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Saúde

São Paulo chega a 679 óbitos diários por covid e médico prevê recorde em ‘alta escala’ nesta terça no Brasil

O estado de de São Paulo ultrapassou a marca das 600 mortes diárias por Covid-19 e bateu um novo recorde.

Foram registrados 679 óbitos por causa da doença nas últimas 24 horas.

O recorde anterior tinha sido na sexta (12), com 521 mortes. A escalada de casos tem sido assustadora. No mês passado, o número ficava abaixo das 400 vítimas fatais.

Os números chocam quando comparados aos do ano passado: no dia 20 de agosto de 2020, exatamente 679 pessoas morreram —mas em todo o Brasil.

Ou seja, só em São Paulo estão morrendo hoje diariamente um número de pessoas equivalente ao de todo o país no ano passado.

O médico João Gabbardo, que coordena o Centro de Contingência do Coronavírus em SP, postou em seu Twitter uma mensagem nesta terça (16) afirmando que o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, “quando assumir vai se deparar com os piores números da pandemia. Recorde de óbitos hoje será em alta escala”. Ele criticou as falas do novo comandante da Saúde, que descartou a possibilidade de lockdown (confinamento) no país.

O salto em São Paulo foi de 28,2% de uma semana para a outra.

A taxa de ocupação hoje de UTIs no estado é de 89%. Na região metropolitana, ela chega a 90%.

A situação segue crítica mesmo depois da abertura de 1.118 novos leitos nos últimos dez dias –cerca de 700 deles destinados às UTIs.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na segunda (15) que não descarta endurecer ainda mais as restrições no estado para conter o avanço da Covid-19 caso a atual fase emergencial não dê resultados. Segundo Doria, a fase mais aguda de restrições seria um lockdown (confinamento).

O governador não especificou como seria o confinamento em São Paulo e disse que as decisões são tomadas pelo Centro de Contingência do Coronavírus, formado por mais de 20 médicos e cientistas.

“Não hesitaremos em adotar todas as medidas que forem necessárias para proteger a população de São Paulo. A população precisa seguir as orientações dos médicos para se protegerem, ficarem em casa e respeitarem esse período da fase emergencial para que não tenhamos que adotar restrições mais duras se tivermos recrudescimento dos índices de infecção no estado”, afirmou o governador.​

*Mônica Bergamo/Folha

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Saúde

Com alta de internações, Paraná está em busca de cilindros de oxigênio

Cervejarias locais paralisam produção para emprestar equipamento e Procuradoria pede retomada do lockdown.

Com a escalada das internações por Covid-19, o Paraná começa a enfrentar problemas no fornecimento de cilindros de oxigênio, principalmente nas redes municipais da região oeste do estado. A elevada demanda por medicamentos para intubação é outro desafio para as autoridades locais.

Na semana passada, cervejarias da região chegaram a paralisar as operações para emprestar cilindros para a rede municipal de Clevelândia, a 400 quilômetros de Curitiba. A campanha foi iniciada pela cervejaria local Insana e ganhou a adesão de outros produtores locais.

“Estamos entregando todos os nossos cilindros de oxigênio disponíveis e pedimos que, se você tem algum cilindro disponível, também realize uma doação”, escreveu a cervejaria em publicação no Facebook destinada a outros cervejeiros, na qual anuncia a interrupção temporária de suas operações.

No texto, a cervejaria fala em cinco mortes por falta de oxigênio na cidade, mas o governo do estado diz ainda não ter sido notificado de óbitos provocados pela falta do insumo. A Folha não conseguiu contato com a prefeitura de Clevelândia até a publicação desse texto.

O diretor-geral da Secretaria de Estado de Saúde, Nestor Werner, diz que a situação é diferente da verificada em Manaus no início do ano, mas ainda assim é um cenário preocupante. “A princípio, não tem problema de produção de oxigênio”, afirma. “O problema é com os cilindros.”

Segundo ele, os produtores de oxigênio que operam no estado já garantiram que conseguem atender ao aumento da demanda e os grandes hospitais de referência no tratamento da Covid-19 têm produção própria. Mas, com o aumento no atendimento em unidades hospitalares de menor porte, criou-se um problema logístico no interior.

