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Bolivia registrou 0,9% de inflação, a menor taxa da América do Sul. Brasil de Bolsonaro, com 10,6%, está entre as maiores do mundo

Nathália Urban – Entre políticas destinadas a manter a inflação controlada, está a emissão de regras para, em primeiro lugar, garantir a oferta do mercado interno antes da exportação.

O fortalecimento da moeda nacional ou a bolivianização em relação ao dólar, somado à manutenção do poder de compra ou da renda dos cidadãos.

E também o subsídio do Estado para hidrocarbonetos, isso evita variações nos preços de combustíveis.

Estão aí escancaradas as ações de um governo sério comparadas com as ações de um governo Bolsonaro.

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Saúde

Vírus Chapare, aparece na Bolívia, causa febre fatal e é transmitido entre humanos

Arenavírus costumam ser transmitidos a seres humanos pelo contato direto com roedores infectados, como mordidas ou arranhões, e também pelo contato com saliva, urina ou fezes desses animais.

Um vírus raro que causa febre hemorrágica e pode levar à morte foi transmitido entre humanos na Bolívia, no primeiro caso documentado desse tipo de transmissão.

O surto ocorreu no ano passado, na província de Caranavi, no departamento de La Paz. Dois pacientes com febre hemorrágica Chapare, doença causada pelo vírus Chapare, infectaram três profissionais de saúde (um médico residente, um médico de ambulância e um gastroenterologista). Três dos doentes morreram, entre eles dois médicos.

O Chapare faz parte da família dos arenavírus, a mesma de outros vírus que causam diferentes tipos de febre hemorrágica. Os arenavírus costumam ser transmitidos a seres humanos pelo contato direto com roedores infectados, como mordidas ou arranhões, e também pelo contato com saliva, urina ou fezes desses animais.

A confirmação de que houve transmissão de pessoa para pessoa do Chapare na Bolívia foi apresentada nesta semana durante encontro anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene.

A descoberta é fruto de colaboração entre pesquisadores do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças, agência de pesquisa em saúde pública ligada ao Departamento de Saúde dos Estados Unidos), do Centro Nacional de Doenças Tropicais da Bolívia e da Organização Pan-Americana de Saúde.

Acredita-se que a transmissão entre humanos ocorra por meio de fluidos corporais (como sangue, saliva, urina, sêmen e secreções) ou contato com objetos contaminados com fluidos corporais, inclusive durante alguns procedimentos médicos, como intubação.

“É muito provável (que a transmissão seja por meio de fluidos corporais), com base nas evidências que temos nesses casos e também em exemplos na literatura médica sobre outros arenavírus”, diz à BBC News Brasil a virologista Maria Morales-Betoulle, uma das cientistas do CDC que participou da pesquisa.

Mas ela e outros cientistas ressaltam que, diante do pequeno número de casos documentados, são necessárias mais pesquisas para compreender como o vírus se propaga e causa a doença.

Diagnóstico

Enquanto a atenção mundial continua focada na pandemia de coronavírus, cientistas como Morales-Betoulle trabalham para identificar possíveis novas ameaças.

Vírus transmitidos por fluidos corporais costumam ser contidos com menos dificuldade do que aqueles transmitidos pelo ar, como o coronavírus.

Mas a descoberta de que o Chapare pode ser transmitido entre humanos abre a possibilidade de surtos maiores no futuro.

Segundo o CDC, houve outro registro da doença em 2003, também na Bolívia, na província de Chapare, no departamento de Cochabamba. Naquele caso, o paciente morreu 14 dias após o surgimento dos sintomas.

Os cientistas, porém, não descartam a possibilidade de que, no intervalo de 16 anos entre o caso inicial e os de 2019, o Chapare tenha circulado sem ter sido identificado, confundido com outras doenças.

“Como os sintomas são semelhantes aos da dengue, há a possibilidade de que tenha sido diagnosticado de maneira errada”, observa Morales-Betoulle.

Entre os sintomas relatados nos casos de 2019 estavam febre, dor abdominal, vômito, sangramento das gengivas, erupções cutâneas e dor atrás dos olhos. Morales-Betoulle afirma que o primeiro paciente foi inicialmente diagnosticado com dengue.

