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Militares abandonam Bolsonaro tardiamente: o estrago já foi feito

Antes de qualquer coisa, temos que lembrar sempre que os militares foram a principal mola propulsora da chegada de Bolsonaro ao poder pelas mãos de Sergio Moro.

Nem vale a pena revisar toa as esbórnia, dentro dos quartéis que Bolsonaro praticou ainda como candidato. É difícil afirmar quem usou quem nessa balbúrdia. Os militares que o apoiaram, fizer questão de ignorar que Bolsonaro foi expulso das Forças Armada, porque, como militar, praticava, de forma recorrente, garimpo ilegal e, na tentativa de desestabilizar o comando do exército, ameaçou praticar terrorismo com bomba fora, mas sobretudo dentro dos quartéis.

Ou seja, não tem bobo nessa história, todos sabiam quem era Bolsonaro. O que talvez eles não imaginassem que o próprio seria tão letal para a imagem das Forças Armadas, como foi nos quatro anos de pode.

O pior de todo esse processo, foi o general da ativa, Eduardo Pazuello, assumir a responsabilidade, como ministro da Saúde, de centenas de milhares de brasileiros, como o próprio general Pazuello disse às gargalhadas dos dois, que Bolsonaro mandava e ele obedecia.

Toda essa patifaria envolvendo seu ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid e seu pai, o general do espelho, apesar de ser algo vexatório para as Forças Armadas, ainda estão aquém das ações e dos ingredientes que marcaram a gestão do rei, Pazuello, chamado de o rei da logística que, junto com Bolsonaro, produziu o maior morticínio da história da país.

Não dá para enumera as ações criminosas para se chegar à quantidade absurda de vítimas fatais pela covid que o irresponsável comandou da cadeira da presidência da República, tendo um general como seu capacho, que se comportou de forma humilhante.

O fato é que não há como separar uma coisa da outra, e Bolsonaro sempre soube disso. Ele quis associar a imagem das Forças Armadas à imagem do seu governo para dividir responsabilidades e utilizar as mesmas fardas de quem, desde a campanha, ainda embrionária, caminhou de braços dados com o monstro.

Se haverá ou não punição de alguns militares pinçados do alto comando para passar como boi de piranha, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa, a imagem das FFAA nunca foi tão severamente destroçada depois de um verdadeiro filme de terror do qual participaram como coadjuvantes, chamado governo Bolsonaro. Isso jamais será esquecido pela história.

A essa altura dos fatos, não há como devolver a pasta de dente para o tubo.

Até os bolsonaristas, que tinham devoção pela farda, por pneus, pelos militares e por ETs, têm em sua conta que foram traídos pela caserna.

Ou seja, deu tudo errado.

Os militares terão um longo caminho pela frente para ao menos tentar reduzir os danos causados pela própria imprudência dos que fecharam com o genocida, ladrão de joias, corrupto e vagabundo.

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PP e Republicanos rejeitam investida golpista e abandonam Bolsonaro e Valdemar

Com a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, sobre o bloqueio de fundos dos partidos após a investida golpista patrocinada pelo presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL), os partidos Progressistas e Republicanos estão organizando um recurso para enviar ao TSE.

Segundo o DCM, as duas legendas integravam a coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua derrotada campanha à reeleição contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão do presidente do TSE prevê multa de R$ 22,9 milhões a todos partidos da coligação que apoiou o presidente, por litigância de má-fé. As siglas apoiaram fielmente a candidatura do presidente derrotado.

Por entender que, na iniciativa encampada pelo PL, houve “finalidade de tumultuar o próprio regime democrático brasileiro”, Valdemar será alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito das milícias digitais, e no TSE.

O PP e o Republicanos informaram não ter nenhum envolvimento com os movimentos de contestação das urnas e afirmaram reconhecer o resultado da eleição de segundo turno, portanto, “aceitando” a vitória de Lula. Com isso, os partidos deixaram Valdemar e a legenda do presidente isolados na ação golpista patrocinada por Bolsonaro.

Ainda assim, mesmo em uma tentativa de se distanciar da investida golpista de Valdemar, dirigentes da coligação também criticaram a decisão de Moraes. Segundo eles, a multa imposta poderá inflamar bolsonaristas e dar motivo para novas ações contra o resultado da eleição presidencial.

Segundo a Folha de S.Paulo, os partidos ainda estão discutindo como deverão recorrer à determinação do ministro. Uma das possibilidades é levar uma representação ao TSE para que a coligação não seja considerada de maneira única na ação apresentada pelo PL.

Na manhã desta quinta-feira (24), o pastor Marcos Pereira, presidente do Republicanos, informou que irá recorrer ao TSE para que os recursos de seu partido não sejam bloqueados. “Fizeram isso sem ouvir os outros partidos”, relatou.

Nesta quarta-feira (23), o presidente do PL expôs as fragilidades na argumentação para solicitar a anulação de votos da eleição apenas no segundo turno, quando Bolsonaro perdeu para Lula na disputa presidencial, porém, não no primeiro turno, quando seu partido elegeu a maior bancada de deputados federais na Câmara.

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