Poucos dias depois de comandar um golpe na Bolívia o general Williams Kaliman deixou de ser militar e vai fugir para os EUA que lhe pagaram um milhão de dólares.
Não foi só ele que recebeu, outros generais receberam o mesmo valor.
Já os os chefes de polícia receberam 500 mil dólares cada.
Todos irão para os EUA com medo de julgamentos dentro da Bolívia e de organismos internacionais.
Por isso não foi anunciado pela mídia Boliviana que apoiou o golpe aonde os golpistas irão se esconder nos EUA.
Bruce Williamson, responsável pelos negócios na Embaixada dos EUA em La Paz, foi responsável por doar um milhão de dólares a cada chefe militar e quinhentos mil da mesma moeda a cada chefe de polícia.
O General teria contatado e coordenado tudo desde meses na província argentina de Jujuy, sob a proteção de seu governador Gerardo Morales, um dos mais próximos do presidente Mauricio Macri.
Kaliman foi imediatamente substituído pela autoproclamada presidente Janine Áñez.
As palavras recentes de Kaliman podem tornar sua traição surpreendente, mas uma análise em seu currículo revela que havia indícios para desconfiança.
O agora ex-general realizou diversos cursos no exterior, sobretudo relacionados à inteligência militar. E ao menos um desses estudos se destaca sobre os demais: sim ele foi aluno da famosa escola de Fort Benning, mais conhecida como Escola das Américas, durante o ano de 2004, segundo confirma um relatório da ONG Observatório da Escola das Americas (School of Americas Watch).
Outro dado curiosidade desse informe é que Kaliman passou por esse treinamento nos Estados Unidos no ano de 2004. Por que é curioso? Adivinhem quem era o presidente da Bolívia naquele então? A resposta é: Carlos Mesa.
Sim, o mesmo candidato que perdeu as eleições de 20 de outubro contra Evo Morales, desconheceu o resultado e iniciou, a partir desse gesto, a campanha golpista, que culminou com Kaliman exigindo a renúncia do presidente.
*Com informações da Forum