Novos temporais devem atingir o RS com ventos de até 100 km/h

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou alerta para novas tempestades no Rio Grande do Sul entre quarta e quinta.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um novo aviso que preocupa o Rio Grande do Sul, que já atravessa uma tragédia climática e humana desde o início do mês. Segundo o órgão, novas tempestades devem atingir o estado entre esta quarta-feira (22/5) e a manhã de quinta (23/5).

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um novo aviso que preocupa o Rio Grande do Sul, que já atravessa uma tragédia climática e humana desde o início do mês. Segundo o órgão, novas tempestades devem atingir o estado entre esta quarta-feira (22/5) e a manhã de quinta (23/5).

Além de chuvas entre 30 e 60 mm por hora, o instituto prevê que o estado ainda pode ser atingido por ventos intensos de até 100 km/h e queda de granizo.

No alerta, o Inmet ainda avalia que os novos temporais podem provocar o corte de energia elétrica, queda de árvores e causar ainda mais inundações no estado.

As possíveis chuvas foram classificadas como perigosas, e podem afetar o sudoeste, centro, sudeste do Rio Grande do Sul, além da região metropolitana de Porto Alegre.

Tragédia
Desde o início deste mês, a maior parte do estado do Sul está sendo castigada pelas chuvas. A enchente provocou estragos e mortes em vários municípios gaúchos. Mesmo vários dias depois do início dos problemas, a água ainda não baixou completamente.

Reino Unido: primeiro-ministro dissolve Parlamento e convoca eleições

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, confirmou a medida nesta quarta-feira (22/5). O novo pleito ocorrerá em 4 de julho.

Sunak afirmou no discurso que o Rei Charles aprovou a demanda, conforme prevê o protocolo. O premiê afirmou que as eleições ocorrerão em um “momento em que o mundo está mais perigoso do que esteve desde a Guerra Fria”, conforme noticiou o The Telegraph.

A decisão de marcar as eleições para julho pegou de surpresa lideranças políticas britânicas. O canceler tem a prerrogativa para marcar o pleito em qualquer data deste ano, mas há quase seis décadas as eleições não ocorriam em julho.

Em discurso na Downing Street, residência oficial e gabinete, o primeiro-ministro afirmou que a decisão representa o momento em que os britânico irão decidir “seu futuro”. “A questão agora é como e em quem você confia para transformar essa base em um futuro seguro para você, sua família e nosso país”, disse.

Sunak está no cargo desde outubro de 2022, quando sucedeu Liz Truss. Ela teve o governo mais curto da história do país, quando deixou a cadeira após um pacote econômico com redução de impostos que não foi bem aceito pelo mercado financeiro.

Inadimplência cai e Desenrola é prorrogado mais uma vez

Segundo dados do Ministério da Fazenda, o programa resultou na redução de 8,7% na inadimplência entre o público prioritário, em pouco mais de um ano.

O programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil resultou em uma redução de 8,7% na inadimplência entre o público prioritário, em pouco mais de um ano. De acordo com levantamento da Serasa, divulgado, nesta terça-feira (21) pelo Ministério da Fazenda, de maio de 2023 a março de 2024, o número de endividados que ganham até dois salários mínimos ou estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) diminuiu de 25,2 milhões para 23,1 milhões.

Foram beneficiadas 15,06 milhões de pessoas com a negociação de R$ 53,07 bilhões em dívidas. O volume financeiro cumpriu a meta do governo, que era de R$ 50 bilhões. O número de favorecidos, contudo, ficou aquém do potencial do programa. A previsão inicial da Fazenda era de que 32 milhões de pessoas fossem beneficiadas.

A equipe econômica considera que a iniciativa cumpriu seu objetivo, mas o Congresso Nacional optou por prorrogar por mais 60 dias a medida provisória que regulamenta o programa para quem tem dívidas de até R$ 20 mil. A decisão foi publicada ontem no Diário Oficial da União, assinada pelo presidente do Legislativo, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estendendo o prazo final para adesão, que havia se esgotado na última segunda-feira, segundo o Correio Braziliense.