“O primeiro infectado era um trabalhador agrícola. Ele ficou doente, foi ao hospital, recebeu diagnóstico de dengue e foi enviado de volta para casa. Como continuava a piorar, retornou ao hospital”, relata a virologista.

O genro desse paciente, que trabalhava com ele na lavoura, também foi infectado.

Em áreas agrícolas, roedores silvestres infectados podem contaminar cereais armazenados. Há evidência preliminar do vírus em roedores na região do surto, mas ainda não há confirmação de que eles foram os causadores da doença.

Morales-Betoulle ressalta que o genro passou a noite no hospital ajudando a cuidar do sogro, e há a possibilidade de que tenha sido contaminado lá.

Sem tratamento

Não há tratamento para a doença, e os pacientes recebem apenas cuidados para aliviar os sintomas, como fluidos intravenosos e remédio para aliviar a dor.

O CDC salienta que, devido ao pequeno número de casos documentados, as informações sobre o período de incubação (entre a exposição inicial e o desenvolvimento de sintomas) e a progressão da doença são limitadas.

Os arenavírus costumam ter período de incubação variado, de entre quatro e 21 dias.

Entre outros sintomas relatados nos casos de febre hemorrágica Chapare estão dor de cabeça, dor muscular e nas juntas, diarreia e irritabilidade.

Esses sintomas costumam ocorrer antes do sangramento, que ocorre no estágio mais avançado.

“Sabe-se pouco sobre possíveis complicações de longo prazo ou imunidade após infecção com o vírus”, diz o CDC.

Morales-Betoulle destaca a importância da colaboração entre cientistas de diferentes países e organizações para a identificação dos casos. Ela observa que os pesquisadores isolaram o vírus e desenvolveram um teste para diagnosticar o Chapare.

Mas a virologista ressalta que é preciso continuar estudando o vírus para entender sua capacidade de causar surtos.

“Ainda temos muito a investigar”, diz Morales-Betoulle.

 

*Com informações do G1

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Política

Vídeo: Evo Morales, levado pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, volta à Bolívia

Ato emocionante e histórico marcou o retorno do ex-presidente boliviano Evo Morales ao seu país após um ano de exílio, depois de ter sofrido um golpe. Volta acontece um dia depois da posse do novo presidente de seu partido, o MAS, Luis Arce.

Um dia depois de participar da posse do novo presidente da Bolívia, Luis Arce (MAS), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, levou Evo Morales até a fronteira entre os dois países, marcando a despedida entre os dois e o retorno de Evo à sua terra natal, após um ano de exílio.

“Não tinha dúvidas de que voltaria, mas não pensei que seria tão cedo (…) O irmão Alberto Fernandez salvou minha vida e nunca esqueceremos isso”, discursou Evo Morales. “Viva a Argentina! Viva a Bolívia! Viva a América Latina”, bradou Alberto Fernández.

Evo retorna a uma Bolívia com a democracia restabelecida, depois de ter sofrido um golpe e deixado o país por pressão dos militares, que questionaram sua vitória nas últimas eleições presidenciais.

A vitória em outubro de Luis Arce, do mesmo partido de Evo, derrotou de vez a tomada de poder que teve como uma das figuras principais a senadora Jeanine Áñez, que se autodeclarou presidente. A quase desconhecida política fracassou em sua missão de tentar apagar o legado de Evo.

 

*Com informações do 247

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Mundo

Presidente eleito da Bolívia sofre ataque com dinamite, mas sai ileso

Segundo o MAS, manifestantes deixaram explosivos em gabinete durante reunião de dirigentes em La Paz.

La Paz/AFP – O presidente eleito da Bolívia, Luis Arce, foi alvo de um ataque com dinamites na noite desta quinta-feira (5), mas não ficou ferido, disse um porta-voz do partido MAS (Movimento Ao Socialismo) à imprensa local.

De acordo com a agremiação, um grupo de manifestantes deixou os explosivos em frente a um escritório de campanha em La Paz enquanto acontecia uma reunião de dirigentes da qual Arce participava.

O porta-voz do MAS, Sebastián Michel, disse que a explosão ocorreu na porta da casa e que ninguém ficou ferido. A polícia investiga o caso.