“Como o consumo de oxigênio é cada vez maior, não há quantidade suficiente de cilindros para que a reposição seja feita no tempo necessário”, diz. O problema começou a ser sentido no último mês quando, segundo Werner, o consumo de oxigênio em unidades de menor porte cresceu até 600%.

Na semana passada, o Paraná tinha a maior fila de espera por leitos do país, com 1.185 pessoas espetando por uma vaga na quarta (10), alta de 25 vezes em relação há um mês. Em boletim divulgado neste domingo (14), o estado contabilizava 756.604 casos confirmados e 13.478 mortes por Covid.

A taxa de contaminações é maior na região Oeste. Na área da nona Regional de Saúde do estado, onde estão Foz do Iguaçu e outros oito municípios, 10,5% da população já foi contaminada, índice bem superior à média do estado, de 6,5%.

A prefeitura de Cascavel, 500 quilômetros a oeste de Curitiba, diz que ainda não sofreu desabastecimento, mas que acompanha com preocupação a evolução do consumo e os riscos de impactos no abastecimento.

“É evidente que a demanda por oxigênio gasoso vem aumentado em todo o país e que as empresas do ramo não estão encontrando no mercado cilindros para atender esse aumento repentino”, disse o gerente de Divisão da secretaria de Saúde do município, Andrey Ferrucci, em nota enviada à Folha.

Segundo ele, a prefeitura está ampliando as redes de gases das três Unidades de Pronto Atendimento e do Hospital de Retaguarda do Município para que pacientes que se encontram nos corredores passem a usar oxigênio líquido, ao invés dos cilindros.

Werner diz que o governo do estado já informou o Ministério da Saúde sobre as dificuldades com cilindros e que vem negociando com a indústria local o empréstimo dos equipamentos para enfrentar a crise. “Estamos tentando fazer ação articulada com grandes produtoras de bebidas, por exemplo.”

Segundo ele, os municípios do interior começam também a ter dificuldades com o fornecimento de medicamentos usados durante a intubação, como anestésicos e bloqueadores neuromusculares. O governo do estado estaria ajudando a complementar a oferta, mas o estoque também é limitado, afirmou.

Na sexta (12) , o Ministério Público e a Defensoria Pública do Paraná foram à Justiça pedir a retomada de ações para contenção da pandemia, que foram relaxadas a partir de quarta (10), com o fim do lockdown e autorização para reabertura de escolas em modelo híbrido, por exemplo. O toque de recolher das 20h às 5h permanece e, aos finais de semana, os estabelecimentos continuam fechados.

Na avaliação dos autores do pedido, os 12 dias de duração do lockdown não produziram efeitos e o cenário é “assustador”. “Há semanas assistimos piora considerável no cenário epidemiológico da Covid-19 no Paraná” escreveram, em nota distribuída na sexta.

A flexibilização das medidas ocorreu num cenário pior do que o anterior. Na sexta-feira (5), dia do anúncio do governo, nenhum dos principais indicadores da pandemia no estado estava melhor do que no primeiro dia de lockdown, em 26 de fevereiro.

“O que vai fazer a gente salvar vidas, agora, é a consciência de cada um. Não é um decreto, uma folha de papel, uma assinatura minha que, sozinha, vai salvar vidas, mas sim as pessoas entenderem que estamos na maior guerra de saúde pública dos últimos cem anos”, defendeu o governador Ratinho Jr (PSD).

*Com informações da Folha

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Brasil soma 15% de novos casos da covid-19 no mundo e assusta cientistas

O Brasil assumiu a liderança mundial em novas contaminações pela covid-19, superando os EUA, e assusta cientistas estrangeiros e instituições internacionais. Dados compilados pelo Centro Europeu de Controle de Doenças apontam que, hoje, o país tem a maior intensidade de transmissão, com um recorde de infecções.

Se o número global de infectados desde janeiro de 2020 ainda coloca os EUA na primeira posição mundial com 29 milhões de casos, os técnicos europeus alertam que uma avaliação mais precisa do atual estágio da pandemia apenas pode ser feito se forem considerados os últimos 14 dias.

O período é determinado com base na incubação do vírus. Saber onde ocorreram as contaminações nessas duas semanas, de acordo com os pesquisadores, é saber onde está a crise hoje no mundo.

