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Em tom de ameaça, assessor de Bolsonaro diz à PF: “estão brincando com fogo”

“Estão querendo incendiar o Brasil”, afirmou o auxiliar do ex-mandatário, sob condição de anonimato.

Advogados e auxiliares buscam voos comerciais e até jatos particulares para irem a Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro disparou telefonemas a políticos, advogados, apoiadores e auxiliares assim que a Polícia Federal entrou em sua casa em Brasília para uma operação de busca e apreensão, diz Mônica Bergamo, Folha.

Bolsonaro estava tenso e pediu que todos se reunissem com ele em Brasília assim que possível.

Bolsonaro e sua mulher, Michelle Bolsonaro, tiveram os celulares apreendidos e o ex-presidente foi intimado para depor ainda nesta manhã.

Assessores e ex-auxiliares que moram em outros estados já estão tentando providenciar lugares em aviões e até mesmo jatos particulares que possam levá-los à capital federal.

O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, também está voando para Brasília. Ele diz que não quer ainda se manifestar antes de conhecer os detalhes do que ocorreu na casa do ex-presidente.

A operação surpreendeu a todos, já que Bolsonaro tinha um depoimento marcado na manhã desta quarta (3), na própria Polícia Federal, para depor na investigação sobre as joias que recebeu de presente da Arábia Saudita.

“Estão brincando com fogo”, diz um dos principais auxiliares de Bolsonaro, que pretende ainda falar sob a condição de anonimato.

“Estão fazendo coisas sem a menor justificativa e explicação, verdadeiros absurdos, estão querendo incendiar o Brasil”, segue o auxiliar.

A PF prendeu também o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o que é considerado grave pelo mesmo auxiliar. “A PF entrou em uma vila militar, onde o Cid vive, para prendê-lo”, segue.

A operação visa combater um grupo que teria inserido dados falsos no cartão de vacina de Bolsonaro.

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Cai Felipe Martins, assessor de Bolsonaro que fez gesto supremacista

Assessor especial cujo apelido fazia referência a Steve Bannon, o homem que ajudou a gestar Trump, está de saída do Planalto; exoneração ainda não foi oficializada.

Valeu, foi bom, adeus. Não Vou Chorar é uma música do Chiclete com Banana que poderia muito bem ter sido tocada nesta quinta-feira (8), dia em que ficou decidida a saída do assessor especial da Presidência Filipe Martins.

Do jeito mais discreto possível, Bolsonaro autorizou ontem a demissão do assessor especial, que, ao que tudo indica, aconteceu por pressão dos senadores, que não parecem ter perdoado o gesto de Martins durante audiência com o ex-ministro Ernesto Araújo na sessão do Senado de 24 de março.

A exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial da União, mas PODER Online ouviu fontes que confirmam a decisão.

Martins segue investigado pela Polícia Legislativa por ter feito um gesto supremacista – ou ao menos indecoroso – na famigerada sessão em que Araújo foi execrado publicamente por boa parte da Casa.

O assessor havia resistido à “segunda-feira de São Bartolomeu”, a carnificina de ministros e secretários travestida de reforma ministerial de 29 de março, quando o antiglobalismo de Ernesto saiu de cena.

*Com informações da Revista Poder

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