“Estamos muito preocupados com o que está acontecendo. Sentimos que estamos à mercê de nós mesmos, totalmente desprotegidos e ninguém nos dá a garantia necessária para a segurança de nossa autoridade”, disse Michel em entrevista a meios de comunicação locais.

Segundo o porta-voz, o presidente eleito ainda não conta com escolta das forças de segurança. Michel lamentou a existência de “grupos radicalizados” que ameaçam a propriedade e a vida das pessoas.

A posse de Arce está prevista para acontecer no domingo (8). Sua vitória nas eleições de outubro sinalizou um retorno à normalidade democrática quase um ano depois de o presidente Evo Morales renunciar, pressionado por protestos populares e pelas Forças Armadas.

Jeanine Añez, que assumiu a Presidência da Bolívia dois dias depois da renúncia de Evo, fez seu último pronunciamento à nação nesta quinta-feira (5).

“Parto feliz por ver que o convívio democrático avançou e amadurece na Bolívia. Há divergências de ideias, visões e interesses, mas ambos os lados sabem que o caminho para resolver essas diferenças é a democracia”, disse, em um discurso transmitido pela TV.

“Parto com a alegria de saber que entrego um sistema que respeita o voto popular, a lei e a liberdade política.”

Na região de Santa Cruz, reduto da direita boliviana, lideranças civis iniciaram uma greve de dois dias contra Arce. De acordo com Fernando Larach, um dos cabeças do movimento, a principal pauta dos grevistas é a exigência de uma auditoria no processo que elegeu o novo presidente.

Ex-ministro da Economia no governo de Evo, Arce venceu com mais de 55,2% dos votos, derrotando o ex-presidente Carlos Mesa, de centro-esquerda, que obteve 28,9% e o representante da ultradireita Luis Fernando Camacho, que é de Santa Cruz e recebeu 14% dos votos.

De acordo com imagens de emissoras bolivianas, havia nesta quinta alguns povoados na região em que estradas foram bloqueadas com pedaços de madeira, pneus e entulho. Em outras localidades do entorno, porém, não houve grande adesão à greve.

Desde a semana passada, Santa Cruz, a cidade mais populosa da Bolívia, tornou-se palco de protestos ocasionais contra Arce, convocados por um conglomerado de grupos civis e empresários de direita.

Os manifestantes pedem auditoria das eleições e rejeitam a polêmica decisão do Congresso, controlado pelo MAS, de reduzir o quórum necessário para aprovar determinados projetos, confirmar a promoção de generais e nomear embaixadores.

Os grupos de Santa Cruz ameaçam estender os protestos a La Paz, mas aliados de Arce preveem que as tensões devem diminuir até o domingo.

​”Nos declaramos em estado de emergência para resguardar a paz, para que não haja confronto entre irmãos nos dias de transição de poder”, disse Juan Carlos Huarachi, líder da Central Obrera Boliviana (COB), uma das principais centrais sindicais do país

 

*Com informações da Folha

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Mundo

“Recuperamos a democracia e a esperança”, diz Luis Arce após contagem extraoficial

Jornada eleitoral na Bolívia neste domingo (18) foi marcada por votação pacífica e alta participação cidadã.

“Recuperamos a democracia e a esperança”. Essas foram as primeiras palavras do candidato do Movimento ao Socialismo (MAS), Luís Arce Catacora, após a divulgação da contagem rápida com 95% do padrão eleitoral, realizado pela empresa Unitel.

De acordo com os dados, o candidato, apoiado pelo ex-presidente Evo Morales, venceu as eleições realizadas neste domingo (18) já no primeiro turno. Os dados não são oficiais, mas uma pesquisa de boca de urna.

De acordo com o levantamento, Luís Arce obteve 52,4%; Carlos Mesa, 31,5% e Fernando Camacho, 14,1%.

Desde a Casa do MAS em La Paz, ao lado de apoiadores, Arce saudou os bolivianos e destacou a jornada pacífica realizada no país.

“Vamos governar para todos os bolivianos, vamos construir um governo de unidade nacional”, ressaltou antes de destacar seu compromisso com a retomada do desenvolvimento econômico do país.

Jeanine Añez, que se autoproclamou presidenta do país após o golpe de Estado contra Evo Morales também reconheceu o resultado eleitoral e a tendência demonstrada pela pesquisa de boca de urna.