Neste período, o mundo registrou 5,4 milhões de novos casos da covid-19. 858 mil deles, porém, ocorreram apenas no Brasil, 15% do total. A população brasileira, porém, representa apenas 2,7% do planeta.

Nos EUA, foram 798 mil novos contaminados em 14 dias. A França também viveu uma alta. Mas atingiu apenas 300 mil novos casos, contra 258 mil na Itália, 223 mil na Índia e 114 mil na Alemanha.

Tanto entre pesquisadores europeus como no caso da OMS, o foco é o de saber se essa explosão de novas infecções no país deve ser explicada pela maior transmissibilidade da mutação P1 do vírus, ou se a onda está relacionada com o comportamento da sociedade e do governo no Brasil.

O documento semanal da OMS sobre a pandemia também deixa claro que a situação da variante do vírus identificado no Brasil preocupa. A agência confirma que a mutação é mais transmissível e pode evadir entre 25% e 61% da imunidade oferecida por uma infecção com o vírus original da covid-19. Isso, segundo a OMS, torna as pessoas mais vulneráveis a uma reinfecção. Além disso, a agência indica que estudos mostram que a variante é entre 1,1 e 1,8 mais letal.

O temor é de que, com uma vacinação lenta no país, um espaço amplo seja deixado para que a variante passe a ser dominante em todo o Brasil. Além disso, o risco é de que, com ampla circulação, novas mutações ocorram.

Pelo atual ritmo de produção e de compra de vacinas, o Brasil apenas conseguirá uma imunidade de rebanho com o imunizante em abril de 2022, oito meses depois de EUA e outros países ricos.

Nos bastidores, se a OMS acreditava que 2021 seria um ano para virar uma página na história da doença, a pandemia ganhou um novo centro: o Brasil, incapaz de controlar a doença e nem de chegar a um consenso nacional para enfrentar a crise.

Dados da agência sobre a situação global entre os dias 1 e 7 de março apontam, por exemplo, que o cenário brasileiro é o que mais preocupa hoje a entidade.

Enquanto houve uma queda de 6% em mortes pela covid-19 no mundo no período avaliado, o que se registrou no Brasil foi um salto de 23%. Foram 60 mil óbitos registrados no mundo, contra 9,9 mil no Brasil. Um dia depois dessa avaliação, o país batia um novo recorde, com 2,2 mil novas mortes em 24 horas.

De acordo com a OMS, o país vai na contramão do mundo. A queda de mortes foi de 17% nos EUA, 7% no México, 30% na África do Sul, 21% na Etiópia, 20% na Nigéria, 3% na França, 30% na Indonésia, 6% na Índia, 17% no Japão, 20% nas Filipinas e 36% na Malásia.

*Jamil Chade/Uol

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Brasil ultrapassa 2 mil mortes em 24 horas e Bolsonaro segue vendendo cloroquina

É desesperador, mas infelizmente é a realidade que nós brasileiros vivemos. O Brasil está totalmente desgovernado. É urgente o afastamento de Bolsonaro do governo.

De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, 2.286 brasileiros perderam a vida para o coronavírus nas últimas 24 horas. Já são 270.656 vítimas fatais da doença no país.

O Brasil registrou nas últimas 24 horas um novo recorde de mortes diárias causadas pela Covid-19: 2.286, de acordo com dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta quarta-feira (10). Com mais este triste recorde, o país soma 270.656 vidas perdidas para o coronavírus.

Esta é a primeira vez que o Brasil ultrapassa duas mil mortes em um único dia em decorrência da Covid-19. O recorde anterior havia sido registrado nesta terça-feira (9), quando ocorreram 1.972 óbitos, segundo o Conass.

No último dia foram contabilizados 79.876 casos de coronavírus, elevando o total para 11.202.305.

*Com informações do 247

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Número de leitos de UTI Covid financiados pelo Ministério da Saúde cai mais de 70% na pior fase da pandemia

O número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com Covid-19 financiados pelo Ministério da Saúde caiu 71% entre os meses de julho de 2020 — o primeiro pico da pandemia — e março deste ano, na pior fase do vírus, quando o Brasil registrou recordes de mortes diárias devido ao avanço do coronavírus.

