conta da ferramenta TrateCOV. O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) também entrou com uma ação na 5ª Vara Federal Civil do Distrito Federal pedindo a suspensão da plataforma.

Leia a íntegra da nota:

“ESCLARECIMENTO À IMPRENSA

Após análise feita por conselheiros e assessores técnicos e jurídicos sobre o aplicativo TrateCov, recém lançado para auxiliar as equipes na coleta de sintomas e sinais de pacientes possivelmente infectados pela covid-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) alertou ao Ministério da Saúde sobre as seguintes inconsistências na ferramenta:

• Não preserva adequadamente o sigilo das informações;

• Permite seu preenchimento por profissionais não médicos;

• Assegura a validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento internacional;

• Induz à automedicação e à interferência na autonomia dos médicos;

• Não deixa claro, em nenhum momento, a finalidade do uso dos dados preenchidos pelos médicos assistentes.

Diante do exposto, o CFM pediu ao Ministério da Saúde a retirada imediata do ar do aplicativo TrateCov.

Brasília, 21 de janeiro de 2021.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA”

*Com informações de O Globo

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Saúde

Enfim, a vacina: Anvisa aprova as vacinas ConoraVac e Oxford

Anvisa forma maioria para liberar vacinas contra a Covid-19. Dos cinco votos, três foram favoráveis, contando com o da Relatora da Anvisa que dá voto a favor do uso emergencial das vacinas Coronavac e Oxford.

Guiada pela ciência e pelos dados, a equipe de servidores da Anvisa concluiu que os benefícios da vacina superam seus riscos — disse a diretora, antes de aplaudir o trabalho realizado pela equipe técnica da Anvisa.

A diretora afirmou que ainda há incertezas que devem ser ressalvadas, mas frisou que os benefícios dos fármacos superam os riscos.

Ressalvadas algumas incertezas ainda existentes, os benefícios conhecidos e potenciais das duas candidatas superam os riscos conhecidos de cada uma delas. Entretanto, ambas atendem aos critérios de qualidade para uso emergencial — afirmou a diretora.

O segundo a votar, o diretor da Anvisa Romison Mota, também se posicionou a favor da liberação do uso emergencial das vacinas do Butantan e Fiocruz, seguindo o voto da diretora e relatora Meiruze Sousa Freitas.

O terceiro a votar, o diretor da Anvisa Alex Machado Campos também se posicionou a favor do uso emergencial das vacinas do Butantan e Fiocruz.

No voto, ele citou o grave cenário de pandemia e “indicativo de colapso” na rede de saúde como fatores que levam à aprovação. Disse também que os benefícios dos imunizantes superam os riscos.

Com a decisão da Anvisa, a vacina de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e a capitaneada pela Fiocruz, e a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, poderão ser aplicadas em grupos específicos a partir do momento que os laboratórios produtores forem comunicados da decisão.

*Da redação

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