“Ainda não temos a contagem oficial, mas pelos dados com que contamos, o sr. Arce e o sr. Choquehuanca ganharam a eleição. Felicito aos ganhadores e lhes peço governar pensando na Bolívia e na democracia”.

A demora na divulgação da pesquisa de boca de urna, que historicamente é difundida a partir do fechamento dos centros de votação, gerou indignação em todos os setores do país.

Mais cedo, em conferência de imprensa, o ex-presidente Evo Morales reafirmou a vitória do MAS e pediu que as entidades do país reconheçam o resultado da votação.

De acordo com a lei eleitoral boliviana, para vencer em um primeiro turno, é preciso ter 50% mais 1 dos votos ou ter 40% mais um e abrir dez pontos percentuais em relação ao segundo colocado.

 

*Do Brasil de Fato

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Bolívia, Palestina e Irã: sionismo e imperialismo são palavras com o mesmo conteúdo

Pelo mundo ecoa a voz de muitos milhões de iranianos e árabes feridos na sua dignidade: “Yankees, go home!” é o grito de guerra da hora.

A palavra sionismo perdeu o sentido original que qualificava o movimento de judeus em direção a Sion, ou Monte Sião. O local seria a terra de seus ancestrais, território em Jerusalém, onde floresceu a Palestina e que também é berço de outros povos e civilizações.

Israel surgiu no pós-Segunda Guerra pelas mãos dos países vencedores, que redesenharam a geopolítica em todo o Oriente do Mediterrâneo e na Ásia Central. Se consolidou como uma cabeça de praia (ponta avançada) do capitalismo global e se tornou potência bélica e nuclear.

A partir da gestão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (2009-atual), Israel passou a ser um Estado teocrático sionista e se tornou uma ameaça permanente à paz no mundo. O país se nega a cumprir a resolução da ONU, que prevê a criação de dois Estados — o israelense e o palestino — e segue ocupando áreas palestinas, promovendo um genocídio contra essa população.

Com a evolução do capitalismo global e a consolidação da hegemonia estadunidense, o sionismo passou a atuar como uma inteligência do novo imperialismo em expansão. A grande nação norte-americana parece guiada pelos sionistas.

Por exemplo, o mais poderoso lobby no Congresso dos EUA é o sionista e que se confunde com o poderoso lobby da indústria armamentista. Wall Street, a meca do capital financeiro, é controlada por judeus, sionistas, claro. Lá estão os maiores e poderosos banqueiros planetários, como Lehman Brothers, Rothschild, Mellon, etc…

Influência religiosa

Mesmo a religião nos Estados Unidos, que histórica e hegemonicamente era protestante e anglicana, cedeu lugar ao neopentecostalismo. A antiga ética sofreu uma reviravolta sob a égide da teologia da prosperidade, que nada mais é do que a adoração ao deus dinheiro e está, portanto, intimamente vinculada ao sionismo.

Os fatos comprovam que muito além da coincidência bíblica (os neopentecostais veem Jerusalém como a Terra Santa e os sionistas como Terra Prometida), há confluência de ideologia, negócios bilionários e ocupação de espaço em favor da hegemonia do capital financeiro e dos interesses dos Estados Unidos. Deixa de ser coincidência ao fator religioso quando o objetivo é político e de poder.

Na prática, os templos denominados neopentecostais espalhadas pelo mundo nasceram nos Estados Unidos e atuam como braços desse sionismo de novo tipo, que se confunde com o nazismo naquilo de mais trágico da saga hitlerista: supremacismo racial e genocídio em massa dos desiguais.
Sionismo fora de Israel

Maurício Macri assumiu o poder na Argentina em 2015 para executar um projeto neoliberal a serviço do capital financeiro transnacional. A primeira atitude ao chegar ao governo foi privilegiar as relações com Israel. Visitas recíprocas e amplos acordos de cooperação na área de defesa, principalmente, foram realizados.

Paralelamente, houve, da parte argentina, um alinhamento da política externa aos interesses dos Estados Unidos, o que fez com que o país passasse a condenar governos progressistas, como os de Bolívia e Venezuela.