Em números totais, eram 11.565 leitos financiados/habilitados pelo governo federal em julho do ano passado. Hoje, são apenas 3.372. Os dados são do Conass (Conselho Nacional dos Secretários ded Saúde) e foram obtidos com base em monitoramento de portarias publicadas no Diário Oficial.

O número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com Covid-19 financiados pelo Ministério da Saúde caiu 71% entre os meses de julho de 2020 — o primeiro pico da pandemia — e março deste ano, na pior fase do vírus, quando o Brasil registrou recordes de mortes diárias devido ao avanço do coronavírus.

Em números totais, eram 11.565 leitos financiados/habilitados pelo governo federal em julho do ano passado. Hoje, são apenas 3.372. Os dados são do Conass (Conselho Nacional dos Secretários ded Saúde) e foram obtidos com base em monitoramento de portarias publicadas no Diário Oficial.

De acordo com o Conass, a queda ocorre em um contexto de colapso em hospitais de todas as regiões do Brasil. Para se ter ideia, em 1° de março, 19 das 27 unidades federativas estavam com lotação em nível crítico nas UTIs com leitos acima de 80%, segundo levantamento da Fiocruz.

A queda pode ser explicada pelo término, em 31 de dezembro, da vigência do decreto de estado de calamidade, que permitia a transferência de recursos extra-orçamentários, de acordo com a análise do Conselho.

O presidente do Conass e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, disse que o orçamento de 2021 do Ministério da Saúde não levou em conta que o Brasil ainda estaria sob a pandemia. Por isso, alguns estados têm aumentado a quantidade de leitos sem recursos da União.

“Mas é falso dizer que os estados estão confortáveis para fazer essa expansão de novo. É preciso um novo orçamento de guerra pra saúde”, disse.

Carlos Lula ainda prevê que nos próximos meses, cerca de 7 mil leitos de UTI devem ser financiados pelo ministério por causa de uma portaria, a primeira do ano, publicada no último dia 2 de março. Com a canetada, foram liberados R$ 153,6 milhões para custear 3.201 novos leitos de UTI em mais de 150 cidades de 22 estados.

A portaria prevê repasses retroativos à manutenção de leitos de UTI referentes a janeiro e fevereiro. O objetivo, segundo o texto, é ressarcir os estados que, nesses dois meses, tiveram de utilizar exclusivamente recursos próprios para abrir novos leitos de UTI devido à alta demanda de pacientes doentes.

Porém, segundo o presidente do Conass, as secretarias ainda não receberam os recursos de nenhuma das habilitações.

Procurado por e-mail e por telefone durante quase uma semana pelo G1, o Ministério da Saúde não se posiciona sobre o assunto. Ao Yahoo! Notícias, o MS também não se manifestou.

*Com informações do Yahoo

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Ministério da Saúde prevê até 3 mil mortes diárias por covid-19 em março

Cúpula da pasta vê “tempestade perfeita”, com novas variantes, colapso hospitalar e falta de vacinas.

A cúpula do Ministério da Saúde espera que o Brasil atravesse nas próximas duas semanas o pior momento da pandemia. O Valor apurou que, no entorno do ministro Eduardo Pazuello, a expectativa é que haja uma explosão de casos e mortes no período, com os óbitos ultrapassando a barreira dos 3.000 por dia.

O diagnóstico decorre de uma tempestade perfeita: o alastramento do vírus em todo o país, impulsionado pelas aglomerações no fim do ano e no Carnaval; a dificuldade da população de manter-se em isolamento social; a circulação no país de novas variantes mais contagiosas e com grande carga viral; a iminência de um colapso do sistema hospitalar em diversos Estados ao mesmo tempo; e a falta de vacinas disponíveis para imunizar os brasileiros.

As atenções da pasta estão voltadas sobretudo para a região Sul. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a ocupação de leitos de UTI tem estado próximo ou acima de 100% durante toda a semana. Na região Norte, embora o número de casos seja menor, há preocupações quanto à pouca disponibilidade de leitos. Os alertas também já dispararam quanto à situação de Estados como Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Na visão da equipe de Pazuello, São Paulo tem conseguido até o momento evitar o pior por possuir a maior rede hospitalar do Brasil. Principal porta de entrada do país, o Estado mais populoso da federação registrou 60 mil das cerca de 260 mil mortes pelo coronavírus em solo brasileiro. Para a equipe de Pazuello, se um colapso hospitalar ocorrer ali, os números dessa “tragédia anunciada” podem subir exponencialmente.