“O programa foi um verdadeiro sucesso por ter diminuído o endividamento da população mais vulnerável do país e por ter reduzido o ritmo de crescimento da inadimplência como um todo”, avaliou o secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto.

Segundo ele, o aporte do governo foi relativamente baixo, com R$ 1,7 bilhão dado como garantia caso as pessoas não paguem o refinanciamento dos débitos negociados. “Para cada R$ 1 investido no Desenrola, foram negociados R$ 25 em dívidas atrasadas, beneficiando, também, mais de 600 credores com o recebimento de valores que, em muitos casos, já davam como perdidos. Tudo isso favoreceu a economia brasileira como um todo”, apontou.

Relatório final sobre joias ilegais de Bolsonaro deve ser entregue a Moraes pela PF em junho

Após este caso, a polícia vai concluir inquérito do golpe, que tem potencial de levar o ex-presidente à prisão.

A Polícia Federal deve apresentar o relatório final da investigação sobre as joias ilegais de Jair Bolsonaro em junho, informa a colunista Bela Megale, do GLOBO. Os investigadores trabalhavam com o prazo de entregar, em maio, o documento para o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O grande número de material que ainda está em análise pela PF, porém, fez com que os investigadores mudassem a estimativa sobre a conclusão dos trabalhos.

As últimas diligências da investigação foram realizadas entre 25 de abril e 11 de maio, quanto uma equipe da PF foi aos Estados Unidos realizar entrevistas e ir às lojas onde as joias foram comercializadas ilegalmente.

Entre os avanços da investigação está o acesso a imagens inéditas e a coleta de entrevistas que confirmam detalhes sobre a venda e recompra ilegais das joias que compunham o chamado “kit ouro branco”.

O conjunto foi recebido por Bolsonaro durante uma visita oficial à Arábia Saudita como presidente, em 2019, e contém anel, caneta, abotoaduras e um rosário islâmico (“masbaha”), todas peças cravejadas de diamantes. O jogo também incluía um relógio Rolex, que foi vendido separadamente, em uma loja da Pensilvânia. No total, o conjunto foi avaliado em pelo menos R$ 500 mil. A conclusão do Tribunal de Contas da União (TCU) é que os presentes pertencem ao acervo da Presidência e não a Bolsonaro.

Após o caso das joias, a PF vai concluir o inquérito do golpe, apontado como o que tem maior potencial para prender Bolsonaro. Um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) da semana passada afirmou que a investigação sobre a tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota em 2022 está “em via de conclusão”.

Com o aval de Alexandre de Moraes, TSE vota, por unanimidade, pela manutenção do mandato de senador de Sergio Moro

Ex-juiz teve sete votos favoráveis; Ele era acusado pelo PT e pelo PL de abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) absolveu nesta terça-feira o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) da acusação de abuso de poder econômico durante a pré-campanha nas eleições de 2022. A decisão foi unânime. Os ministros seguiram o voto favorável do relator da ação contra o ex-juiz, Floriano de Azevedo Marques, e mantiveram a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, que rejeitou a cassação do mandato do senador.

Seguiram o voto do relator, os ministros André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Raul Araújo, Isabel Gallotti e, por último, o ministro Alexandre de Moraes, que preside o TSE.

Para o ministro Floriano de Azevedo Marques, relator do processo, a quantia gasta por Moro durante a pré-campanha, seja em São Paulo ou no Paraná, não poderia ser caracterizada como abusiva.

— Não sendo vedados atos políticos antes da campanha, não é possível considerar todos os dispêndios como gastos eleitorais que impactem direta ou abusivamente no pleito — apontou.

Nos cálculos feitos pelo relator, Moro gastou na pré-campanha 17,47% do teto da campanha, o equivalente a R$ 777 mil.

— Não é possível dizer que um dispêndio correspondente a 17,47% do teto dos gastos de campanha seja, por si só, quantitativamente abusivo, já que nem a lei, nem a jurisprudência oferecem parâmetros objetivos — afirmou o ministro.

No processo que chegou ao TSE, Moro é acusado pelo PT e pelo PL de abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Os partidos alegam que o senador teve vantagens sobre seus concorrentes ao se declarar como pré-candidato à Presidência meses antes da campanha oficial e ao ter gastos acima do permitido para quem disputou uma vaga ao Senado.