Na sequência, a Argentina descobre petróleo no sul da Patagônia; os Estados Unidos instalam uma base militar na província de Neuquén; Israel passa a patrulhar a fronteira hídrica entre Argentina, Uruguai, Brasil e Paraguai com barcos fortemente armados, soldados e assessores sionistas.

Interessante que, coincidentemente, a Argentina tem a maior colônia judaica na América do Sul e também é sede de uma poderosa máfia judia. Na prática, com o governo macrista, os interesses do país passaram a ser o mesmo do Estado Sionista.

 

*Paulo Cannabrava Filho/Diálogos do Sul

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Espanha condena decisão de Áñez e expulsa três diplomatas bolivianos

Medida acontece após presidente autoproclamada da Bolívia, Jeanine Áñez, expulsar representantes diplomáticos do México e da Espanha.

O governo da Espanha anunciou nesta segunda-feira (30/12) a expulsão de três diplomatas bolivianos do país como resposta à atitude da presidente autoproclamada da Bolívia, Jeanine Áñez, de classificar membros da representação diplomática espanhola como persona non grata e expulsá-los do território boliviano.

“Em reciprocidade ao gesto hostil do governo interino da Bolívia de declarar como persona non grata os diplomatas espanhóis, a Espanha decidiu, por sua vez, declarar persona non grata a três membros do quadro diplomático e consular boliviano situado em nosso país”, afirmou o governo espanhol em comunicado.

A decisão da Espanha ordenou que o encarregado de negócios, Luis Quispe Condori, o agregado militar Marcelo Vargas Barral e o agregado para assuntos policiais Orso Fernando Oblitas Siles deixem o país em até 72 horas.

Em nota, a administração espanhola disse que “rechaça taxativamente qualquer insinuação sobre uma suposta ingerência voluntária nos assuntos políticos internos da Bolívia”.

“Para a Espanha, qualquer afirmação nesse sentido constitui uma calúnia dirigida a danificar nossas relações bilaterais com falsas teorias conspiratórias”, afirmou.

Ainda no comunicado, a Espanha pediu que o governo autoproclamado da Bolívia “redirecione e rastreie o conteúdo de suas reivindicações e recupere o quanto antes o bom senso de confiança e cooperação entre nossos dois países, tão necessário agora como sempre”.

Mais cedo, Áñez classificou como persona non grata os diplomatas do México e da Espanha e também deu o prazo de 72 horas para que os representantes dos países deixem a Bolívia.

O anúncio da autoproclamada aconteceu após seu governo acusar o governo espanhol de supostamente ter tentado auxiliar na fuga de ex-ministros de Evo Morales que estão exilados na embaixada mexicana em La Paz desde o golpe de Estado que forçou a renúncia de Morales no dia 10 de novembro.

Na sexta-feira (27/12), diplomatas espanhóis visitaram a embaixada do México na capital boliviana. Após a visita, a ministra boliviana de Relações Exteriores, Karen Longaric, afirmou que pessoas “identificadas como funcionários da embaixada da Espanha na Bolívia, acompanhados por pessoas encapuzadas, tentaram entrar de maneira clandestina na residência diplomática do México, em La Paz”.

A Espanha negou qualquer ajuda de uma possível fuga de exilados bolivianos e disse que a visita foi “exclusivamente de cortesia”.

Por sua vez, a Secretaria de Relações Exteriores do México emitiu um comunicado anunciando o retorno ao país da embaixadora María Teresa Mercado “com o objetivo de resguardar sua segurança e sua integridade”.

Na quinta-feira (26/12), o México já havia anunciado que entraria com uma queixa na Corte Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda, contra o governo interino boliviano. Segundo o governo mexicano, a denúncia é devido ao movimento de militares de Áñez no entorno da embaixada mexicana e da residência oficial da embaixadora Mercado.

 

 

*Com informações do Ópera Mundi

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Folha quer “derrubar” Bolsonaro atacando Lula

Poderia se dizer que a briga entre a Folha e Bolsonaro é como uma briga dessas comuns entre o panfleteiro, contratado em campanha por um candidato a vereador, mas que ambos continuam pensando exatamente da mesma forma, tendo apenas uma desavença sobre o preço a ser pago por sua nova função.