A cúpula da Saúde entende que não há muito no momento o que fazer, a não ser estimular a reabertura de hospitais de campanha nos Estados. O governo federal também cogita novas instalações desse tipo já nos próximos dias.

As ações de fechamento e restrições à circulação de pessoas estão nas mãos dos Estados. O governo federal não vai decretar lockdown nacional, escorado em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e também por acreditar que as decisões devem ser tomadas levando em critérios regionais.

Para o médio prazo, as projeções da equipe de Pazuello são mais otimistas. A estimativa é que a vacinação começará a se acelerar a partir deste mês, com a maior produção do Butantan e da Fiocruz. Em abril, ambos já deverão estar produzindo 1,4 milhão de doses diárias.

Com as diversas vacinas importadas começando a chegar, a expectativa de Pazuello é vacinar 70 milhões de pessoas até o fim de junho. Fazem parte desse grupo prioritário idosos com mais de 60 anos, pessoas com comorbidades e médicos, professores, policiais, indígenas, entre outros.

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou a intenção de comprar 100 milhões de doses da vacina da Pfizer e outras 38 milhões de doses da vacina da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.

Segundo um cronograma ao qual o Valor teve acesso, o ministério espera para o primeiro semestre a chegada de apenas 9 milhões de doses desse total, todas da Pfizer. Outras 30 milhões de doses da fabricante americana devem chegar entre julho e setembro. As entregas se aceleram no último trimestre, com 61 milhões de doses.

Já a Janssen deve entregar 16,9 milhões de doses em setembro e 21,1 milhões de doses em dezembro, segundo ficou apalavrado entre o ministério e a farmacêutica.

O Ministério da Saúde pretende autorizar a compra de vacinas por empresas e entes privados somente quando os grupos prioritários estiverem imunizados. Isso será feito por decreto, e as empresas terão que doar metade dos lotes para o Plano Nacional de Imunização (PNI).

O governo, porém, jogará toda sua força política para evitar que Estados façam o mesmo. O ministério já sinalizou aos laboratórios, com quem mantém contratos bilionários, que negociar com governadores individualmente ou em grupo não agradaria o governo federal. A impressão de governadores que estiveram reunidos com Pazuello nesta semana foi a mesma: dificilmente conseguirão adquirir vacinas separadamente ou em consórcios.

Planalto e Saúde tentam evitar que o governo federal perca o protagonismo na imunização – como aconteceu em janeiro, quando o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), vacinou a primeira pessoa em território nacional com transmissão ao vivo pela TV.

Ontem, um grupo de 14 governadores enviou carta a Jair Bolsonaro pedindo a providências “imediatas” para a compra de novas doses de vacinas contra a covid-19. Eles citaram um “aumento exponencial dos casos de infecção e do número de óbitos” nos últimos dias. E disseram que estão “no limite de suas forças e possibilidades”.

Pazuello espera que toda a população esteja vacinada até o fim do ano. E pretende deixar o cargo somente quando isso acontecer. Segundo interlocutores, os partidos do Centrão já entenderam que dificilmente Bolsonaro trocará o auxiliar, de sua extrema confiança, durante a pandemia.

O número diário de 3.000 mortes, caso seja alcançado, não será um recorde mundial. Os Estados Unidos já chegaram a registrar mais de 5.000 mortes por dia no início de fevereiro, segundo a Universidade Johns Hopkins.

Bolsonaro desistiu nesta semana de fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e TV sobre vacinação. A fala seria veiculada inicialmente na terça-feira, dia em que as mortes pelo coronavírus atingiram um recorde de 1.726, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Foi, então, adiada para a quarta. Mas, diante de um novo recorde de 1.840 mortes, ele desistiu de vez da ideia.

Ontem, o presidente criticou o isolamento social e pediu que se pare de “frescura” e “mimimi”.