O político paranaense foi inocentado no mês passado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), mas os partidos recorreram ao TSE, que agora avalia o caso. Nesta terça-feira, quando o julgamento foi retomado, foi feita a leitura do parecer do Ministério Público Eleitoral e as sustentações orais da acusação e da defesa. PT e PL sustentaram que Moro teria ultrapassado o teto permitido para os gastos nas campanhas para o Senado e, assim, teria se beneficiado.

— Sergio Moro gastou como se fosse pré-candidato a presidente. Se um pré-candidato se lança como pré-candidato a presidente, ele faz campanha no Paraná, em Goiás. Outros candidatos ao Senado foram prejudicados. O que se espera de um candidato indeciso? Evidentemente, se espera modicidade com os gastos. Houve um descuido, uma irresponsabilidade. Assim, houve evidente abuso a ser combatido — defendeu o advogado Miguel Pimentel, representando o PT.

Antes do julgamento, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), procurou o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, e os demais integrantes do tribunal para defender a absolvição do ex-juiz. Nos bastidores, a maré é vista como favorável ao senador.

Moro foi apresentado pelo Podemos como pré-candidato a presidente no final de 2021, mas deixou a legenda em abril de 2022 após conflitos com a cúpula da sigla. O partido exibiu na TV inserções com o ex-juiz que agora são usadas como evidência de que a campanha para o Senado ficou desequilibrada em favor do ex-juiz da Lava-Jato.

Para os advogados do senador, contudo, o impacto eleitoral foi baixo e não representou vantagem. Esse já foi o principal ponto sustentado no julgamento no TRE, quando saiu vitorioso. A defesa ainda deve apontar para as brechas na lei envolvendo a pré-campanha, argumentando que não se pode penalizar um candidato que faz algo que não é proibido.

Nesta terça, os mesmos argumentos foram reforçados pelo advogado de Moro, Gustavo Guedes.

— Não há doutrina, nem legislação, que informe quais gastos são esses da pré-campanha. Não há base, não há parâmetro, para que seja imputada uma conduta abusiva por parte do senador — disse.

Em parecer enviado ao TSE no dia 7 de maio, o Ministério Público Eleitoral (MPE) defendeu a absolvição do senador e a preservação do seu mandato. “Não há indicativos seguros de que houve desvio ou omissão de recursos e tampouco intencional simulação de lançamento de candidatura ao cargo de Presidente com pretensão de disputa senatorial no Paraná. Também inexiste comprovação de excesso ao teto de gastos na pré-campanha (fase sequer regulamentada), inclusive se adotado o precedente de 10% do teto de campanha”, afirmou o vice-procurador-geral eleitoral Alexandre Espinosa, diz o Globo.

Nas contas do vice-procurador eleitoral, o total de gastos comprovados que beneficiaram a pré-campanha de Moro alcançou o valor de R$ 424.778,01, percentual pouco abaixo de 10% do teto de gastos para o cargo de senador no Paraná (R$ 444.720,15). A contabilidade difere da apresentada pelos partidos políticos, que somam despesas entre R$ 7,6 milhões e R$ 21,6 milhões feitas pelo então pré-candidato no período.

Deputado reage a proibição e ergue capela dentro de gabinete

Após Tribunal de Justiça de São Paulo proibir menção a Deus no início de sessões em câmaras municipais, deputado constrói capela na Alesp.

Após o Ministério Público de São Paulo pedir a proibição da menção a Deus no início de sessões legislativas, argumentando que o Estado é laico, o deputado Gil Diniz (PL-SP) decidiu reagir. O parlamentar construiu uma capela dentro de uma das salas de seu gabinete na Assembleia Legislativa.