É exatamente isso que ocorre com Bolsonaro e a Folha. Os dois estão rigorosamente do mesmo lado em tudo. Apoiam a mesma agenda econômica, a mesma agenda fascista que coloca o Estado para dizimar negros e pobres nas favelas, calam-se do mesmo modo no envolvimento direto da milícia no governo e se enamoram com paixões ardentes no antilulismo.

É certo que Bolsonaro não tem aquele perfume retórico de um garganta como FHC, o neoliberal dos neoliberais, do qual a Folha sempre foi tiete. Mas a agenda de Paulo Guedes, que tem produzido um desastre social e econômico no país, ganha na Folha editoriais curtos e grossos, como “No caminho certo”.

E o que seria esse caminho certo pelo qual Bolsonaro está conduzindo o país através do seu posto Ipiranga? Caminho este que está colocando o dólar na cotação de R$ 4,27 e afugentando por completo os investidores internacionais. Lucro recorde dos patrões dos dois.

Alguém viu a Folha ao invés de atacar Lula diuturnamente, mesmo ele estando fora da Presidência há quase uma década, criticar as taxas cobradas de cheque especial, até para quem não faz uso do crédito oferecido pelo banco? Não. A Folha não vai falar nada da agiotagem que de fato banca o jornal e, muito menos, Bolsonaro vai exigir de seu gado que retire sua conta de banco A, B ou C nesse picadeiro armado por Bolsonaro e Folha que se transformou num palanque para tucano golpista defender democracia.

Só mesmo sendo muito trouxa para acreditar que um jornal que mantém uma devoção inabalável a um juiz corrupto e ladrão como Moro, atual Ministro da Justiça de Bolsonaro, está contra alguma coisa séria do governo fascista.

Nem poderia. Nesse caso até defendo a coerência da Folha. Por que ela trombaria de frente com Bolsonaro se os dois, na verdade, defendem a mesma tese de que no Brasil não teve ditadura, mas a dita branda?

Durante a eleição de 2010, chamaram igualmente Dilma de guerrilheira terrorista, resgatando sua ficha no exército para tentar impedir a sua candidatura.

Ora, a Folha não está interessada em saber o que Bolsonaro faz com o povo debaixo do seu próprio nariz, como apontou Marcio Pochmann em seu twitter que, a partir do governo Bolsonaro, que é uma continuação neoliberal do golpista Temer, São Paulo vive um drama em que se amplia, a olhos vistos, o bolsão de miséria produzido por Guedes, a quem a Folha rasga seda através de editoriais.

“Com o neoliberalismo (de Guedes) cresceu a miséria, alterando a sua composição, como no caso dos usuários do programa de refeições para pobres em SP, originalmente para pessoas em situação de rua, agora frequentado por aposentados, subocupados e desempregados em longas filas de espera.”

“Em conformidade com dados do governo paulista, a quantidade de usuários que frequentam restaurantes de baixa renda em 2019 cresceu 250% no segmento social de renda zero, 224% para aqueles que recebem até meio salário mínimo mensal e 221% para pessoas com rendimento variável.”

“Tamanho do fosso que separa ricos e pobres no Brasil pode ser contabilizado pelo extremo pobre de 15 milhões de pessoas (7,2% da população) disporem de R$6,60 por dia e pelo extremo rico de 1,2 milhão de pessoas (1% da população) deterem R$1.824,00 diários (276 vezes mais).”

E o que diz a Folha sobre isso? Nada.

O faniquito da Folha contra Bolsonaro é normal na convivência entre pares, é igual a lei Rouanet que Bolsonaro disse que exterminaria, mas que mantém esse excremento neoliberal criado por Collor, do mesmo jeito e nas mesmas condições, utilizando recursos públicos para repassá-los a grandes corporações e elas decidirem, depois de serem usados em suas respectivas lavanderias, aonde alocar o resíduo da bolada.

O que se tem agora como resultado desse teatro armado de Bolsonaro versus Folha é a tentativa de dar vida às múmias tucanas que estão de seus sarcófagos fazendo discursos neoliberais, mas respeitando os direitos individuais, porque este tem sido o grande causador de conflitos a partir do discurso oficial do Planalto e bla, bla, bla.

