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Militares da Ucrânia dizem que foram ‘abandonados’ na linha de frente

Em mais um relato divulgado pela mídia ocidental, um soldado ucraniano disse à BBC que grande parte dos militares que seguem na linha de frente acredita que foi “abandonado” por seu comando.

A operação militar especial russa na Ucrânia acontece desde fevereiro de 2022 e, apesar da injeção de bilhões em recursos por países da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos ao governo de

Volodimir Zelensky, poucos avanços foram registrados e ainda há várias denúncias de desvio de dinheiro.

O soldado que não teve o nome revelado descreveu a situação em Kherson. Segundo ele, muitas vezes os militares usam o próprio dinheiro para comprar kits de sobrevivência na linha de frente, como agasalhos e combustível para os geradores de energia. “Agora que as geadas estão chegando, as coisas só vão piorar. A situação real está sendo abafada, então ninguém vai mudar nada”, declarou.

De acordo com o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, só na contraofensiva dos últimos seis meses, as Forças Armadas da Ucrânia perderam pelo menos 125 mil militares.

Já Zelensky disse na última semana, em discurso televisivo, que o reforço nessas áreas de combate eram uma prioridade fundamental.

A declaração aconteceu após intensas denúncias de militares ucranianos sobre o abandono do próprio governo.

“Ninguém sabe [quais são] os objetivos. Muitos acreditam que o comando simplesmente nos abandonou. A galera acredita que nossa presença teve mais significado político do que militar”, disse o soldado.

*Sputnik

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Ex-aliados, Roberto Jefferson, Sara Winter foram abandonados por Bolsonaro

Roberto Jefferson passou o último ano reestruturando o partido que comanda com mãos de ferro, o PTB, para atrair o presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores — reformulou o estatuto para uma linha mais conservadora, expurgou lideranças históricas nos estados e arranjou briga até com a filha por divergências quanto ao uso medicinal da cannabis. É o que informa O Globo.

Preso desde agosto, ele, no entanto, recebeu dois golpes: na quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes o afastou por seis meses do comando da sigla por mau uso do fundo partidário; e, sem mudar uma vírgula do estatuto ou afastar dirigentes, o PL, partido proeminente do Centrão, é o mais próximo hoje de receber Bolsonaro — a filiação chegou a ser marcada para o dia 22, mas foi adiada para que impasses nos estados sejam resolvidos.

“Tem muita gente chateada com o Bolsonaro no PTB”, resumiu um integrante da legenda.

Antes de ir para a cadeia, Jefferson chegou a ter pelo menos dois encontros com o presidente no Planalto para falar sobre a filiação partidária. E, no início de outubro, quando estava internado — e preso — num hospital no Rio, ele recebeu a visita de Waldir Ferraz, um dos amigos mais antigos de Bolsonaro.

— Fui falar que ele estava pegando pesado com os ministros (do STF) — disse Ferraz.

Ele garantiu que foi por iniciativa própria, mas pessoas do entorno de Jefferson interpretaram a visita do aliado do presidente como um recado do próprio.

Algumas semanas depois, já de volta à cadeia, Jefferson escreveu em uma carta afirmando que Bolsonaro “fraquejou” ao não avançar nas demandas do “povo que foi às ruas” no dia 7 de setembro e o criticou por cercar-se de “viciados em dinheiro público”, citando Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

‘Vergonha de gritar mito’

A presidente interina do PTB, Graciela Nienov, aliada de Jefferson, tentou colocar panos quentes na história, dizendo que tratava-se de um “desabafo”, mas também se disse “revoltada com o abandono do nosso presidente” — um áudio com as declarações circulou no WhatsApp.

O sentimento de “abandono” é compartilhado por outros bolsonaristas — ou ex-bolsonaristas, caso da ativista Sara Giromini, que teve cargo de coordenadora no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandado por Damares Alves, e organizou acampamentos em defesa do presidente em Brasília.

— Eu me decepcionei demais com o Bolsonaro. O governo dele foi uma grande ilusão para os conservadores. Eu tenho vergonha de quando saía na rua gritando ‘mito’ — lamenta Sara, que se queixa também da falta de apoio quando foi presa pelo (STF) após uma série de ataques à Corte. — Nós recebíamos diretrizes diretas do Planalto. A Carla Zambelli e a Bia Kicis (deputadas) diziam em quem a gente deveria bater ou não. Tínhamos certeza que, se acontecesse alguma coisa, teríamos um respaldo legal, jurídico e econômico. O que aconteceu foi o contrário.

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