A medida vai na contramão de recentes decisões do Tribunal de Justiça de São Paulo, que declarou ser inconstitucional o uso da frase “sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos”, dita tradicionalmente por presidentes de assembleias, de câmaras municipais, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. No caso das determinações do TJSP, a proibição, que também abrange leituras bíblicas na abertura das sessões, já está em vigor em cidades como Bauru e Araçatuba.

deputado capela 2(2)

Em resposta, Gil Diniz afirma que pretende colocar a capela em seu gabinete à disposição de parlamentares e servidores, para a realização de missas, assim que a obra for concluída. Ao entrar na repartição, no quarto andar da Alesp, é possível ver que o plano está a pleno vapor, diz Paulo Cappelli, Metrópoles.

Contudo, o deputado diz que ainda falta trocar o piso do ambiente para se assemelhar ao de uma igreja, concluir a montagem do altar e preparar o local para receber adequadamente os fiéis. Em registro de vídeo feito pela coluna, é possível ter uma ideia de como ficará o espaço [veja abaixo].

Soldados e policiais israelenses colaboram com extremistas para bloquear ajuda humanitária em Gaza

Membros que integram as equipes de segurança israelenses, incluindo a polícia e as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), estão repassando informações privilegiadas a grupos de ativistas e colonos de extrema direita referentes à operação de distribuição de ajuda humanitária destinada à Faixa de Gaza. O objetivo é o bloqueio da entrega de suprimentos básicos na região. A informação foi revelada nesta terça-feira (21/05) por uma reportagem exclusiva publicada pelo jornal britânico The Guardian.

Ao veículo, um porta-voz do principal grupo ativista israelense responsável pelos bloqueios detalhou que as informações preliminares são diretamente recebidas pela polícia e pelo exército, com as localizações e horários específicos do trabalho humanitário dos caminhões no enclave. A comunicação é realizada por meio de troca de mensagens em grupos de bate-papo na internet e, seguindo o esquema, esses mesmos ativistas repassam os dados ao restante de seus membros e manifestantes.

Os grupos alegam que os suprimentos são “desviados pelo Hamas ao invés de serem entregues aos civis necessitados”. No entanto, trata-se de um argumento que em diversas ocasiões foi desmentido pelas próprias agências humanitárias.

“Quando a missão de um policial ou soldado é proteger os israelenses e, pelo contrário, ele é enviado para proteger comboios de ajuda humanitária – sabendo que acabará nas mãos do Hamas – não podemos culpá-lo por fornecer informações a grupos que tentam bloquear a ajuda”, disse Rachel Touitou, porta-voz do grupo israelense Tzav 9.

Comportamento inaceitável
Na semana anterior, vídeos que registravam comboios humanitários sendo bloqueados e vandalizados por colonos israelenses no posto de controle de Tarqumiya, na Cisjordânia ocupada, circularam nas redes sociais e repercutiram negativamente. O incidente levou a Casa Branca a se pronunciar, classificando o ataque como um “comportamento totalmente inaceitável”.

Imagens captaram pilhas de pacotes de suprimentos básicos, como arroz e farinha, danificados, além de caminhões pegando fogo na estrada.

De acordo com Touitou ao The Guardian, os colonos também acusam o governo israelense de dar “presentes” ao Hamas.

“Nosso propósito é enfatizar que alimentar seu inimigo, neste caso o Hamas, especialmente em tempos de guerra, é imoral […] Israel tem entregado essa ajuda humanitária sem esperar nada em troca. E 80% da população concorda com a nossa postura. O Hamas está revendendo a ajuda aos civis, que deve ser distribuída gratuitamente”, alegou o porta-voz do Tzav 9, confirmando que as operações de bloqueio continuarão “até que eles possam provar que a ajuda está chegando aos civis”.

Supremo extingue pena de José Dirceu na Lava Jato

Dirceu havia sido condenado pela 13ª Vara Federal de Curitiba a uma pena total de 8 anos, 10 meses e 28 dias.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (21), por maioria, extinguir a pena do ex-ministro José Dirceu, condenado por corrupção passiva no âmbito da operação Lava Jato.

Dirceu havia sido condenado pela 13ª Vara Federal de Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com uma pena total de 8 anos, 10 meses e 28 dias. No entanto, por um placar de 3 votos a 2, a 2ª Turma declarou a prescrição da pena, ou seja, que o prazo para a punição de Dirceu expirou.