Na verdade, o que se quer como pano de fundo é a manutenção da velha ordem global do neoliberalismo, tanto que a Folha nem toca nas questões que envolvem o golpe na Bolívia, a insurreição do povo chileno contra o neoliberalismo de Sebastián Piñera do qual Guedes segue cegamente a cartilha, assim como ocorre no Equador e Colômbia, aonde a central da democracia é o mercado. Porque, na realidade, a democracia que a Folha sempre apoiou é a mesma de Bolsonaro, a democracia de mercado.

Então, será sempre assim, Folha, tucanos e Bolsonaro, irmanados em ataques a Lula, que é, na verdade, a especialidade deles.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Deputado governista diz: “Se tentar um novo Chile, movimento popular será esmagado por Bolsonaro”

Após o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, fazerem referência ao Ato Institucional 5 (AI-5) em caso de radicalização da esquerda, um parlamentar da base governista diz que qualquer movimento popular que se valha de armas será “esmagado” pelo presidente Jair Bolsonaro. Um dos líderes da bancada evangélica, o deputado Lincoln Portela (PL-MG) diz que essa será reação do governo em caso de conflito armado, a exemplo do que ocorreu em países vizinhos, como Chile, Bolívia e Colômbia.

Considerado um dos mais moderados da frente parlamentar evangélica, Lincoln acredita que a situação não chegará a esse nível no Brasil. Mas adverte. “Não acredito porque vem uma força esmagadora do Bolsonaro. Ele vem com tudo se houver um movimento, que será esmagado. Reprimido totalmente. Mas eles não querem isso. Nem os sindicatos querem”, ressaltou o deputado mineiro, que está em seu sexto mandato consecutivo.

Lincoln explica que a intenção do governo não é “esmagar” manifestações pacíficas, mas aquelas que descambarem para a violência, seja com pedras, armas brancas ou de fogo. Nessa hipótese, segundo ele, entrarão em ação a Força Nacional de Segurança e, em último caso, o Exército.

“Se a motivação se for a do Chile, da Colômbia, esse tipo de mobilização que está acontecendo por aí, não se iluda, que será reprimida contundentemente. E mais, 50% da população vai apoiar, porque não quer isso para o Brasil. Os 30% que não são direita nem esquerda, mas contra o radicalismo, também vão se levantar, porque vão querer defender o patrimônio deles. Quem quer sua casa apedrejada?”

Se a esquerda puser milhões de pessoas nas ruas sem partir para a violência, não haverá repressão, pois o direito à livre manifestação de pensamento será respeitado, afirma o deputado. “O confronto é uma arte que você pode fazer no campo das ideias. A esquerda tem toda liberdade para fazer a mobilização dela pacífica, como foi o movimento ‘Passe livre’, que depois foi adulterado por infiltrações”, disse.

 

 

*Com informações do Congresso em Foco

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O fracassado governo Bolsonaro ainda não caiu porque o Brasil vive uma democracia de mercado

Ao contrário do que tenta fazer parecer, com seu partido três oitão, Bolsonaro está tão debilitado politicamente que perdeu a queda de braço com Bivar na guerra do PSL pelo controle do milionário fundo eleitoral. Por isso está criando essa espécie de puxadinho que já nasce pela metade como resíduo de um lixo tóxico que é o PSL.

Isso, por si só bastaria para afirmar que Bolsonaro nunca esteve tão fragilizado como agora, mantendo-se vivo por aparelhos ligados ao mercado. Se desligar a tomada, ele não dura meio dia.

Suas vitórias no congresso em reformas que detonaram os direitos dos trabalhadores e aposentadoria dos mais pobres, não foram suas, mas de quem foi diretamente beneficiado, o mercado, o sistema financeiro, os rentistas, os banqueiros que nunca viram seus lucros crescerem tanto ao menos nos últimos 25 anos, enquanto o povo empobreceu na mesma medida.

A coisa só não foi pior para os trabalhadores em termos de poder de compra em quase um ano de governo Bolsonaro e dois anos do golpista corrupto Temer, porque, durante os 13 anos do PT, os trabalhadores tiveram ganho real acima da inflação, chegando a ter o maior salário mínimo e médio da história e com poder de compra jamais visto no país.

Se não fosse isso, a classe média elitista que apoia as insanidades do ogro, estaria no mesmo lugar em que FHC a colocou depois dos seus desastrosos oito anos de governo neoliberal em que quebrou o país três vezes.