A despeito da fala de Bolsonaro, porém, a expectativa geral é que a escalada de mortes continue.

*Com informações do Valor Econômico

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Bolsonaro conseguiu o que queria: Brasil supera EUA e tem maior número de novas infecções no mundo em 24h

O Brasil registrou o maior número de novas infecções no mundo em 24 horas, superando os EUA e aprofundando sua posição de um dos palcos mais dramáticos da expansão da covid-19 no mundo.

Dados publicados nesta manhã pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 59,9 mil foram registrados no Brasil no período de 24 horas e submetidos para a agência. No caso dos EUA, foram 57,8 mil e, no mundo, a OMS soma 225 mil novos casos.

Na prática, de cada quatro novos casos de infecções registradas no mundo, uma ocorreu no Brasil no período de 24 horas.

As informações são divulgadas pela agência com base aos números oficiais submetidos por cada um dos países. Por conta do trabalho de reunir dados de mais de 190 países, o cálculo da OMS conta com um atraso em comparação a outros mapeamentos do vírus por entidades privadas ou institutos de pesquisa.

Não consta do levantamento o último dado divulgado pelo Ministério da Saúde, com 71 mil novos infectados registrados no boletim de quarta-feira, um volume ainda superior às informações da OMS.

Numa contagem semanal, o Brasil também caminha para superar os EUA. Segundo a agência internacional, foram 389 mil novas infecções no Brasil em sete dias, contra 448 mil nas cidades americanas. Em dezembro, os americanos registravam 1,6 milhão de novos casos, contra 310 mil no Brasil.

Nos números totais da pandemia, o Brasil continua em terceiro lugar, com 10,6 milhões de casos, contra 11,1 milhões na Índia e 28,4 milhões nos EUA. A população americana, porém, supera a brasileira em mais de 100 milhões de pessoas.

Mortes vão na direção oposta ao resto do mundo

Em termos de mortes, o Brasil está na segunda colocação em números diários. Na terça-feira, o Brasil registrou um total de 1,7 mil mortes, o maior número em 24 horas desde o início da pandemia. Na quarta-feira, mais um recorde foi batido, com 1,8 mil casos.

Pela contagem da OMS, foram 2,1 mil mortes nos EUA em 24 horas, contra 1,6 mil no Brasil. Mas, em seu informe epidemiológico semanal, a agência já havia indicado que o Brasil ia na contramão do mundo, com um salto no número de mortes no período entre 21 e 28 de fevereiro, enquanto a média global registrava um importante recuo.

Nos sete dias até o dia 28 de fevereiro, o Brasil somou 8070 mortes, mais de 12% de todos os mortos no mundo. De cada quatro vítimas mortais no continente americano, uma é brasileira. O aumento no Brasil em uma semana foi de 11%, em comparação aos sete dias anteriores.

Em dezembro, o Brasil registrava 5,8 mil mortes por semana. Em meados de janeiro de 2021, foram cerca de 6,7 mil vítimas fatais. No final do mês, a taxa tinha atingido 6,9 mil.

Mas a tendência brasileira vai no sentido contrário da Alemanha, com queda de 24%, e do Reino Unido, com recuo de 32%. Nos EUA, a expansão foi de apenas 1% e o país continua a liderar no ranking global, com 14 mil mortes na semana.

No final da semana passada, o chefe de operações da OMS, Mike Ryan, havia comentado a situação brasileira e indicado que o destino da pandemia no Brasil seria relevante para o mundo e classificou a crise no país de “tragédia”.

*Jamil Chade/Uol

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O preço do negacionismo: Brasil registra 1.910 mortes em 24 horas

Relatório do Conselho Nacional de Secretários de Saúde divulgado às 18h registra 1.910 por Covid-19 nas últimas 24 horas, fazendo desta quarta-feira (3) o dia mais letal desde o início da pandemia, muito acima da marca registrada ontem.

Os números do Conass informam ainda que o Brasil chegou a 259.271 mil mortos e que tem 10.718.630 milhões de pessoas infectadas com coronavírus. Foram 71.704 mil novos casos no último dia.

Nesta terça, o mesmo Conselho registrou 1.641 mortes em apenas um dia, que havia sido até então o mais letal da pandemia. Pouco depois, o consórcio dos veículos de imprensa divulgou um número ainda maior: 1.726.