Os ministros Ricardo Lewandowski, Nunes Marques e Gilmar Mendes votaram pela extinção da pena, enquanto Edson Fachin, relator do caso, e Cármen Lúcia votaram pela sua manutenção.

Ricardo Lewandowski, atualmente ministro da Justiça no governo Lula, já se aposentou do STF, mas seu voto foi mantido no julgamento. A análise do processo pela 2ª Turma ocorre desde 2022.

O caso envolve a alegação de recebimento de propina em um contrato superfaturado entre a Petrobras e a Apolo Tubulars, fornecedora de tubos para a estatal, entre 2009 e 2012, o que não é verdade.

STF torna deputada bolsonarista Carla Zambelli e hacker Walter Delgatti réus por invasão do sistema do CNJ

Decisão da primeira Turma do Supremo Tribunal Federal foi unânime.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (21), por unanimidade, aceitar a denúncia contra a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto. A acusação envolve a invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tornando ambos réus no processo.

Segundo o jornal O Globo, o relator do caso na Corte, ministro Alexandre de Moraes, votou pelo recebimento da denúncia, sendo acompanhado pelos demais ministros da turma: Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a denúncia contra Zambelli e Delgatti em abril. Ambos são acusados dos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Em janeiro de 2023, o hacker acessou o sistema do CNJ e inseriu dados falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Delgatti confessou a invasão, alegando que agiu a pedido de Zambelli e que teria recebido R$ 40 mil pelo serviço. A deputada nega as acusações.

Um dos elementos citados pela PGR na denúncia foi a descoberta de um arquivo com o mandado falso contra Moraes na posse de Zambelli antes de sua divulgação. Esse documento havia sido gerado uma hora antes no computador de Delgatti, indicando a comunicação entre os dois. Quando a denúncia foi apresentada, o advogado de defesa de Zambelli, Daniel Bialski, declarou que não há provas concretas de que a deputada tenha colaborado ou incentivado as ações de Delgatti. “Histórico de Zambelli

Este não é o primeiro processo enfrentado por Zambelli no STF. A deputada bolsonarista já é ré em outro caso, por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, relacionado a um incidente ocorrido na véspera do segundo turno da eleição presidencial de 2022, quando apontou uma arma e perseguiu um homem negro pelas ruas de São Paulo.

Após decisão favorável a Julian, Stella Assange exige que EUA abandone denúncia

Esposa de jornalista e fundador do Wikileaks declarou que administração de Biden ‘já deveria ter colocado fim’ ao caso.

Após a Corte Real de Justiça de Londres decidir, nesta segunda-feira (20/05), que o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, pode contestar a eventual extradição aos Estados Unidos caso este seja o julgamento do Supremo Tribunal, a esposa do jornalista, Stella Assange, classificou o anúncio como “um sinal muito bom”.

Falando à imprensa após a permissão do recurso, Stella ainda declarou que “o governo dos Estados Unidos deveria aproveitar este momento para abandonar o caso e colocar um fim nisso. Essa administração [do presidente Joe Biden] deu início no caso, mas já deveria ter colocado um fim”.

Stella também relatou ter conversado sobre a decisão do processo com o jornalista, que está preso na penitenciária de segurança máxima em Belmarsh.

“Eu falei com Julian depois da decisão. Ele obviamente não estava na Corte, mas ele ouviu as notícias e falou com seus advogados. Eu expliquei como foi nosso dia, curto, mas de momentos muito tensos antes da decisão ser anunciada”, explicou Stella.

Segundo seu relato, sua conversa com o marido chegou ao fim quando um guarda bateu à porta e ela os ouviu parabenizando Assange pela decisão.

“Ele estava obviamente aliviado, não havia dormido a noite toda e está sob enorme pressão. É difícil para todos nós imaginar o que ele tem vivido em Belmarsh por cinco anos e viver todo esse processo na cela, isolado de todos”, declarou ainda.

Para ela, os juízes da Corte, um dos mais altos tribunais da Inglaterra e do País de Gales, “obviamente viram o problema sobre os Estados Unidos estarem aplicando suas leis de espionagem internacionalmente e dizendo que se você não é um cidadão norte-americano, você não tem acesso às proteções constitucionais”.

*Opera Mundi