E é esse sabor que traz um sentimento de fracasso, de crepúsculo representado no final do governo FHC, que Bolsonaro traz efetivamente em seu portfólio nesse um ano incompleto de governo.

Não há um único cálculo econômico que mostre algum benefício para o povo ou para o país nesse período. Tudo foi e continua sendo feito para que o mercado siga ganhando muito e o povo, junto com a economia brasileira, seja jogado no limbo.

É bem verdade que, nos 28% que ainda acham o governo Bolsonaro bom e ótimo, estão 40% de eleitores evangélicos que, por incentivo de pastores picaretas, ligados sobretudo aos interesses de Israel, sustentam uma base eleitoral absolutamente artificial que deve sim perder muita força com a desmoralização e queda de Netanyahu.

Lógico que, nessa conta, até levar de Trump um chute no rabo, ao vivo e a cores, a classe média patriótica, que é a mais americanófila do planeta, perdeu o discurso junto com o clã Bolsonaro, de que o Brasil deveria priorizar suas relações diplomáticas e comerciais com os EUA e, por consequência, os bolsonaristas tiveram que assistir caladinhos e humilhados a Bolsonaro, ajoelhado no milho, diante das câmeras, em pleno encontro dos BRICS no Brasil, suplicando a Xi Jinping que o Partido Comunista Chinês investisse no país e salvasse um pouco uma economia que hoje gera, entre desempregados e trabalhadores informais que vivem de bicos, um recorde absoluto de, aproximadamente, 50 milhões de brasileiros.

A mídia, totalmente rendida ao mercado, que poderia fazer todas as galhofas com essa subserviência do “anticomunista” Bolsonaro diante da China comunista, nada comenta, porque está tão nas mãos do sistema financeiro quanto o próprio Bolsonaro.

Por isso a situação estrutural e cumulativa do país chegou aonde chegou e deu no que deu porque as instituições do Brasil estão absolutamente capturadas, na sua quase totalidade, pelo mesmo mercado, pela mesma doutrina, pelo mesmo fundamentalismo neoliberal, o mesmo que derrubou Evo Morales e promove um banho de sangue inimaginável na Bolívia, mas que também enfrenta a fúria do povo boliviano, numa resistência heroica contra seu próprio exército, assim como acontece no Chile, no Equador e, agora, na Colômbia, porque o desastre social nesses países bateu no teto.

É esse desastre que Paulo Guedes, o posto Ipiranga de Bolsonaro, já produziu em muitas áreas da economia brasileira, tendo como principal vítima, os mais pobres. Tudo rigorosamente apoiado diuturnamente pela mídia que está cada dia mais servil aos interesses do mercado.

Bolsonaro não tem como estar mais enrolado, seja via Carlos Bolsonaro ou Flávio Bolsonaro, porque nos dois casos tanto do assassinato da Marielle quanto na relação íntima com o miliciano Queiroz, a central do que foi revelado até aqui, é o próprio Bolsonaro.

Por isso o país assistiu ao seu cãozinho de guarda, Sergio Moro, soltar seus gorilas da PF para pôr a faca na nuca de um porteiro que, de testemunha no inquérito tocado pela Polícia Civil no Rio, passou a ser, sob as ordens de Moro, considerado criminoso.

Essa aberração não é outra coisa senão um governo que não caminha hoje sequer sobre uma pinguela, mas por uma corda bamba, sem rede de proteção.

Bolsonaro é praticamente um modelo de Quincas Berro D’água do mercado para que os banqueiros e rentistas não parem a farra, porque o governo Bolsonaro já está completamente morto, mantendo-se de pé artificialmente apenas porque o Brasil vive como nunca uma “democracia” de mercado em que reduz-se cada vez mais as chances de sobrevivência do povo para que a prosperidade da plutocracia se mantenha ainda maior.

Os discursos de Bolsonaro são ornamentais porque, fora dos interesses diretos do mercado durante um ano de governo, Bolsonaro não ganhou uma, nem fora, nem dentro do congresso.

Para piorar, Bolsonaro ainda conseguiu tomar o posto de Trump como o presidente mais imbecil do mundo pela imprensa internacional e chefes de Estado.

 

 

*Carlos Henrique Machado Freitas