*Com informações do 247

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Miguel Nicolelis: Brasil vai se transformar no maior reservatório biológico do coronavírus no mundo

Segundo Miguel Nicolelis, um dos mais renomados neurocientistas, a falha do governo Bolsonaro em conter a pandemia da Covid-19 transforma o Brasil em um “laboratório a céu aberto” para o coronavírus se proliferar e eventualmente mutar em novas variantes, ameaçando a volta à normalidade ao redor do mundo.

“O Brasil é um laboratório a céu aberto para o vírus se proliferar e eventualmente criar mutações mais letais”, disse, em entrevista ao jornal britânico The Guardian. “Isso é sobre o mundo. É global”, acrescentou.

Segundo o especialista, a situação brasileira irá chocar o mundo, que se prepara para voltar à normalidade: “Minha previsão é que se o mundo ficou chocado com o que aconteceu em Bérgamo, na Itália, e com o que aconteceu em Manaus há algumas semanas, ficará ainda mais chocado com o resto do Brasil se nada for feito”.

Nicolelis instou a comunidade internacional a tomar medidas efetivas contra o governo Bolsonaro, descrito por ele como um “líder tão obtuso, tão atrasado”: “O mundo deve se manifestar com veemência sobre os riscos que o Brasil representa para o combate à pandemia”, completou.

*Com informações do 247

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Saúde

Com hospitais lotados por Covid, mais pacientes jovens e graves ocupam UTIs

Há serviços com mais pessoas internadas nas unidades de terapia intensiva do que nas enfermarias.

Além disso, o Brasil registra novo recorde de média móvel de mortes por Covid-19: 1.208. É o terceiro recorde em uma semana, mostrando tendência consolidada de aumento dos óbitos.

No momento em que o aumento de casos de Covid-19 provocam lotação em hospitais públicos e privados do país, médicos relatam uma mudança no perfil desses pacientes nas UTIs. Em geral, estão chegando pessoas mais jovens, entre 30 e 50 anos, mais graves e que demandam mais tempo de terapia intensiva.

Ficam, em média, de dois a cinco dias a mais na UTI em relação aos pacientes com Covid internados nos primeiros meses da pandemia, o que prejudica o giro de leitos.

Alguns serviços já registram mais pacientes nas UTIs do que nas enfermarias, sugerindo maior gravidade dos casos.

A médica intensivista Suzana Lobo, presidente da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), relata que há até bem pouco tempo a relação era de dois pacientes nas enfermarias para um na UTI.

“Agora isso está invertendo em muitos locais. Sugere internações mais tardias, com pacientes mais graves. Talvez por confiança nesses ditos tratamentos precoces, que a gente sabe que não funcionam.”

No Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP), onde Lobo dirige o centro de terapia intensiva, na sexta (26) havia 121 pacientes de Covid na UTI e 88 na enfermaria. Há um mês, no dia 25 de janeiro, eram 113 na enfermaria e 96 na UTI.

Ainda não há dados gerais consolidados que expliquem essa mudança de perfil dos pacientes e da doença. Entre as hipóteses estão maior exposição ao vírus dos mais jovens, circulação de novas variantes do coronavírus, demora em ir para o hospital e mais uso de recursos terapêuticos de longa duração.

“Há uma clara percepção nas últimas semanas de que o perfil mudou. No nosso serviço, os pacientes mais jovens e mais graves têm sido uma constante na UTI”, diz o intensivista Ederlon Rezende, chefe da UTI de adultos do Hospital do Servidor Estadual, em São Paulo, e que faz parte do conselho consultivo da Amib.

O infectologista David Uip, do Hospital Sírio-Libanês, afirma que, na prática clínica, o tempo médio de internação dos seus pacientes com Covid-19 na UTI passou de 13 para 17 dias, e a média de idade caiu dez anos.

“Antes víamos muito mais pacientes agudizados de 60 para cima, agora estamos vendo de 50, mas também ainda mais jovens. Eu internei um estudante de medicina de 22 anos. Tivemos duas meninas de 36 anos na UTI. Todos saíram vivos”, diz ele.

*Com informações da Folha

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